A industria brasileira e o reequipamento das Forças Navais
Moderador: Conselho de Moderação
A industria brasileira e o reequipamento das Forças Navais
Este novo tópico se dispõe a estudar os mecanismos que devem ser utilizados para o reequipamento das forças navais brasileiras.
Ele surgiu de uma discussão interessante sobre sobre a substituição dos CTs da classe Pará ( "A substituião ideal dos Contratorpedeiros Pará" - Super Flanker ) e propunha algumas alternativas para a substituição destes.
Neste tópico o objetivo focal, ou seja, a substituição direcionada destes navios por unidades usadas nos levou a uma discussão mais ampla entre a produção local, joint ventures, compras "pura e simples" com transferência de tecnologia e/ou nacionalização do projeto.
O projeto em si no tópico tornou-se um ponto também importante com a discussão de competências e nacionalidade do projeto.
Diante disto a discussão tomou pois importância maior que o tópico inicialmente abordado e as variáveis ficaram muito maiores, o assunto "ganhou asas", se desdobrou, para esta discussão que agora proponho !
Ao trabalho !
Um abraço
Sundao
Ele surgiu de uma discussão interessante sobre sobre a substituição dos CTs da classe Pará ( "A substituião ideal dos Contratorpedeiros Pará" - Super Flanker ) e propunha algumas alternativas para a substituição destes.
Neste tópico o objetivo focal, ou seja, a substituição direcionada destes navios por unidades usadas nos levou a uma discussão mais ampla entre a produção local, joint ventures, compras "pura e simples" com transferência de tecnologia e/ou nacionalização do projeto.
O projeto em si no tópico tornou-se um ponto também importante com a discussão de competências e nacionalidade do projeto.
Diante disto a discussão tomou pois importância maior que o tópico inicialmente abordado e as variáveis ficaram muito maiores, o assunto "ganhou asas", se desdobrou, para esta discussão que agora proponho !
Ao trabalho !
Um abraço
Sundao
Editado pela última vez por SUNDAO em Seg Dez 01, 2003 4:31 pm, em um total de 1 vez.
- alex
- Sênior
- Mensagens: 2433
- Registrado em: Sáb Ago 30, 2003 8:49 pm
- Agradeceu: 10 vezes
- Agradeceram: 79 vezes
Oi Gente.
Eu ia colocar as ideias no assunto anterior, mas já que se abriu esse....
Nada contra a engeprom, acredito que os caras fazem muito com o orçamento que tem, mas acredito que não temos capacidade de criar um navio de porte de 4.000no estado de arte sem ajuda externa.
Gostaria que fosse aberta uma concorrencia para esta aquisição, mas os projetos implantados próximos a nossa área (Atlantico/Pacifico) são Meko, então acredito que, por razões de logistica, e capacidade de produção poderíamos participar destes.
Lembro também que a Argentina possui Navios Meko 360 e meko 140, e seria mais um a aderir (mesmo que em pequenas quantidades devido a crise economica).
Então teríamos uma escala de produção para estes navios no continente e não teríamos que assinar acordos de inspeção, uso e venda made in Usa.
Quanto a uma frota de escolta de 28 navios, bem .....
Depende :
Ou escolhemos uma quantidade de navios usados( + baratos) mesclados a navios novos, talvez sim ....
mas acredito que seria ideal 16-18 navios novos,(tem custos menores) , numa produção ao longo prazo e mais alguns na reserva.
Sim eu sei que um navio hibernante leva muito mais tempó para ser ativado com sua tripulação, etc.. mas nada que um plano de treinamento feito para manter pelo menos um ou dois ativados ao ano não resolva.
em guerra a tonelagem vale duplamente em ouro.
Quanto a frota vejo neste momento uma entrevista do Alte. Davena(http://www.mar.mil.br/Marinha_do_Brasil ... davena.htm), que mostra o nosso telhado de vidro no Atlantico: as plataformas de petroleo. se eu tivesse intenção de atacar o Brasil meu primeiro alvo, seriam estas plataformas.
Como protege-las, manter comboios e fazer ações ofensivas?
Não sei.....
Eu ia colocar as ideias no assunto anterior, mas já que se abriu esse....
Nada contra a engeprom, acredito que os caras fazem muito com o orçamento que tem, mas acredito que não temos capacidade de criar um navio de porte de 4.000no estado de arte sem ajuda externa.
Gostaria que fosse aberta uma concorrencia para esta aquisição, mas os projetos implantados próximos a nossa área (Atlantico/Pacifico) são Meko, então acredito que, por razões de logistica, e capacidade de produção poderíamos participar destes.
Lembro também que a Argentina possui Navios Meko 360 e meko 140, e seria mais um a aderir (mesmo que em pequenas quantidades devido a crise economica).
Então teríamos uma escala de produção para estes navios no continente e não teríamos que assinar acordos de inspeção, uso e venda made in Usa.
Quanto a uma frota de escolta de 28 navios, bem .....
Depende :
Ou escolhemos uma quantidade de navios usados( + baratos) mesclados a navios novos, talvez sim ....
mas acredito que seria ideal 16-18 navios novos,(tem custos menores) , numa produção ao longo prazo e mais alguns na reserva.
Sim eu sei que um navio hibernante leva muito mais tempó para ser ativado com sua tripulação, etc.. mas nada que um plano de treinamento feito para manter pelo menos um ou dois ativados ao ano não resolva.
em guerra a tonelagem vale duplamente em ouro.
Quanto a frota vejo neste momento uma entrevista do Alte. Davena(http://www.mar.mil.br/Marinha_do_Brasil ... davena.htm), que mostra o nosso telhado de vidro no Atlantico: as plataformas de petroleo. se eu tivesse intenção de atacar o Brasil meu primeiro alvo, seriam estas plataformas.
Como protege-las, manter comboios e fazer ações ofensivas?
Não sei.....
UMA ALTERNATIVA A MAIS PARA O REEQUIPAMENTO E/O TRANSF TECN
Virtual News Room
In The News - Archives
25 March 2003
BAE SYSTEMS TO LEAD ROMANIA FRIGATES REGENERATION
BAE SYSTEMS has been nominated as prime contractor to manage the regeneration and upgrade of two ex-Royal Navy Type 22 frigates being transferred to Romania under a government-level agreement. The agreement covers a phased approach. Phase 1, worth £116m will be undertaken in the UK and Phase 2 in Romania.
The contract, awarded by the UK MoD, is being managed through the Customer Solutions & Support (CS&S) group within BAE SYSTEMS.
CS&S's Land & Sea Managing Director, Rory Fisher, comments:
"This is an exciting opportunity for the business to apply its naval engineering and prime contracting skills to such a significant international contract. CS&S is working closely with UK industry to ensure that the best capabilities are brought together to deliver the frigates to our customer in a timely, cost effective manner."
"We are also working closely with the MoD and Romanian authorities to define and plan the development of the necessary in-country support infrastructure, the involvement of Romanian industry and the transfer of technology and we are looking forward to a long and successful relationship with the Romanian Navy."
In the first phase CS&S will be working with its two Portsmouth-based joint ventures Fleet Support Limited (FSL) and Flagship Training (both owned 50/50 with VT Group). FSL will carry out the regeneration work at Portsmouth naval base and Flagship will train the Romanian crews to operate the vessels under the Royal Navy's FOST (Flag Officer Ships Training) programme.
Notes to Editors:
Customer Solutions & Support's Land & Sea unit is 'UK Lead Contractor' to the MoD's Disposal Services Agency for ship sales. In this role we can offer support for the reactivation, modification and training elements of ex-Royal Naval vessel sales and are required when doing so to seek best value for money through competing and project-managing industrial activities including long-term support of vessels in their new roles. In the case of the Romania programme we have also taken on the role of prime contractor.
An initial government-level agreement was announced by the UK Minister for Defence Procurement, Lord Bach and the Romania Minister for Defence Ioan Mircea Pascu on January 14.
HMS Coventry, which was decommissioned a year ago, will be docked by FSL in August 2003 and is scheduled to arrive in Romania towards the end of 2004. HMS London, withdrawn from service three years ago, will enter dock in March 2004 with delivery scheduled for May 2005.
http://www.baesystems.com/newsroom/2003 ... 3news2.htm
------------------------------------------------------------------------------------
Algumas informações acessórias sobre as transferências que eu falei anteriormente. O site original "perdido na noite" falava do programa de ajuda a Marinha Romena.
A Romênia tem um litoral de 225 km apenas e saida apenas para o Mar Negro .
In The News - Archives
25 March 2003
BAE SYSTEMS TO LEAD ROMANIA FRIGATES REGENERATION
BAE SYSTEMS has been nominated as prime contractor to manage the regeneration and upgrade of two ex-Royal Navy Type 22 frigates being transferred to Romania under a government-level agreement. The agreement covers a phased approach. Phase 1, worth £116m will be undertaken in the UK and Phase 2 in Romania.
The contract, awarded by the UK MoD, is being managed through the Customer Solutions & Support (CS&S) group within BAE SYSTEMS.
CS&S's Land & Sea Managing Director, Rory Fisher, comments:
"This is an exciting opportunity for the business to apply its naval engineering and prime contracting skills to such a significant international contract. CS&S is working closely with UK industry to ensure that the best capabilities are brought together to deliver the frigates to our customer in a timely, cost effective manner."
"We are also working closely with the MoD and Romanian authorities to define and plan the development of the necessary in-country support infrastructure, the involvement of Romanian industry and the transfer of technology and we are looking forward to a long and successful relationship with the Romanian Navy."
In the first phase CS&S will be working with its two Portsmouth-based joint ventures Fleet Support Limited (FSL) and Flagship Training (both owned 50/50 with VT Group). FSL will carry out the regeneration work at Portsmouth naval base and Flagship will train the Romanian crews to operate the vessels under the Royal Navy's FOST (Flag Officer Ships Training) programme.
Notes to Editors:
Customer Solutions & Support's Land & Sea unit is 'UK Lead Contractor' to the MoD's Disposal Services Agency for ship sales. In this role we can offer support for the reactivation, modification and training elements of ex-Royal Naval vessel sales and are required when doing so to seek best value for money through competing and project-managing industrial activities including long-term support of vessels in their new roles. In the case of the Romania programme we have also taken on the role of prime contractor.
An initial government-level agreement was announced by the UK Minister for Defence Procurement, Lord Bach and the Romania Minister for Defence Ioan Mircea Pascu on January 14.
HMS Coventry, which was decommissioned a year ago, will be docked by FSL in August 2003 and is scheduled to arrive in Romania towards the end of 2004. HMS London, withdrawn from service three years ago, will enter dock in March 2004 with delivery scheduled for May 2005.
http://www.baesystems.com/newsroom/2003 ... 3news2.htm
------------------------------------------------------------------------------------
Algumas informações acessórias sobre as transferências que eu falei anteriormente. O site original "perdido na noite" falava do programa de ajuda a Marinha Romena.
A Romênia tem um litoral de 225 km apenas e saida apenas para o Mar Negro .
Ola Alex
Bastante importante a entrevista que você indicou.
"Quanto a frota vejo neste momento uma entrevista do Alte. Davena(http://www.mar.mil.br/Marinha_do_Brasil ... davena.htm)"
Sugiro a todos a leitura. Levada ao pé da letra da vontade de se parar até de discutir qualquer assunto naval !
Mais importante ainda é a fonte que desqualifica qualquer análise em direção a um lobby por mais verbas !
Fazendo também o enfadonho papel de trazer as informações do outro tópico da qual este é pai gostaria de trazer uma errata de minha parte
Realmente dois equívocos foram cometidos
Entrada em serviço dos Destróieres RN TYPE 45
o primeiro é sobre a data de entrada das Type 45, Segundo o cronograma do site já citado (typ45.com) elas realmente entrarão em 2007. No ano de 2005 ela – a primeira da serie – iniciará as provas de mar. Sua incorporação está prevista para novembro de 2007 (globalsecurity.org).
Armamento AAE das Type 42
Efetivamente o míssil à bordo é o Sea Dart na versão nova instalado nas reformas de 2000. O fonte é o globalsecurity.org e o da RN.
--------------------------------------------------------------------------------------
Aproveito também para dizer quanto aos armamentos anti-superfície das TYPE 42.
É falado sobre a “limitada capacidade anti-navio do Seadart”, além dos já citados torpedos e do helis orgânico !
Um abraço
Sundao
Bastante importante a entrevista que você indicou.
"Quanto a frota vejo neste momento uma entrevista do Alte. Davena(http://www.mar.mil.br/Marinha_do_Brasil ... davena.htm)"
Sugiro a todos a leitura. Levada ao pé da letra da vontade de se parar até de discutir qualquer assunto naval !
Mais importante ainda é a fonte que desqualifica qualquer análise em direção a um lobby por mais verbas !
Fazendo também o enfadonho papel de trazer as informações do outro tópico da qual este é pai gostaria de trazer uma errata de minha parte
Realmente dois equívocos foram cometidos
Entrada em serviço dos Destróieres RN TYPE 45
o primeiro é sobre a data de entrada das Type 45, Segundo o cronograma do site já citado (typ45.com) elas realmente entrarão em 2007. No ano de 2005 ela – a primeira da serie – iniciará as provas de mar. Sua incorporação está prevista para novembro de 2007 (globalsecurity.org).
Armamento AAE das Type 42
Efetivamente o míssil à bordo é o Sea Dart na versão nova instalado nas reformas de 2000. O fonte é o globalsecurity.org e o da RN.
--------------------------------------------------------------------------------------
Aproveito também para dizer quanto aos armamentos anti-superfície das TYPE 42.
É falado sobre a “limitada capacidade anti-navio do Seadart”, além dos já citados torpedos e do helis orgânico !
Um abraço
Sundao
-
- Júnior
- Mensagens: 69
- Registrado em: Ter Nov 04, 2003 9:18 pm
- Localização: Recife
Saudações alvirrubras
Acredito que a questão das 28 escoltas é importante e deveria ser trabalhada como meta a ser alcançada e portanto planejada.
Por exemplo:
Acho que até 2010, deveríamos uma MB com as 6 Niteróis, as 4 type22.1, 2 Barroso, 4 Inhaúma e mais 4 fragatas de 2a. mão (type 42 por exemplo), totalizando 20 navios (contra atuais 16).
Nos 10 anos seguintes, poderíamos substituir as type22.1 e depois as 6 Niteróis por 6 fragatas novas de +-3.500t e mais 4 type42 de 2a. mão.
Para as fragatas, acho a idéia das Meko uma boa possibilidade. Continuaríamos com 20 escoltas, e tentaríamos ampliar a frota de submarinos neste período.
A partir de 2020, poderíamos começar um novo projeto de 4+2 destróires de +-5.500t AAW de área / ASW / SSW, que servirá como escolta para o(s) novo(s) NAe(s).
Nesta mesma década poderá começar a substituição das Inhaúma, já que estas foram projetadas para 25-30 anos de uso. Neste caso, poderíamos construir 6 navios de 2.500t, e alguns anos depois mais 2 navios (p/ substituir as Barroso), totalizando assim 8 corvetas / fragatas leves, com capacidade AAW de ponto.
Com isso, poderíamos chegar a 2030 com 28 navios de superfície, sendo:
6 Destróires de 5.500t
6 Fragatas de 3.500t
8 Fragatas de 4.000t+ (de 2a. mão)
8 Corvetas de 2.500t
>>>Aproveitando, e ciente que foge um pouco ao tópico:
...sobre as plataformas de petróleo, eu discordo.
1) Lendo a entrevista do Alte. Davena, concordo que ele cita-as, mas sem muito destaque especial.
Aliás, na entrevista ele descreve muito bem as dificuldades do presente, mas se mostra otimista em relação ao futuro.
2) Na MINHA opinião, se você atacar o Brasil e "começar pelas plataformas", você cometeria um desastre ecológico grave, e consequentemente cometeria um crime ecológico que colocaria a opinião pública mundial toda contra você !!
Um abraço,
CJ
Acredito que a questão das 28 escoltas é importante e deveria ser trabalhada como meta a ser alcançada e portanto planejada.
Por exemplo:
Acho que até 2010, deveríamos uma MB com as 6 Niteróis, as 4 type22.1, 2 Barroso, 4 Inhaúma e mais 4 fragatas de 2a. mão (type 42 por exemplo), totalizando 20 navios (contra atuais 16).
Nos 10 anos seguintes, poderíamos substituir as type22.1 e depois as 6 Niteróis por 6 fragatas novas de +-3.500t e mais 4 type42 de 2a. mão.
Para as fragatas, acho a idéia das Meko uma boa possibilidade. Continuaríamos com 20 escoltas, e tentaríamos ampliar a frota de submarinos neste período.
A partir de 2020, poderíamos começar um novo projeto de 4+2 destróires de +-5.500t AAW de área / ASW / SSW, que servirá como escolta para o(s) novo(s) NAe(s).
Nesta mesma década poderá começar a substituição das Inhaúma, já que estas foram projetadas para 25-30 anos de uso. Neste caso, poderíamos construir 6 navios de 2.500t, e alguns anos depois mais 2 navios (p/ substituir as Barroso), totalizando assim 8 corvetas / fragatas leves, com capacidade AAW de ponto.
Com isso, poderíamos chegar a 2030 com 28 navios de superfície, sendo:
6 Destróires de 5.500t
6 Fragatas de 3.500t
8 Fragatas de 4.000t+ (de 2a. mão)
8 Corvetas de 2.500t
>>>Aproveitando, e ciente que foge um pouco ao tópico:
...sobre as plataformas de petróleo, eu discordo.
1) Lendo a entrevista do Alte. Davena, concordo que ele cita-as, mas sem muito destaque especial.
Aliás, na entrevista ele descreve muito bem as dificuldades do presente, mas se mostra otimista em relação ao futuro.
2) Na MINHA opinião, se você atacar o Brasil e "começar pelas plataformas", você cometeria um desastre ecológico grave, e consequentemente cometeria um crime ecológico que colocaria a opinião pública mundial toda contra você !!
Um abraço,
CJ
- alex
- Sênior
- Mensagens: 2433
- Registrado em: Sáb Ago 30, 2003 8:49 pm
- Agradeceu: 10 vezes
- Agradeceram: 79 vezes
Continuo ressaltando a necessidade de navios de + de 4000 ton , principalmente por estar próximo a entrada de UAV's nas fragatas de nova geração.
Por isso no primeiro momento, teremos um Heli tripulado (tipo Merlim/Sea Hawk) + 01/02 UAv´s.
Os UAV's provavelmente farão cobertura sonar ou radar c/ ataque com torpedo próximo a fragata, sendo o heli usado mais distante do navio para anti navios/anti sub.
O helicóptero deve ser de médio porte, porque posteriormente também poderá comandar (via datalink) os UAV´s
Por isso no primeiro momento, teremos um Heli tripulado (tipo Merlim/Sea Hawk) + 01/02 UAv´s.
Os UAV's provavelmente farão cobertura sonar ou radar c/ ataque com torpedo próximo a fragata, sendo o heli usado mais distante do navio para anti navios/anti sub.
O helicóptero deve ser de médio porte, porque posteriormente também poderá comandar (via datalink) os UAV´s
Srs
Antes de continuar as nossas discussões sobre o nosso tópico sugiro com veemência a leitura do artigo " 02Dez - ABGE Programas GE Marinha " no sítio da defesanet.com.br .
Neste artigo se fala muito de como se dominar tecnologia a partir de engenharia reversa e de como um projeto de pesquisa pode obter resultados as vezes além do esperado em situações às vezes pouco propícias.
Fala também da integração entre forças, que na minha opinião é a única maneira das nossas Forças Armadas terem algum poder dissuasorio.
É bem verdade que se fomos observar ao pé da letra trata-se de uma associação ( e não uma integração como seria talvez o desejadoi ) entre centros de pesquisa. Ainda aparentemente longe da idéia de joint que algum tempo defendo, mas vai ao ponto mais importante , ou seja, onde o recurso é mais escasso persevar e com uma atuação conjunta superar os obstáculos.
Adiante conversaremos mais !
Um abraço
Sundao
Antes de continuar as nossas discussões sobre o nosso tópico sugiro com veemência a leitura do artigo " 02Dez - ABGE Programas GE Marinha " no sítio da defesanet.com.br .
Neste artigo se fala muito de como se dominar tecnologia a partir de engenharia reversa e de como um projeto de pesquisa pode obter resultados as vezes além do esperado em situações às vezes pouco propícias.
Fala também da integração entre forças, que na minha opinião é a única maneira das nossas Forças Armadas terem algum poder dissuasorio.
É bem verdade que se fomos observar ao pé da letra trata-se de uma associação ( e não uma integração como seria talvez o desejadoi ) entre centros de pesquisa. Ainda aparentemente longe da idéia de joint que algum tempo defendo, mas vai ao ponto mais importante , ou seja, onde o recurso é mais escasso persevar e com uma atuação conjunta superar os obstáculos.
Adiante conversaremos mais !
Um abraço
Sundao
Ola Srs.
Algumas vezes o entusiasmo e o patriotismo vão além do razoável !
Seria muito bom que se pudesse fabricar aqui todos os meios navais necessários a marinha no país ! Mas a vontade e a razão não obrigatoriamente andam juntos, especialmente nestes assuntos.
As pessoas não podem se esquecer de coisas básicas que influenciam qualquer decisão racional.
A primeira delas é diferenciar o preço de um casco ( leia-se a concepção , desenvolvimento e fabricação ) de preço dos sistemas a bordo. Não tenho este dado exato mas conto com vocês para esta informação.
Escapando do dado de investimento de capital financeiro gostaria de falar de capital humano e criação de competências tanto na área de projeto, emprego e formulação da doutrina de utilização. Isto não se consegue de uma hora para outra. Isto exige muito esforço para criação e mantenimento de um grupo de trabalho na área científica por anos a fio, o que é muito caro, por isso este tipo de atividade é muito mais afeito as empresas privadas.
Convenhamos projetos de longo prazo, grupos de pesquisa é uma coisa que não faz muito parte de nossa cultura que privilegia claramente resultados práticos não a pesquisa, leia-se ciência. . Quem deve ter um prazo pré-determinado é o projeto e não a pesquisa em si !
Existe também um problema de que existe ainda muito, não digo diretamente nas áreas de pesquisa mas de uma maneira geral, uma resistência à presença de civis no meio. Isto é um dos maiores problemas quando se lida com capacidades. O meu “business” pode ser por exemplo a eletrônica, posso ser útil a marinha sem ter, por exemplo, uma vocação militar !
Falando claramente sobre a compra de meios de 2a. mão gostaria de dizer que seria uma tolice não aproveitar a disponibilidade de tantos meios deixando o serviço a curto e médio prazo. Lembrem-se o mundo mudou, os desafios são outros e os objetivos das marinhas ( projeto de força ) mudaram por conseqüência !
Acredito por isso que a modernidade não é construir navios é entender a realidade do mundo que muda. Imaginem o caso dos subs, por exemplo: depois do fim da guerra fria qual a capacidade ociosa dos estaleiros especializados na Europa ? Há algum tempo o HDW alemão de larga tradição foi vendido a um fundo de pensão americano ! Vendem sim por que tem uma enorme capacidade ociosa que nem os alemães conseguem sustentar
Outra coisa interessante é pensar em projetos multinacionais ! Países que poderiam ser nossos aliados também possuem algum desenvolvimento e querem navios pelas mesmas razões que nós. Por isso imaginar a produção modular seria possível ? Seria viável sobre o nosso ponto de vista comprar uma fragata inteira produzida no CHILE com a ociosidade que se tem hoje em dia no Brasil ?
A coordenação de projetos conjuntos não tem nada de fácil, muito pelo contrario ! Dificil com parceiros confiáveis e impossível com qualquer outro tipo. Se tem dúvidas vão ao site do type 45 ( http://www.type45.com ) é vejam como é fácil coordenar um projeto trinacional com o orçamento de 6 bilhões de dólares (apesar da fabricação modular – mais econômica ) com três dos maiores e mais tradicionais países na fabricação de navios !
Aliás a meta de fabricação é de vinte e poucos navios e os fabricantes nacionais atingem assim “apenas” 80 % do projeto.
Outra coisa será que o governo dos três países "pobres"( Brasil, Argentina e Chile por exemplo) depois de alocar tanto capital em projetos bélicos tem o direito de após todo este dinheiro investido e do ônus político pago apresentar um projeto deficiente ?
É com esta realidade que se quer competir ? A competição pressupõe, como qualquer investimento financeiro a escolha entre a alternativas, ou seja não existe "a melhor opção" sem as outras alternativas a escolher.
Tudo muito bom, mas o Brasil também apesar de tudo, sob nenhum planejamento, conseguiu atingir metas ideais de doutrina de utilização do poder naval. O surplus dos CT Pará é um caso atípico e contrariamente ao já dito nunca mais, acredito eu, serão reincorporados servindo apenas de repositório de peças, quando muito.
O CJ acerta em muitas coisas, faz um exercício bastante interessante baseada nas eternas deficiências da Armada, eu sem os conhecimentos do CJ, não me arriscaria, ainda mais sem saber o que vai ser tanto da engenharia naval – veja o caso da marinha do Brasil que tinha a marinha mais poderosa do mundo no fim da guerra do Paraguai - como da situação mundial nos próximos anos.
Por enquanto se fizermos o mais simples, ou seja prover as necessidades de meios para o atingimento do "objetivo naval" já ficaria muito feliz viessem os meios de onde vierem.
Um abraço
Sundao
Algumas vezes o entusiasmo e o patriotismo vão além do razoável !
Seria muito bom que se pudesse fabricar aqui todos os meios navais necessários a marinha no país ! Mas a vontade e a razão não obrigatoriamente andam juntos, especialmente nestes assuntos.
As pessoas não podem se esquecer de coisas básicas que influenciam qualquer decisão racional.
A primeira delas é diferenciar o preço de um casco ( leia-se a concepção , desenvolvimento e fabricação ) de preço dos sistemas a bordo. Não tenho este dado exato mas conto com vocês para esta informação.
Escapando do dado de investimento de capital financeiro gostaria de falar de capital humano e criação de competências tanto na área de projeto, emprego e formulação da doutrina de utilização. Isto não se consegue de uma hora para outra. Isto exige muito esforço para criação e mantenimento de um grupo de trabalho na área científica por anos a fio, o que é muito caro, por isso este tipo de atividade é muito mais afeito as empresas privadas.
Convenhamos projetos de longo prazo, grupos de pesquisa é uma coisa que não faz muito parte de nossa cultura que privilegia claramente resultados práticos não a pesquisa, leia-se ciência. . Quem deve ter um prazo pré-determinado é o projeto e não a pesquisa em si !
Existe também um problema de que existe ainda muito, não digo diretamente nas áreas de pesquisa mas de uma maneira geral, uma resistência à presença de civis no meio. Isto é um dos maiores problemas quando se lida com capacidades. O meu “business” pode ser por exemplo a eletrônica, posso ser útil a marinha sem ter, por exemplo, uma vocação militar !
Falando claramente sobre a compra de meios de 2a. mão gostaria de dizer que seria uma tolice não aproveitar a disponibilidade de tantos meios deixando o serviço a curto e médio prazo. Lembrem-se o mundo mudou, os desafios são outros e os objetivos das marinhas ( projeto de força ) mudaram por conseqüência !
Acredito por isso que a modernidade não é construir navios é entender a realidade do mundo que muda. Imaginem o caso dos subs, por exemplo: depois do fim da guerra fria qual a capacidade ociosa dos estaleiros especializados na Europa ? Há algum tempo o HDW alemão de larga tradição foi vendido a um fundo de pensão americano ! Vendem sim por que tem uma enorme capacidade ociosa que nem os alemães conseguem sustentar
Outra coisa interessante é pensar em projetos multinacionais ! Países que poderiam ser nossos aliados também possuem algum desenvolvimento e querem navios pelas mesmas razões que nós. Por isso imaginar a produção modular seria possível ? Seria viável sobre o nosso ponto de vista comprar uma fragata inteira produzida no CHILE com a ociosidade que se tem hoje em dia no Brasil ?
A coordenação de projetos conjuntos não tem nada de fácil, muito pelo contrario ! Dificil com parceiros confiáveis e impossível com qualquer outro tipo. Se tem dúvidas vão ao site do type 45 ( http://www.type45.com ) é vejam como é fácil coordenar um projeto trinacional com o orçamento de 6 bilhões de dólares (apesar da fabricação modular – mais econômica ) com três dos maiores e mais tradicionais países na fabricação de navios !
Aliás a meta de fabricação é de vinte e poucos navios e os fabricantes nacionais atingem assim “apenas” 80 % do projeto.
Outra coisa será que o governo dos três países "pobres"( Brasil, Argentina e Chile por exemplo) depois de alocar tanto capital em projetos bélicos tem o direito de após todo este dinheiro investido e do ônus político pago apresentar um projeto deficiente ?
É com esta realidade que se quer competir ? A competição pressupõe, como qualquer investimento financeiro a escolha entre a alternativas, ou seja não existe "a melhor opção" sem as outras alternativas a escolher.
Tudo muito bom, mas o Brasil também apesar de tudo, sob nenhum planejamento, conseguiu atingir metas ideais de doutrina de utilização do poder naval. O surplus dos CT Pará é um caso atípico e contrariamente ao já dito nunca mais, acredito eu, serão reincorporados servindo apenas de repositório de peças, quando muito.
O CJ acerta em muitas coisas, faz um exercício bastante interessante baseada nas eternas deficiências da Armada, eu sem os conhecimentos do CJ, não me arriscaria, ainda mais sem saber o que vai ser tanto da engenharia naval – veja o caso da marinha do Brasil que tinha a marinha mais poderosa do mundo no fim da guerra do Paraguai - como da situação mundial nos próximos anos.
Por enquanto se fizermos o mais simples, ou seja prover as necessidades de meios para o atingimento do "objetivo naval" já ficaria muito feliz viessem os meios de onde vierem.
Um abraço
Sundao
-
- Sênior
- Mensagens: 8789
- Registrado em: Qua Set 10, 2003 8:28 pm
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 419 vezes
Sundao, se esqueceu de algo muito importante, em caso de guerra não usaremos 16 navios como os que temos hoje, teremos que usar no mínimo 160 navios e ai ter um projeto e meios para contruí-los são muito uteis, você pode dizer "podemos comprar de outros países quando entrarmos em guerra", do jeito que a Argentina comprou em 1982 né? Estourada a guerra seus aliados podem mudar de lado, e ai meu amigo se você não tiver como fabricar suas próprias armas você ta f*****.
Oi marechal!
Boa esta discussão !
Tudo bem, mas quem entraria em guerra conosco e que tipo de guerra seria travada ? A capacidade de construção ou não teria apelo diplomático ?
Se fosse uma guerra de atrito ( o que hoje em dia ta fora de moda ), de grande escala a primeira coisa que se faria era bombardear as bases aereas e as bases navais aqui no Rio. Caso não fosse não haveria bloqueio !
Quanto a Argentina não faria a mínima diferença ela ter a tecnologia de construção naval melhor do continente, não daria tempo para fazer nada muito diferente.
Neste aspectos seria mais interessante pensar em melhorar a capacidade de desenvolver sub-sistemas navais e processos que viabilizassem uma disponibilização maior dos navios da Esqudra - o que tem menos charme mas muito mais efetividade - do ponto de vista de utilização.
Outra postura a favor dos subsistemas e tecnicas de manutenção é o fato que um sistema de míssil ou de chaff ( por exemplo ), como citado na reportagem acima é muito mais vendavel ( diluindo os custos de projeto )pelo baixo valor comparado ao de um navio inteiro.
Sob este ponto de vista seria então mais interessante novamente adquirir uma quantidade muito maior de navios de segunda mão e reaparelha-los do que produzi-los aqui, com todos os seis anos necessários de projetos, teste de mar, etc... .
O que não posso concordar é que se parta para resolver os problemas da armada tentando desenvolver fragatas Steath aqui agora. Isto postergaria todos as outras iniciativas e nos poria talvez com um problema maior
Caso um improvável bloqueio acontecesse os caros ( nos dois sentidos ) marinheiros iam ser detonados por não dispor de subsistemas para armar os navios que eventualmente poderíamos construir no intervalo da necessidade a partir de um agravamento da fricção entre nós e outro país ! Assim fica dificil concordar !
Esta discussão, com todo respeito que realmente tenho a você Marechal, me lembra uma discussão que ocorreu aqui no Brasil quandoo da contrução de Angra 1 ( que tempão, hein ! ).
Falava-se da segurança da produção de energia nuclear no país e num debate se afirmou que a estrtura de proteção do reator suportaria a choque de um avião do médio porte e um gaiato do partido verde lançou a pérola de perguntar se fossem dois ?!?!?!?!?
Voltando a falar sério, concordo com você Marechal com o desejável sim, mas descordo no possível !
Um
Abraço
Sundao
Boa esta discussão !
Tudo bem, mas quem entraria em guerra conosco e que tipo de guerra seria travada ? A capacidade de construção ou não teria apelo diplomático ?
Se fosse uma guerra de atrito ( o que hoje em dia ta fora de moda ), de grande escala a primeira coisa que se faria era bombardear as bases aereas e as bases navais aqui no Rio. Caso não fosse não haveria bloqueio !
Quanto a Argentina não faria a mínima diferença ela ter a tecnologia de construção naval melhor do continente, não daria tempo para fazer nada muito diferente.
Neste aspectos seria mais interessante pensar em melhorar a capacidade de desenvolver sub-sistemas navais e processos que viabilizassem uma disponibilização maior dos navios da Esqudra - o que tem menos charme mas muito mais efetividade - do ponto de vista de utilização.
Outra postura a favor dos subsistemas e tecnicas de manutenção é o fato que um sistema de míssil ou de chaff ( por exemplo ), como citado na reportagem acima é muito mais vendavel ( diluindo os custos de projeto )pelo baixo valor comparado ao de um navio inteiro.
Sob este ponto de vista seria então mais interessante novamente adquirir uma quantidade muito maior de navios de segunda mão e reaparelha-los do que produzi-los aqui, com todos os seis anos necessários de projetos, teste de mar, etc... .
O que não posso concordar é que se parta para resolver os problemas da armada tentando desenvolver fragatas Steath aqui agora. Isto postergaria todos as outras iniciativas e nos poria talvez com um problema maior
Caso um improvável bloqueio acontecesse os caros ( nos dois sentidos ) marinheiros iam ser detonados por não dispor de subsistemas para armar os navios que eventualmente poderíamos construir no intervalo da necessidade a partir de um agravamento da fricção entre nós e outro país ! Assim fica dificil concordar !
Esta discussão, com todo respeito que realmente tenho a você Marechal, me lembra uma discussão que ocorreu aqui no Brasil quandoo da contrução de Angra 1 ( que tempão, hein ! ).
Falava-se da segurança da produção de energia nuclear no país e num debate se afirmou que a estrtura de proteção do reator suportaria a choque de um avião do médio porte e um gaiato do partido verde lançou a pérola de perguntar se fossem dois ?!?!?!?!?
Voltando a falar sério, concordo com você Marechal com o desejável sim, mas descordo no possível !
Um
Abraço
Sundao
-
- Júnior
- Mensagens: 69
- Registrado em: Ter Nov 04, 2003 9:18 pm
- Localização: Recife
saudações alvirrubras
Bom tópico
Sundão,
Alguns questionamentos:
1) Afinal de contas, que tipo de guerra você acha que será travada no futuro ? Você só citou "guerra de atritos". São essas que você acha que são mais prováveis ? Particularmente, eu acho que essas são as menos prováveis.
2) Qual industria você acha que gera mais EMPREGOS ? a industria naval (estaleiros) ou "a capacidade de desenvolver subsistemas" ? Pense no momento político, econômico e principalmente social que vive o país hoje.
3) Ainda assim... não entendi porque devemos escolher entre uma ou outra. Acho que devemos optar pelas duas ! e outras que forem possíveis.
Para tal, é preciso planejar para decidir o que é importante e possível dominar em termos de tecnologia. Isso significa também definir os parceiros que transfiram tecnologia ou desenvolvam programas conjuntos.
Da mesma forma, deve-se definir os equipamentos que serão comprados. E até os que podem ser vantajosos como compra de segunda mão.
4) Qual sua posição sobre os programas do submarino nuclear, aeroespacial e outros ?
Um abraço
CJ
Bom tópico
Sundão,
Alguns questionamentos:
1) Afinal de contas, que tipo de guerra você acha que será travada no futuro ? Você só citou "guerra de atritos". São essas que você acha que são mais prováveis ? Particularmente, eu acho que essas são as menos prováveis.
2) Qual industria você acha que gera mais EMPREGOS ? a industria naval (estaleiros) ou "a capacidade de desenvolver subsistemas" ? Pense no momento político, econômico e principalmente social que vive o país hoje.
3) Ainda assim... não entendi porque devemos escolher entre uma ou outra. Acho que devemos optar pelas duas ! e outras que forem possíveis.
Para tal, é preciso planejar para decidir o que é importante e possível dominar em termos de tecnologia. Isso significa também definir os parceiros que transfiram tecnologia ou desenvolvam programas conjuntos.
Da mesma forma, deve-se definir os equipamentos que serão comprados. E até os que podem ser vantajosos como compra de segunda mão.
4) Qual sua posição sobre os programas do submarino nuclear, aeroespacial e outros ?
Um abraço
CJ
-
- Júnior
- Mensagens: 69
- Registrado em: Ter Nov 04, 2003 9:18 pm
- Localização: Recife
Só complementando...
Sobre as type45:
Acho que o nível de exigência técnica, de experiência de guerra acumulada e de nacionalismo de países europeus em seus programas conjuntos militares é realmente algo complexo e dispendioso. Veja o exemplo do EFA da década de 80, e que acabou gerando dois vetores: o Rafale, e o conturbado EF2000.
Sendo assim, não dá para comparar um programa da type 45 com as exigências em programas sulamericanos, por exemplo. Aliás, se for o caso, deve-se aprender com a experiência européia.
Um abraço
CJ
Sobre as type45:
Acho que o nível de exigência técnica, de experiência de guerra acumulada e de nacionalismo de países europeus em seus programas conjuntos militares é realmente algo complexo e dispendioso. Veja o exemplo do EFA da década de 80, e que acabou gerando dois vetores: o Rafale, e o conturbado EF2000.
Sendo assim, não dá para comparar um programa da type 45 com as exigências em programas sulamericanos, por exemplo. Aliás, se for o caso, deve-se aprender com a experiência européia.
Um abraço
CJ
Fala CJ
Por partes:
Olha não me sinto seguro para discutir longamente a guerra do futuro. Concordamos contudo que ela não deverá ser de atrito, como falei no post anterior. Poderíamos tentar analisar isto a partir das doutrinas durgidas da 1a. e da 2a. Guerra do Golfo.
Não pensem que apenas o fato de os EUA estarem de um lado determinou a nova maneira de lidar com combates em terra. Eles aplicaram uma nova doutrina de guerra terrestre totalmente nova gerada por eles.
A formulação de novas doutrinas de combate é algo que necessita de um estudo contínuo e intensivo. Daí a minha preocupação quando se trata de proteção AAE da frota pois tanto os EUA quanto a UK, Italia, etc... investem pesadamente nestes projetos e a MB não tem um navio especializado nisto, ou seja, cultura de utilização zero, treinamento zero desenvolvimento de doutrina zero.
Imagine hoje a dificuldade de lidarmos com a doutrina utilizada pela RN nas Malvinas e ela já foi em muito superada. A idéia de comprar então as Type 42 é mais interessante por isso, embute também o treinamento, ou se quiser a transferência da tecnologia de utilização deste tipo de navio.
Olha, sem dúvida a industria naval como um todo gera mais empregos nestes tempo de crise, mas no caso de navios para armada a geração de empregos na construção seria de pequeno impacto pois a mão-de-obra seria a já utilizada no Arsenal de Marinha, não devendo ter impacto no mercado dos estaleiros civis.
Se me lembro bem a experiência de se terceirizar a fabricação de meios em estaleiros civis não obteve a resposta esperada no passado.
Sob o ponto de vista de fabricação os navios da armada tem também duas grandes dificuldades: são pequenos e de grande complexidade de processos - exigindo alto grau de automação na sua fabricação para se atingir as especificações de projeto - ou seja, é de fabricação cara e muito automatizada o que não rima com criação de empregos.
Este tópico é perigoso por que sob diversos pontos de vista a fabricação de navios de carga oferece melhor retorno a sociedade ( é intensivo de mão de obra e é um investimento pois substitui a exportação de divisas por conta dos afretamentos feitos no exterior) dos que a de produção de meios para armada. Pense o que faria este argumento na mão de um político mau intensionado.
O investimento em subsistemas é particularmente interessante contudo para a geração de empregos como eu disse.
- A primeira razão é a já citada, ou seja a facilidade de comercialização em comparação a sistemas complexos, leia-se navios.
- Mantém equipes de pesquisa altamente especializadas produtivas investindo se possível em sistemas próximos do estado da arte.
- Possibilita tanto o repasse de tecnologia as empresas civis (quando originárias de instituto de pesquisa da marinha ) bem como o diálogo com empresas e institutos de pesquisa como o das universidades.
A idéia não é por um ou outro pela eternidade ou até o fim dos tempos. o problema atual é aquele classico da economia recursos limitados demanda ilimitada. O momento é que não justifica por exemplo a abertura de mais uma frente de pesquisa dispendiosa além dos subs e a classe Barroso que é um projeto a ser desenvolvido creio que superando limitações da classe anterior.
Ao contrário do que parece ( e espero ter deixado isto claro ) não sou contra a fabricação de meios aqui no Brasil sou a favor da eficácia na sua produção, ou seja que ele não seja fabricado simplesmente aqui e sim fabricado da melhor maneira.
Só acreditaria em novos projetos de pesquisa concomitantes caso ele fosse aberto a sociedade, ou seja criando massa crítica de pesquisadores e fixando conhecimento nos "bancos da Universidade" não apenas garantindo os empregos na Engepron.
Quanto ao sub e o setor aeroespacial são de discussão mais complicada por conta de não estarem disponíveis para a venda no mercado internacional. Lembro que ambos os projetos tem, via de regra, o aporte tecnológico do exterior, o que de maneira alguma é criminoso !
Chega !!!!!
Um abraço
Sundao
Por partes:
Olha não me sinto seguro para discutir longamente a guerra do futuro. Concordamos contudo que ela não deverá ser de atrito, como falei no post anterior. Poderíamos tentar analisar isto a partir das doutrinas durgidas da 1a. e da 2a. Guerra do Golfo.
Não pensem que apenas o fato de os EUA estarem de um lado determinou a nova maneira de lidar com combates em terra. Eles aplicaram uma nova doutrina de guerra terrestre totalmente nova gerada por eles.
A formulação de novas doutrinas de combate é algo que necessita de um estudo contínuo e intensivo. Daí a minha preocupação quando se trata de proteção AAE da frota pois tanto os EUA quanto a UK, Italia, etc... investem pesadamente nestes projetos e a MB não tem um navio especializado nisto, ou seja, cultura de utilização zero, treinamento zero desenvolvimento de doutrina zero.
Imagine hoje a dificuldade de lidarmos com a doutrina utilizada pela RN nas Malvinas e ela já foi em muito superada. A idéia de comprar então as Type 42 é mais interessante por isso, embute também o treinamento, ou se quiser a transferência da tecnologia de utilização deste tipo de navio.
Olha, sem dúvida a industria naval como um todo gera mais empregos nestes tempo de crise, mas no caso de navios para armada a geração de empregos na construção seria de pequeno impacto pois a mão-de-obra seria a já utilizada no Arsenal de Marinha, não devendo ter impacto no mercado dos estaleiros civis.
Se me lembro bem a experiência de se terceirizar a fabricação de meios em estaleiros civis não obteve a resposta esperada no passado.
Sob o ponto de vista de fabricação os navios da armada tem também duas grandes dificuldades: são pequenos e de grande complexidade de processos - exigindo alto grau de automação na sua fabricação para se atingir as especificações de projeto - ou seja, é de fabricação cara e muito automatizada o que não rima com criação de empregos.
Este tópico é perigoso por que sob diversos pontos de vista a fabricação de navios de carga oferece melhor retorno a sociedade ( é intensivo de mão de obra e é um investimento pois substitui a exportação de divisas por conta dos afretamentos feitos no exterior) dos que a de produção de meios para armada. Pense o que faria este argumento na mão de um político mau intensionado.
O investimento em subsistemas é particularmente interessante contudo para a geração de empregos como eu disse.
- A primeira razão é a já citada, ou seja a facilidade de comercialização em comparação a sistemas complexos, leia-se navios.
- Mantém equipes de pesquisa altamente especializadas produtivas investindo se possível em sistemas próximos do estado da arte.
- Possibilita tanto o repasse de tecnologia as empresas civis (quando originárias de instituto de pesquisa da marinha ) bem como o diálogo com empresas e institutos de pesquisa como o das universidades.
A idéia não é por um ou outro pela eternidade ou até o fim dos tempos. o problema atual é aquele classico da economia recursos limitados demanda ilimitada. O momento é que não justifica por exemplo a abertura de mais uma frente de pesquisa dispendiosa além dos subs e a classe Barroso que é um projeto a ser desenvolvido creio que superando limitações da classe anterior.
Ao contrário do que parece ( e espero ter deixado isto claro ) não sou contra a fabricação de meios aqui no Brasil sou a favor da eficácia na sua produção, ou seja que ele não seja fabricado simplesmente aqui e sim fabricado da melhor maneira.
Só acreditaria em novos projetos de pesquisa concomitantes caso ele fosse aberto a sociedade, ou seja criando massa crítica de pesquisadores e fixando conhecimento nos "bancos da Universidade" não apenas garantindo os empregos na Engepron.
Quanto ao sub e o setor aeroespacial são de discussão mais complicada por conta de não estarem disponíveis para a venda no mercado internacional. Lembro que ambos os projetos tem, via de regra, o aporte tecnológico do exterior, o que de maneira alguma é criminoso !
Chega !!!!!
Um abraço
Sundao
-
- Júnior
- Mensagens: 69
- Registrado em: Ter Nov 04, 2003 9:18 pm
- Localização: Recife
Saudações alvirrubras
Aê Sundão,
Minha primeira pergunta estava, na verdade, voltada para o caráter das guerras no século XXI. Na MINHA opinião, as guerras serão cada vez mais motivadas por questões políticas e econômicas, enquanto a questão territorial ficará em segundo plano. O colonialismo tende a permanecer, mas acima de tudo, as guerras serão de coalizão, ou de "alianças".
Da 2a. guerra mundial até 1990 existiam dois blocos.
Hoje existem os EUA, a Europa (dividida entre ser aliada dos EUA e ter posições independentes) e está surgindo o fortíssimo bloco formado pela Russia, China e India.
Fora estes, deverão surgir outros de menor projeção: Mercosul, Asia-Oceania e quem sabe, um dia, a Liga Africana e a Liga Árabe.
Neste contexto, e na MINHA opinião, nossas principais ameaças serão os blocos mais fortes, que poderão tentar ofuscar divergências da área econômica e política, com acusações e guerra contra o terrorismo ou "preocupações" com o meio-ambiente e produção de drogas, para justificar possíveis intervenções.
Sendo assim, e para evitar estas ameaças, acho importante manter boas relações políticas, econômicas, culturais e militares com todos (se possível), sem entretanto, abdicar da independência em todos estes setores.
Acho também, que esta independência só será alcançada (e respeitada) se conseguirmos atingir metas sociais e ambientais decentes, e também se tivermos uma força militar de dissuação que faça qualquer possível oponente considerar uma saída diplomática.
Ao mesmo tempo, acredito que um ataque ao Brasil / Mercosul seria majoritariamente realizado por mar. Sendo assim, o primeiro passo seria a negação do uso de áreas marítimas próximas a nossa costa. Acho, portanto, que para nos defender, temos duas opções:
1) Priorizar (mesmo) o programa do submarino nuclear e construir também um grande número de submarinos convecionais modernos.
2) desenvolver o programa do submarino nuclear (e convencionais), mas não abrir mão de ter também uma força de superfície apta a realizar missões de defesa e também de participar de forças de coalizão da ONU (principalmente quando/se formos membros do conselho de segurança).
Acredito também que é importante manter relações fortes na produção, em programas e em compras militares com outros blocos e com países de outros blocos. As relações militares com outros blocos podem ocorrer sob diversas formas:
a) Programas industriais com trasferência de tecnologia.
b) Produção local sob licença.
c) Compras externas de equipamentos militares.
d) Compras externas de equipamentos militares de segunda mão.
Na MINHA opinião, a tecnologia naval se enquadrariam nos itens a), b) e d), e que, no caso dos itens a) e b), esta produção deveria parcialmente ser programada em conjunto com outros países do Mercosul, inclusive como forma de reduzir custos de desenvolvimento.
Um abraço
CJ
Aê Sundão,
Minha primeira pergunta estava, na verdade, voltada para o caráter das guerras no século XXI. Na MINHA opinião, as guerras serão cada vez mais motivadas por questões políticas e econômicas, enquanto a questão territorial ficará em segundo plano. O colonialismo tende a permanecer, mas acima de tudo, as guerras serão de coalizão, ou de "alianças".
Da 2a. guerra mundial até 1990 existiam dois blocos.
Hoje existem os EUA, a Europa (dividida entre ser aliada dos EUA e ter posições independentes) e está surgindo o fortíssimo bloco formado pela Russia, China e India.
Fora estes, deverão surgir outros de menor projeção: Mercosul, Asia-Oceania e quem sabe, um dia, a Liga Africana e a Liga Árabe.
Neste contexto, e na MINHA opinião, nossas principais ameaças serão os blocos mais fortes, que poderão tentar ofuscar divergências da área econômica e política, com acusações e guerra contra o terrorismo ou "preocupações" com o meio-ambiente e produção de drogas, para justificar possíveis intervenções.
Sendo assim, e para evitar estas ameaças, acho importante manter boas relações políticas, econômicas, culturais e militares com todos (se possível), sem entretanto, abdicar da independência em todos estes setores.
Acho também, que esta independência só será alcançada (e respeitada) se conseguirmos atingir metas sociais e ambientais decentes, e também se tivermos uma força militar de dissuação que faça qualquer possível oponente considerar uma saída diplomática.
Ao mesmo tempo, acredito que um ataque ao Brasil / Mercosul seria majoritariamente realizado por mar. Sendo assim, o primeiro passo seria a negação do uso de áreas marítimas próximas a nossa costa. Acho, portanto, que para nos defender, temos duas opções:
1) Priorizar (mesmo) o programa do submarino nuclear e construir também um grande número de submarinos convecionais modernos.
2) desenvolver o programa do submarino nuclear (e convencionais), mas não abrir mão de ter também uma força de superfície apta a realizar missões de defesa e também de participar de forças de coalizão da ONU (principalmente quando/se formos membros do conselho de segurança).
Acredito também que é importante manter relações fortes na produção, em programas e em compras militares com outros blocos e com países de outros blocos. As relações militares com outros blocos podem ocorrer sob diversas formas:
a) Programas industriais com trasferência de tecnologia.
b) Produção local sob licença.
c) Compras externas de equipamentos militares.
d) Compras externas de equipamentos militares de segunda mão.
Na MINHA opinião, a tecnologia naval se enquadrariam nos itens a), b) e d), e que, no caso dos itens a) e b), esta produção deveria parcialmente ser programada em conjunto com outros países do Mercosul, inclusive como forma de reduzir custos de desenvolvimento.
Um abraço
CJ
-
- Júnior
- Mensagens: 69
- Registrado em: Ter Nov 04, 2003 9:18 pm
- Localização: Recife
Só complementando
Algumas observações:
Concordo totalmente que novas doutrinas de combate devem ser estudadas de forma intensa. Concordo também com a questão AAW.
Quanto à geração de empregos: ora, são 20 navios novos! Se não forem construídos serão "tantos" empregos a menos, não é ?
Sobre os estaleiros civis, a informação que tenho é um pouco diferente; inclusive, já existem conversas para novas participações destes estaleiros em programas da marinha e em petroleiros e plataformas da Petrobrás.
Sobre a "eficácia" de equipamentos projetados aqui, não podemos esquecer os exemplos da China, por exemplo. O primeiro submarino nuclear da China era tão ruim que dava agonia !! O bicho era barulhento demais e mal foi aprovado nas provas de mar !!
Entretanto, a nova geração de subs nucleares chineses já estão considerados "uma geração atrás dos americanos, russos e ingleses", o que já é muito bom.
Nossas Inhaúma apresentam problemas, é verdade. Mas acho que a Barroso e uma versão de fragata Meko (entre 2010 e 2020) para ser construída aqui podem nos deixar razoavelmente atualizados nesta área.
Concordo com a importância da área de pesquisa, assim como acho que precisamos de mais investimentos privados e de mais apoio à pesquisa em nossas universidades. Experiências (civis) como a do Porto Digital, que está sendo implantado aqui no Recife é um belo exemplo.
Por fim, acho importante ter na frota de superfície alguns navios de segunda mão, desde que atualizados em sistemas, sensores e armamentos. Acho que o índice de navios de segunda mão poderia estar na casa de 30% da frota (ou seja, 8 dos 28 considerados ideais).
Acho que é uma forma inteligente (e diplomática) de ter acesso a uma tecnologia ainda atual, com bom poder de combate e potencial de desenvolvimento.
Na MINHA opinião, neste momento, as type42 seriam a melhor opção.
Um abraço
CJ
Algumas observações:
Concordo totalmente que novas doutrinas de combate devem ser estudadas de forma intensa. Concordo também com a questão AAW.
Quanto à geração de empregos: ora, são 20 navios novos! Se não forem construídos serão "tantos" empregos a menos, não é ?
Sobre os estaleiros civis, a informação que tenho é um pouco diferente; inclusive, já existem conversas para novas participações destes estaleiros em programas da marinha e em petroleiros e plataformas da Petrobrás.
Sobre a "eficácia" de equipamentos projetados aqui, não podemos esquecer os exemplos da China, por exemplo. O primeiro submarino nuclear da China era tão ruim que dava agonia !! O bicho era barulhento demais e mal foi aprovado nas provas de mar !!
Entretanto, a nova geração de subs nucleares chineses já estão considerados "uma geração atrás dos americanos, russos e ingleses", o que já é muito bom.
Nossas Inhaúma apresentam problemas, é verdade. Mas acho que a Barroso e uma versão de fragata Meko (entre 2010 e 2020) para ser construída aqui podem nos deixar razoavelmente atualizados nesta área.
Concordo com a importância da área de pesquisa, assim como acho que precisamos de mais investimentos privados e de mais apoio à pesquisa em nossas universidades. Experiências (civis) como a do Porto Digital, que está sendo implantado aqui no Recife é um belo exemplo.
Por fim, acho importante ter na frota de superfície alguns navios de segunda mão, desde que atualizados em sistemas, sensores e armamentos. Acho que o índice de navios de segunda mão poderia estar na casa de 30% da frota (ou seja, 8 dos 28 considerados ideais).
Acho que é uma forma inteligente (e diplomática) de ter acesso a uma tecnologia ainda atual, com bom poder de combate e potencial de desenvolvimento.
Na MINHA opinião, neste momento, as type42 seriam a melhor opção.
Um abraço
CJ