Fórum Defesa Brasil

Acredito que estava faltando um tópico para aglutinar tudo o que é escrito sobre mísseis anti navio e sobre os sistemas de defesa cotra estes. Assunto cada vez mais importante no contexto da guerra naval.

A última notícia é que uma fragata árabe parece ter sido atingida.

Tem uma discussão no tópico Mundo Árabe em Ebulição, a qual creio que se adaptaria melhor neste tópico.

Deixo aqui um link https://corporalfrisk.com/2017/01/30/vampire/

Deixo também um super link para um tremendo material em pdf para os amigos sobre a análise do caso da corveta Hanit.

http://www.admiraltytrilogy.com/cic/Har ... alysis.pdf

Espero grandes comentários, nos quais podemos até pesar a CV 3 neste aspecto.

Eu vejo as coisas sobre esta matéria de uma maneria bem simples.

Temos uma demanda reprimida bem grande para este tipo de mísseis. E temos por agora, duas coisas a resolver/decidir. A primeira é a continuidade do modelo atual de compras de oportunidade deste tipo de mísseis, ou a segunda, aproveitar que estamos fazendo o refit dos Exocet e dar um passo a mais no sentido de fazer o MAN-1 evoluir até um ponto em que possamos fazer dele uma família, e/ou aproveitar o AV--MT300 como base para essa família.

Salvo engano, seriam uma família com cerca de 7 variantes, quais sejam:

1. mar-mar;
2. mar-terra;
3. (sub)mar- mar;
4. (sub)mar-terra;
5. ar-mar (helo)
6. ar-mar (avião)
7. terra-mar

Estou acrescendo a questão do lançamento contra alvos em terra pois este é um dado relevante hoje para os novos mísseis anti-navio como capacidade secundária, mas muito importante no seu escopo de capacidades de uso.

Se formos falar em números aqui, eles com certeza seriam prolíficos. Me abstendo da relação vetores-míssil, apenas indico que com tantas variantes, a nossa demanda passaria com certeza da casa das centenas, em todas elas. Isso claro se não ficarmos apenas naquela conversa mole de comprar apenas o suficiente para manter a doutrina...

abs.

nova versão

http://charly015.blogspot.com.br/

Mísseis como o Moskit Russo e o NSM Norueguês estabeleceram novas fronteiras para este tipo de arma: um a alta velocidade (que tende a aumentar) e outro a furtividade. Cedo ou tarde uma das duas características irá prevalecer (ou ambas, afinal, se caças furtivos podem fazer supercruise). E segue a MB na contramão, lançando com alarde um similar do MM-40 block 2...

Túlio escreveu:Mísseis como o Moskit Russo e o NSM Norueguês estabeleceram novas fronteiras para este tipo de arma: um a alta velocidade (que tende a aumentar) e outro a furtividade. Cedo ou tarde uma das duas características irá prevalecer (ou ambas, afinal, se caças furtivos podem fazer supercruise). E segue a MB na contramão, lançando com alarde um similar do MM-40 block 2...

Enquanto houver quem queira e quem use (e são muitos), continuará sendo um bom negócio.
Lembre-se que nem todo mundo por aí que tem uma marinha, guarda costeira ou coisa parecida, necessariamente terá condições comprar e usar estes mísseis citos por ti.
Isso aí é coisa fina e feito para gente que leva a defesa a sério.
Para os demais, que não possuem tão grandes necessidades, o Exocet, e suas variações, ainda presta-se a que veio.

abs.

FCarvalho escreveu: Enquanto houver quem queira e quem use (e são muitos), continuará sendo um bom negócio.
Lembre-se que nem todo mundo por aí que tem uma marinha, guarda costeira ou coisa parecida, necessariamente terá condições comprar e usar estes mísseis citos por ti.
Isso aí é coisa fina e feito para gente que leva a defesa a sério.
Para os demais, que não possuem tão grandes necessidades, o Exocet, e suas variações, ainda presta-se a que veio.

abs.

Concordo, claro. Isso faz com que até a CV-3 faça sentido. O que me enche é torrarem meus impostos em coisas que ou já nascem obsoletas (MANSUP) ou mesmo são simples panacéias (CV-3).

Túlio escreveu:

FCarvalho escreveu: Enquanto houver quem queira e quem use (e são muitos), continuará sendo um bom negócio.
Lembre-se que nem todo mundo por aí que tem uma marinha, guarda costeira ou coisa parecida, necessariamente terá condições comprar e usar estes mísseis citos por ti.
Isso aí é coisa fina e feito para gente que leva a defesa a sério.
Para os demais, que não possuem tão grandes necessidades, o Exocet, e suas variações, ainda presta-se a que veio.
abs.

Concordo, claro. Isso faz com que até a CV-3 faça sentido. O que me enche é torrarem meus impostos em coisas que ou já nascem obsoletas (MANSUP) ou mesmo são simples panacéias (CV-3).

Vamos esperar que este choque de realidade que a MB está tendo a ajude a propor soluções tão possíveis quanto exequíveis aos seus problemas em termos de Brasil.

Embora a CV-3 seja o melhor que podemos fazer por agora, e ainda assim com ajuda externa, vai nos proporcionar mais a frente tentar dar passos seguros no sentido de apor a esquadra uma capacidade operacional que não seja apenas fruto de marketing da tv ou propaganda para o alistamento militar.

Já passou da hora de fazermos o que dá com o que temos, e não ficar arranjando desculpas para comprar isso e aquilo no primeiro mundo só para tentar parecermos melhores do que realmente somos.

abs.

Túlio escreveu:

FCarvalho escreveu: Enquanto houver quem queira e quem use (e são muitos), continuará sendo um bom negócio.
Lembre-se que nem todo mundo por aí que tem uma marinha, guarda costeira ou coisa parecida, necessariamente terá condições comprar e usar estes mísseis citos por ti.
Isso aí é coisa fina e feito para gente que leva a defesa a sério.
Para os demais, que não possuem tão grandes necessidades, o Exocet, e suas variações, ainda presta-se a que veio.

abs.

Concordo, claro. Isso faz com que até a CV-3 faça sentido. O que me enche é torrarem meus impostos em coisas que ou já nascem obsoletas (MANSUP) ou mesmo são simples panacéias (CV-3).

Não acho que a idéia seja obsoleta. A menos que vc acredite que dominar o sistema em sí, seja pouco (não é, pelo contrário).

O que chama a minha atenção é como um míssil chinês de exportação, fabricado sob licença pelo Irã, já acertou três navios, a corveta israelense Hanit em 2006, o catamaran Switf e agora uma fragata que em tese possui contra medidas eletrônicas, chaff, canhões Breda de 40mm, mísseis Cotrale. E teóricamente o C 802 tem algumas prestações melhores que o nosso míssil.

https://en.wikipedia.org/wiki/C-802

JL escreveu:O que chama a minha atenção é como um míssil chinês de exportação, fabricado sob licença pelo Irã, já acertou três navios, a corveta israelense Hanit em 2006, o catamaran Switf e agora uma fragata que em tese possui contra medidas eletrônicas, chaff, canhões Breda de 40mm, mísseis Cotrale. E teóricamente o C 802 tem algumas prestações melhores que o nosso míssil.

https://en.wikipedia.org/wiki/C-802

Seria pq o nosso nunca foi usado em combate real? (me corrija se estiver errado, qtos acertos e erros temos com o Exocet e derivados na conta?)

As vezes uma certa simplicidade do sistema o faz menos sensivel a contramedidas eletronicas. Mesmo um caça moderno sendo iluminado por uma baita radar (pense nos radares russos com altissimas potencias de emissão) podem cegar delicados sensores. Ai...

joao fernando escreveu: Não acho que a idéia seja obsoleta. A menos que vc acredite que dominar o sistema em sí, seja pouco (não é, pelo contrário).

O problema é a CREDIBILIDADE, JF véio. Se ao menos desse para acreditar que a MB, após desenvolver essa tranqueira (em termos de propulsão, o resto não sei em que pé está) do MANSUP, mantivesse P&D para o desenvolvimento até ter um Msl no estado da arte, eu seria o maior entusiasta. Tem tudo para ser um Msl do primeiro time.

Mas, como dizia o Grande Ídolo da MB, o Jobim, "a jurisprudência não lhes é favorável"; o costume é desenvolver algo e largar de mão, tá pronto e fim, vamos pro próximo programa. Sodas...

PS.: quanto ao Exocet, assim de primeira lembro da Stark e dos navios Ingleses nas Falklands.

Túlio escreveu:

joao fernando escreveu: Não acho que a idéia seja obsoleta. A menos que vc acredite que dominar o sistema em sí, seja pouco (não é, pelo contrário).

O problema é a CREDIBILIDADE, JF véio. Se ao menos desse para acreditar que a MB, após desenvolver essa tranqueira (em termos de propulsão, o resto não sei em que pé está) do MANSUP, mantivesse P&D para o desenvolvimento até ter um Msl no estado da arte, eu seria o maior entusiasta. Tem tudo para ser um Msl do primeiro time.

Mas, como dizia o Grande Ídolo da MB, o Jobim, "a jurisprudência não lhes é favorável"; o costume é desenvolver algo e largar de mão, tá pronto e fim, vamos pro próximo programa. Sodas...

PS.: quanto ao Exocet, assim de primeira lembro da Stark e dos navios Ingleses nas Falklands.

No que sou obrigado a concordar. Agora até o Hermes voltou arriado pra casa, tem coisas ai que os ingleses não soltaram corretamente.

É, essa de os argies "errarem" um Exocet e bruscamente o Hermes ir para a retaguarda e reduzir drasticamente as operações aéreas é algo bem esquisitinho...

Túlio escreveu:É, essa de os argies "errarem" um Exocet e bruscamente o Hermes ir para a retaguarda e reduzir drasticamente as operações aéreas é algo bem esquisitinho...

Tenho revistas da época argies com as ilustrações dele tortinho voltando pra casa. Se acertou ou não o fato é que o PA saiu de cena.

Agora Tulio, é a tecla que aperto: ter sei lá, 50 mansup e podendo fabricar mais, podendo lançar de saraivadas, mete medo e assusta. Mesmo com o A4 rente ao mar, oferece perigo e dá um motivo a mais pro inimigo ter que gastar pra caçar o velho A4. Ai meu filho, é a curvatura da terra e capacidade de ter muitos no paiol.