Marinha pressiona governo por royalties do petróleo
Enviado: Sex Abr 06, 2007 7:20 pm
Marinha pressiona governo por royalties do petróleo
No momento em que o governo brasileiro abre os cofres para a Aeronáutica a fim de enfrentar a crise no controle de tráfego aéreo, a Marinha pressiona os dirigentes do País por sua fatia dos royalties do petróleo para construir novos navios. Segundo o novo comandante da Marinha brasileira, almirante Julio de Moura Neto, o governo reteve nos últimos anos R$ 2,7 bilhões da fatia dos royalties a que a Marinha tinha direito, provocando um atraso no programa de reaparelhamento, que deveria ter começado no ano passado. Outros R$ 850 milhões estão sendo retidos neste ano.
"Com esse dinheiro, poderíamos dar início ao programa de reaparelhamento neste ano. Tudo poderia ser feito com o dinheiro do petróleo, um dinheiro que é nosso por lei", disse o comandante, nomeado para o cargo no mês passado. Os cerca de R$ 550 milhões do Orçamento da Marinha para 2007 são suficientes apenas para honrar os gastos com a manutenção da força, afirmou.
Moura Neto afirmou que esse braço das Forças Armadas enfrenta uma grave falta de verba depois de passar uma década recebendo menos dinheiro do que o necessário. O cenário pode significar, no médio prazo, a aposentaria de navios de guerra sem que novos sejam construídos para substituí-los.
"Houve uma degradação das embarcações, dos aviões da Marinha e de outros equipamentos. Tivemos uma melhora em termos financeiros depois de 2004, mas isso não foi suficiente para reverter o processo de degradação, algo que é uma situação insustentável", afirmou.
O comandante argumenta que a Marinha é responsável por manter a calma nas águas territoriais onde está a maior parte dos poços de petróleo do Brasil e deveria receber toda a fatia dos royalties de exploração de petróleo a que, por lei, tem direito, especialmente depois de o maior país da América Latina ter se tornado, no ano passado, auto-suficiente em termos petrolíferos.
Apesar das queixas, Moura Neto afirmou estar otimista quanto à possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repassar dinheiro para todos os ramos das Forças Armadas do país se modernizarem.
Assustado com as paralisações realizadas pelos controladores de tráfego aéreo e com as falhas em equipamentos, que causaram uma situação caótica no setor de viagens aéreas, o governo aumentou em mais de três vezes os gastos com a Força Aérea nos primeiros três meses do ano.
Moura Neto também disse que o governo ainda tinha de escolher qual modelo de submarino será construído no Brasil por uma empresa estrangeira. Estão sendo avaliados o submarino classe Scorpene, da francesa Armaris, e o submarino alemão IKL-214, da HDW-ThyssenKrupp. "Ainda não há decisão. Há uma grande possibilidade de que optemos pelo IKL já que possuímos outros submarinos IKL. Mas há outras possibilidades, entre as quais o Scorpene. A Marinha ficaria satisfeita se obtivesse qualquer um dos dois", disse o almirante.
Enquanto trabalha no desenvolvimento de um submarino nuclear próprio, o Brasil, segundo Moura Neto, ainda levaria oito anos e gastaria cerca de 600 milhões de dólares para concluir a construção de um reator atômico. Depois disso, o país teria de se concentrar na construção do casco para esse submarino.
Fonte: http://br.invertia.com/noticias/noticia ... 785&idtel=
No momento em que o governo brasileiro abre os cofres para a Aeronáutica a fim de enfrentar a crise no controle de tráfego aéreo, a Marinha pressiona os dirigentes do País por sua fatia dos royalties do petróleo para construir novos navios. Segundo o novo comandante da Marinha brasileira, almirante Julio de Moura Neto, o governo reteve nos últimos anos R$ 2,7 bilhões da fatia dos royalties a que a Marinha tinha direito, provocando um atraso no programa de reaparelhamento, que deveria ter começado no ano passado. Outros R$ 850 milhões estão sendo retidos neste ano.
"Com esse dinheiro, poderíamos dar início ao programa de reaparelhamento neste ano. Tudo poderia ser feito com o dinheiro do petróleo, um dinheiro que é nosso por lei", disse o comandante, nomeado para o cargo no mês passado. Os cerca de R$ 550 milhões do Orçamento da Marinha para 2007 são suficientes apenas para honrar os gastos com a manutenção da força, afirmou.
Moura Neto afirmou que esse braço das Forças Armadas enfrenta uma grave falta de verba depois de passar uma década recebendo menos dinheiro do que o necessário. O cenário pode significar, no médio prazo, a aposentaria de navios de guerra sem que novos sejam construídos para substituí-los.
"Houve uma degradação das embarcações, dos aviões da Marinha e de outros equipamentos. Tivemos uma melhora em termos financeiros depois de 2004, mas isso não foi suficiente para reverter o processo de degradação, algo que é uma situação insustentável", afirmou.
O comandante argumenta que a Marinha é responsável por manter a calma nas águas territoriais onde está a maior parte dos poços de petróleo do Brasil e deveria receber toda a fatia dos royalties de exploração de petróleo a que, por lei, tem direito, especialmente depois de o maior país da América Latina ter se tornado, no ano passado, auto-suficiente em termos petrolíferos.
Apesar das queixas, Moura Neto afirmou estar otimista quanto à possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repassar dinheiro para todos os ramos das Forças Armadas do país se modernizarem.
Assustado com as paralisações realizadas pelos controladores de tráfego aéreo e com as falhas em equipamentos, que causaram uma situação caótica no setor de viagens aéreas, o governo aumentou em mais de três vezes os gastos com a Força Aérea nos primeiros três meses do ano.
Moura Neto também disse que o governo ainda tinha de escolher qual modelo de submarino será construído no Brasil por uma empresa estrangeira. Estão sendo avaliados o submarino classe Scorpene, da francesa Armaris, e o submarino alemão IKL-214, da HDW-ThyssenKrupp. "Ainda não há decisão. Há uma grande possibilidade de que optemos pelo IKL já que possuímos outros submarinos IKL. Mas há outras possibilidades, entre as quais o Scorpene. A Marinha ficaria satisfeita se obtivesse qualquer um dos dois", disse o almirante.
Enquanto trabalha no desenvolvimento de um submarino nuclear próprio, o Brasil, segundo Moura Neto, ainda levaria oito anos e gastaria cerca de 600 milhões de dólares para concluir a construção de um reator atômico. Depois disso, o país teria de se concentrar na construção do casco para esse submarino.
Fonte: http://br.invertia.com/noticias/noticia ... 785&idtel=