Capacidade de Defesa do Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação

Você acha que em 2008 teremos condições de defendermos adequadamente contra uma força de potência razoável?

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Sniper
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#31 Mensagem por Sniper » Sáb Abr 24, 2004 6:00 pm

Vinicius Pimenta escreveu:
Sem brincadeira. Qual é o problema de decolar? Os F-35 não estariam aqui sem nós sabermos! Existem as missões de patrulha, que num conflito prestes a acontecer estariam sendo efetuadas 24hs por dia. Todos os avião estariam em alerta 2 minutos. Levantar vôo é o de menos.


Concordo! um conflito armado naum explode de um dia para o outro!! Existem semanas, meses de diplomacia, quando o país (Brasil) chegace a conclusão que se esgotaram as saidas diplomáticas, e que inevitavelmente se partiria para um conflito armado as FAAs já estariam totalmente em alerta!!!




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#32 Mensagem por FinkenHeinle » Sáb Abr 24, 2004 6:09 pm

Marechal-do-ar escreveu:Vinícius, antes de dizer que temos P3BR, AMX, AF-1, R-99, etc, me diz como isso vai decolar se eles tiverem os F-35 em quantidade?


Pô Marechal, para de falar nesses F-35!!!


Kra, eles não serão, numa hipotética guerra, o fiel da balança!!! Se fossem os F-22, até ia, mas não os F-35 Downgraded que os EUA vão vender para a Inglaterra...




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#33 Mensagem por Bacteria » Sáb Abr 24, 2004 6:10 pm

O Brasil pode comprar tanques, caças entre outras coisas enqunato os diplomatas estão trabalhando?




Um general sábio deve levar em consideração as vantagens e desvantagens. Conhecendo as vantagens ele terá sucesso nos seus planos. Conhecendo as desvantagens, ele poderá solucionar as dificuldades.
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#34 Mensagem por Bacteria » Sáb Abr 24, 2004 6:11 pm

Foi mal enviar tres mensagens iguais seguidas mas tava dando um messagem Error plese contact your server ai eu voltava tentava e aparecia de novo.




Editado pela última vez por Bacteria em Sáb Abr 24, 2004 6:17 pm, em um total de 1 vez.
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#35 Mensagem por FinkenHeinle » Sáb Abr 24, 2004 6:12 pm

VICTOR escreveu:
Repetindo, poderíamos perder, mas acho que causaríamos danos suficientes

De acordo! :wink:


Danos esses suficientes para fazê-los pensar duas vêzes antes de atacar.

Creio que esses mesmos danos sejam proporcionalmente maiores que os que a Argentina provocou em 1982, e por isso mesmo, se fosse para atacar, e não para contra-atacar, como em 1982, eles não se arriscariam...




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#36 Mensagem por César » Sáb Abr 24, 2004 6:18 pm

Pensei em não opinar nesse tópico por ser consideravelmente complexo. Mas lá vou eu, se me permitem:

O cenário proposto é 2008, certo? O inimigo é a Inglaterra. Tá, com essas informações já é possível fazer algumas observações:

1) Em um cenário realista, a Inglaterra receberia apoio no mínimo dos EUA, para não dizer de toda a OTAN(pelo menos no que concerne à inteligência militar).

2) Nem todos os F-35 terão sido entregues à RN até 2008, data fictícia do início das hostilidades.

Por que digo isso? Olha só a notícia postada pelo Guilherme, no tópico “A compra de F-22 e o Iraque” na seção de Forças aéreas:

Guilherme escreveu:Boletim DefesaNet, 15/04/2004

Custo do F-35 Joint Strike Fighter Aumenta 22,6%

05 Abril 2004 -Bloomberg News Dallas Times - A Lockheed Martin Corp. apresentou uma avaliação revisada dos custos do Programa Joint Strike Fighter. São mais US$ 45 bilhões – um aumento de 22,6 % – desde 2003, informou o Pentágono nessa segunda-feira. O programa chega ao custo de US$244 bilhões – incluindo pesquisa, desenvolvimento para a aquisição de 2,457 aviões – o valor original era US$199 bilhões. O aumento segundo as projeções da Lockheed são o custo da mão de obra direta e o rateio dos custos indiretos, além do atraso de um ano no cronograma do programa

O valor de US$14 bilhões em novos custos é atribuído ao custo mão de obra e US$ 7,5 bilhões, na extensão do programa de 11 anos para 12 anos no cronograma de desenvolvimento. A primeiras entregas devem acontecer em 2007 e não 2006, para garantir a meta de redução de peso do avião.

O programa objetiva construir três modelos de avião para a US Air Force, US Navy, Marine Corps e a British Royal Navy, com 80 % de partes comuns. O Pentágono gastou US$ 9 bilhões, até 30 Setembro 2003, no desenvolvimento do. F35 Joint Strike Fighter.

Bem, como vocês podem ver os F-35 começarão a ser entregues SOMENTE EM 2007!!!! E os custos ainda aumentaram. Com isso, esse aumento de custos pode provocar uma diminuição do número de encomendas feitas pela RN.

Em 2008 os 3 porta-aviões da Classe Invencible estarão bem velhos e com disponibilidade bem baixa. Estarão rezando para sair de cena para a entrada dos novos CVF, os futuros NAe´s britânicos(que acontecerá somente entre 2012 e 2015, ou seja, fora de nosso cenário de guerra). Os Sea Harrier serão desativados em 2006, e os Harrier GR-9 da RAF operarão temporariamente em para cobrir a saída dos Sea Harrier e a entrada dos F-35.

Vocês viram que a situação não é boa para os Britânicos nesse momento: Os PA estarão velhos, não terão praticamente nenhum F-35, os Sea Harrier terão saído de serviço. Por fim, os combates acontecerão em Martin Vaz, uma ilha muito distante da ilha de Sua Majestade(como sabem, acarreta problemas logísticos). Lembrem, sem Nae´s e aviões de caça não se tem projeção de poder adequada. Eles podem mandar todas as suas escoltas e subs, mas não garantirão vitória sem alguns aviões.
Vejamos agora o Brasil: Em 2008 é possível que algumas unidades do FX já tenham sido entregues(admitindo o prazo de entrega 48 meses após a assinatura de contrato, que esperamos que aconteça em 2004), boa parte dos F-5 e AMX terão sido modernizados, e se não me engano, todos os ALX já terão sido entregues. Assim como os P-3Br e C-295.

Levando também em conta que a ilha é próxima da costa e é fácil alcança-la a partir do continente. A frota de transporte do Brasil é a maior dentre todos os países latino-americanos(23 C-130H + 12 C-295), o que significa que, se adequadamente empregada, a ilha poderia ser suprida com os mantimentos necessários.
Isso sem levar em conta que a Marinha pode adquirir algum AEW ou coisa do gênero.

As hostilidades começam, e a GB pretende atacar Marin Vaz. Com o que?

- Tem 3 NAe´s velhos, no máximo 2 seriam mandados em 2008 considerando a “altíssima” disponibilidade dos mesmos.
- Tem poucos(poucos mesmo) F-35, sendo que não seriam todos que seriam enviados. A maioria da força aérea embarcada seria de(pasmem) Harriers Gr.7/Gr.9! Isso mesmo, dá-lhe superioridade aérea!
- Tem 30 escoltas, digamos que cerca de 20 sejam enviadas, um número considerável não?
- 15 submarinos, sendo 4 enormes subs nucleares classe “Vanguard”. Digamos que 7 sejam enviados.

Uma força respeitável, que seria contraposta por potencialmente toda a FAB(que esteja disponível) e provavelmente um Grupo tarefa nucleado no A-12, composto por, digamos, 6 escoltas. Isso fora os subs da MB. Digamos que apenas 3 (dentre 5) estejam operando(em situação de crise, acho que no mínimo 4 seriam postos em operação de qualquer maneira).

Não dá para falar com certeza quem seria o vencedor, mas eles teriam MUITO trabalho. Com os R-99 A operando constantemente sendo escoltados por alguns FX. Captariam toda a movimentação de helicópteros e dos Harrier. Os F-35 poderiam afetar a balança, mas não tanto devido ao baixo número em que estarão operando.
Com ataques constantes de F-5Br, AMX, apoiados pelos P-3Br e R-99B que denunciariam as posições navais inimigas, a força britânica não poderia viver em paz. E, para falar a verdade, duvido muito que eles agüentassem um tempo muito prolongado sob fogo da FAB, da MB(forças de superfície e submarinos principalmente). E ainda tendo que sustentar essa força naval e a força terrestre Britânica que ocupou a ilha e provavelmente estaria em combate com forças do EB e MB.

Por fim, a logística não é fácil. Imaginem o problema deles caso um único Tupi tentasse bloquear a chegada de suprimentos, enquanto outros atacam as forças em si. Dependendo da efetividade dos ataques, essa Task Force da GB estaria passando fome e sem munição em poucas semanas.
E se a força submarina da MB, ou mesmo a FAB, afundassem um NAe morimbundo como os da Classe invencible? Já imaginaram o tamanho da redução do apoio aéreo? E não seria nenhum Vulcan que salvaria a pele deles(acho que eles nem estão em operação....), pois para receber apoio aéreo eficiente, eles precisam de aviões no NAe, e não em Santa Helena.


Em suma: Por melhor que a força britânica fosse organizada, ela sofreria com a logística, falta de apoio aéreo adequado, navios aeródromos antigos e vulneráveis, enfrentando um país que, queiram ou não, em situação de crise tem dinheiro para investir em uma guerra de baixa/média intensidade. Oposição potencial(não real) de 48 F-5Br, 54 A-1M, 8 P-3Br, 5 R-99 A, 1 porta-aviões, 5 submarinos convencionais, fora as escoltas.....

Sei não, acho que o Brasil tem grandes chances de sair vitorioso em 2008, se os demais países da OTAN não meterem o bedelho.

Abraço a todos!

César




Editado pela última vez por César em Sáb Abr 24, 2004 11:20 pm, em um total de 1 vez.
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#37 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sáb Abr 24, 2004 6:46 pm

E o cara não queria participar da discussão... :lol:

Falou tudo cara, os combates seriam praticamente equilibrados. Acredito que o que pesaria muito seria o fator "casa".

Agora, com certeza absoluta, poderíamos não ganhar, mas eles iam se arrebentar muito, muito mesmo.

Ah, tem mais, se formos analisar que haverá ajuda externa, essa ajuda deveria ser dada ao Brasil! Nós seríamos os atacados. Todo o continente americano seria "obrigado" a nos ajudar, isso inclui os EUA! Ou seja, analisando um conflito apenas entre os dois, sou mais Brasil, já um conflito com apoio externo, sou mais Brasil ainda!




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#38 Mensagem por Marechal-do-ar » Sáb Abr 24, 2004 7:22 pm

Bopm César, como eu disse SE os F-35 estiverem operacionais não teremos chances numa guerra convencional, como o Vinícius disse, para fazer o avião decolar é só puxar o manche pra traz e dai? Como você vai faze esse avião chegar a menos de 400km da Task Force? Teriamos 48 F-5BR e 12 Su-35 (na melhor das hipóteses) e eles uns 36 F-35 (que seja), o F-35 apesar de ser uma versão inferior ao dos EUA ainda é formidavel, e abateria os F-5BR sem dificuldade, os Su-35 poderiam dar trabalho, mas são apenas 12, se eles conseguirem abater 12 F-35 (o que ja é muito) sendo destruídos ainda sobra 24 F-35 que é muito para conseguirmos manter patrulhas aéreas na área, lembrem-se que eles tambem tem AEW e como é conflito tambem manterão patrulhas aéreas la, não conseguiremos enviar, qualquer avião para la, os ataques a baixa altitude no mar funcionam quando o inimigo NÃO tem AEW, o que não é o caso da Iglaterra.

Ok não podemos usar o ar vamos atacar por mar, primeiro problema, os ataques a baixa altitude, eles não são eficientes se tivermos AEW, mas graças aos F-35 NÃO temos AEW, 2o teremos que lutar no mar em DESVANTAGEM numérica e tecnológica, que chances nos temos?

Agora se eles não tiverem os F-35 e usarem Harriers a situação se inverte, o Harrier é equivalente ao F-5BR, mas perde feio pro Su-35, ai nesse caso NÓS teriamos superioridade aérea, AEW, P3BR, etc e eles nada, nossos ataques a baixa altitude funcionariam, eles não teriam helicópteros ASW e nossos subs poderiam agir, ou seja é a presença ou não do F-35 em quantidade suficiente que definiria esse conflito.




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#39 Mensagem por VICTOR » Sáb Abr 24, 2004 7:24 pm

Eu opino que poríamos boa resistência, mas perderíamos.

César escreveu:E se a força submarina da MB, ou mesmo a FAB, afundassem um NAe morimbundo como os da Classe invencible? Já imaginaram o tamanho da redução do apoio aéreo? E não seria nenhum Vulcan que salvaria a pele deles(acho que eles nem estão em operação....), pois para receber apoio aéreo eficiente, eles precisam de aviões no NAe, e não em Santa Helena.


Em suma: Por melhor que a força britânica fosse organizada, ela sofreria com a logística, falta de apoio aéreo adequado, navios aeródromos antigos e vulneráveis, enfrentando um país que, queiram ou não, em situação de crise tem dinheiro para investir em uma guerra de baixa/média intensidade. Oposição potencial(não real) de 48 F-5Br, 54 A-1M, 8 P-3Br, 5 R-99 A, 1 porta-aviões, 5 submarinos convencionais, fora as escoltas.....

Sei não, acho que o Brasil tem grandes chances de sair vitorioso em 2008, se os demais países da OTAN não meterem o bedelho.


Vc lembrou um ponto importante, que é a retirada dos Sea Harriers. Até a chegada dos F-35, os GR.9 oferecem cobertura aérea bem deficiente.

Mas há uma lente otimista aí, você há de concordar: :wink:

O NAe deles é moribundo? E o nosso? Qual é melhor defendido?

Nós temos dinheiro para investir? E eles?

Logística? Para alguém que já lutou no Altlântico Sul, no Afeganistão, no Golfo Pérsico etc, ter uma frente no Atlântico Central não me parece um bicho e sete cabeças...




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#40 Mensagem por Sniper » Sáb Abr 24, 2004 7:52 pm

Grande César!! bella análise, demorou mais falou tudo!! concordo em gênero ,número, e grau!!!!! :lol: :lol:
Gostaria que vc e os outros integrantes do fórum dessem a sua opinião:
* os 5 R-99A e a quantidade de os aviões de REVO (naum sei quantos?? :lol: ) dariam conta do recado (neste conflito)??? tendo em vista que atualmente naum se planeja a compra de mais unidades, tanto de AEW como de aeronaves REVO. em um eventual conflito, AEW e aviões de REVO são alvos fáceis e altamente prioritários!!! :shock:




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#41 Mensagem por César » Sáb Abr 24, 2004 11:59 pm

Fala Galera!

Ok, lá vou eu denovo.

Marechal do Ar escreveu:Bopm César, como eu disse SE os F-35 estiverem operacionais não teremos chances numa guerra convencional, como o Vinícius disse, para fazer o avião decolar é só puxar o manche pra traz e dai? Como você vai faze esse avião chegar a menos de 400km da Task Force?

Fazendo... :lol: Brincadeiras à parte, como eu disse a quantidade de F-35 que provavelmente estariam disponíveis para um conflito ultra-marino em 2008 não seria grande o suficiente para afetar com grande seriedade os rumos do conflito. Dependendo da estratégia adequada os aviões poderiam se aproximar da task force sim.
Um exemplo: O míssil anti-navio oferecido no pacote do Jas-39 Gripen é o RBS-15 mk3, com um alcance de cerca de 200km. Ou seja, se ele fosse escolhido, os F-35 teriam que evitar um lançamento de míssil a 200km da task force. Não é tão simples assim.
Outra, ataques seriam feitos por Pacotes de ataque, partindo de direções diversas e convergindo contra o alvo(a Task Force). Com os meios que eles teriam disponíveis, você acha que eles conseguiriam impedir ataques de grande magnitude? E, pior, se combinarmos ataques aéreos e navais ao mesmo tempo, eles tem força para se defender com esse número de aeronaves diminuto?

Teriamos 48 F-5BR e 12 Su-35 (na melhor das hipóteses) e eles uns 36 F-35 (que seja), o F-35 apesar de ser uma versão inferior ao dos EUA ainda é formidavel, e abateria os F-5BR sem dificuldade, os Su-35 poderiam dar trabalho, mas são apenas 12, se eles conseguirem abater 12 F-35 (o que ja é muito) sendo destruídos

Você acha que existiriam F-35 suficientes para se contrapor a mais de 100 aviões de primeira linha consideravelmente modernos?? Eu sei que nenhum avião da FAB em 2008 pode se equiparar ao F-35 em qualidade técnica, mas o cenário influência muito.Eles serão poucos, estarão operando em uma área distante de casa com problemas logísticos, baseados em NAe´s velhos. O inimigo(Brasil) conta com o apoio de aviões AEW modernos, patrulheiros modernos.... Não estou querendo fazer parecer que o Brasil é invencível, ele obviamente não é. Mas este conflito aconteceria entre a RN apenas lutando contra todas as FA´s do Brasil! Por isso que eu digo que não é tão fácil assim.

Ok não podemos usar o ar vamos atacar por mar, primeiro problema, os ataques a baixa altitude, eles não são eficientes se tivermos AEW, mas graças aos F-35 NÃO temos AEW

Por quê? O R-99A tem um radar com alcance de 450km aproximadamente. Supondo que um avião com uma RCS pequena como o F-35 seja detectado a 150km de distância, isso dá tempo para o R-99A fugir, principalmente se ele tiver escolta.
Ahh, lembrando, o R-99A é um dos nossos meios mais importantes, ele sempre operaria com a escolta de um elemento de caças(provavelmente um elemento de FX).

2o teremos que lutar no mar em DESVANTAGEM numérica e tecnológica, que chances nos temos?

Essa desvantagem é seriamente amenizada sabendo que boa parte dos meios de ataque inimigo tem que ser desviados para proteger rotas de abastecimento da força naval e terrestre, fazendo com que a Força que efetivamente participa dos combates seja reduzida.
Sobre a desvantagem tecnológica, isso é claro que temos, mas os nossos meios navais não estão tão obsoletos assim. Após o ModFrag(e também supondo algum tipo de modernização no A-12) a nossa força naval teria uma capacidade média de ataque contra essa Frota.

Mas, claro, podermos perder? Sim, podemos. Mas acho que a probabilidade em um cenário como esse era a de que venceríamos.

Victor escreveu:O NAe deles é moribundo? E o nosso? Qual é melhor defendido?

Salve Victor! Bem, o nosso não é grande coisa, você sabe disso. Em questões técnicas(tirando o fato que o deles carrega poucos aviões) o deles é melhor defendido.

Nós temos dinheiro para investir? E eles?

Também tem oras bolas. Mas para eles isso seria uma intervenção, se eles perdessem essa parada não haveria grandes prejuísos estratégicos. Pro Brasil seria um ataque contra o seu território, a tentativa de tomada de uma ilha extremamente próxima à sua costa. As perdas estratégicas seriam enormes. Assim, nesse cenário, o Brasil estaria muito mais dispostoa a gastar $$$$ que a Inglaterra, que também tem problemas em outras partes do mundo.

Logística? Para alguém que já lutou no Altlântico Sul, no Afeganistão, no Golfo Pérsico etc, ter uma frente no Atlântico Central não me parece um bicho e sete cabeças...

Tirando as Malvinas, os demais conflitos citados por você a RN operou junto com a USN que garantia a maior parte do fluxo logístico e principalmente a defesa das rotas de transporte. Não nego que o sistema logístico Inglês é bem organizado para situações como essa, mas é uma situação problemática. Eles terão que manter uma frota com mais de 20 navios, mais alguns milhares de soldados na Ilha. Lembre-se: Sem comida a Task Force não luta. Sem munição a tasck Force não luta.

Isso se torna um bicho de sete cabeças quando o seu adversário tem condições de afundar os seus navios de suprimento no meio do atlântico, enquanto a sua força tarefa está ela própria sendo atacada e não tem a MÍNIMA condição de garantir segurança de navegação aos seus navios no atlântico.

"Por quê?" Você pode perguntar. Porque eles tem 30 escoltas, boa parte delas está atolada em outras partes do mundo com outros afazeres, outras estão em manutenção, outras estão em casa protegendo a ilha de Sua Majestade, foi um número até alto em estimar 20 escoltas. Mas tudo ok, 20. Supondo que 15 fiquem nas proximidades da Ilha para Proteger os Nae´s , sobram 5 para proteger as rotas de navegação! Só 5(suposição) para defender todos os navios em todo o atlântico! É mole ou quer mais? :?

Diferentemente das Malvinas, os navios de transporte vão ter que fazer um curso praticamente rente à Africa, o que aumentará o tempo de viagem, e mesmo assim não será 100% seguro chegar as ilhas. É aquela história, se o Brasil usar bem os seus Patrulheiros, ele vai saber a rota desses navios, podendo posteriormente ataca-los. E apenas uma fração das escoltas da RN não conseguirá evitar o afundamento dos mesmos.

Voltando ao exemplo das Malvinas:

Estava acertado para 1983/1984 a desativação dos dois NAe´s Britânicos da época(HMS Invencible e HMS Hermes). A Argentina estava começando a receber os Super Etendart e havia uma considerável remessa de AM-39 para serem entregues.
Supondo que a Argentina não fosse Burra como foi, e atacassem em 1984, quando os NAe´s da GB tivessem sido desativados e todos os AM-39 entregues. Os ingleses conseguiriam retomar as Malvinas? Acredito que não.

Esse cenário proposto, o ano de 2008 é um em que a RN provavelmente estará mais vulnerável, assim como foi em 1984. Não quero obviamente que um conflito aconteça. mas se ocorresse nessa data, seria a época em que o Brasil teria mais chances.

Vinicius escreveu:E o cara não queria participar da discussão... :lol:

Pois é... mas vi a discussão e os meus dedos começaram a coçar :D

Enfim, posso estar errado e o Brasil realmente não tenha chance de vitória. Mas é a minha opinião.

Abraço a todos

César




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#42 Mensagem por Marechal-do-ar » Dom Abr 25, 2004 12:43 am

Vocês estão muito otimistas ultimamente, se eu digo SE tiverem os F-35 em quantidade suficiente (uns 36) não conseguiriamos ganhar, bom alguem disse que o R-99 detecta o F-35 a 150km e ai foge, foge como? Ligando seu reator nuclear e voando a mach 3? :lol: :lol: :lol: Não tem como fugir, 150km é muito pouco e o F-35 é supersônico, o R-99 não, a sobrevivência dele vai depender das escoltas, mas quantas escoltas teriamos? Os F-5 não podem escoltar nada ja que não tem alcance, o FX tera poucos aviões e no máximo 6 poderão participar da escolta, contra uns 12 F-35 que seriam mandados a essa missão, ou seja, é melhor nem decola que se subir desce no mar, "se o gripen vencer teremos um super missel que tem alcance de 200km", e eles terão um AEW que detecta o Gripen a 250-300km e muitos F-35 voando constantemente, sera que ele tera a chance de lançar o missel? Sera que o missel dessa distância conseguira ter eficiência suficiente? Sera? Sera? "vamos realizar varios ataques ao mesmo tempo, etc, etc, etc" Com que meios? Aqui quem tem superioridade numérica são eles não nós.




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#43 Mensagem por Brasileiro » Seg Abr 26, 2004 4:58 pm

Acho que falamos demais sobre o F-35 e P-3 e esquecemos se uma coisa importante.

E as forças terrestres? Como elas farão a diferença?
E volto a perguntar: O Hércules tem capacidade de sair de uma base terrestre ir totalmente carregado para a ilha de Trindade, descarregar em vôo e voltar sem fazer abastecimento?? (no ar o no chão)?????

Eu acho que deveriam manter uns 5 ou 6 Hércules com capacidade de REVO, para no caso de missões de "enorme alcance" como no caso.





abraços




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#44 Mensagem por Marechal-do-ar » Seg Abr 26, 2004 5:19 pm

Brasileiro, o problema é que sem superioridade aérea você não pode transportar tropas pelo ar, e sem superioridade no mar você não pode transportar tropas pelo mar, e não com os F-35 não teriamos nem uma nem outra...




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#45 Mensagem por Fox » Seg Abr 26, 2004 5:21 pm

Blz Brasileiro,

E as forças terrestres? Como elas farão a diferença?
E volto a perguntar: O Hércules tem capacidade de sair de uma base terrestre ir totalmente carregado para a ilha de Trindade, descarregar em vôo e voltar sem fazer abastecimento?? (no ar o no chão)?????


O Hercules poderia perfeitamente ir e voltar da Ilha de Trindade sem fazer nenhum reabastecimento aéreo. Se você levar em consideração que o Hercules totalmente carregado, tem um alcance de translado de 3.795 km, considerando uma reserva operacional de 10%, então o Hercules teria um raio de ação de aproximadamente 1708 km.

A Ilha de Trindade está localizada a 1.167 km de Vitória, e 49 km das ilhas de Martin Vaz, portando o Hercules teria condições ir e voltar sem fazer nenhum reabastecimento.

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Até mais..........................................................................

Fox :wink:




Bandeira que é o nosso espelho!
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Que traz no topo vermelho,
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