operações reais
Enviado: Seg Set 10, 2018 8:48 am
Este tópico é destinado a operações reais, de preferencia feita por equipes de operações especiais, tanto das forças armadas, policia militar, civil ou federal.
Eu tentei postar no operações especiais mas estava dando um erro então decidi criar este tópico para assuntos mais especificos.
Irei começar com uma missão envolvendo o GRUMEC e COMANF:

No dia 10 de outubro de 2016 estávamos no aeroporto internacional do Rio de Janeiro embarcando no C-105 (aeronave de transporte de carga e tropa da Força Aérea Brasileira). Éramos um destacamento de operações especiais da Marinha do Brasil composto por doze Comandos Anfíbios e seis Mergulhadores de Combate. Nossa missão era participar de uma operação conjunta de operações especiais com as demais forças.
Destino: Manaus-AM.
Área de operação: Selva Amazônica.
Chegando em Manaus fomos recepcionados pelo saudoso Exército Brasileiro ficando alojados na FORÇA-3 (Terceira Companhia de Forças Especiais). Este local foi destinado para o planejamento da missão que estava por vir. E logo, o planejamento teve que se mostrar bastante flexível, contínuo e cíclico. O escalão superior, pela complexidade da missão, determinou que nosso grupo se dividisse em dois. Uma dessas equipes composta por seis operadores especiais se infiltraria em D-4 para chegar antes na área do objetivo para o reconhecer o alvo e munir a equipe de assalto, que se infiltraria em D-2, de informações sobre o mesmo.
Talvez não seja de conhecimento de todos, mas a selva se demonstra um ambiente bastante inóspito e hostil e nós temos plena consciência disso. É de suma importância, embora todos os operadores estejam aptos a realizar os primeiros socorros, a presença de um operador especialista em saúde. Foi assim que começou nossos problemas. Tínhamos somente um especialista e duas equipes se infiltrando. A decisão foi solicitar apoio de um enfermeiro especializado do Batalhão de Operações Ribeirinhas de Manaus para incorporar na equipe de assalto infiltrando em D-2. Em D-4, com o apoio do UH-60 Black Hawk da FAB, a equipe de reconhecimento se infiltrou em uma clareira da selva e chegou até o local do objetivo dois dias depois. O desafio dessa equipe era se aproximar para obter os informes sem ser vista. Na tarde do dia D-1 aconteceu algo estranho.

Uma explosão ecoou na selva no sentido oposto ao azimute de infiltração da equipe recon. Algo tinha dado errado Elementos da primeira equipe a se infiltrar que já estavam no esquema de revezamento no PO (posto de observação) já sabiam do que se tratava. Uma EvAM (Evacuação Aeromédica). A selva tinha cobrado um preço caro, a única dúvida dos elementos da equipe recon era quem da equipe? de assalto tinha pagado esse preço.
A alguns quilômetros do objetivo, a equipe de assalto estava numa situação difícil. Um elemento tinha se desidratado e sua situação se agravou de tal maneira que não havia outra opção senão acionar a evacuação prevista em caso de emergência. E como se não tivéssemos problemas o suficiente, o militar que até então estava desfalecido no coração da selva amazônica era exatamente o enfermeiro que fora solicitado para apoiar. Sem ordens para tal, como se já tivéssemos ensaiado, cada operador se encarregou de uma tarefa. Enquanto era feita a comunicação com o esquadrão responsável pela EvAM e a vítima estabilizada, cargas explosivas eram colocadas em algumas árvores para que se pudesse abrir uma clareira onde a vítima pudesse ser içada pelo helicóptero. Todos estavam bem, inclusive o enfermeiro que fora evacuado.
A missão tinha que prosseguir. A noite caíra sobre a selva e os guerreiros muito mais fadigados e exaustos devido o resgate deviam seguir em frente se quisessem cumprir o quadro-horário e obter êxito no cumprimento da missão que antecedia o início do crepúsculo matutino náutico do dia seguinte. Pouco tempo antes do horário determinado para cumprir a ação no objetivo, uma vez que já não mais tínhamos contato rádio, a primeira equipe que estava no local já estudava a possibilidade de cumprir a missão no lugar da equipe de assalto. Mais eis que de repente surge a equipe de assalto no local e hora previstos. No PRO (Ponto de reunião do objetivo), com a equipe recon, foram feitas todas as retificações e ratificações inerentes à ação no objetivo e com alguns elementos desta equipe incorporados a missão foi cumprida. Posteriormente fomos retirados por dois UH-60 Black Hawk e retornamos à FORÇA-3.
Eu tentei postar no operações especiais mas estava dando um erro então decidi criar este tópico para assuntos mais especificos.
Irei começar com uma missão envolvendo o GRUMEC e COMANF:

No dia 10 de outubro de 2016 estávamos no aeroporto internacional do Rio de Janeiro embarcando no C-105 (aeronave de transporte de carga e tropa da Força Aérea Brasileira). Éramos um destacamento de operações especiais da Marinha do Brasil composto por doze Comandos Anfíbios e seis Mergulhadores de Combate. Nossa missão era participar de uma operação conjunta de operações especiais com as demais forças.
Destino: Manaus-AM.
Área de operação: Selva Amazônica.
Chegando em Manaus fomos recepcionados pelo saudoso Exército Brasileiro ficando alojados na FORÇA-3 (Terceira Companhia de Forças Especiais). Este local foi destinado para o planejamento da missão que estava por vir. E logo, o planejamento teve que se mostrar bastante flexível, contínuo e cíclico. O escalão superior, pela complexidade da missão, determinou que nosso grupo se dividisse em dois. Uma dessas equipes composta por seis operadores especiais se infiltraria em D-4 para chegar antes na área do objetivo para o reconhecer o alvo e munir a equipe de assalto, que se infiltraria em D-2, de informações sobre o mesmo.
Talvez não seja de conhecimento de todos, mas a selva se demonstra um ambiente bastante inóspito e hostil e nós temos plena consciência disso. É de suma importância, embora todos os operadores estejam aptos a realizar os primeiros socorros, a presença de um operador especialista em saúde. Foi assim que começou nossos problemas. Tínhamos somente um especialista e duas equipes se infiltrando. A decisão foi solicitar apoio de um enfermeiro especializado do Batalhão de Operações Ribeirinhas de Manaus para incorporar na equipe de assalto infiltrando em D-2. Em D-4, com o apoio do UH-60 Black Hawk da FAB, a equipe de reconhecimento se infiltrou em uma clareira da selva e chegou até o local do objetivo dois dias depois. O desafio dessa equipe era se aproximar para obter os informes sem ser vista. Na tarde do dia D-1 aconteceu algo estranho.

Uma explosão ecoou na selva no sentido oposto ao azimute de infiltração da equipe recon. Algo tinha dado errado Elementos da primeira equipe a se infiltrar que já estavam no esquema de revezamento no PO (posto de observação) já sabiam do que se tratava. Uma EvAM (Evacuação Aeromédica). A selva tinha cobrado um preço caro, a única dúvida dos elementos da equipe recon era quem da equipe? de assalto tinha pagado esse preço.
A alguns quilômetros do objetivo, a equipe de assalto estava numa situação difícil. Um elemento tinha se desidratado e sua situação se agravou de tal maneira que não havia outra opção senão acionar a evacuação prevista em caso de emergência. E como se não tivéssemos problemas o suficiente, o militar que até então estava desfalecido no coração da selva amazônica era exatamente o enfermeiro que fora solicitado para apoiar. Sem ordens para tal, como se já tivéssemos ensaiado, cada operador se encarregou de uma tarefa. Enquanto era feita a comunicação com o esquadrão responsável pela EvAM e a vítima estabilizada, cargas explosivas eram colocadas em algumas árvores para que se pudesse abrir uma clareira onde a vítima pudesse ser içada pelo helicóptero. Todos estavam bem, inclusive o enfermeiro que fora evacuado.
A missão tinha que prosseguir. A noite caíra sobre a selva e os guerreiros muito mais fadigados e exaustos devido o resgate deviam seguir em frente se quisessem cumprir o quadro-horário e obter êxito no cumprimento da missão que antecedia o início do crepúsculo matutino náutico do dia seguinte. Pouco tempo antes do horário determinado para cumprir a ação no objetivo, uma vez que já não mais tínhamos contato rádio, a primeira equipe que estava no local já estudava a possibilidade de cumprir a missão no lugar da equipe de assalto. Mais eis que de repente surge a equipe de assalto no local e hora previstos. No PRO (Ponto de reunião do objetivo), com a equipe recon, foram feitas todas as retificações e ratificações inerentes à ação no objetivo e com alguns elementos desta equipe incorporados a missão foi cumprida. Posteriormente fomos retirados por dois UH-60 Black Hawk e retornamos à FORÇA-3.