COE/GNR

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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COE/GNR

#1 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Fev 02, 2006 10:27 am

Eis os militares da Companhia de Operações Especiais da Guarda Nacional Repúblicana em acção:

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#2 Mensagem por 3520 » Qui Fev 02, 2006 4:37 pm

Exelentes imagens cabeça de martelo :D




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#3 Mensagem por Rui Elias Maltez » Seg Fev 06, 2006 3:22 pm

Essas fotos foram tiradas no emirato onde vivo :oops:




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#4 Mensagem por J.Ricardo » Seg Fev 06, 2006 3:34 pm

Rui Elias Maltez escreveu:Essas fotos foram tiradas no emirato onde vivo :oops:


Rui, "emirato" seria bairro?




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#5 Mensagem por JNSA » Seg Fev 06, 2006 6:03 pm

J.Ricardo escreveu:
Rui Elias Maltez escreveu:Essas fotos foram tiradas no emirato onde vivo :oops:


Rui, "emirato" seria bairro?


:lol: Concelho, mais concretamente, Sintra... :wink:




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#6 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Fev 07, 2006 1:23 pm

É isso, Ricardo.

Era uma chamada "private joke".

Vivo muito perto de Sintra, e essa imagens foram tiradas em Mem Martins que é uma espécie de subúrbio de Lisboa, no concelho (prefeitura) de Sintra.

Essas fotas foram tiradas na ocasião da detenção de 3 jovens que nessa manhã haviam roubado um carro e praticado diversos assaltos ao longo do dia, refugiando-se após a perseguição por parte da GNR, nas instalações de uma fábrica abandonada (a que se vê nas fotos).

Dessa perseguição, resultou a morte de um dos assaltantes, a detenção de outro e ainda um que ficou ferido.




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#7 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Mar 03, 2006 10:03 am

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#8 Mensagem por Rui Elias Maltez » Seg Mar 06, 2006 9:09 am

Foi anunciado que a Policia Judiciária pretende criar um corpo semelhante ao COE da GNR e ao GOE da PSP.

Até já anunciou ter as armas (tabor israelitas).

O objectivo da PJ é, em certas ocasiões, ser autónoma relativamente aos contributos destes dois corpos especiais da GNR ou da PSP.




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#9 Mensagem por cabeça de martelo » Seg Mar 06, 2006 2:27 pm

As Tavor foram uma excelente aquisição por parte da PJ. Eu achei um pouco estranho eles terem comprado aquelas armas e agora já se está a fazer luz. Em relação à duplicação de forças...eu não sou perito por isso não vou dizer que vá existir ou não. No entanto só de saber que a PJ tem tipos que estão bem equipados e que (segundo o Correio da Manhã), receberam treino nos EUA deixa-me mais tranquilo. Esse treino, será que terá sido com a SWAT do FBI?




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#10 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Dez 05, 2006 9:29 am

Segurança - Prisões com estrangeiros perigosos
Máfias de Leste põem cadeias em alerta


Vítor Mota

Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP) durante o treino para libertação de reféns sequestrados por reclusos
A Companhia de Operações Especiais da GNR está a treinar o Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP), um corpo de elite, para intervir em casos de extrema violência e de tomada de reféns nas cadeias.O último treino, com a duração de duas semanas, terminou na última sexta-feira, em instalações cedidas pelo Exército, na Escola Prática de Infantaria, em Mafra.


O chefe desta força de elite da Guarda Prisional, que, por razões de segurança, não pode ser identificado, disse ao Correio da Manhã que o perigo é crescente nas cadeias portuguesas: “No dia-a-dia, deparamo- -nos com situações cada vez mais violentas, graças à presença de reclusos altamente perigosos, ligados ao crime organizado e às Máfias de Leste”, garante.

Os treinos, segundo o capitão António Quadrado, comandante da Companhia de Operações Especiais, incluem “muita instrução de defesa pessoal e de tiro” e, ainda, “tácticas de intervenção em casos de tomada de reféns”. O objectivo é tornar a força de elite da Guarda Prisional capaz de levar a cabo acções contra sequestradores que se encontrem no interior das cadeias.

“Os reclusos considerados como os mais perigosos são estrangeiros”, diz fonte dos Serviços Prisionais.

As cadeias portuguesas albergam 25 russos, 78 romenos e 37 ucranianos. Boa parte deles está implicada em redes criminosas transnacionais de estilo mafioso. “Muitos são ex-militares especializados em operações especiais”, diz a mesma fonte.

REDES DE TRÁFICO

Ainda entre os reclusos estrangeiros, estão espanhóis (116), holandeses (48), franceses (31) e italianos (20) – grande parte condenada por tráfico de droga ou à espera de julgamento pelo mesmo crime.

A comunidade reclusa de origem africana também tem crescido nos últimos anos. Os cabo-verdianos estão em maioria: são 721, seguidos pelos angolanos (225) e pelos guineenses (121).

Os guardas prisionais, de acordo com a mesma fonte, sabem que os presos de origem africana, regra geral, usam de grande violência quando reagem e temem, sobretudo, as facas fabricadas artesanalmente nas cadeias (‘chinos’) a partir de cabos de garfos ou de colheres.

Os reclusos brasileiros (177), de acordo com os serviços prisionais, raramente são violentos e, por norma, não causam problemas de segurança.

INTERVENÇÃO EM SEQUESTRO

Quando o capelão do Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz foi sequestrado por dois reclusos, em 5 de Novembro deste ano, a Companhia de Operações Especiais da GNR foi chamada a intervir. Hoje, o Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GIPS) já tem uma equipa treinada para libertar reféns. O padre Júlio Lemos foi sequestrado no final da missa de domingo, na capela da prisão, cerca das 11h00, e só foi libertado, através de uma operação lançada pela GNR, cerca das 6h00 de segunda-feira.

Os dois sequestradores, que exigiam ser colocados em liberdade, foram neutralizados com pistolas Taser, que disparam uma carga eléctrica atordoante e paralisante. Pela primeira vez em Portugal foram utilizadas armas não letais numa operação policial com o objectivo de derrubar sequestradores e libertar reféns. O Grupo de Intervenção dos Serviços Prisionais vai receber este tipo de pistolas.

112 GUARDAS DE ELITE

O Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GIPS) foi formado em 1995 e tem como missões principais actuar em casos de extrema violência nas cadeias e fazer escolta a reclusos considerados perigosos. Esta unidade está instalada na antiga prisão de Monsanto, em Lisboa, e conta com 112 operacionais: 97 homens e cinco mulheres. Todos os guardas prisionais, desde que tenham menos de 32 anos, podem candidatar-se ao GIPS. Sujeitam-se a duras provas físicas.

O grupo mantém um piquete em alerta 24 horas por dia – que está sempre pronto para partir de Monsanto para qualquer cadeia do País. O piquete, se for necessário, pode ser reforçado com pessoal de folga ou fora do horário normal de serviço.


MOTINS

LEIRIA

Grave motim no Estabelecimento Prisional de Leiria, em 2005, obrigou à actuação do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional. “Foi a mais dura operação do GIPS”, diz fonte desta unidade. O subdirector da cadeia tentou negociar com os presos amotinados e ficou retido até à chegada das Forças Especiais. A rebelião provocou vários feridos.

LINHÓ

Na revolta no Estabelecimento Prisional do Linhó, nos arredores de Sintra, em 2004, o Grupo de Intervenção e Segurança Prisional actuou de “forma musculada”. Os presos foram dominados com balas de borracha e pelo menos seis ficaram feridos, tendo tido de receber tratamento no hospital

VALE DE JUDEUS

O Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, nos arredores de Alcoentre, é um dos mais ‘difíceis’ do País. Aqui estão, por regra, os reclusos considerados como os mais perigosos. Um motim à hora do jantar, em 2001, obrigou à intervenção do GIPS. Presos feridos foram tratados na enfermaria da prisão.

CAXIAS

Em Março de 1996, eclodiu um motim no Estabelecimento Prisional de Caxias. Reclusos em greve de fome recusaram, à noite, entrar nas celas. As negociações encetadas pelo director da cadeia falharam. O GIPS foi então chamado a intervir. Os presos barricaram-se num corredor atrás de camas e de móveis de madeira, mas cometeram um erro: deram fogo à barricada e os operacionais do GIPS, quando chegaram, tinham o caminho livre. Os presos, para fugirem aos cassetetes, fecharam-se nas celas. Estava reposta a ordem.


Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... l=10&p=200




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#11 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Dez 05, 2006 9:32 am

Sem dúvida que o maior perigo são as máfias de Leste. A maior parte dos seus elementos estão habituados a um grau de violência que em Portugal não é habitual.




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#12 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Mai 25, 2007 10:20 am





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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#13 Mensagem por P44 » Sex Mai 25, 2007 10:45 am

cabeça de martelo escreveu:Imagem



Esse gajo com o Megafone não é o JOSÉ MOURINHO????? :shock:




*Turn on the news and eat their lies*
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#14 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Mai 25, 2007 11:09 am

O José Mourinho nunca iria deixar dois calmeirões o protegessem! Toda a gente sabe que ele é à prova de bala!!! :twisted: 8-] :lol:




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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#15 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Jul 17, 2007 12:49 pm

"QUE OS MUITOS POR SERMOS POUCOS NÃO TEMAMOS."

27 Anos de Operações


O Historial da COE Alfa do BOP/RI/GNR vem desde de 1978, em Portugal e no estrangeiro, onde tem desempenhado várias Missões.
Em Portugal semanalmente a COE é solicitada para Reforçar as Forças implantadas no terreno quando estas necessitam de uma força técnica e tacticamente mais desenvolvida.
O Melhor exemplo será a investigação criminal, que quando tem de executar um mandado que envolva um risco acrescido, quer pelo tipo de adversário, quer pelo ambiente hostil, às nossas forças solicita a COE para realizar entrada em casas e edifícios e/ou a neutralização dos adversários.
A partir dai os Militares da investigação criminal estão seguros para executarem o seu trabalho. No estrangeiro, a COE esteve em Timor onde desempenhou um sem número de missões desde segurança pessoal ao Presidente da Republica e outras altas Entidades, até à captura de rebeldes nas montanhas de Timor.
O teatro de operações mais exigente foi, sem dúvida o do Iraque, onde quer pelo meio envolvente, quer pela perigosidade do adversário onde a COE, apesar das dificuldades, teve um desempenho memorável.

Durante os dois anos de Missão, a força executou a captura de dezenas de terroristas, aprendeu inúmero material utilizado por estes para realizarem os seus ataques contra as forças da coligação, sendo de sublinhar a múltiplas situações de contacto directo com o adversário.

Em todos estes teatros a COE desempenhou as suas missões norteadas pelo lema “Que os muitos por sermos poucos não temamos”.


Génese e Missão

Em 1977, cerca de 10 detidos da cadeia de Custóias – EPC, amotinaram-se e dominaram com a ameaça de armas de fogo cerca de 20 funcionários entre os quais, o seu director e tentaram a fuga utilizando reféns como escudo. Da intervenção dos Guardas Prisionais resultaram ferimentos para 03 dos amotinados (um faleceu posteriormente) 03 reféns e ainda o directo do EPC. Durante esta acção ocorreram ao local efectivos da Guarda equivalentes a 02 Pelotões de Infantaria, 02 Secções de Cavalaria, 05 viaturas blindadas, 05 patrulhas da Brigada de Trânsito e 03 Atiradores Especiais. Esta força não chegou a intervir porque entretanto os amotinados renderam-se.Terminada a operação o Comandante da mesma elaborou um relatório do qual consta:

"...que em tais circunstâncias só pessoal altamente treinado e especializado, dotado de meios apropriados, poderá executar com aceitáveis probabilidades de sucesso, qualquer acção."

Este facto deu azo a que o General Comandante Geral da GNR ordenasse pessoalmente ao Comandante do Batalhão nº1(actual RI) para preparar e organizar um GRUPO ESPECIAL DE INTERVENÇÃO.

Em finais de Outubro de 1978, estava pronto o GEI, para actuar em casos específicos de actividades criminosas de alta violência, ou outras que ocorressem na área de responsabilidade da Guarda e que requeressem uma força técnica e tacticamente habilitada para executar estas tarefas.

Em Outubro de 1982, passou-se a designar Pelotão de Operações Especiais (POE). Vinte e um anos depois (2003), devido à evolução da criminalidade e por ser cada vez mais solicitada, sofreu um aumento do número de militares sendo designada:COMPANHIA DE OPERAÇÕES ESPECIAIS (COE)


Selecção, Formação e Cursos

A selecção dos militares que integram a COE é feita tendo como base de escolha o efectivo do Batalhão Operacional do Regimento de Infantaria o que permite ter uma boa base de escolha visto que todos os militares do BOP são submetidos a uma bateria de testes.

A selecção é feita em três dias consecutivos em que os militares executam uma bateria de testes físicos, de decisão, psicotécnicos e médicos.

Dia 1: O primeiro é o dia em que os candidatos são submetidos aos testes físicos, começando pelo ginásio onde cada candidato executa abdominais, extensões no solo, flexões na trave, pista de combate de 350 metros, natação e apneia.

Abdominais mínimo 70
Extensões no solo mínimo 55
Flexões na trave mínimo 10
Natação 50m mínimo 01 minuto e 20 segundos
Apneia executar 20 metros
Pista de obstáculos mínimo 02 minutos


Dia 2: No segundo dia os candidatos executam os testes de decisão e a prova de marcha
Provas de decisão:
Passagem do pórtico
Salto para a água
Tiro
Marcha:
Marcha forçada durante 15Km com arma e mochila de 10Kg no tempo limite de 01 hora e 50 minutos

Dia 3: No terceiro dia são feitos os testes médicos e psicotécnicos pela manhã e da parte de tarde os candidatos são entrevistados por um psicólogo e por fim têm uma entrevista com o Comandante da COE.

Feita a selecção, são escalonados os 20 melhores e iniciam o Curso de Operações Especiais da GNR que decorre em Lamego no Centro de Instrução de Operações Especiais e tem a duração de 03 meses, ficando assim o militar com a formação básica.

No final do Curso de Operações Especiais todos os militares com aproveitamento, cerca de 50%, iniciam o Curso de Segurança Pessoal a Altas Entidades que tem a duração de 06 semanas e tem englobada a vertente de segurança pessoal em ambientes de alto risco, como foi o caso do Teatro de Operações do Iraque.

Depois de feitos os testes, os militares com capacidades e aptidão acima da média iniciam o curso de SNIPER com a duração de quatro semanas com o objectivo de manter em todas as equipas dois militares com a especialidade SNIPER.

Missões do COE Missões da Companhia de Operações Especiais
NEGOCIAÇÃO DE REFÉNS
PESQUISA DE INFORMAÇÕES DE ACTIVIDADE SUBVERSIVA
OPERAÇÕES POLICIAIS DE ALTO RISCO
MANUTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA
SEGURANÇA PESSOAL
OPERAÇÕES ESTÁTICAS DE SEGURANÇA
AUXÍLIO E SOCORRO
INSTRUÇÃO E FORMAÇÃO DE QUADROS

Caracterização das Missões
Negociação de Reféns: Acção de diálogo e interacção com um suspeito com vista a libertar “reféns” ou requerer a entrega pacifica de suicidas ou suspeitos que se encontrem barricados
Operações Policiais De Alto Risco (PORTUGAL E ESTRANGEIRO)
Batidas: Acções efectuadas em áreas abertas ou não condicionadas com o objectivo de encontrar algo ou alguém.
Buscas e Rusgas: Operação policial de consiste no controlo de identidade, detecção de actividades criminosas, procura de objectos relacionados com a prática de crimes ou que possam servir de prova e que devam ser apreendidos.
Reforço de Patrulhas Marítimas: Operação policial no âmbito fiscal efectuada sobre embarcações, e que consiste no controlo de identidade, detecção de actividades criminosas, procura de objectos relacionados com a prática de crimes ou que possam servir de prova e que devam ser apreendidos.
Detenção de Suicidas: Operação policial que se caracteriza por o suspeito se encontrar numa posição vantajosa e protegida, se recusar a entregar e se presuma que o pretenda pôr fim à sua vida usando ou não arma de fogo.
Detenção de Barricados: Operação policial de assalto que se caracteriza por o suspeito se encontrar numa posição vantajosa e protegida, se presuma que o mesmo se encontre armado, que o mesmo tenha praticado um crime e se recuse a entregar.
Sabotagem: Operação policial desenvolvida sobre uma área ou ponto sensível , em que se presuma que vá ou venha a ocorrer um crime; este tipo de operação caracteriza-se pela evacuação da área ou ponto sensível, interditar o seu acesso e recolher informação quanto à sua autoria.
Golpe de Mão: Operação policial de assalto onde se presume estarem escondidos indivíduos suspeitos da prática de crimes ou estar em preparação ou em curso actividade criminosa violenta, com o objectivo de deter os indivíduos e/ou libertar reféns.
Manutenção da Ordem Pública
Reforço à Manutenção da Ordem Pública: Consiste em apoiar as CMOP nas acções de reposição da ordem pública, sempre que sejam empregues armas de fogo pelos manifestantes, ou em caso de necessidade de deter ou evacuar manifestantes.

Controlo E Segurança De Grupos De Risco: Operação policial que visa garantir a segurança, acompanhamento, controlo e guarda de grupos de risco em deslocamento ou em áreas ou pontos sensíveis.
Segurança Pessoal
A Altas Entidades: Operação policial desenvolvida em locais, áreas, itinerários ou instalações através de vigilância, protecção e segurança, que visa garantir a segurança das entidades que visitam Portugal, por forma que as mesmas desenvolvam as suas actividades num clima de tranquilidade.
Do Exmo. Tenente General Comandante Geral Da Gnr: Operação policial desenvolvida em locais, áreas, itinerários ou instalações através de vigilância, protecção e segurança, que visa garantir a segurança do Exmo Ten-General Comandante Geral por forma a que desenvolva as suas actividades num clima de tranquilidade.
Operações Estáticas De Segurança
Segurança Pontos Sensíveis Com Snipers: Operação policial realizada em locais, áreas, itinerários ou instalações através de vigilância, protecção e segurança com snipers, por forma a evitar acções que possam prejudicar o fim a que se destinam ou colocar em perigo a sua finalidade.
Auxílio e Socorro
Efectuar Busca E Salvamento: Acções desencadeadas para prevenir, evitar ou minimizar os efeitos de acidentes, catástrofes ou calamidades resultantes da acção humana ou da natureza.
Instrução e Formação de Quadros
Curso De Operações Especiais;
Curso De Segurança Pessoal A Altas Entidades;
Curso De Sniper;
Curso De Manutenção Da Ordem Pública;
Apoio à BTer Nº5:Acção de formação na área do montanhismo, com vista a preparar e qualificar na área de busca e resgate de sinistrados, os militares que integram o Posto Sazonal da Torre do Destacamento Territorial da Covilhã.


SNIPERS

Os snipers têm tido cada vez mais uma forte contribuição para o sucesso das operações onde a COE tem estado envolvida, quer pelo factor observação quer pelo factor apoio de fogo.

Os instruendos durante o Curso de Operações Especiais são avaliados a nível do tiro que executam entrando essa nota para a média final do curso e para que depois do terminus do mesmo possam os melhores ingressar, de acordo com as necessidades, no Curso Sniper.

O curso tem a duração de 04 semanas e dá aos instruendos formação em diversas matérias como:

Camuflagem
Topografia
Reconhecimento
Tiro

Aos militares com que terminam o curso de Sniper com aproveitamento é-lhes atribuída uma carabina e material individual ficando essa arma atribuída a esse homem com as devidas adaptações e correcções.

Cada dois homens formam uma parelha Sniper sendo este o efectivo mínimo desta força, um dos elementos é o atirados sendo o outro o spoter tendo a missão de observar, montar segurança ao atirador (nos casos de teatros de alto risco como o Iraque), registar dados de distância, velocidade do vento, temperatura, tudo variantes que são analisadas e transformadas em correcções na luneta para que o tiro independentemente da distância seja um tiro certeiro.
Em Portugal e até este momento as parelhas sniper ainda não executaram nenhum disparo, sendo o seu maior valor na recolha de informações para as forças do terreno, já no estrangeiro os nossos snipers executaram alguns disparos contra forças terroristas no decorrer das muitas operações, que a COE executou neste teatro de operações, sempre difícil em que muitas vezes á parelha era uma missão e a parelha tinha que a desempenhar sozinha e isoladamente.

Para um teatro de operações particular como o Iraque teve que se adquirir material especifico como lunetas mais potentes medidores de distâncias nocturnos mais potentes, munições especiais, etc.
Quer em Portugal quer no estrangeiro o lema dos Snipers é e será sempre:
“one shot one kill ”.

CÃES

Por todo o mundo forças similares á COE utilizam cães como uma ferramenta bastante útil desde que usada nas situações convenientes e usada com eficácia.
Cada vez mais os binómios de intervenção táctica (CIT) têm sido uma mais valia para as equipas de assalto. Os CIT podem ser utilizados nas mais variadas funções, quer integrados em equipas de assalto quer trabalhando isoladamente.
Devido aos inúmeros treinos em conjunto os CIT trabalham conjuntamente com as equipas de assalto desempenhando até hoje algumas missões em conjunto como neutralização de barricados onde os cães são os primeiros a entrar no compartimento pois, são mais rápidos, desviam a atenção do adversário, e dão espaço temporal de manobra para a equipa poder entrar no compartimento e neutralizar a ameaça.
Em situações de compartimentos múltiplos os cães estão treinados para sinalizar o compartimento onde o adversário se encontra havendo por isso vantagem táctica para as equipas de assalto pois a ameaça está localizada e mais facilmente poderá ser neutralizada.
Poderá ocorrer a situação do adversário armadilhar uma porta ou uma janela por onde ele acha que as equipas de assalto irão entrar (como já ocorreu na realidade), para esse tipo de situações o cão está treinado para reagir imobilizando-se, marcando assim o local onde ele detectou o explosivo.
Os CIT também trabalham na neutralização em situações de alto risco pois os cães são capazes de se aproximar mais rápido e em silêncio do adversário havendo por isso uma vantagem táctica na utilização dos cães neste tipo de operações.
Em missões no estrangeiro os cães têm sido utilizados primordialmente em situações de detecção de explosivos, como o caso do IRAQUE em que o contingente ITALIANO tinha á sua disposição e em permanência 10 binómio de detecção de explosivos.

HISTORIAL E MISSÕES

O historial da COE vem desde 1978 em Portugal e no estrangeiro onde tem desempenhado as missões que lhe foram atribuídas. Em Portugal semanalmente a COE é solicitada para reforçar as forças implantadas no terreno quando estas necessitam de uma força técnica e tacticamente mais evoluída, o melhor exemplo será a investigação criminal que quando tem de executar um mandado que envolva um risco acrescido quer pelo tipo de adversário quer pelo ambiente hostil ás nossas forças solicita a COE para realizar a entrada nas casas a neutralização dos adversários e a partir dai os militares da investigação criminal estão seguras para executarem o se trabalho.

No estrangeiro a COE esteve em Timor onde desempenhou um sem numero de missões desde segurança pessoal ao Presidente da Republica e outras altas entidades como a captura de rebeldes nas montanhas de Timor. O teatro de operações mais exigente foi sem duvida o Iraque onde quer pelo meio envolvente quer a perigosidade do adversário a COE e todos os seus elementos tiveram um desempenho memorável e durante os dois anos de missão a força executou a captura de dezenas de terrorista, apreendeu inúmero material utilizado por estes para realizarem os seus ataques contra as forças da coligação e sofreram três emboscadas com um saldo extremamente positivo:

Duas baixas (feridos de granada de morteiro)
5000 munições 5,56mm gastas em combate
10000 munições 7,62mm gastas em combate
50 munições 7,62 LAPUA (Sniper) disparadas em combate
500 granadas 40mm gastas em combate

Em todos estes teatros a COE desempenha as suas missões norteada pelo lema:


"Que os muitos por sermos poucos não temamos".




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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