Império Português
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Império Português
Encontrei este texto interessante sobre o Império Português de um professor/escritor norte-americano. Têm uma bacorada no fim, mas o texto é interessante. Aproveito também para perguntar se algum colega português conhece o "The Portuguese Seaborne Empire" de Charles Boxer. Estou a pensar em comprar porque já ouvi dizer que é um trabalho sério e imparcial
http://muweb.millersville.edu/~columbus ... LLIAM1.HIS
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- Clermont
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Aproveito também para perguntar se algum colega português conhece o "The Portuguese Seaborne Empire" de Charles Boxer. Estou a pensar em comprar porque já ouvi dizer que é um trabalho sério e imparcial
Bem, eu não sou português, mas conheço o livro, aliás publicado pelas Edições 70 de Lisboa, com o título "O Império Colonial Português (1415-1825)" nos anos 1980.
O livro é imprescindível para quem quer se iniciar no assunto e, como é tradição dos historiadores britânicos, tem uma leitura agradável e prática.
Eu acho que ele vale cada real (ou escudo) gastos na sua compra...
Clermont escreveu:Aproveito também para perguntar se algum colega português conhece o "The Portuguese Seaborne Empire" de Charles Boxer. Estou a pensar em comprar porque já ouvi dizer que é um trabalho sério e imparcial
Bem, eu não sou português, mas conheço o livro, aliás publicado pelas Edições 70 de Lisboa, com o título "O Império Colonial Português (1415-1825)" nos anos 1980.
O livro é imprescindível para quem quer se iniciar no assunto e, como é tradição dos historiadores britânicos, tem uma leitura agradável e prática.
Eu acho que ele vale cada real (ou escudo) gastos na sua compra...
Obrigado, é de facto esse o livro.
- Rui Elias Maltez
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Eu conheço o livro, Tripeiro:
Acho que se tiveres oportunidade, deves lê-lo.
Como se trata de um escritor estrangeiro, mantem a sua distãncia relativamente ao que se passou relativamente à formação nosso império colonial.
Se quiseres saber algo das teorias luso-tropicalistas do Gilberto Freire, e que foram abusivamente aproveitadas pelos ideólogos do Estado Novo, nomedamente pelo António Ferro, mas também por Armindo Monteiro, podes ler a "Casa Grande e Senzala".
Foi com base nesa teoria do luso-tropicalismo, que o Estado Novo quis construir e basear a teoria da Nação pluri-continental.
Acho que se tiveres oportunidade, deves lê-lo.
Como se trata de um escritor estrangeiro, mantem a sua distãncia relativamente ao que se passou relativamente à formação nosso império colonial.
Se quiseres saber algo das teorias luso-tropicalistas do Gilberto Freire, e que foram abusivamente aproveitadas pelos ideólogos do Estado Novo, nomedamente pelo António Ferro, mas também por Armindo Monteiro, podes ler a "Casa Grande e Senzala".
Foi com base nesa teoria do luso-tropicalismo, que o Estado Novo quis construir e basear a teoria da Nação pluri-continental.

Rui Elias Maltez escreveu:Eu conheço o livro, Tripeiro:
Acho que se tiveres oportunidade, deves lê-lo.
Como se trata de um escritor estrangeiro, mantem a sua distãncia relativamente ao que se passou relativamente à formação nosso império colonial.
Se quiseres saber algo das teorias luso-tropicalistas do Gilberto Freire, e que foram abusivamente aproveitadas pelos ideólogos do Estado Novo, nomedamente pelo António Ferro, mas também por Armindo Monteiro, podes ler a "Casa Grande e Senzala".
Foi com base nesa teoria do luso-tropicalismo, que o Estado Novo quis construir e basear a teoria da Nação pluri-continental.
O meu interesse vem precisamente do facto de Charles Boxer não ser português (gosto de olhares estrangeiros e imparciais), e ser bastante reputado sobre a temática. Ele também têm outra obra conhecida em que desmancha os mitos da tolerância racial dos portugueses, que também gostaria de ler. Existe alguma edição portuguesa? É que eu só conheço a inglesa. Existe uma edição brasileira, mas mesmo que ainda se venda provavelmente será mais complicada de obter que a original inglesa.
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Tripeiro escreveu:Rui Elias Maltez escreveu:Eu conheço o livro, Tripeiro:
Acho que se tiveres oportunidade, deves lê-lo.
Como se trata de um escritor estrangeiro, mantem a sua distãncia relativamente ao que se passou relativamente à formação nosso império colonial.
Se quiseres saber algo das teorias luso-tropicalistas do Gilberto Freire, e que foram abusivamente aproveitadas pelos ideólogos do Estado Novo, nomedamente pelo António Ferro, mas também por Armindo Monteiro, podes ler a "Casa Grande e Senzala".
Foi com base nesa teoria do luso-tropicalismo, que o Estado Novo quis construir e basear a teoria da Nação pluri-continental.
O meu interesse vem precisamente do facto de Charles Boxer não ser português (gosto de olhares estrangeiros e imparciais), e ser bastante reputado sobre a temática. Ele também têm outra obra conhecida em que desmancha os mitos da tolerância racial dos portugueses, que também gostaria de ler. Existe alguma edição portuguesa? É que eu só conheço a inglesa. Existe uma edição brasileira, mas mesmo que ainda se venda provavelmente será mais complicada de obter que a original inglesa.
Eu tenho esse livro, é excelente, como tudo o resto que o homem escreveu... Se o encontrares compra.
- Rui Elias Maltez
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Bem...
Assim de cor, estou a lembrar-me da Inglaterra que tem formalmente a colónia de Gibraltar, no sul de Espanha, e as Malvinas no Atlântico sul.
E teve até 1999 Hong Kong no sul da China.
Tem ainda as ilhas de Ascensão e de Santa Helena no Atlântico, e Diego Garcia no Pacífico.
Possui ainda a Ilhas Virgens Britânicas e através da Comonwealth, a chefe de estado de países como a Austrália, Nova Zelandia e Canadá éa a rainha de Inglaterra.
Mas estes tratam-se de países independentes unidos por uma comunidade onde entram outro, como a Índia, Nigéria, Tanzânia ou Quénia, não se tratando de colónias.
A Holanda tem a posse do Curacau, ao largo da Venezuela.
A França tem a Guiana francesa que não é oficialmente considerada colónia, mas uma região autónoma, e a polinésia francesa, (o Taihiti) no sul do Pacífico, e no Índico a ilha de Reunião.
Uma das ilhas Comores, no Índico, depois de um referendo acabou por ficar na posse de França.
Julgo que tem ainda um pequeno enclave no Djibuti, no chamado "corno" de África.
A Dinamarca tem a posse da enorme, mas quase desabitada Gronelândia.
Bem...
Assim de cor, estou a lembrar-me da Inglaterra que tem formalmente a colónia de Gibraltar, no sul de Espanha, e as Malvinas no Atlântico sul.
E teve até 1999 Hong Kong no sul da China.
Tem ainda as ilhas de Ascensão e de Santa Helena no Atlântico, e Diego Garcia no Pacífico.
Possui ainda a Ilhas Virgens Britânicas e através da Comonwealth, a chefe de estado de países como a Austrália, Nova Zelandia e Canadá éa a rainha de Inglaterra.
Mas estes tratam-se de países independentes unidos por uma comunidade onde entram outro, como a Índia, Nigéria, Tanzânia ou Quénia, não se tratando de colónias.
A Holanda tem a posse do Curacau, ao largo da Venezuela.
A França tem a Guiana francesa que não é oficialmente considerada colónia, mas uma região autónoma, e a polinésia francesa, (o Taihiti) no sul do Pacífico, e no Índico a ilha de Reunião.
Uma das ilhas Comores, no Índico, depois de um referendo acabou por ficar na posse de França.
Julgo que tem ainda um pequeno enclave no Djibuti, no chamado "corno" de África.
A Dinamarca tem a posse da enorme, mas quase desabitada Gronelândia.

- Rui Elias Maltez
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E se algém quiser saber um pouco do que foram a campanhas militares portuguesas no território da Guiné, durante a guerra colonial naquele território, entre 1963 e 1974, que opôs as FA's portuguesas, e os nacionalistas do PAIGC, tem aqui este interessante site:
http://www.ensp.unl.pt/luis.graca/guine ... toria.html
Trata-se de um site muito rico em mapas e dotos.
Exemplos:
Aquartelameto português de Babadinca, no leste, em 1970
Legenda:
[img]http://www.ensp.unl.pt/luis.graca/LG_Guiné_4.jpg[/img]
A bordo de uma LDG na Marinha portuguesa
Um heliporto
[img]http://www.ensp.unl.pt/luis.graca/LG_Guiné_3_r1.jpg[/img]
O Quotidiano
http://www.ensp.unl.pt/luis.graca/guine ... toria.html
Trata-se de um site muito rico em mapas e dotos.
Exemplos:

Aquartelameto português de Babadinca, no leste, em 1970
Legenda:
Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > 1970 >
Espectacular vista aérea do aquartelamento, tirada no sentido leste-oeste, ou seja, do lado da grande bolanha de Bambadinca.
Do lado esquerdo da imagem, para oeste, era a pista de aviação (1) e o cruzamento das estradas para Nhabijões (a oeste), o Xime (a sudoeste) e Mansambo e Xitole (a sudeste). Vê-se ainda uma nesga do heliporto (2) e o campo de futebol (3).
A CCAÇ 12 começou também a construir um campo de futebol de salão (4), com cimento roubado à engenharia nas colunas logísticas para o Xitole.
De acordo com a fotografia, em frente, pode ver-se o conjunto de edifícios em U: constituía o complexo do comando do batalhão (5) e as instalações de oficiais (6) e sargentos (8), para além da messe e bar dos oficiais (8) e dos sargentos (9).
Apesar do apartheid (leia-se: segregação sócio-espacial) que vigorava, não só na sede dos batalhões, como em muitas unidades de quadrícula, uns e outros, oficiais e sargentos, tinham uma cozinha comum (19).
Do lado direito, ao fundo, a menos de um quilómetro corria o Rio Geba, o chamado Geba Estreito, entre o Xime e Bafatá. O aquartelamento de Bambadinca situava-se numa pequena elevação de terreno, sobranceira a uma extensa bolanha (a leste).
São visíveis as valas de protecção (22), abertas ao longo do perímetro do aquartelamento que era todo, ele, cercado de arame farpado e de holofotes (24).
A luz eléctrica era produzida por gerador... Junto ao arame farpado, ficavam vários abrigos (26), o espaldão de morteiro (23), o abrigo da metralhadora pesada Browning (25). Em 1969/71, na altura em que lá estivemos, ainda não havia artilharia (obuses 14).
A caserna das praças da CCS (11) ficava do lado oeste, junto ao campo de futebol (3). Julgava-se que o pessoal do pelotão de morteiros e/ou do pelotão Daimler ficava instalado no edifício (12), que ficava do outro lado da parada, em frente ao edifício em U.
Mais à direita, situava-se a capela (13) e a secretaria da CCAÇ 12 (14). Creio que por detrás ficava o refeitório das praças. Em frente havia um complexo de edifícios de que é possível identificar o depósito de engenharia (15) e as oficinas auto (16); à esquerda da secretaria, eram as oficinas de rádio (17).
Do lado leste do aquartelamento, tínhamos o armazém de víveres (20), a parada e os memoriais (18), a escola primária antiga (19) e depósito da água (de que se vê apenas uma nesga).
Ainda mais para esquerda, o edifício dos correios, a casa do administrador de posto, e outras instalações que chegaram a ser utilizadas por camaradas nossos que trouxeram as esposas para Bambadinca (foi o caso, por exemplo, do Alf Mil Carlão, nosso camarada da CCAÇ 12).
Esta reconstituição foi feita pelo Humberto Reis, completada por mim (LG)
Foto do arquivo de Humberto Reis (ex-furriel miliciano de operações especiais, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71)
© Humberto Reis (2006)
[img]http://www.ensp.unl.pt/luis.graca/LG_Guiné_4.jpg[/img]
A bordo de uma LDG na Marinha portuguesa

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MAIS IMAGENS DO EXÉRCITO PORTUGUÊS NA GUERRA COLONIAL - GUINÉ
IMAGENS E TEXTOS SOBRE A ACÇÃO DOS COMANDOS NO DIA A DIA QUOTIDIANO E ACÇÃO NO TERRENO, NUM SITE DE LUÍS GRAÇA
[img]http://www.ensp.unl.pt/lgraca/Guine_Comandos_16QuartelBrá.jpg[/img]
Guiné >Brá > 1966 > Centro de instrução e sede dos comandos . Aqui, em Brá, a nordeste de Bissau. nasceram os primeiros comandos da Guiné, primeiro organizados em grupos e depois em companhia. Estes comandos, de primeira geração (ou os "velhos comandos") antecederam a primeira companhia de comandos metropolitana, formada em Lamego, e aqui chegada em Junho de 1966 (3ª CCmds).

Guiné > Mansoa > 1966 > O Alf Mil Comando Briote
Guiné > Bissau > Fins de Fevereiro de 1965 > O Furriel Miliciano Comando João Parreira... "Esta foto foi tirada numa esplanada em frente ao Hotel Portugal, creio que se chamava Café Universal"

Guiné > Bissau > 1966 > O Alf Mil Briote, à esquerda, acompanhado pelo Furriel Azevedo (ao centro) e o Sargento Valente (à direita). Bissalanca, base aérea de Bissau
[img]http://www.ensp.unl.pt/lgraca/Guine_Comandos_sBRÁ.jpg[/img]
Guiné > Brá > 1965 > A "velha" companhia de comandos, formada na Guiné, Em formatura, no final do curso, prontos para para receberem com orgulho os seus crachás. Esta CCmds teve apenas um ano e poucos meses de existência

Guiné > Brá > 1966 > O Alf Mil Briote, à esquerda, ladeado de dois dos primeiros comandos africanos, o Jamanta e o Joaquim. Esta era a 1ª equipa do seu grupo de comandos. Em vésperas da Op Atraca

Guiné > 1966 > Preparação da Op Atraca (destino: região de Barro, na fronteira com o Senegal)

Guiné > 1966 > Os comandos, helitransportadas, na Op Atraca, na região de Barro, na fronteira com o Senegal

Guiné > 1966 > Comandos na Op Atraca. Os momentos de tensão antes da descida do helicóptero
[img]http://www.ensp.unl.pt/lgraca/Guine_Comandos_19PróXITOLE0010.jpg[/img]
Guiné > 1966 > Comandos a caminho de Bafatá, junto ao Dakota para operações na região do Xitole. O famoso Marcelino da Mata, condecorado com a Torre e Espada, é o primeiro da esquerda, na segunda fila. O Alf Mil Briote é o segundo, a contar da esquerda, da primeira fila. O Capitão Rubim (hoje coronel na reserva) é o 6º da primeira fila, também a contar da esquerda


Guiné > 196/66 > Mapas da Guiné assinalando os sítios por onde andou o Alf Mil Comando Briote (à esquerda) e regiões do mato onde participou em operações (à direita)
__________________________
Mais conteúdos e link's com subsídios para uma história documentada sobre a acção das forças militares portuguesas na guerra colonial que decorreu de 1963 a 1974 no antigo território da Guiné (hoje Guiné-Bissau) em:
http://www.ensp.unl.pt/lgraca/

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Comandos com...boina castanha. A Guiné-bissau era o pior teatro de operações na guerra colonial Portuguesa. Os Turras estavam extraordinariamente bem equipados e eram muito eficientes nas suas operações.
Não podemo-nos esquecer que ainda à bem pouco tempo os Guineenses lutaram contra as tropas do Senegal (?), que foram treinados e equipados pelos EUA e ganharam. São uns tesos filhos da mãe, é preciso muito para mandá-los abaixo.
Bom post e óptimas fotos!
Não podemo-nos esquecer que ainda à bem pouco tempo os Guineenses lutaram contra as tropas do Senegal (?), que foram treinados e equipados pelos EUA e ganharam. São uns tesos filhos da mãe, é preciso muito para mandá-los abaixo.
Bom post e óptimas fotos!
- hancelo
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Rui Elias Maltez escreveu:E se algém quiser saber um pouco do que foram a campanhas militares portuguesas no território da Guiné, durante a guerra colonial naquele território, entre 1963 e 1974, que opôs as FA's portuguesas, e os nacionalistas do PAIGC, tem aqui este interessante site:
http://www.ensp.unl.pt/luis.graca/guine ... toria.html
Trata-se de um site muito rico em mapas e dotos.
Exemplos:
Aquartelameto português de Babadinca, no leste, em 1970
Legenda:Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > 1970 >
Espectacular vista aérea do aquartelamento, tirada no sentido leste-oeste, ou seja, do lado da grande bolanha de Bambadinca.
Do lado esquerdo da imagem, para oeste, era a pista de aviação (1) e o cruzamento das estradas para Nhabijões (a oeste), o Xime (a sudoeste) e Mansambo e Xitole (a sudeste). Vê-se ainda uma nesga do heliporto (2) e o campo de futebol (3).
A CCAÇ 12 começou também a construir um campo de futebol de salão (4), com cimento roubado à engenharia nas colunas logísticas para o Xitole.
De acordo com a fotografia, em frente, pode ver-se o conjunto de edifícios em U: constituía o complexo do comando do batalhão (5) e as instalações de oficiais (6) e sargentos (8), para além da messe e bar dos oficiais (8) e dos sargentos (9).
Apesar do apartheid (leia-se: segregação sócio-espacial) que vigorava, não só na sede dos batalhões, como em muitas unidades de quadrícula, uns e outros, oficiais e sargentos, tinham uma cozinha comum (19).
Do lado direito, ao fundo, a menos de um quilómetro corria o Rio Geba, o chamado Geba Estreito, entre o Xime e Bafatá. O aquartelamento de Bambadinca situava-se numa pequena elevação de terreno, sobranceira a uma extensa bolanha (a leste).
São visíveis as valas de protecção (22), abertas ao longo do perímetro do aquartelamento que era todo, ele, cercado de arame farpado e de holofotes (24).
A luz eléctrica era produzida por gerador... Junto ao arame farpado, ficavam vários abrigos (26), o espaldão de morteiro (23), o abrigo da metralhadora pesada Browning (25). Em 1969/71, na altura em que lá estivemos, ainda não havia artilharia (obuses 14).
A caserna das praças da CCS (11) ficava do lado oeste, junto ao campo de futebol (3). Julgava-se que o pessoal do pelotão de morteiros e/ou do pelotão Daimler ficava instalado no edifício (12), que ficava do outro lado da parada, em frente ao edifício em U.
Mais à direita, situava-se a capela (13) e a secretaria da CCAÇ 12 (14). Creio que por detrás ficava o refeitório das praças. Em frente havia um complexo de edifícios de que é possível identificar o depósito de engenharia (15) e as oficinas auto (16); à esquerda da secretaria, eram as oficinas de rádio (17).
Do lado leste do aquartelamento, tínhamos o armazém de víveres (20), a parada e os memoriais (18), a escola primária antiga (19) e depósito da água (de que se vê apenas uma nesga).
Ainda mais para esquerda, o edifício dos correios, a casa do administrador de posto, e outras instalações que chegaram a ser utilizadas por camaradas nossos que trouxeram as esposas para Bambadinca (foi o caso, por exemplo, do Alf Mil Carlão, nosso camarada da CCAÇ 12).
Esta reconstituição foi feita pelo Humberto Reis, completada por mim (LG)
Foto do arquivo de Humberto Reis (ex-furriel miliciano de operações especiais, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71)
© Humberto Reis (2006)
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A bordo de uma LDG na Marinha portuguesa
Um heliporto[img]http://www.ensp.unl.pt/luis.graca/LG_Guiné_3_r1.jpg[/img]
O Quotidiano
é vc ai em cima de oculos????????????????????????????????????
O maior patrimônio de uma nação é o espírito de luta de seu povo e a maior ameaça para uma nação é a desagregação desse espírito. (George B. Courtelyou)
- Naval
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Naval:
Bem...
Assim de cor, estou a lembrar-me da Inglaterra que tem formalmente a colónia de Gibraltar, no sul de Espanha, e as Malvinas no Atlântico sul.
E teve até 1999 Hong Kong no sul da China.
Tem ainda as ilhas de Ascensão e de Santa Helena no Atlântico, e Diego Garcia no Pacífico.
Possui ainda a Ilhas Virgens Britânicas e através da Comonwealth, a chefe de estado de países como a Austrália, Nova Zelandia e Canadá éa a rainha de Inglaterra.
Mas estes tratam-se de países independentes unidos por uma comunidade onde entram outro, como a Índia, Nigéria, Tanzânia ou Quénia, não se tratando de colónias.
A Holanda tem a posse do Curacau, ao largo da Venezuela.
A França tem a Guiana francesa que não é oficialmente considerada colónia, mas uma região autónoma, e a polinésia francesa, (o Taihiti) no sul do Pacífico, e no Índico a ilha de Reunião.
Uma das ilhas Comores, no Índico, depois de um referendo acabou por ficar na posse de França.
Julgo que tem ainda um pequeno enclave no Djibuti, no chamado "corno" de África.
A Dinamarca tem a posse da enorme, mas quase desabitada Gronelândia.
Obrigado Rui.
Será q vc poderia explicar esse ''comonwealth''?? e q diferença é essa com os outros Índia, Nigéria, Tanzânia e Quênia.
"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)