Glossário de Termos militares Básicos - Forças Navais
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Glossário de Termos militares Básicos - Forças Navais
Olá usuários do DefesaBrasil,
Vimos por meio desta dar início a um projeto, que julgamos muito importante: A criação de tópicos de termos militares básicos ao longo das áreas militares do fórum. Inicialmente abrangerá apenas as seções de Forças Aéreas, Navais e Terrestres. Se der certo, iremos estendê-la a outras, como a de Conflitos e Aeroespacial.
Como ele funcionará: Não queremos um dicionário, com pequenas definições vagas. Pensamos em pequenos textos, com figuras e tudo mais, e até links para maiores informações em cada vocábulo. Não queremos, porém, textos grandes demais. Queremos uma explicação geral de cada termo, e mostrada de forma compreensível.
Pois bem. Em cada tópico de conhecimentos básicos, haverá uma mensagem inicial, explicando o seu funcionamento. A partir daí, começa o glossário. Cada mensagem do tópico se referirá a uma letra. Assim, uma mensagem mostrará vocábulos que começam com "A", a seguinte com "B"(ou a letra mais próxima de "A", caso não exista "B") e assim por diante. Isso ajudará a encontrar as definições.
O tópico será aberto para a comunidade, e qualquer um pode colocar qualquer vocábulo que quiser, desde que adequado ao tópico. Por exemplo, no tópico/glossário da seção forças aéreas, não se deve colocar coisas sobre navios(que irão na seção forças navais).
Abrimos uma exceção a termos que podem muito bem se encaixarem em qualquer seção(como "mísseis", que já acrescentamos para começar o glossário).
Quando um usuário acrescentar um novo termo, um moderador irá pegar esse termo, acrescentá-lo na mensagem adequada(por exemplo, se o cara bota um termo "BVR", coloca-se na mensagem referente à letra "B"), e apaga a mensagem do usuário. Como forma de incentivo à postagem de novos termos, identificaremos quem colocou o mesmo no glossário.
Os usuários também poderão perguntar por termos, para incentivar a resposta de alguém. Essas perguntas não serão apagadas. Se alguém achar que a pergunta é muito ridícula, ele poderá fazê-la para o CF por MP, e o membro do CF acrescenta a pergunta lá, ou a responde se tiver conhecimento.
Assim, alguém chega pro CF por MP e pergunta "O que é ELINT?", o membro do CF vai no tópico, faz essa pergunta para incentivar a resposta por parte dos usuários(ou dá uma resposta, caso saiba) e espera que alguém defina esse termo.
Quanto ao termo: cada termo poderá contar com sua explicação, figuras que ajudem na compreensão e, se for o caso, o link para algum site que forneça maiores informações.
Exemplo:
Submarino Nuclear: blábáblá...(texto).
Submarino nuclear HMS Trafalgar
Mais informações: http://www.submarinonuclear.seilaoque
Postado por César
Tudo certo?
Pedimos que não coloquem fotos muito grandes(se isso for constatado, será editado). Evitem colocar definições muito pequenas, sem explicações do que a mesma se trata(exemplos ajudariam a compreensão) mas também não coloquem textos muito grandes. Se você tiver algum site que tenha mais informações a respeito do tema, coloque o link abaixo da mensagem, como explicitado acima.
Antes de colocar um termo, vejam se ele já foi postado. Se ele já foi e você o julga incompleto, crie uma nova mensagem, acrescentando, referente àquele termo, as informações que você julga necessária, e a moderação as acrescentará ao vocábulo. O nome de quem fizer esse tipo de coisa também constará no termo.
Dêem mais importância a colocação de siglas(tipo, "HUD") ao invés dos nomes extensos("Head-up Display"). A razão disso é que a maior parte das dúvidas dos membros refere-se ao não entendimento de siglas. Ao se colocar uma sigla, a moderação automaticamente acrescentará o seu nome extenso em outro lugar, direcionando para a sigla. Exemplo, foi colocado a sigla HUD. A moderação acrescentará esta sigla no glossário, e criará um termo chamado "Head-up Display" onde constará um hiper link escrito ver HUD. Salvo se a sua significação for por demais evidente(exemplo: BVR - Beyond Visual Range. O nome diz por si só o significado).
Entendido?
Novamente gostariamos de pedir a participação da comunidade para esta idéia dar certo. O objetivo do fórum é difundir conhecimento, e este glossário será particularmente importante para os usuários que estão começando a estudar assuntos militares.
Temos usuários com milhares de mensagens. Gastem o tempo que usariam para uma ou outra e escrevam um termo no glossário. Vai ser de grande ajuda.
Informamos também que este glossário será colocado no site do DefesaBrasil, quando este voltar a funcionar. Porém lá o nome dos usuários que postaram o termo será suprimido.
Abraços
César
Vimos por meio desta dar início a um projeto, que julgamos muito importante: A criação de tópicos de termos militares básicos ao longo das áreas militares do fórum. Inicialmente abrangerá apenas as seções de Forças Aéreas, Navais e Terrestres. Se der certo, iremos estendê-la a outras, como a de Conflitos e Aeroespacial.
Como ele funcionará: Não queremos um dicionário, com pequenas definições vagas. Pensamos em pequenos textos, com figuras e tudo mais, e até links para maiores informações em cada vocábulo. Não queremos, porém, textos grandes demais. Queremos uma explicação geral de cada termo, e mostrada de forma compreensível.
Pois bem. Em cada tópico de conhecimentos básicos, haverá uma mensagem inicial, explicando o seu funcionamento. A partir daí, começa o glossário. Cada mensagem do tópico se referirá a uma letra. Assim, uma mensagem mostrará vocábulos que começam com "A", a seguinte com "B"(ou a letra mais próxima de "A", caso não exista "B") e assim por diante. Isso ajudará a encontrar as definições.
O tópico será aberto para a comunidade, e qualquer um pode colocar qualquer vocábulo que quiser, desde que adequado ao tópico. Por exemplo, no tópico/glossário da seção forças aéreas, não se deve colocar coisas sobre navios(que irão na seção forças navais).
Abrimos uma exceção a termos que podem muito bem se encaixarem em qualquer seção(como "mísseis", que já acrescentamos para começar o glossário).
Quando um usuário acrescentar um novo termo, um moderador irá pegar esse termo, acrescentá-lo na mensagem adequada(por exemplo, se o cara bota um termo "BVR", coloca-se na mensagem referente à letra "B"), e apaga a mensagem do usuário. Como forma de incentivo à postagem de novos termos, identificaremos quem colocou o mesmo no glossário.
Os usuários também poderão perguntar por termos, para incentivar a resposta de alguém. Essas perguntas não serão apagadas. Se alguém achar que a pergunta é muito ridícula, ele poderá fazê-la para o CF por MP, e o membro do CF acrescenta a pergunta lá, ou a responde se tiver conhecimento.
Assim, alguém chega pro CF por MP e pergunta "O que é ELINT?", o membro do CF vai no tópico, faz essa pergunta para incentivar a resposta por parte dos usuários(ou dá uma resposta, caso saiba) e espera que alguém defina esse termo.
Quanto ao termo: cada termo poderá contar com sua explicação, figuras que ajudem na compreensão e, se for o caso, o link para algum site que forneça maiores informações.
Exemplo:
Submarino Nuclear: blábáblá...(texto).
Submarino nuclear HMS Trafalgar
Mais informações: http://www.submarinonuclear.seilaoque
Postado por César
Tudo certo?
Pedimos que não coloquem fotos muito grandes(se isso for constatado, será editado). Evitem colocar definições muito pequenas, sem explicações do que a mesma se trata(exemplos ajudariam a compreensão) mas também não coloquem textos muito grandes. Se você tiver algum site que tenha mais informações a respeito do tema, coloque o link abaixo da mensagem, como explicitado acima.
Antes de colocar um termo, vejam se ele já foi postado. Se ele já foi e você o julga incompleto, crie uma nova mensagem, acrescentando, referente àquele termo, as informações que você julga necessária, e a moderação as acrescentará ao vocábulo. O nome de quem fizer esse tipo de coisa também constará no termo.
Dêem mais importância a colocação de siglas(tipo, "HUD") ao invés dos nomes extensos("Head-up Display"). A razão disso é que a maior parte das dúvidas dos membros refere-se ao não entendimento de siglas. Ao se colocar uma sigla, a moderação automaticamente acrescentará o seu nome extenso em outro lugar, direcionando para a sigla. Exemplo, foi colocado a sigla HUD. A moderação acrescentará esta sigla no glossário, e criará um termo chamado "Head-up Display" onde constará um hiper link escrito ver HUD. Salvo se a sua significação for por demais evidente(exemplo: BVR - Beyond Visual Range. O nome diz por si só o significado).
Entendido?
Novamente gostariamos de pedir a participação da comunidade para esta idéia dar certo. O objetivo do fórum é difundir conhecimento, e este glossário será particularmente importante para os usuários que estão começando a estudar assuntos militares.
Temos usuários com milhares de mensagens. Gastem o tempo que usariam para uma ou outra e escrevam um termo no glossário. Vai ser de grande ajuda.
Informamos também que este glossário será colocado no site do DefesaBrasil, quando este voltar a funcionar. Porém lá o nome dos usuários que postaram o termo será suprimido.
Abraços
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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Glossário de termos técnicos do site Poder Naval Online:
http://www.naval.com.br/conhecimentos/gloss/gloss.htm
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APAR multifunction radar
APAR multifunction radar is configured as an active phased array radar, operating in the I band, performing various tasks simultaneously, including automatic detection and tracking of low altitude targets (e.g. sea-skimmers), detection and tracking of air targets and the support and guidance of a wide range of missiles. The complete APAR multifunction radar consists of 4 faces covering 360 degrees of possible threat. 3,424 Transmit/Receive elements are installed in each of the four arrays, providing a powerful and redundant system architecture. Interrupted Continuous Wave (CW) illumination (ICWI) is a built-in feature of the APAR system, designed to cope with the terminal guidance requirements of SM-2 and ESSM missiles. APAR is the result of a tri-national development, led by Thales Netherlands, involving governments and industries from the Netherlands, Germany and Canada.
Postado por P44. Precisa de tradução e uma explicação simplificada a pessoas leigas no assunto
Mais informações (APAR x AEGIS) - Contribuição do usuário Sintra:
APAR multifunction radar
APAR multifunction radar is configured as an active phased array radar, operating in the I band, performing various tasks simultaneously, including automatic detection and tracking of low altitude targets (e.g. sea-skimmers), detection and tracking of air targets and the support and guidance of a wide range of missiles. The complete APAR multifunction radar consists of 4 faces covering 360 degrees of possible threat. 3,424 Transmit/Receive elements are installed in each of the four arrays, providing a powerful and redundant system architecture. Interrupted Continuous Wave (CW) illumination (ICWI) is a built-in feature of the APAR system, designed to cope with the terminal guidance requirements of SM-2 and ESSM missiles. APAR is the result of a tri-national development, led by Thales Netherlands, involving governments and industries from the Netherlands, Germany and Canada.
Postado por P44. Precisa de tradução e uma explicação simplificada a pessoas leigas no assunto
Mais informações (APAR x AEGIS) - Contribuição do usuário Sintra:
1- AEGIS é um sistema, APAR é um radar, não são a mesma coisa.
2- Os radares presentes no sistema AEGIS são as iteracções mais recentes do AN/SPY-1D ou AN/SPY-1F, equipamentos PESA. No caso dos “Ticos” existe também um AN/SPS-49 como apoio na função de radar de vigilância aérea, este ultimo funciona na banda L.
3- O sistema Europeu é uma mistura de dois radares, o APAR, um equipamento AESA, que funciona na banda X e que funciona como um radar director de tiro muito sofisticado e o SMART-L que é o radar de vigilância aérea de volume.
4- Pelo seu tamanho e potência qualquer uma destas duas variantes do SPY pode criar mais “canais de tiro” do que o APAR, sensivelmente algo como <100 para o radar americano e 30/32 para o radar Europeu. Isto implica que o radar Americano é capaz de fazer um “mid flight update” do posicionamento de <100 alvos, o Europeu “apenas” o pode fazer a 30/32 . (vantagem AEGIS)
5- Pelas mesmissimas razões, tamanho, potência e pelo posicionamento fixo da antena, o SPY conseguirá (em teoria) manter contactos de melhor qualidade a médias/longas distâncias do que o SMART-L, a isto chama-se Track While Scan. (vantagem AEGIS)
6- Tendo maior nº de canais de tiro, o SPY pode, teoricamente, manter um maior nº de misseis no ar, mais para a frente vamos ver que isto, em determinadas situações, pode não ser verdade.
7- Os misseis (ESSM, SM2 IIIA, SM2 IIIB) utilizados por ambos os sistemas, actualmente, são SARH, ou seja, não têm um radar activo na “cabeça”, o sistema é passivo. O alvo tem de ser iluminado por um radar externo, o APAR no caso do sistema Europeu, o SPY-1 em combinação com o MK-99 Fire Control System no caso Americano. Este ultimo utiliza vários AN/SPG-62 Fire Control Radar´s que funcionam como ilumindores “finais” do vôo do missil, sendo o “mid flight update” garantido pelo SPY-1.
8- Brevemente estará disponivel o Standard SM-6 que é activo, combina o radar de um Amraam (alterado) com o “corpo” de um SM2 IIIB
9- O nº de iluminadores AN/SPG-62 presentes em cada navio, varia de classe para classe, 2 nas F100, 3 nas “AB” e 4 nas “Tico”.
10- Estes iluminadores são necessários para fazer o “homing” final (sensivelmente os dois ultimos segundos de vôo dos ESSM/SM2). Cada um dos iluminadores AN/SPG-62 apenas pode fazer este “homing” final a um unico alvo, o APAR consegue fazer o homing final a quatro alvos por cada uma das suas quatro faces, ou seja 16 alvos no total. (Vantagem APAR/SMARTL)
11- O APAR é um radar relativamente pequeno e leve o que lhe permite ser colocado bastante alto por comparação com o sistema Americano, mesmo o AN/SPY-1F, mais pequeno que o “D”. Aumenta o horizonte ao nivel do mar em relação a sistemas maiores, o que é extremamente util se o alvo a ser abatido for um missil anti navio que voa a 10 metros de altura. (Vantagem APAR/SMARTL)
12- O facto de ser mais pequeno e leve também traz desvantagens, o APAR só consegue ver a uma distância de 150 km´s, o SPY-1D alcança perfeitamente o dobro. Isto é em parte compensado pelos 450 km´s do SmartL, mas existe uma real perda de qualidade de “contacto”. Este ultimo radar é rotativo o que faz com que exista uma perda de visualização do alvo durante parte da rotação do SMARTL. Com a introdução do SM6 esta situação tende a esbater-se. (Vantagem AEGIS).
Resumindo
O AEGIS consegue colocar mais misseis no ar ao mesmo tempo, mas pode ver-se na eventualidade de não conseguir fazer o “homing final” de todos eles. O que pode ser gravissimo. Isto pode ser remediado se tiver o apoio de uma plataforma do tipo AWACS que lhe transfira os alvos que voem a muito baixa altitude a distâncias elevadas. Se este apoio não existir um navio pode ver-se na contigência de descobrir que está a ser atacado quando o missil anti navio está a uma distância extremamente curta (25/30 km´s) e neste caso o que conta é a quantidade de “homing´s” que o navio consegue fazer e neste caso o sistema Europeu é muitissimo superior, 16 versus 2/3/4. Por outro lado, a média/longa distância o AEGIS consegue efectuar o seguimento de mais alvos em melhores condições. Isto para a US Navy é óptimo, para uma marinha sem o apoio de AWACS e respectivas “networks” de troca de informações o sistema Europeu parece trazer vantagens claras.
Editado pela última vez por César em Dom Jan 21, 2007 2:07 pm, em um total de 2 vezes.
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Calado:Calado é a designação dada à profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação. O calado mede-se verticalmente a partir de um ponto na superfície externa da quilha.
Em função do ponto da embarcação e da forma de medição existem diversas formas de expressar o calado. As mais comuns são:
Calado a meia-nau — distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa do navio medida na secção a meia-nau, isto é, a meio comprimento entre as perpendiculares dos pontos extremos da proa e popa. Em geral não correspondendo ao calado médio, o qual é a média aritmética dos calados medidos sobre as perpendiculares a vante e a ré do navio.
Calado máximo — distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa da quilha do navio medida quando este estiver na condição de deslocamento em plena carga (ou deslocamento máximo).
Calado médio — média aritmética dos calados medidos sobre as perpendiculares a vante e a ré.
Calado mínimo — distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa da quilha do navio medida quando este estiver na condição de deslocamento mínimo.
Calado moldado — distância vertical entre a superfície da água e a linha da base moldada do casco. É utilizado no cálculo dos deslocamentos e para a determinação das curvas hidrostáticas da embarcação.
Calado normal — distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa da quilha de uma embarcação, quando esta está com o seu deslocamento normal.
O conhecimento do calado do navio em cada condição de carga e de densidade da água (em função da salinidade e temperatura) é fundamental para determinar a sua navegabilidade sobre zonas pouco profundas, em especial nos portos e em canais.
O calado, acrescido de um valor de segurança (o pé de piloto), determina os portos onde o navio pode entrar e as barras e canais que pode atravessar em cada condição de maré.
Em alguns casos é obrigatório escrever no costado das embarcações um conjunto de marcas e de informações sobre calado para que as autoridades portuárias possam controlar com segurança a operação dos navios e o estado de carga (a marca de carga - por vezes designada linha Plimsoll - determina a linha de água segura para cada carga e densidade esperada da água).
Em outras palavras, é quase isso aqui tudo pintado de vermelho:
Postado por Alcantara
Calado:Calado é a designação dada à profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação. O calado mede-se verticalmente a partir de um ponto na superfície externa da quilha.
Em função do ponto da embarcação e da forma de medição existem diversas formas de expressar o calado. As mais comuns são:
Calado a meia-nau — distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa do navio medida na secção a meia-nau, isto é, a meio comprimento entre as perpendiculares dos pontos extremos da proa e popa. Em geral não correspondendo ao calado médio, o qual é a média aritmética dos calados medidos sobre as perpendiculares a vante e a ré do navio.
Calado máximo — distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa da quilha do navio medida quando este estiver na condição de deslocamento em plena carga (ou deslocamento máximo).
Calado médio — média aritmética dos calados medidos sobre as perpendiculares a vante e a ré.
Calado mínimo — distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa da quilha do navio medida quando este estiver na condição de deslocamento mínimo.
Calado moldado — distância vertical entre a superfície da água e a linha da base moldada do casco. É utilizado no cálculo dos deslocamentos e para a determinação das curvas hidrostáticas da embarcação.
Calado normal — distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa da quilha de uma embarcação, quando esta está com o seu deslocamento normal.
O conhecimento do calado do navio em cada condição de carga e de densidade da água (em função da salinidade e temperatura) é fundamental para determinar a sua navegabilidade sobre zonas pouco profundas, em especial nos portos e em canais.
O calado, acrescido de um valor de segurança (o pé de piloto), determina os portos onde o navio pode entrar e as barras e canais que pode atravessar em cada condição de maré.
Em alguns casos é obrigatório escrever no costado das embarcações um conjunto de marcas e de informações sobre calado para que as autoridades portuárias possam controlar com segurança a operação dos navios e o estado de carga (a marca de carga - por vezes designada linha Plimsoll - determina a linha de água segura para cada carga e densidade esperada da água).
Em outras palavras, é quase isso aqui tudo pintado de vermelho:
Postado por Alcantara
Editado pela última vez por César em Dom Jan 21, 2007 2:07 pm, em um total de 1 vez.
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SMART-L
O SMART-L, parte do sistema AAWS, é um radar 3D de busca de volume que opera na banda D volume busca, alerta antecipado, controle de caças, defesa de área e auto-defesa. O radar detecta e inicia o acompanhamento de até 1000 alvos aéreos a até 400km. É capaz de detectar alvos furtivos em ruído de fundo terrestre a até 55km e tem capacidade contra mísseis balísticos. Faz 12 rotações por segundo com cobertura de 360x70 graus e produz 16 feixes sobrepostos com 14 acima do horizonte que podem ser comprimidos em 8 para contrapor interferência. O SMART-L faz fusão de dados através do AAWS com o IRST Sirius, IFF, ESM, datalink e APAR, além de analise de situação, controle de armas, execução e monitoração de engajamento e guiagem de mísseis.
Fonte: Sistema de Armas - http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/index.html
Radar 3D SMART-L
Especificações
Antenna system:
• Dimensions; 10×5 m, 7800 kg
• Number of antenna elements: 16 for transmitting and receiving, 8 more for receive only
• Number of beams formed: 14
• Beamwidth 2.2° horizontal, 10–70° vertical
• Polarization: vertical
• Frequency: D band (former L band)
• Rotational speed: 12 rpm
• IFF system integrated, D band
Maximum detection ranges:
• Stealth missiles: 65 km
• Fighter aircraft: 220 km
• Patrol aircraft: 400 km
Maximal numbers of tracked targets:
• Airborne: 1000
• Seaborne: 100
• Radar jamming sources: 32
F220 Hamburg, da marinha alemã com o radar SMART-L
Fonte: Wikipedia - http://en.wikipedia.org/wiki/SMART-L
mais em:
http://www.defense-update.com/topics/navy/index.html
Postado por P44 e Faterra
SMART-L
O SMART-L, parte do sistema AAWS, é um radar 3D de busca de volume que opera na banda D volume busca, alerta antecipado, controle de caças, defesa de área e auto-defesa. O radar detecta e inicia o acompanhamento de até 1000 alvos aéreos a até 400km. É capaz de detectar alvos furtivos em ruído de fundo terrestre a até 55km e tem capacidade contra mísseis balísticos. Faz 12 rotações por segundo com cobertura de 360x70 graus e produz 16 feixes sobrepostos com 14 acima do horizonte que podem ser comprimidos em 8 para contrapor interferência. O SMART-L faz fusão de dados através do AAWS com o IRST Sirius, IFF, ESM, datalink e APAR, além de analise de situação, controle de armas, execução e monitoração de engajamento e guiagem de mísseis.
Fonte: Sistema de Armas - http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/index.html
Radar 3D SMART-L
Especificações
Antenna system:
• Dimensions; 10×5 m, 7800 kg
• Number of antenna elements: 16 for transmitting and receiving, 8 more for receive only
• Number of beams formed: 14
• Beamwidth 2.2° horizontal, 10–70° vertical
• Polarization: vertical
• Frequency: D band (former L band)
• Rotational speed: 12 rpm
• IFF system integrated, D band
Maximum detection ranges:
• Stealth missiles: 65 km
• Fighter aircraft: 220 km
• Patrol aircraft: 400 km
Maximal numbers of tracked targets:
• Airborne: 1000
• Seaborne: 100
• Radar jamming sources: 32
F220 Hamburg, da marinha alemã com o radar SMART-L
Fonte: Wikipedia - http://en.wikipedia.org/wiki/SMART-L
mais em:
http://www.defense-update.com/topics/navy/index.html
Postado por P44 e Faterra
Editado pela última vez por César em Seg Fev 19, 2007 4:22 pm, em um total de 1 vez.
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
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Glossário de Termos Técnicos Navais
Fonte: Revista Passadiço – 2005
• Assinatura Magnética - representação gráfica da medida do campo magnético irradiado por um navio, em uma determinada profundidade, em decorrência de suas magnetizações induzidas e de magnetizações permanentes.
• Corrida Magnética - Passagem de um meio naval pelas Raias Magnéticas.
• Direções cardeais magnéticas - Direções Norte-Sul e Leste-Oeste magnéticos, que são defasadas cerca de 23° para Oeste (declinação magnética na região da Baía de Todos os Santos), em relação às direções cardeais geográficas.
• Magnetização - Momento magnético de um corpo por unidade de volume (também conhecida como imantação). Para navios e submarinos é decomposta em três componentes: longitudinal (direção proa - popa), transversal (direção do través) e vertical (direção perpendicular aos conveses). Um meio naval de casco ferromagnético apresenta dois tipos de magnetização: Permanente e Induzida.
• Magnetização Induzida - Magnetização apresentada por material ferromagnético ao ser exposto a um campo magnético externo (campo magnético terrestre, no caso dos meios navais). A magnetização induzida é uma reação natural de qualquer estrutura construída em material ferromagnético e é alterada conforme a direção e intensidade do campo magnético externo. A magnetização induzida apresentada pelos navios varia em função do seu rumo e de sua latitude.
• Magnetização Permanente - Magnetização apresentada por material ferromagnético, após ter sido magnetizado, que irradia campo magnético mesmo na ausência de campo magnético externo. É também conhecida como imantação.
• Material Ferromagnético - Material que possui elevada permeabilidade magnética, como o ferro, o níquel, o cobalto e várias ligas.
• Mina de Influência Magnética - Mina programada para que, durante a passagem de algum navio, ao serem detectados níveis de magnetização acima de um valor pré-definido, seja automaticamente detonada.
• Permeabilidade magnética - grandeza física inerente a um determinado material, que define o grau de magnetização adquirido por ele quando sujeito a um campo magnético externo. É comumente utilizada a Permeabilidade Relativa, que é adimensional e vale em torno de 1 para materiais não magnéticos e apresenta valores muito maiores que 1 para materiais ferromagnéticos.
• Profundidade de Segurança - O mesmo que Raio de Segurança, exceto que se refere a navios de superfície e é medida a partir da linha d’água e não do eixo longitudinal.
• Raias Magnéticas - raias de passagem, localizadas na Ilha de Itaparica (Baía de Todos os Santos - Bahia), orientadas nas direções cardeais magnéticas.
• Sistema de Proteção Magnética - sistema existente em alguns em navios que é utilizado para reduzir sua Assinatura Magnética. É composto por bobinas em diferentes posições a bordo, e por um equipamento para controle de corrente elétrica, podendo ser automático ou manual. É mais conhecido como “Sistema de Degaussing”.
https://www.mar.mil.br/caaml/arquivos/p ... necido.pdf
Fonte: Revista Passadiço – 2005
• Assinatura Magnética - representação gráfica da medida do campo magnético irradiado por um navio, em uma determinada profundidade, em decorrência de suas magnetizações induzidas e de magnetizações permanentes.
• Corrida Magnética - Passagem de um meio naval pelas Raias Magnéticas.
• Direções cardeais magnéticas - Direções Norte-Sul e Leste-Oeste magnéticos, que são defasadas cerca de 23° para Oeste (declinação magnética na região da Baía de Todos os Santos), em relação às direções cardeais geográficas.
• Magnetização - Momento magnético de um corpo por unidade de volume (também conhecida como imantação). Para navios e submarinos é decomposta em três componentes: longitudinal (direção proa - popa), transversal (direção do través) e vertical (direção perpendicular aos conveses). Um meio naval de casco ferromagnético apresenta dois tipos de magnetização: Permanente e Induzida.
• Magnetização Induzida - Magnetização apresentada por material ferromagnético ao ser exposto a um campo magnético externo (campo magnético terrestre, no caso dos meios navais). A magnetização induzida é uma reação natural de qualquer estrutura construída em material ferromagnético e é alterada conforme a direção e intensidade do campo magnético externo. A magnetização induzida apresentada pelos navios varia em função do seu rumo e de sua latitude.
• Magnetização Permanente - Magnetização apresentada por material ferromagnético, após ter sido magnetizado, que irradia campo magnético mesmo na ausência de campo magnético externo. É também conhecida como imantação.
• Material Ferromagnético - Material que possui elevada permeabilidade magnética, como o ferro, o níquel, o cobalto e várias ligas.
• Mina de Influência Magnética - Mina programada para que, durante a passagem de algum navio, ao serem detectados níveis de magnetização acima de um valor pré-definido, seja automaticamente detonada.
• Permeabilidade magnética - grandeza física inerente a um determinado material, que define o grau de magnetização adquirido por ele quando sujeito a um campo magnético externo. É comumente utilizada a Permeabilidade Relativa, que é adimensional e vale em torno de 1 para materiais não magnéticos e apresenta valores muito maiores que 1 para materiais ferromagnéticos.
• Profundidade de Segurança - O mesmo que Raio de Segurança, exceto que se refere a navios de superfície e é medida a partir da linha d’água e não do eixo longitudinal.
• Raias Magnéticas - raias de passagem, localizadas na Ilha de Itaparica (Baía de Todos os Santos - Bahia), orientadas nas direções cardeais magnéticas.
• Sistema de Proteção Magnética - sistema existente em alguns em navios que é utilizado para reduzir sua Assinatura Magnética. É composto por bobinas em diferentes posições a bordo, e por um equipamento para controle de corrente elétrica, podendo ser automático ou manual. É mais conhecido como “Sistema de Degaussing”.
https://www.mar.mil.br/caaml/arquivos/p ... necido.pdf
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
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Corrigir, o Smart nao roda a 12Rotaçoes por segundo, ele nao é uma centrifuga nem nada
Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness
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Glossário de Termos Técnicos Navais
Fonte: Revista Passadiço – 2005
• Assinatura Magnética - representação gráfica da medida do campo magnético irradiado por um navio, em uma determinada profundidade, em decorrência de suas magnetizações induzidas e de magnetizações permanentes.
• Corrida Magnética - Passagem de um meio naval pelas Raias Magnéticas.
• Direções cardeais magnéticas - Direções Norte-Sul e Leste-Oeste magnéticos, que são defasadas cerca de 23° para Oeste (declinação magnética na região da Baía de Todos os Santos), em relação às direções cardeais geográficas.
• Magnetização - Momento magnético de um corpo por unidade de volume (também conhecida como imantação). Para navios e submarinos é decomposta em três componentes: longitudinal (direção proa - popa), transversal (direção do través) e vertical (direção perpendicular aos conveses). Um meio naval de casco ferromagnético apresenta dois tipos de magnetização: Permanente e Induzida.
• Magnetização Induzida - Magnetização apresentada por material ferromagnético ao ser exposto a um campo magnético externo (campo magnético terrestre, no caso dos meios navais). A magnetização induzida é uma reação natural de qualquer estrutura construída em material ferromagnético e é alterada conforme a direção e intensidade do campo magnético externo. A magnetização induzida apresentada pelos navios varia em função do seu rumo e de sua latitude.
• Magnetização Permanente - Magnetização apresentada por material ferromagnético, após ter sido magnetizado, que irradia campo magnético mesmo na ausência de campo magnético externo. É também conhecida como imantação.
• Material Ferromagnético - Material que possui elevada permeabilidade magnética, como o ferro, o níquel, o cobalto e várias ligas.
• Mina de Influência Magnética - Mina programada para que, durante a passagem de algum navio, ao serem detectados níveis de magnetização acima de um valor pré-definido, seja automaticamente detonada.
• Permeabilidade magnética - grandeza física inerente a um determinado material, que define o grau de magnetização adquirido por ele quando sujeito a um campo magnético externo. É comumente utilizada a Permeabilidade Relativa, que é adimensional e vale em torno de 1 para materiais não magnéticos e apresenta valores muito maiores que 1 para materiais ferromagnéticos.
• Profundidade de Segurança - O mesmo que Raio de Segurança, exceto que se refere a navios de superfície e é medida a partir da linha d’água e não do eixo longitudinal.
• Raias Magnéticas - raias de passagem, localizadas na Ilha de Itaparica (Baía de Todos os Santos - Bahia), orientadas nas direções cardeais magnéticas.
• Sistema de Proteção Magnética - sistema existente em alguns em navios que é utilizado para reduzir sua Assinatura Magnética. É composto por bobinas em diferentes posições a bordo, e por um equipamento para controle de corrente elétrica, podendo ser automático ou manual. É mais conhecido como “Sistema de Degaussing”.
https://www.mar.mil.br/caaml/arquivos/p ... necido.pdf
Fonte: Revista Passadiço – 2005
• Assinatura Magnética - representação gráfica da medida do campo magnético irradiado por um navio, em uma determinada profundidade, em decorrência de suas magnetizações induzidas e de magnetizações permanentes.
• Corrida Magnética - Passagem de um meio naval pelas Raias Magnéticas.
• Direções cardeais magnéticas - Direções Norte-Sul e Leste-Oeste magnéticos, que são defasadas cerca de 23° para Oeste (declinação magnética na região da Baía de Todos os Santos), em relação às direções cardeais geográficas.
• Magnetização - Momento magnético de um corpo por unidade de volume (também conhecida como imantação). Para navios e submarinos é decomposta em três componentes: longitudinal (direção proa - popa), transversal (direção do través) e vertical (direção perpendicular aos conveses). Um meio naval de casco ferromagnético apresenta dois tipos de magnetização: Permanente e Induzida.
• Magnetização Induzida - Magnetização apresentada por material ferromagnético ao ser exposto a um campo magnético externo (campo magnético terrestre, no caso dos meios navais). A magnetização induzida é uma reação natural de qualquer estrutura construída em material ferromagnético e é alterada conforme a direção e intensidade do campo magnético externo. A magnetização induzida apresentada pelos navios varia em função do seu rumo e de sua latitude.
• Magnetização Permanente - Magnetização apresentada por material ferromagnético, após ter sido magnetizado, que irradia campo magnético mesmo na ausência de campo magnético externo. É também conhecida como imantação.
• Material Ferromagnético - Material que possui elevada permeabilidade magnética, como o ferro, o níquel, o cobalto e várias ligas.
• Mina de Influência Magnética - Mina programada para que, durante a passagem de algum navio, ao serem detectados níveis de magnetização acima de um valor pré-definido, seja automaticamente detonada.
• Permeabilidade magnética - grandeza física inerente a um determinado material, que define o grau de magnetização adquirido por ele quando sujeito a um campo magnético externo. É comumente utilizada a Permeabilidade Relativa, que é adimensional e vale em torno de 1 para materiais não magnéticos e apresenta valores muito maiores que 1 para materiais ferromagnéticos.
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César escreveu:S
SMART-L
O SMART-L, parte do sistema AAWS, é um radar 3D de busca de volume que opera na banda D volume busca, alerta antecipado, controle de caças, defesa de área e auto-defesa. O radar detecta e inicia o acompanhamento de até 1000 alvos aéreos a até 400km. É capaz de detectar alvos furtivos em ruído de fundo terrestre a até 55km e tem capacidade contra mísseis balísticos. Faz 12 rotações por minuto com cobertura de 360x70 graus e produz 16 feixes sobrepostos com 14 acima do horizonte que podem ser comprimidos em 8 para contrapor interferência. O SMART-L faz fusão de dados através do AAWS com o IRST Sirius, IFF, ESM, datalink e APAR, além de analise de situação, controle de armas, execução e monitoração de engajamento e guiagem de mísseis.
Fonte: Sistema de Armas - http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/index.html
Radar 3D SMART-L
Especificações
Antenna system:
• Dimensions; 10×5 m, 7800 kg
• Number of antenna elements: 16 for transmitting and receiving, 8 more for receive only
• Number of beams formed: 14
• Beamwidth 2.2° horizontal, 10–70° vertical
• Polarization: vertical
• Frequency: D band (former L band)
• Rotational speed: 12 rpm
• IFF system integrated, D band
Maximum detection ranges:
• Stealth missiles: 65 km
• Fighter aircraft: 220 km
• Patrol aircraft: 400 km
Maximal numbers of tracked targets:
• Airborne: 1000
• Seaborne: 100
• Radar jamming sources: 32
F220 Hamburg, da marinha alemã com o radar SMART-L
Fonte: Wikipedia - http://en.wikipedia.org/wiki/SMART-L
mais em:
http://www.defense-update.com/topics/navy/index.html
Postado por P44 e Faterra
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Obrigado Einsamkeit.
Visto e corrigido para 12 rotações por minuto. Melhorou né? Agora ele deixou de ser uma centrífuga e passou a ser um ventilador bem fuleirinho.
Só tem um probleminha. O post duplicou juntamente com o Glossário de Termos Técnicos. Não entendi! Um está corrigido, o outro ainda é o original.
Visto e corrigido para 12 rotações por minuto. Melhorou né? Agora ele deixou de ser uma centrífuga e passou a ser um ventilador bem fuleirinho.
Só tem um probleminha. O post duplicou juntamente com o Glossário de Termos Técnicos. Não entendi! Um está corrigido, o outro ainda é o original.
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DESTRÓIERES
Em 1939 inexistiam problemas para a definição do termo “destróier”. Porém, atualmente, isto não é tão simples. A partir da metade da década de 80 significativas mudanças em configuração, função e armamentos, que têm afetado essa categoria, desde a II GM, e a atual confusão de terminologia que a cerca. A distinção entre “destróier” e “fragata” feita pela Marinha Real Britânica é diferente da adotada pela Marinha dos Estados Unidos e esse desacordo particular reflete-se no sistema de classificação adotado por marinhas de outros países. Outra anomalia é a elevação de um grande número de vasos de escolta da marinha americana, porta-aviões desprovidos de blindagem, derivados da categoria de destróieres, ao status de “cruzadores”, na década de 70.
O Período Pós-Guerra
O destróier do período anterior à guerra era um navio sem grandes complicações, com uma definida função anti-superfície. Concebido para atacar couraçados inimigos com torpedos e para repelir ataques similares feitos contra grandes navios amigos, usando seus canhões de médio calibre e fogo rápido, tinha apenas um punhado de metralhadoras, que eram usadas para dar proteção contra ataques aéreos.
No fim da II GM, porém, a principal função do destróier passou a ser a defesa antiaérea da frota. Foram instaladas torres de canhões, de dupla finalidade, controladas por radar, substituindo imediatamente as armas anti-superfície de ângulo baixo, além do que os destróieres foram dotados de números crescentes de canhões antiaéreos leves, de 20 a 40 mm. Alguns destróieres da marinha americana foram equipados para operar como sentinelas de radar, utilizando grandes radares de busca aérea e determinação de altitude. A guerra anti-submarino também se tornou mais importante, e foram desenvolvidos novos tipos de morteiros e lança-foguetes, além de sonares mais avançados, para as marinhas britânica e americana. O temor quanto ao tamanho e à qualidade da frota de submarinos soviética serviu apenas para acelerar esse desenvolvimento.
A fim de acomodar todos esses novos sistemas de armas, os destróieres tornaram-se maiores e mais pesados: um destróier médio do período anterior à guerra tinha um deslocamento de cerca de 1625 ton; os destróieres “de uso geral”, da classe americana Forest Sherman, do início até a metade da década de 50, deslocavam 2794 ton, enquanto os grandes vasos de escolta e porta-aviões, da classe Mitscher, atingiam a marca de 3759 ton. Havia uma preocupação crescente quanto ao número de navios que poderia enfrentar esse processo, caso ele continuasse, e já se tornava cada vez mais claro que as pressões quanto ao deslocamento dos destróieres deveriam finalmente levar a difíceis escolhas quanto ao armamento a ser adotado, dentre os sistemas disponíveis.
Até certo ponto, a especialização das funções já estava presente. Os destróieres projetados no fina da década de 40 e no começo da de 50 foram construídos primordialmente para a defesa antiaérea da frota. Inicialmente, pensava-se que as forças-tarefa de porta-aviões seriam invulneráveis ao ataque de submarinos devido à sua alta velocidade, e, portanto, foi feita uma clara distinção, em todas as marinhas do Ocidente, entre navios de defesa antiaérea (destróieres), projetados para acompanhar porta-aviões, e vasos anti-submarinos (fragatas e destróieres de escolta), destinados a escoltar comboios mercantes. Os navios de escolta de comboio eram, geralmente, menores e mais lentos que os destróieres. Foi adotada freqüentemente a instalação de motores a diesel e de propulsão por um só eixo, a fim de proporcionar aos navios a autonomia necessária; a velocidade máxima, em torno de 25-27 nós (46,3-50 km/h), geralmente era aceita. Entretanto, os ingleses, que estavam impressionados com a melhoria do desempenho sob água dos submarinos alemães do Tipo XXI capturados, e que também estavam preocupados com possíveis desenvolvimentos da propulsão em circuito fechado, construíram fragatas “de qualidade”, com sistemas de propulsão de primeira classe, capazes de impeli-las a 30 nós (55,6 km/h). Isso deveria acarretar importantes conseqüências no desenvolvimento subseqüente do destróier na marinha britânica.
A Revolução do Míssil
As pressões quanto ao tamanho dos destróieres aumentaram ainda mais com o advento dos mísseis teleguiados. Os mísseis em si pesavam relativamente pouco, mas seus paióis ocupavam uma parte considerável do volume de casco dos navios. Além disso, os mísseis superfície-ar necessitam de um grande número de antenas de radar no alto dos mastros, mostrando consideráveis problemas de desequilíbrio. Foi feito uso generalizado de liga de alumínio para as superestruturas, ao custo de menor resistência a explosões e a danos por fogo.
O advento dos submarinos nucleares trouxe mais problemas. As escoltas de porta-aviões não mais poderiam se concentrar em defesa aérea, porque as grandes áreas nas quais as forças-tarefa teriam de se espalhar, para minimizar os efeitos de um ataque nuclear, fariam as escoltas enfrentar submarinos de manobra rápida, que tivessem rompido o anel externo das defesas. Sonares avançados, mísseis anti-submarinos e instalações para a operação de helicópteros, que poderiam ou não ser baseados nos navios tornaram-se necessários, além do sistema de mísseis de defesa de área.
A marinha americana usou o critério lógico de criar uma nova categoria, a “fragata” (DLG), derivada dos grandes destróieres líderes, construídos no início da década de 50. O tamanho desses vasos de escolta era tal que muitos foram classificados como cruzadores (CG), na metade da década de 70. A marinha francesa construiu dois navios similares (a classe Suffren), também designados como “fragatas” (frégates), para escoltar os novos porta-aviões da classe Clemenceau; e a Grã-Bretanha projetou navios de escolta similares, para uma nova geração projetada de porta-aviões. Entretanto, os britânicos, para os quais o termo “fragata” significa escolta anti-submarino de comboio, persistiram no termo “destróier” para o Tipo 82.
Depois de completados os destróieres lança - mísseis de uso geral da classe Charles F. Adams, na metade da década de 60, os destróieres da marinha americana deveriam ser construídos tanto para função anti-submarino (classe Spruance), como para a função de defesa antiaérea (classe Arleigh Burke). As funções especializadas são também uma característica da maioria dos destróieres franceses do mesmo período. No início da década de 60, a maioria das escoltas convencionais de defesa antiaérea, armada de canhões, da classe Surcouf, foi convertida em vasos de defesa antiaérea, e cinco outras unidades dessa mesma classe foram subseqüentemente transformadas em ASW. Quando a França começou a considerar a substituição desses navios, a escolha foi feita em favor de variantes para a defesa anti-submarino e antiaérea do projeto C70.
A Grã-Bretanha, por outro lado, já possuía vasos de primeira linha, capazes de velocidade de frota para o desempenho da função anti-submarino. A série de fragatas “de qualidade”, derivadas do projeto de pós-guerra Tipo 12, a classe Tipo 22 (Broadsword), é significativamente maior que os destróieres de defesa antiaérea da classe Tipo 42 (Birmingham/Manchester) e se aproxima, em tamanho e capacidade, do Spruance da marinha americana, porém é classificado pela marinha britânica como “fragata” e, conseqüentemente, não faz parte deste volume.
Perspectivas Soviéticas
A marinha soviética, no período imediatamente posterior à guerra, construiu destróieres convencionais armados com canhões de dupla finalidade e torpedos anti-navio, classificados como eskadrenny minonosets (EM), que significa, literalmente, “navios lança-minas da frota”, uma interessante capacidade adicionada às funções tradicionais dos destróieres soviéticos. Entretanto, com o advento dos mísseis teleguiados, foram estabelecidas novas categorias, nas quais os navios são classificados em termos de tamanho e função. Os navios abaixo do tamanho de cruzador são classificados como bol’shoy korabl’ (grande navio), e os termos raketny (míssil anti-navio) ou protivolodochy (anti-submarino) são acrescentados para denotar função. Não há função específica de defesa antiaérea porque os navios de superfície soviéticos não operam em forças-tarefa, as quais têm por núcleo o porta-aviões.
Os BPK das classes Kara e Kresta, os quais possuem, principalmente, sistemas de defesa antiaérea e anti-submarino e, portanto, aproximam-se em tamanho e em função das grandes escoltas de porta-aviões da marinha americana, que descreve esses duas classes como “cruzadores”.
Desenvolvimento de Armas
Os destróieres construídos imediatamente após a II GM eram tipicamente armados com duas ou três torres duplas, com canhões de dupla finalidade cujo calibre variava entre 114 e 130 mm, para uso antiaéreo e anti-superfície.
Ao contrário dos modelos anteriores à guerra, que eram carregados manualmente, essas torres, em geral, são totalmente automáticas, operadas por radar e, conseqüentemente, bem maiores, mais pesadas e mais complexas que as anteriores.
Os canhões de médio calibre são complementados por canhões antiaéreos operados por radar, geralmente nos calibres de 40, 57 e 76 mm. O pequeno canhão Oerlikon, de 20 mm, operado manualmente e amplamente difundido entre os destróieres do período final da guerra, foi gradualmente desaparecendo devido a sua notória ineficácia contra aviões a jato em alta velocidade.
Alguns destróieres posteriores à guerra, especialmente os construídos para as marinhas soviéticas e sueca, ainda mantinham um pesado armamento de torpedos. Entretanto, na maioria dos destróieres construídos para as marinhas do Ocidente, os torpedos anti-navio cederam lugar às armas anti-sumarino, isto é, lança-foguetes, morteiros e torpedos ASW.
Armas para Defesa Antiaérea
A marinha americana foi a primeira a abandonar as torres de canhões de dupla finalidade em favor de torres simples de alto desempenho. Entretanto, o calibre americano padrão (127 mm, ou 5 polegadas) foi mantido para assegurar um desempenho eficaz na função anti-superfície. As marinhas da Europa Oriental tradicionalmente preferem os canhões de menor calibre para a defesa antiaérea e, no final da década de 50, uma nova torres simples de dupla finalidade, com canhões de 100 e 102 mm, foi adotada. A configuração normal é de quatro torres, duas a vante e duas a ré, sendo esse o arranjo escolhido para o navio francês La Galissonnière, o alemão Hamburg e para os dois destróieres da classe Almirante Riveros, construídos para o Chile.
Enquanto isso, a marinha americana, seguida de perto pela marinha britânica e pela marinha soviética, já estava bem avançada no desenvolvimento de mísseis superfície-ar, os quais sobrepujariam as torres de dupla finalidade na função de defesa aérea. Os primeiros modelos eram grandes e desajeitados, e necessitavam de complexas instalações para manuseio, as quais incluíam carregadores para armazenamento, salas para a colocação das aletas e do motor de partida e áreas de teste. Seus radares de orientação eram pesados e precisavam ser instalados na parte mais alta do navio, assim como os radares de observação aérea de longo alcance e os de determinação de altitude, necessários à obtenção de dados de alvo. Mísseis como o Talos e o Terrier americano, o Sea Slug britânico e o Masurca francês só podiam ser operados em grandes navios, o que tendia a fazer com que esses saíssem da tradicional categoria de destróier. O desenvolvimento do pequeno míssil americano de médio alcance Tartar, compactamente embalado em um carregador cilíndrico pronto para o uso, encimado por um lançador duplo Mk 11 ou por um simples Mk 13 e complementado por um radar leve de controle de fogo SPG-51, veio ao encontro das necessidades da época, e o Tartar foi amplamente adotado por outras marinhas pró-Ocidente. A Grã-Bretanha tentou preencher os mesmos requisitos com seu míssil Sea Dart e, embora seu desempenho de longo alcance fosse melhor que o do Tartar, o Sea Dart mostrou-se um sistema mais pesado e volumoso, e as tentativas de vende-lo (notadamente à China e à Holanda) foram infrutíferas.
A União Soviética preferiu adaptar um míssil de uso terrestre, o SA-N-3 Goa, para uso naval. O sistema resultante, o SA-N-1, está sendo instalado em destróieres, e emprega um forma de radar de comando/orientação que agora é considerada obsoleta. O míssil é disparado de um lançador estabilizado, o que indica que havia problemas de determinação de alvo por navios em movimento. O mais recente sistema soviético de defesa antiaérea de médio alcance, projetado para ser instalado em um destróier, é o SA-N-7, um sistema que é similar em conceito ao Tartar/Standard da marinha americana, empregando um lançador simples e orientação semi-ativa.
Mísseis de médio alcance, como os descritos acima, são instalados exclusivamente em destróieres cuja função primordial é a defesa antiaérea da área. Entretanto, também há a necessidade de sistemas menores para defesa antiaérea de curto alcance, a fim de capacitar os navios que têm a função anti-submarino de se defenderem contra ataques aéreos. Neste caso, a Grã-Bretanha foi a primeira nação a desenvolver um sistema viável: o sistema Seacat, instalado nos destróieres da classe County, nas fragatas do Tipo 12 e aperfeiçoado no começo da década de 60. Os americanos desenvolveram o sistema Sea Sparrow (em serviço a partir de 1967), que é disparado de um lançador ASROC modificado e amplamente instalado em fragatas e porta-aviões. Esse sistema foi ultrapassado, dez anos depois, pelo Sea Sparrow da OTAN, um desenvolvimento multinacional que emprega um míssil Sparrow modificado com aletas dobráveis e um sistema de armazenagem mais compacto. O novo sistema Sea Sparrow foi adotado pelas marinhas de diversas nações pró-Ocidente, mas a França decidiu desenvolver seu próprio sistema, o Crotale, que entrou em serviço no final da década de 70.
Os grandes vasos soviéticos anti-submarino completados na década de 70 foram equipados com sistemas de defesa de área para compensar sua falta de apoio aéreo, mas os últimos destróieres ASW, da classe Udaloy, foram equipados com um sistema de mísseis com alcance útil aproximado ao do Sea Sparrow, o SA-N-8.
As últimas tendências na defesa antiaérea dos destróieres concentram-se no lançamento vertical e em radares de antenas fixas com varredura eletrônica. Antenas de radar fixas, como a SPY-1 americana, proporcionam uma cobertura e um rastreamento de alvos aéreos muito importante pela marinha americana, uma vez que seus últimos sonares SQS-26 tinham o dobro do alcance do ASROC, usando os métodos de “trajetória direta” ou “salto para o fundo” que, sob condições favoráveis de sonar, podiam obter uma posição primária do submarino alvo até a primeira zona de convergência (30-35 mn/55-65 km). Os mais recentes helicópteros europeus para ASW, o Lynx, anglo-francês, e o AB 212, italiano, possuem capacidades similares de detecção, porém são menores que os modelos americanos e soviéticos e, portanto, têm menos autonomia e carga útil limitada.
Talvez o desenvolvimento mais interessante verificado na história do emprego de helicópteros em destróieres seja a adoção do enorme Sea King – essencialmente um helicóptero operado por porta-aviões – pela marinha canadense, no início da década de 60. A autonomia e a capacidade de carga útil do Sea King ultrapassam as de qualquer helicóptero embarcado, em serviço, e quando a Força Marítima de Autodefesa do Japão finalmente abandona o DASH, no fim da década de 70, decide seguir um caminho semelhante.
A Função Anti-Superfície
De 1945 até a metade da década de 60, a função anti-superfície foi desempenhada no Ocidente por aviões de ataque operando a partir de porta-aviões. Na época, a frota soviética de superfície era relativamente pequena e insignificante e, conseqüentemente, o Ocidente não tinha pressa em desenvolver mísseis táticos anti-superfície. Por outro lado, a marinha soviética não possuía porta-aviões e se via ameaçada por grande número de vãos de superfície ocidentais. Assim, lançou-se ao desenvolvimento de mísseis superfície-superfície e o SS-N-1 Scrubber entrou em serviço nos destróieres soviéticos, em 1960.
Quando em 1967, o destróier israelense Eilat foi afundado por um míssil SS-N-2 Styx, de fabricação soviética, a posição do Ocidente foi revista com uma certa urgência. Os principais esforços da marinha americana e da marinha britânica foram primeiramente direcionados para a defesa anti-mísseis, mas a França, cujos vasos de superfície freqüentemente são mandados em missões independentes a pontos distantes, desenvolveu o revolucionário míssil Exocet. A facilidade com que ele pode ser instalado fez do Exocet um míssil imediatamente atraente a outras marinhas, e logo a Grã-Bretanha e a Alemanha, resolveram adquiri-lo para instalá-lo em seus destróieres. A marinha americana preferiu desenvolver seu próprio míssil, o Harpoon, que entrou em serviço em 1977 e foi largamente adotado por outras marinhas pró-Ocidente, como a da Holanda e a do Japão. O Harpoon tem um perfil de vôo diferente, além de ter um alcance maior do que o Exocet. Ele possui aletas dobráveis e geralmente é empregado em uma instalação particularmente compacta, consistindo de dois conjuntos de quatro lançadores cilíndricos. A última versão do Exocet, a MM-40, emprega uma tecnologia semelhante.
Os mísseis soviéticos são muito grandes em comparação aos ocidentais. Eles possuem uma configuração de avião com asas dobráveis e, geralmente, são disparados de rampas anguladas, centro de lançadores cilíndricos. Isso se traduz em uma maior demanda de espaço no seu navio-base. Por outro lado, eles podem transportar uma ogiva de guerra muito mais pesada que as dos mísseis ocidentais, característica que provavelmente é derivada da função original de anti-porta-aviões. Os mais recentes mísseis SS-N-22, operados por destróieres da classe Sovremenny, têm alcance similar ao do míssil Harpoon.
O longo alcance dos modernos mísseis anti-navio traz consigo o problema da orientação contra alvos além do horizonte. Alguns destróieres soviéticos operam uma versão especial do helicóptero Kamov Ka-25, chamada de Hormone-B, para a orientação de mísseis. O helicóptero Seasprite da marinha americana também tem essa função secundária, e os mais recentes helicópteros da Europa Ocidental, ao contrário de seus antecessores, são equipados com radares de busca. O Lynx, anglo-francês, também tem capacidade para lançamento mísseis. Ele pode lançar mísseis anti-navio, AS-12 ou Sea Skua, contra pequenos navios de guerra.
Fonte: Guia de Armas de Guerra – Nova Cultural
Em 1939 inexistiam problemas para a definição do termo “destróier”. Porém, atualmente, isto não é tão simples. A partir da metade da década de 80 significativas mudanças em configuração, função e armamentos, que têm afetado essa categoria, desde a II GM, e a atual confusão de terminologia que a cerca. A distinção entre “destróier” e “fragata” feita pela Marinha Real Britânica é diferente da adotada pela Marinha dos Estados Unidos e esse desacordo particular reflete-se no sistema de classificação adotado por marinhas de outros países. Outra anomalia é a elevação de um grande número de vasos de escolta da marinha americana, porta-aviões desprovidos de blindagem, derivados da categoria de destróieres, ao status de “cruzadores”, na década de 70.
O Período Pós-Guerra
O destróier do período anterior à guerra era um navio sem grandes complicações, com uma definida função anti-superfície. Concebido para atacar couraçados inimigos com torpedos e para repelir ataques similares feitos contra grandes navios amigos, usando seus canhões de médio calibre e fogo rápido, tinha apenas um punhado de metralhadoras, que eram usadas para dar proteção contra ataques aéreos.
No fim da II GM, porém, a principal função do destróier passou a ser a defesa antiaérea da frota. Foram instaladas torres de canhões, de dupla finalidade, controladas por radar, substituindo imediatamente as armas anti-superfície de ângulo baixo, além do que os destróieres foram dotados de números crescentes de canhões antiaéreos leves, de 20 a 40 mm. Alguns destróieres da marinha americana foram equipados para operar como sentinelas de radar, utilizando grandes radares de busca aérea e determinação de altitude. A guerra anti-submarino também se tornou mais importante, e foram desenvolvidos novos tipos de morteiros e lança-foguetes, além de sonares mais avançados, para as marinhas britânica e americana. O temor quanto ao tamanho e à qualidade da frota de submarinos soviética serviu apenas para acelerar esse desenvolvimento.
A fim de acomodar todos esses novos sistemas de armas, os destróieres tornaram-se maiores e mais pesados: um destróier médio do período anterior à guerra tinha um deslocamento de cerca de 1625 ton; os destróieres “de uso geral”, da classe americana Forest Sherman, do início até a metade da década de 50, deslocavam 2794 ton, enquanto os grandes vasos de escolta e porta-aviões, da classe Mitscher, atingiam a marca de 3759 ton. Havia uma preocupação crescente quanto ao número de navios que poderia enfrentar esse processo, caso ele continuasse, e já se tornava cada vez mais claro que as pressões quanto ao deslocamento dos destróieres deveriam finalmente levar a difíceis escolhas quanto ao armamento a ser adotado, dentre os sistemas disponíveis.
Até certo ponto, a especialização das funções já estava presente. Os destróieres projetados no fina da década de 40 e no começo da de 50 foram construídos primordialmente para a defesa antiaérea da frota. Inicialmente, pensava-se que as forças-tarefa de porta-aviões seriam invulneráveis ao ataque de submarinos devido à sua alta velocidade, e, portanto, foi feita uma clara distinção, em todas as marinhas do Ocidente, entre navios de defesa antiaérea (destróieres), projetados para acompanhar porta-aviões, e vasos anti-submarinos (fragatas e destróieres de escolta), destinados a escoltar comboios mercantes. Os navios de escolta de comboio eram, geralmente, menores e mais lentos que os destróieres. Foi adotada freqüentemente a instalação de motores a diesel e de propulsão por um só eixo, a fim de proporcionar aos navios a autonomia necessária; a velocidade máxima, em torno de 25-27 nós (46,3-50 km/h), geralmente era aceita. Entretanto, os ingleses, que estavam impressionados com a melhoria do desempenho sob água dos submarinos alemães do Tipo XXI capturados, e que também estavam preocupados com possíveis desenvolvimentos da propulsão em circuito fechado, construíram fragatas “de qualidade”, com sistemas de propulsão de primeira classe, capazes de impeli-las a 30 nós (55,6 km/h). Isso deveria acarretar importantes conseqüências no desenvolvimento subseqüente do destróier na marinha britânica.
A Revolução do Míssil
As pressões quanto ao tamanho dos destróieres aumentaram ainda mais com o advento dos mísseis teleguiados. Os mísseis em si pesavam relativamente pouco, mas seus paióis ocupavam uma parte considerável do volume de casco dos navios. Além disso, os mísseis superfície-ar necessitam de um grande número de antenas de radar no alto dos mastros, mostrando consideráveis problemas de desequilíbrio. Foi feito uso generalizado de liga de alumínio para as superestruturas, ao custo de menor resistência a explosões e a danos por fogo.
O advento dos submarinos nucleares trouxe mais problemas. As escoltas de porta-aviões não mais poderiam se concentrar em defesa aérea, porque as grandes áreas nas quais as forças-tarefa teriam de se espalhar, para minimizar os efeitos de um ataque nuclear, fariam as escoltas enfrentar submarinos de manobra rápida, que tivessem rompido o anel externo das defesas. Sonares avançados, mísseis anti-submarinos e instalações para a operação de helicópteros, que poderiam ou não ser baseados nos navios tornaram-se necessários, além do sistema de mísseis de defesa de área.
A marinha americana usou o critério lógico de criar uma nova categoria, a “fragata” (DLG), derivada dos grandes destróieres líderes, construídos no início da década de 50. O tamanho desses vasos de escolta era tal que muitos foram classificados como cruzadores (CG), na metade da década de 70. A marinha francesa construiu dois navios similares (a classe Suffren), também designados como “fragatas” (frégates), para escoltar os novos porta-aviões da classe Clemenceau; e a Grã-Bretanha projetou navios de escolta similares, para uma nova geração projetada de porta-aviões. Entretanto, os britânicos, para os quais o termo “fragata” significa escolta anti-submarino de comboio, persistiram no termo “destróier” para o Tipo 82.
Depois de completados os destróieres lança - mísseis de uso geral da classe Charles F. Adams, na metade da década de 60, os destróieres da marinha americana deveriam ser construídos tanto para função anti-submarino (classe Spruance), como para a função de defesa antiaérea (classe Arleigh Burke). As funções especializadas são também uma característica da maioria dos destróieres franceses do mesmo período. No início da década de 60, a maioria das escoltas convencionais de defesa antiaérea, armada de canhões, da classe Surcouf, foi convertida em vasos de defesa antiaérea, e cinco outras unidades dessa mesma classe foram subseqüentemente transformadas em ASW. Quando a França começou a considerar a substituição desses navios, a escolha foi feita em favor de variantes para a defesa anti-submarino e antiaérea do projeto C70.
A Grã-Bretanha, por outro lado, já possuía vasos de primeira linha, capazes de velocidade de frota para o desempenho da função anti-submarino. A série de fragatas “de qualidade”, derivadas do projeto de pós-guerra Tipo 12, a classe Tipo 22 (Broadsword), é significativamente maior que os destróieres de defesa antiaérea da classe Tipo 42 (Birmingham/Manchester) e se aproxima, em tamanho e capacidade, do Spruance da marinha americana, porém é classificado pela marinha britânica como “fragata” e, conseqüentemente, não faz parte deste volume.
Perspectivas Soviéticas
A marinha soviética, no período imediatamente posterior à guerra, construiu destróieres convencionais armados com canhões de dupla finalidade e torpedos anti-navio, classificados como eskadrenny minonosets (EM), que significa, literalmente, “navios lança-minas da frota”, uma interessante capacidade adicionada às funções tradicionais dos destróieres soviéticos. Entretanto, com o advento dos mísseis teleguiados, foram estabelecidas novas categorias, nas quais os navios são classificados em termos de tamanho e função. Os navios abaixo do tamanho de cruzador são classificados como bol’shoy korabl’ (grande navio), e os termos raketny (míssil anti-navio) ou protivolodochy (anti-submarino) são acrescentados para denotar função. Não há função específica de defesa antiaérea porque os navios de superfície soviéticos não operam em forças-tarefa, as quais têm por núcleo o porta-aviões.
Os BPK das classes Kara e Kresta, os quais possuem, principalmente, sistemas de defesa antiaérea e anti-submarino e, portanto, aproximam-se em tamanho e em função das grandes escoltas de porta-aviões da marinha americana, que descreve esses duas classes como “cruzadores”.
Desenvolvimento de Armas
Os destróieres construídos imediatamente após a II GM eram tipicamente armados com duas ou três torres duplas, com canhões de dupla finalidade cujo calibre variava entre 114 e 130 mm, para uso antiaéreo e anti-superfície.
Ao contrário dos modelos anteriores à guerra, que eram carregados manualmente, essas torres, em geral, são totalmente automáticas, operadas por radar e, conseqüentemente, bem maiores, mais pesadas e mais complexas que as anteriores.
Os canhões de médio calibre são complementados por canhões antiaéreos operados por radar, geralmente nos calibres de 40, 57 e 76 mm. O pequeno canhão Oerlikon, de 20 mm, operado manualmente e amplamente difundido entre os destróieres do período final da guerra, foi gradualmente desaparecendo devido a sua notória ineficácia contra aviões a jato em alta velocidade.
Alguns destróieres posteriores à guerra, especialmente os construídos para as marinhas soviéticas e sueca, ainda mantinham um pesado armamento de torpedos. Entretanto, na maioria dos destróieres construídos para as marinhas do Ocidente, os torpedos anti-navio cederam lugar às armas anti-sumarino, isto é, lança-foguetes, morteiros e torpedos ASW.
Armas para Defesa Antiaérea
A marinha americana foi a primeira a abandonar as torres de canhões de dupla finalidade em favor de torres simples de alto desempenho. Entretanto, o calibre americano padrão (127 mm, ou 5 polegadas) foi mantido para assegurar um desempenho eficaz na função anti-superfície. As marinhas da Europa Oriental tradicionalmente preferem os canhões de menor calibre para a defesa antiaérea e, no final da década de 50, uma nova torres simples de dupla finalidade, com canhões de 100 e 102 mm, foi adotada. A configuração normal é de quatro torres, duas a vante e duas a ré, sendo esse o arranjo escolhido para o navio francês La Galissonnière, o alemão Hamburg e para os dois destróieres da classe Almirante Riveros, construídos para o Chile.
Enquanto isso, a marinha americana, seguida de perto pela marinha britânica e pela marinha soviética, já estava bem avançada no desenvolvimento de mísseis superfície-ar, os quais sobrepujariam as torres de dupla finalidade na função de defesa aérea. Os primeiros modelos eram grandes e desajeitados, e necessitavam de complexas instalações para manuseio, as quais incluíam carregadores para armazenamento, salas para a colocação das aletas e do motor de partida e áreas de teste. Seus radares de orientação eram pesados e precisavam ser instalados na parte mais alta do navio, assim como os radares de observação aérea de longo alcance e os de determinação de altitude, necessários à obtenção de dados de alvo. Mísseis como o Talos e o Terrier americano, o Sea Slug britânico e o Masurca francês só podiam ser operados em grandes navios, o que tendia a fazer com que esses saíssem da tradicional categoria de destróier. O desenvolvimento do pequeno míssil americano de médio alcance Tartar, compactamente embalado em um carregador cilíndrico pronto para o uso, encimado por um lançador duplo Mk 11 ou por um simples Mk 13 e complementado por um radar leve de controle de fogo SPG-51, veio ao encontro das necessidades da época, e o Tartar foi amplamente adotado por outras marinhas pró-Ocidente. A Grã-Bretanha tentou preencher os mesmos requisitos com seu míssil Sea Dart e, embora seu desempenho de longo alcance fosse melhor que o do Tartar, o Sea Dart mostrou-se um sistema mais pesado e volumoso, e as tentativas de vende-lo (notadamente à China e à Holanda) foram infrutíferas.
A União Soviética preferiu adaptar um míssil de uso terrestre, o SA-N-3 Goa, para uso naval. O sistema resultante, o SA-N-1, está sendo instalado em destróieres, e emprega um forma de radar de comando/orientação que agora é considerada obsoleta. O míssil é disparado de um lançador estabilizado, o que indica que havia problemas de determinação de alvo por navios em movimento. O mais recente sistema soviético de defesa antiaérea de médio alcance, projetado para ser instalado em um destróier, é o SA-N-7, um sistema que é similar em conceito ao Tartar/Standard da marinha americana, empregando um lançador simples e orientação semi-ativa.
Mísseis de médio alcance, como os descritos acima, são instalados exclusivamente em destróieres cuja função primordial é a defesa antiaérea da área. Entretanto, também há a necessidade de sistemas menores para defesa antiaérea de curto alcance, a fim de capacitar os navios que têm a função anti-submarino de se defenderem contra ataques aéreos. Neste caso, a Grã-Bretanha foi a primeira nação a desenvolver um sistema viável: o sistema Seacat, instalado nos destróieres da classe County, nas fragatas do Tipo 12 e aperfeiçoado no começo da década de 60. Os americanos desenvolveram o sistema Sea Sparrow (em serviço a partir de 1967), que é disparado de um lançador ASROC modificado e amplamente instalado em fragatas e porta-aviões. Esse sistema foi ultrapassado, dez anos depois, pelo Sea Sparrow da OTAN, um desenvolvimento multinacional que emprega um míssil Sparrow modificado com aletas dobráveis e um sistema de armazenagem mais compacto. O novo sistema Sea Sparrow foi adotado pelas marinhas de diversas nações pró-Ocidente, mas a França decidiu desenvolver seu próprio sistema, o Crotale, que entrou em serviço no final da década de 70.
Os grandes vasos soviéticos anti-submarino completados na década de 70 foram equipados com sistemas de defesa de área para compensar sua falta de apoio aéreo, mas os últimos destróieres ASW, da classe Udaloy, foram equipados com um sistema de mísseis com alcance útil aproximado ao do Sea Sparrow, o SA-N-8.
As últimas tendências na defesa antiaérea dos destróieres concentram-se no lançamento vertical e em radares de antenas fixas com varredura eletrônica. Antenas de radar fixas, como a SPY-1 americana, proporcionam uma cobertura e um rastreamento de alvos aéreos muito importante pela marinha americana, uma vez que seus últimos sonares SQS-26 tinham o dobro do alcance do ASROC, usando os métodos de “trajetória direta” ou “salto para o fundo” que, sob condições favoráveis de sonar, podiam obter uma posição primária do submarino alvo até a primeira zona de convergência (30-35 mn/55-65 km). Os mais recentes helicópteros europeus para ASW, o Lynx, anglo-francês, e o AB 212, italiano, possuem capacidades similares de detecção, porém são menores que os modelos americanos e soviéticos e, portanto, têm menos autonomia e carga útil limitada.
Talvez o desenvolvimento mais interessante verificado na história do emprego de helicópteros em destróieres seja a adoção do enorme Sea King – essencialmente um helicóptero operado por porta-aviões – pela marinha canadense, no início da década de 60. A autonomia e a capacidade de carga útil do Sea King ultrapassam as de qualquer helicóptero embarcado, em serviço, e quando a Força Marítima de Autodefesa do Japão finalmente abandona o DASH, no fim da década de 70, decide seguir um caminho semelhante.
A Função Anti-Superfície
De 1945 até a metade da década de 60, a função anti-superfície foi desempenhada no Ocidente por aviões de ataque operando a partir de porta-aviões. Na época, a frota soviética de superfície era relativamente pequena e insignificante e, conseqüentemente, o Ocidente não tinha pressa em desenvolver mísseis táticos anti-superfície. Por outro lado, a marinha soviética não possuía porta-aviões e se via ameaçada por grande número de vãos de superfície ocidentais. Assim, lançou-se ao desenvolvimento de mísseis superfície-superfície e o SS-N-1 Scrubber entrou em serviço nos destróieres soviéticos, em 1960.
Quando em 1967, o destróier israelense Eilat foi afundado por um míssil SS-N-2 Styx, de fabricação soviética, a posição do Ocidente foi revista com uma certa urgência. Os principais esforços da marinha americana e da marinha britânica foram primeiramente direcionados para a defesa anti-mísseis, mas a França, cujos vasos de superfície freqüentemente são mandados em missões independentes a pontos distantes, desenvolveu o revolucionário míssil Exocet. A facilidade com que ele pode ser instalado fez do Exocet um míssil imediatamente atraente a outras marinhas, e logo a Grã-Bretanha e a Alemanha, resolveram adquiri-lo para instalá-lo em seus destróieres. A marinha americana preferiu desenvolver seu próprio míssil, o Harpoon, que entrou em serviço em 1977 e foi largamente adotado por outras marinhas pró-Ocidente, como a da Holanda e a do Japão. O Harpoon tem um perfil de vôo diferente, além de ter um alcance maior do que o Exocet. Ele possui aletas dobráveis e geralmente é empregado em uma instalação particularmente compacta, consistindo de dois conjuntos de quatro lançadores cilíndricos. A última versão do Exocet, a MM-40, emprega uma tecnologia semelhante.
Os mísseis soviéticos são muito grandes em comparação aos ocidentais. Eles possuem uma configuração de avião com asas dobráveis e, geralmente, são disparados de rampas anguladas, centro de lançadores cilíndricos. Isso se traduz em uma maior demanda de espaço no seu navio-base. Por outro lado, eles podem transportar uma ogiva de guerra muito mais pesada que as dos mísseis ocidentais, característica que provavelmente é derivada da função original de anti-porta-aviões. Os mais recentes mísseis SS-N-22, operados por destróieres da classe Sovremenny, têm alcance similar ao do míssil Harpoon.
O longo alcance dos modernos mísseis anti-navio traz consigo o problema da orientação contra alvos além do horizonte. Alguns destróieres soviéticos operam uma versão especial do helicóptero Kamov Ka-25, chamada de Hormone-B, para a orientação de mísseis. O helicóptero Seasprite da marinha americana também tem essa função secundária, e os mais recentes helicópteros da Europa Ocidental, ao contrário de seus antecessores, são equipados com radares de busca. O Lynx, anglo-francês, também tem capacidade para lançamento mísseis. Ele pode lançar mísseis anti-navio, AS-12 ou Sea Skua, contra pequenos navios de guerra.
Fonte: Guia de Armas de Guerra – Nova Cultural
Um abraço!
Fernando Augusto Terra