Estamos dentro do Império Romano
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Estamos dentro do Império Romano
Se você observar a maneira como o mundo evoluiu, primeiramente vieram os impérios da antiguidade (assírio, babilônico, persa), e alguns deles foram razoavelmente grandes, mas o único que ‘pegou’, pelo menos em boa parte do mundo conhecido, onde há elementos históricos para estudar, o único império que pegou, mesmo, foi o Império Romano.
O Império Romano foi o único a conseguir uma projeção, grande expansão. A dominação romana se manteve durante alguns séculos e, logo depois, com Constantino, ele abraçou o Cristianismo. Mais ou menos em 325 D.C. foi criada a Igreja Católica.
E a Igreja Católica passou a ser uma nação, mas ela era, na verdade, um poder, que começou a governar a Terra. As ‘cruzadas’, em que eles partiam para a ‘terra santa’, por causa da expansão dos árabes com Maomé, foi uma prova de que o mundo ocidental estava todo ele sob a égide de Roma, ainda, mas com o nome de Igreja Católica...
Depois vieram as divisões disso, aí. Passou a haver Império Romano do Oriente, Império Romano do Ocidente, que fundamentaram a religião católica e outras plagas.
Depois, muito mais para frente, na Idade Moderna, veio o Sacro-Império-Germânico-Romano, que era uma herança disso... embora ainda existisse o Império Romano do Oriente. Quero dizer, essas diretrizes todas sobre terras cada vez mais terras conhecidas eram do Império de Roma.
Nas terras que vieram a ser conhecidas depois, como a América Latina, uma américa espanhola e portuguesa. Sobre a dominação dela, quem veio para cá? Padres jesuítas. Nessa época, os reis já estavam se insurgindo contra o mando do catolicismo, mas, ainda assim, os reis, como Henrique VIII, quis divorciar-se da sua esposa, por volta de 1500 e alguma coisa, e ele criou a Igreja Anglicana.
Mas vê-se que, na época do descobrimento do Brasil, na época em que eles aportaram aqui, a Igreja Católica ainda tinha domínio sobre os reinados, sobre os reis, e esse domínio foi caindo aos poucos. Mas os reis que passaram a ser absolutistas rivalizavam com a Igreja Católica, embora fosse a Igreja Católica quem distribuísse terras, como na época do suseranato, em que os suseranos e os vassalos eram o que eram a partir de senhores, e esses senhores tinham suas terras dentro dos reinos da Igreja Católica, isso era discutido com os reis de cada lugar e a Igreja Católica.
Vê-se que o mundo conhecido e o que veio a ser conhecido depois tinham ideologia católica. Por exemplo, o rei de Portugal mandava aqui; o rei da Espanha mandava no domínio espanhol. Mas o catolicismo veio aqui catequizar os índios... você vê que a América Espanhola e a América Latina são as américas onde há o maior número de católicos.
Na América do Norte foi uma situação diferente porque, já em 1500 e pouco, Henrique VIII havia criado a Igreja Anglicana – que não era católica. E o protestantismo cresceu muito em países de língua inglesa e germânica. O Reino Unido era principalmente anglicano e protestante. Então a tendência foi que o catolicismo não vingou muito dentro da América do Norte. Mas vê-se que as práticas, na era dos impérios, a maneira como o Império Britânico se estabeleceu foi muito similar à maneira como o Império Romano se estabeleceu. Apesar de a crença ser diferente, a praxes eram muito iguais.
O Império Romano, por exemplo, fazia uma dominação econômica e não queria saber do modo de vida de um país. Ele não impunha os costumes, as roupas, as leis, mas ele impunha comércio, pagamento de impostos, impunha que você comprasse alguma coisa dele, e que você pagasse os impostos e cedesse as matérias-primas.
O Império Britânico agiu de uma forma muito semelhante. O Império Americano também. Os americanos não entram aqui dentro e ficam implicando com a maneira como você pensa... eles simplesmente querem o seu dinheiro.
Mas desde o final da Segunda Guerra Mundial sente-se que eles estão tentando uma dominação ideológica também, e isso fica um pouco esclarecido quando você vê como Hollywood funciona... passando a cultura deles o tempo todo para nós, ... nós e o resto do mundo. Basta dizer que os suíços, os franceses, os alemães, são meio avessos a essa influência cultural americana. Eles tentam manter suas tradições... mas isso, nas últimas três décadas, tem sido cada vez mais difícil. Hoje em dia, como esse alinhamento estratégico da OTAN como sendo os países aliados (e aliados por quê?) – você tem aliados quando você tem inimigo.
A Europa como um todo se diz aliada e abre mão de ter exércitos, ou, pelo menos, exércitos regulares, ou cede elementos para um exército da OTAN, sem ter um exército nacional, pois um exército nacional é custoso... mas é pelo fato de não quererem envolver-se em guerras? É porque eles não têm mais guerras de conquistas? A França não tem mais colônias, a Itália não tem mais colônias, a Alemanha não tem colônias etc. Bom, não é bem por causa disso, mas é porque há um alinhamento, e esse alinhamento é estratégico e militar e também econômico.
Um dos países que mais resistia à hegemonia dos costumes ‘americanos’ (ou globalistas, porque não é uma ideologia que partiu da América, e sim das pessoas que estavam dominando as finanças do mundo), quem mais fez oposição a isso, inclusive com padrão de moeda, não quis mudar para o Euro, não quis mudar o sistema de pesagens, foi a própria Inglaterra.
Aí, foi eleito lá para dentro o Tony Blair... ele entrou para quebrar o orgulho do Império Britânico. Os países, embora prestem honras à rainha, em questão de impostos etc., vivem como se fossem Estados independentes. Eles querem se manter ligados ao Império Britânico, mas é por uma questão de estratégia de poder, de aparecer no mundo, e não uma questão de dominação, pois eles não se sentem mais dominados.
A função do Tony Blair foi justamente quebrar a castanhola dos ingleses com relação à questão do globalismo. Esse globalismo começou a chegar muito fortemente no Japão e está chegando à China, que já está mudando um pouco a sua maneira de agir.
E o globalismo é isso aí... é a hegemonia do branco, da cultura ocidental, da questão da história do mundo ser contada sempre pelos olhos do Ocidente. Alguns livros relatam ‘os grandes roubos da história’, em que houve um aporte de coisas do Oriente pelo Ocidente que não é mencionado.
A cultura de fora invadiu. Você vê mulheres russas dançando Beyonce, vê japoneses dançando Hip Hop.
Os Estados Unidos são a sede de onde os caras controlam tudo, você vê que a ONU é lá.
O americano é dominado, mas eles conseguem grana do mundo todo. Quem paga o tesouro americano é o contribuinte. Isso é uma mentira... os bancos internacionais são todos controlados pelos grandes banqueiros. O Banco Central Americano está nas mãos do JP Morgan.
Quando Napoleão seguiu o caminho do Sacro-Império-Germânico, ele dominou toda uma região e calou a boca da Igreja. Era a época do Iluminismo, daí vêm os Iluminatti. Napoleão pegou todo o Império-Sacro-Romano-Germânico e quebrou a castanhola dos caras. Ele colocava cavalos dentro das igrejas, para dizer que ele tinha o poder.
Tudo que era dominado ainda é dominado, ainda que ideologicamente, pelo mesmo senhor. A globalização que começou com o final da Segunda Guerra Mundial. E ela foi o grande princípio da SGM, porque já existia uma ideia de que o mundo era uma coisa só. Herbert Marshall McLuhan, em 1960, falou que o mundo chegaria a ser uma aldeia global. Essa aldeia global foi falada e reprisada e hoje se chama ‘globalização’.
Aldeia global seria aquele negócio de você falar uma coisa daí, e, quando você for à China, você vê que não só te ouviram como te responderam e imitaram-te.
Você vê o nível de investimento que há numa ‘Beyonce’, do capital do americano para vender aquilo, para exportar aquilo, vê o nível de investimento naquele troço ali, e moças russas imitam-na sem nenhum investimento com uma competência ferranha. Isso quer dizer que as estruturas menores, derivadas, estão aprendendo com a sede, que a matriz. De hoje para amanhã vai haver uma reversão, ... isso não vai ficar a vida toda assim.
O próximo governo que entrar aqui no Brasil e que não seja ligado aos populares não vai conseguir virar o que o Lula já fez, porque o gostinho para as pessoas já foi dado... o gostinho que deram lá para China, nunca mais ela vai voltar a ser o que ela era antes, porque as pessoas adquiriram conhecimento, ainda que seja um conhecimento que não seja estruturado na educação de valorização da pessoa, mas intrinsecamente é, porque, quando você descobre que você canta igual ao Pavarotti, e você descobre que há mais uma porrada de gente que canta como ele, ... antigamente ninguém sabia. Hoje o conhecimento passa para todo mundo. Passa, porque eu te domino, mas você como dominado passa a ter voz e passa a ter ação. A interatividade gera ações e reações. As reações que são vistas como sendo uma dominação cultural de certa forma são também o ‘feedback’ dessas populações. Porque, aí, as populações falam: “Você é competente?” “Eu também sou...” “Você está criando armas?” “Eu também crio.” “Você está criando tecnologia?” “Eu também crio.”
Há povos que são altamente organizados e povos que são altamente competitivos. O japonês é muito competitivo e acha-se melhor do que os outros. O chinês é competitivo, é aguerrido. Os russos sempre foram brilhantes- vê-se pela Literatura, pela Filosofia, pela dança, pelas artes, pela música. Nem sei por que eles têm tanta necessidade de se sentirem europeus, porque eles são melhores do que a Europa, e aqui eu não estou falando de Guerra Fria, não. Ela congregou um império onde existiam russos e não-russos, mas a Rússia, em sim, a Rússia Imperial, Rússia antiga, tinha as práticas que havia na Europa. E era um país católico. As igrejas que foram erguidas na Rússia que os comunistas não tiveram coragem de botar abaixo, e, depois da queda do Muro de Berlim, voltaram a ser igrejas.
Hoje em dia, rapaz, vai-se a um país chamado ‘Butão’, que, pode-se dizer, é o cu do mundo, já que o nome é sugestivo, e o que você encontra lá...? Tênis da Nike, calça jeans, todas as marcas... já era! O mundo está dominado.
E esses dominadores vão começar a se perder. Outro dia eu vi um post no Facebook metendo o pau no Joaquim Barbosa, estão pensando em fazer um impeachment dele, pá, pá, pá e pá... então há algumas vozes, que são isoladas, mas são vozes da OAB, de alguns juristas, que não concordam com a maneira como foi conduzido a famosa AP 470, o desgastado Mensalão. Eles não concordam, pois eles sentem que houve exceção naquilo ali.
Então a questão não é ser PT ou PSDB ou contra-PT. Alguns caras que não são políticos ou que não estão derivando para uma coisa a favor ou contra o PT, pois, no fundo, o que o PT fez foi o que os outros fizeram, e ele está sendo combatido apenas porque ele é PT, e isso é uma briga interna de sistema. O PT conseguiu colocar o pé dentro do sistema, e o sistema está rejeitando-o, não aceita que ele faça parte, porque os outros é que querem mandar. É uma direta rançosa que está aí e que está perdendo espaço, e o PT vai ser a nova direita do futuro, se ele se mantiver mais um tempo aí.
O PT não vai ficar na esquerda, não, pois ele já tem apoio lá fora. Por exemplo, o simples fato de os banqueiros terem ganho muito dinheiro aqui dentro nos últimos anos do governo PT, e o fato de o PT não ter mexido numa linha da dívida externa brasileira, até criou MPs que favorecesse o pagamento e compra de títulos da dívida pública americana a juros “0” (ZERO), isso é sinal de aceitação.
Esse é o medo do pessoal da direita daqui de dentro, porque existe uma outra direita que está pretendendo o cargo dela. Ou seja, estão se sentindo superados pelo PT.
Se esse sistema é um sistema de exceção, as pessoas daqui de dentro estão brigando para não haver essa exceção, porque hoje ela é contra um partido. Amanhã ela pode ir contra você. Basta apenas um grupo palaciano chegar lá...
Eles não estão preocupados com José Dirceu, com José Genuíno, nem com outro pigmeu nenhum... estão começando a ficar preocupados com a justiça ficar nas mãos de meia-dúzia, dessa meia-dúzia retrógrada, antiga, arcaica, que não deixa o país evoluir, os próprios empresários se sentem prejudicados, porque a questão da industrialização do Brasil passa muito mais pelo PT do que pelo PSDB, e eles não têm mentalidade para mudar isso, ou seja, vai ter que eleger-se uma terceira via que não seja nem PT nem PSDB que chegue aí e modifique pouca coisa e que esteja alinhada com o sistema.
Em outras palavras, pode haver uma reversão desse quadro.
Alguém como um Joaquim Barbosa, por exemplo, seria um candidato a ditador... um cara perigoso.
O Joaquim Barbosa é maldoso... é mau! Dá tesão nele a aflição do outro. Ele é sádico, é ruim! Quando ele consegue provar a sua culpa, ele o faz porque ele quer te esmagar. E ele sabe que existe uma gama desses caras, e é aí que ele exerce a fúria dele. Em diversas passagens pela imprensa ele mostra destempero, que ele tem vocação para ditador. Ele tem vocação para comer o fígado dos outros, infelizmente ele tem essa vocação, de ditador sanguinário. Pelo menos ele não é muito descontrolado. Há o sanguinário frio, que é um Hitler da vida, e há uns caras que são raivosos, caras que querem te matar, te comer vivo... pelo menos, ele não chega a ser tão primitivo.
Mas a mentalidade dele é mentalidade de uma pessoa furiosa. Quando ele era casado, ele porrou a mulher dele, ... ele tem esse histórico aí, de ter porrado mulher, quero dizer, o camarada é um lixo como pessoa, e chegou ao cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal.
Há pessoas muito assustadas com o poder que deram a ele. A culpa é da mídia. E a culpa é também de alguns juízes que se deixaram hipnotizar.
Luiz Fux, que está no meio desses juízes aí, para se ter uma ideia, quando o José Dirceu já havia perdido o mandato por ter feito parte do Mensalão, aí ele tinha um escritório em Brasília onde ele fazia lobby dentro das ações do governo sem ter cargo, pois ele já havia saído da Casa Civil e foi fazer lobbyes para alguns políticos e para alguns empresários etc., e esse juiz, o Fux, chegou ao José Dirceu e pediu para ser indicado para o Supremo Tribunal Federal... aí, o Fux fez uso do lobby do José Dirceu lá dentro para ser indicado pelo Lula. E foi indicado. Na AP 470, ele teve todos os votos contra o pessoal do Dirceu. Mas, depois de indicado, ele tem que agir de acordo com a consciência dele. Mas ele fez uso de alguém que era uma mão-de-obra escusa. Na realidade, ele fez uso de corrupção para chegar ao lugar aonde chegou... concorda comigo?
Aí, entrevistaram-no... “Você pediu as coisas ao Dirceu...” “Ah!, eu tenho o meu mérito, eu sabia que o Dirceu tinha influência, e eu realmente pedi a ele...” “Mas você sabia que ele era um bandido.” O bandido que agora o juiz Fux diz que ele é, acusou-o, voltou contra ele, e botou-o na cadeia. Como ele pede a um criminoso ajuda...? Alguém que ele decidiu ser um criminoso da pior espécie que patrocinou um dos maiores ‘escândalos’ da história do Brasil-sil-sil...
Eu queria que houvesse uma anulação desse julgamento do Mensalão, e que um outro julgamento trouxesse à baila todas as pessoas envolvidas nos escândalos políticos de compra de votos de parlamentares. Todos! Mas que todos fossem votados com base em provas comprobatórias.
Essas figurinhas que estão na cadeia apenas assinaram documentos de transferência de finanças de um empréstimo legalmente feito às caras e à luz do dia. Não há crime nisso!
A condução do processo do Mensalão foi feito midiático, à mão de ferro, em torno de uma única pessoa valorizada (inclusive, há uma porção de bobalhões no FaceBook que ficam dizendo ‘esse é o homem... esse é o homem de caráter’...). Se não tem conhecimento de causa, fique quieto! As pessoas não dominam porra nenhuma do negócio, e ficam idolatrando esse tarado desse Joaquim Barbosa. Se você não conhece, você não pode ter critério de julgamento! Porra! Você não pode dizer que ‘fulano é ladrão’.
Por que as pessoas não tomam conhecimento do caso Jenuíno, que ele não tem riqueza pessoal. Já cansaram de passar isso na telinha... ele não tem riqueza pessoal. E ele se fudeu na vida, porque ele abriu mão de ser candidato, e ele iria ganhar, para o governo do estado de São Paulo, para ele poder se manter na direção do partido, porque o grupo palaciano do Lula precisava dele... se ele tivesse sido governador de São Paulo, a essa altura do campeonato ele estaria longe desse negócio de Mensalão. Ele teria ganhado, e não teria perdido um mandato aqui. Ele está agora com um mandato dependurado, está com problema de saúde, querem aposentá-lo, a Câmara não está com vontade de processá-lo, porque ela está sensibilizada com a situação do cara, que já está vendo que o cara está fudido, porque ele já foi acusado de uma coisa que ele não fez, está trancafiado, está doente, e, quando dizem que ‘ele não é mais um preso-político; ele é um político preso’, não... errado! Ele é um preso-político! Porque um sistema, que ainda é hegemônico dentro do Brasil, embora o governo seja do partido dele, e o sistema é tão hegemônico a ponto de tirá-lo do poder e botá-lo na cadeia, ou seja, ele é um preso-político...
Se ele tivesse roubado uma cereja na feira, ele estaria em cana do mesmo jeito... isso é sinal de que puta, pobre, preto e petista vão para a cadeia. Todos que representam o povo, o limbo, o popular, aquilo que está tentando levantar da cova para respirar, a direita xenófoba não permite.
Você não precisa ser PT e nem defender o PT. Não fazem nada com o Lula... basta tirar o grupo palaciano do Lula, e já seria suficiente... porque, no imaginário popular, o Lula é inatingível. É como no caso de Getúlio Vargas... se derem um chute no saco do Lula, se derem um peteleco na orelha dele, o povo vai se revoltar.
Outra coisa é... eles terão sorte se o Jenuíno não morrer na cadeia... porque aí havieria uma reação, e ela vai jogar o Joaquim Barbosa no chão, porque já está havendo reação com a doença dele. Perceberam a maldade do Joaquim Barbosa, perceberam que o troco foi muito pesado, ele fez questão de prender os caras no dia da ‘proclamação da República’... do mesmo jeito que fizeram com Tancredo... dia 21 de Abril, dia de Tiradentes, Tancredo morreu... provavelmente o cara morreu antes, mas seguraram a onda para ser no dia 21, para ficar uma coisa mais bonita. Mas não houve a vinculação, ninguém vinculou Tancredo a Tiradentes, o povo não tem o gabarito histórico. Essa questão da proclamação da República não é visceral para o povo brasileiro – ele não vê dessa forma. “Ah!, houve uma prisão no dia 15...” “Isso é coisa de ‘intelectual’”. O povo está cagando e andando se o treco foi dia 15, porque, no dia 15, o povo quer férias e ir para a praia. Neguinho não está nem aí se foi proclamação da República... se você perguntar a um camarada o que houve dia 15, ele vai te responder: “sei lá, porra, só sei que eu vou para a praia...”
(AINDA FALTA EU TERMINAR... se alguém colaborar ou retificar algum erro... )) []s, Ginf! )
O Império Romano foi o único a conseguir uma projeção, grande expansão. A dominação romana se manteve durante alguns séculos e, logo depois, com Constantino, ele abraçou o Cristianismo. Mais ou menos em 325 D.C. foi criada a Igreja Católica.
E a Igreja Católica passou a ser uma nação, mas ela era, na verdade, um poder, que começou a governar a Terra. As ‘cruzadas’, em que eles partiam para a ‘terra santa’, por causa da expansão dos árabes com Maomé, foi uma prova de que o mundo ocidental estava todo ele sob a égide de Roma, ainda, mas com o nome de Igreja Católica...
Depois vieram as divisões disso, aí. Passou a haver Império Romano do Oriente, Império Romano do Ocidente, que fundamentaram a religião católica e outras plagas.
Depois, muito mais para frente, na Idade Moderna, veio o Sacro-Império-Germânico-Romano, que era uma herança disso... embora ainda existisse o Império Romano do Oriente. Quero dizer, essas diretrizes todas sobre terras cada vez mais terras conhecidas eram do Império de Roma.
Nas terras que vieram a ser conhecidas depois, como a América Latina, uma américa espanhola e portuguesa. Sobre a dominação dela, quem veio para cá? Padres jesuítas. Nessa época, os reis já estavam se insurgindo contra o mando do catolicismo, mas, ainda assim, os reis, como Henrique VIII, quis divorciar-se da sua esposa, por volta de 1500 e alguma coisa, e ele criou a Igreja Anglicana.
Mas vê-se que, na época do descobrimento do Brasil, na época em que eles aportaram aqui, a Igreja Católica ainda tinha domínio sobre os reinados, sobre os reis, e esse domínio foi caindo aos poucos. Mas os reis que passaram a ser absolutistas rivalizavam com a Igreja Católica, embora fosse a Igreja Católica quem distribuísse terras, como na época do suseranato, em que os suseranos e os vassalos eram o que eram a partir de senhores, e esses senhores tinham suas terras dentro dos reinos da Igreja Católica, isso era discutido com os reis de cada lugar e a Igreja Católica.
Vê-se que o mundo conhecido e o que veio a ser conhecido depois tinham ideologia católica. Por exemplo, o rei de Portugal mandava aqui; o rei da Espanha mandava no domínio espanhol. Mas o catolicismo veio aqui catequizar os índios... você vê que a América Espanhola e a América Latina são as américas onde há o maior número de católicos.
Na América do Norte foi uma situação diferente porque, já em 1500 e pouco, Henrique VIII havia criado a Igreja Anglicana – que não era católica. E o protestantismo cresceu muito em países de língua inglesa e germânica. O Reino Unido era principalmente anglicano e protestante. Então a tendência foi que o catolicismo não vingou muito dentro da América do Norte. Mas vê-se que as práticas, na era dos impérios, a maneira como o Império Britânico se estabeleceu foi muito similar à maneira como o Império Romano se estabeleceu. Apesar de a crença ser diferente, a praxes eram muito iguais.
O Império Romano, por exemplo, fazia uma dominação econômica e não queria saber do modo de vida de um país. Ele não impunha os costumes, as roupas, as leis, mas ele impunha comércio, pagamento de impostos, impunha que você comprasse alguma coisa dele, e que você pagasse os impostos e cedesse as matérias-primas.
O Império Britânico agiu de uma forma muito semelhante. O Império Americano também. Os americanos não entram aqui dentro e ficam implicando com a maneira como você pensa... eles simplesmente querem o seu dinheiro.
Mas desde o final da Segunda Guerra Mundial sente-se que eles estão tentando uma dominação ideológica também, e isso fica um pouco esclarecido quando você vê como Hollywood funciona... passando a cultura deles o tempo todo para nós, ... nós e o resto do mundo. Basta dizer que os suíços, os franceses, os alemães, são meio avessos a essa influência cultural americana. Eles tentam manter suas tradições... mas isso, nas últimas três décadas, tem sido cada vez mais difícil. Hoje em dia, como esse alinhamento estratégico da OTAN como sendo os países aliados (e aliados por quê?) – você tem aliados quando você tem inimigo.
A Europa como um todo se diz aliada e abre mão de ter exércitos, ou, pelo menos, exércitos regulares, ou cede elementos para um exército da OTAN, sem ter um exército nacional, pois um exército nacional é custoso... mas é pelo fato de não quererem envolver-se em guerras? É porque eles não têm mais guerras de conquistas? A França não tem mais colônias, a Itália não tem mais colônias, a Alemanha não tem colônias etc. Bom, não é bem por causa disso, mas é porque há um alinhamento, e esse alinhamento é estratégico e militar e também econômico.
Um dos países que mais resistia à hegemonia dos costumes ‘americanos’ (ou globalistas, porque não é uma ideologia que partiu da América, e sim das pessoas que estavam dominando as finanças do mundo), quem mais fez oposição a isso, inclusive com padrão de moeda, não quis mudar para o Euro, não quis mudar o sistema de pesagens, foi a própria Inglaterra.
Aí, foi eleito lá para dentro o Tony Blair... ele entrou para quebrar o orgulho do Império Britânico. Os países, embora prestem honras à rainha, em questão de impostos etc., vivem como se fossem Estados independentes. Eles querem se manter ligados ao Império Britânico, mas é por uma questão de estratégia de poder, de aparecer no mundo, e não uma questão de dominação, pois eles não se sentem mais dominados.
A função do Tony Blair foi justamente quebrar a castanhola dos ingleses com relação à questão do globalismo. Esse globalismo começou a chegar muito fortemente no Japão e está chegando à China, que já está mudando um pouco a sua maneira de agir.
E o globalismo é isso aí... é a hegemonia do branco, da cultura ocidental, da questão da história do mundo ser contada sempre pelos olhos do Ocidente. Alguns livros relatam ‘os grandes roubos da história’, em que houve um aporte de coisas do Oriente pelo Ocidente que não é mencionado.
A cultura de fora invadiu. Você vê mulheres russas dançando Beyonce, vê japoneses dançando Hip Hop.
Os Estados Unidos são a sede de onde os caras controlam tudo, você vê que a ONU é lá.
O americano é dominado, mas eles conseguem grana do mundo todo. Quem paga o tesouro americano é o contribuinte. Isso é uma mentira... os bancos internacionais são todos controlados pelos grandes banqueiros. O Banco Central Americano está nas mãos do JP Morgan.
Quando Napoleão seguiu o caminho do Sacro-Império-Germânico, ele dominou toda uma região e calou a boca da Igreja. Era a época do Iluminismo, daí vêm os Iluminatti. Napoleão pegou todo o Império-Sacro-Romano-Germânico e quebrou a castanhola dos caras. Ele colocava cavalos dentro das igrejas, para dizer que ele tinha o poder.
Tudo que era dominado ainda é dominado, ainda que ideologicamente, pelo mesmo senhor. A globalização que começou com o final da Segunda Guerra Mundial. E ela foi o grande princípio da SGM, porque já existia uma ideia de que o mundo era uma coisa só. Herbert Marshall McLuhan, em 1960, falou que o mundo chegaria a ser uma aldeia global. Essa aldeia global foi falada e reprisada e hoje se chama ‘globalização’.
Aldeia global seria aquele negócio de você falar uma coisa daí, e, quando você for à China, você vê que não só te ouviram como te responderam e imitaram-te.
Você vê o nível de investimento que há numa ‘Beyonce’, do capital do americano para vender aquilo, para exportar aquilo, vê o nível de investimento naquele troço ali, e moças russas imitam-na sem nenhum investimento com uma competência ferranha. Isso quer dizer que as estruturas menores, derivadas, estão aprendendo com a sede, que a matriz. De hoje para amanhã vai haver uma reversão, ... isso não vai ficar a vida toda assim.
O próximo governo que entrar aqui no Brasil e que não seja ligado aos populares não vai conseguir virar o que o Lula já fez, porque o gostinho para as pessoas já foi dado... o gostinho que deram lá para China, nunca mais ela vai voltar a ser o que ela era antes, porque as pessoas adquiriram conhecimento, ainda que seja um conhecimento que não seja estruturado na educação de valorização da pessoa, mas intrinsecamente é, porque, quando você descobre que você canta igual ao Pavarotti, e você descobre que há mais uma porrada de gente que canta como ele, ... antigamente ninguém sabia. Hoje o conhecimento passa para todo mundo. Passa, porque eu te domino, mas você como dominado passa a ter voz e passa a ter ação. A interatividade gera ações e reações. As reações que são vistas como sendo uma dominação cultural de certa forma são também o ‘feedback’ dessas populações. Porque, aí, as populações falam: “Você é competente?” “Eu também sou...” “Você está criando armas?” “Eu também crio.” “Você está criando tecnologia?” “Eu também crio.”
Há povos que são altamente organizados e povos que são altamente competitivos. O japonês é muito competitivo e acha-se melhor do que os outros. O chinês é competitivo, é aguerrido. Os russos sempre foram brilhantes- vê-se pela Literatura, pela Filosofia, pela dança, pelas artes, pela música. Nem sei por que eles têm tanta necessidade de se sentirem europeus, porque eles são melhores do que a Europa, e aqui eu não estou falando de Guerra Fria, não. Ela congregou um império onde existiam russos e não-russos, mas a Rússia, em sim, a Rússia Imperial, Rússia antiga, tinha as práticas que havia na Europa. E era um país católico. As igrejas que foram erguidas na Rússia que os comunistas não tiveram coragem de botar abaixo, e, depois da queda do Muro de Berlim, voltaram a ser igrejas.
Hoje em dia, rapaz, vai-se a um país chamado ‘Butão’, que, pode-se dizer, é o cu do mundo, já que o nome é sugestivo, e o que você encontra lá...? Tênis da Nike, calça jeans, todas as marcas... já era! O mundo está dominado.
E esses dominadores vão começar a se perder. Outro dia eu vi um post no Facebook metendo o pau no Joaquim Barbosa, estão pensando em fazer um impeachment dele, pá, pá, pá e pá... então há algumas vozes, que são isoladas, mas são vozes da OAB, de alguns juristas, que não concordam com a maneira como foi conduzido a famosa AP 470, o desgastado Mensalão. Eles não concordam, pois eles sentem que houve exceção naquilo ali.
Então a questão não é ser PT ou PSDB ou contra-PT. Alguns caras que não são políticos ou que não estão derivando para uma coisa a favor ou contra o PT, pois, no fundo, o que o PT fez foi o que os outros fizeram, e ele está sendo combatido apenas porque ele é PT, e isso é uma briga interna de sistema. O PT conseguiu colocar o pé dentro do sistema, e o sistema está rejeitando-o, não aceita que ele faça parte, porque os outros é que querem mandar. É uma direta rançosa que está aí e que está perdendo espaço, e o PT vai ser a nova direita do futuro, se ele se mantiver mais um tempo aí.
O PT não vai ficar na esquerda, não, pois ele já tem apoio lá fora. Por exemplo, o simples fato de os banqueiros terem ganho muito dinheiro aqui dentro nos últimos anos do governo PT, e o fato de o PT não ter mexido numa linha da dívida externa brasileira, até criou MPs que favorecesse o pagamento e compra de títulos da dívida pública americana a juros “0” (ZERO), isso é sinal de aceitação.
Esse é o medo do pessoal da direita daqui de dentro, porque existe uma outra direita que está pretendendo o cargo dela. Ou seja, estão se sentindo superados pelo PT.
Se esse sistema é um sistema de exceção, as pessoas daqui de dentro estão brigando para não haver essa exceção, porque hoje ela é contra um partido. Amanhã ela pode ir contra você. Basta apenas um grupo palaciano chegar lá...
Eles não estão preocupados com José Dirceu, com José Genuíno, nem com outro pigmeu nenhum... estão começando a ficar preocupados com a justiça ficar nas mãos de meia-dúzia, dessa meia-dúzia retrógrada, antiga, arcaica, que não deixa o país evoluir, os próprios empresários se sentem prejudicados, porque a questão da industrialização do Brasil passa muito mais pelo PT do que pelo PSDB, e eles não têm mentalidade para mudar isso, ou seja, vai ter que eleger-se uma terceira via que não seja nem PT nem PSDB que chegue aí e modifique pouca coisa e que esteja alinhada com o sistema.
Em outras palavras, pode haver uma reversão desse quadro.
Alguém como um Joaquim Barbosa, por exemplo, seria um candidato a ditador... um cara perigoso.
O Joaquim Barbosa é maldoso... é mau! Dá tesão nele a aflição do outro. Ele é sádico, é ruim! Quando ele consegue provar a sua culpa, ele o faz porque ele quer te esmagar. E ele sabe que existe uma gama desses caras, e é aí que ele exerce a fúria dele. Em diversas passagens pela imprensa ele mostra destempero, que ele tem vocação para ditador. Ele tem vocação para comer o fígado dos outros, infelizmente ele tem essa vocação, de ditador sanguinário. Pelo menos ele não é muito descontrolado. Há o sanguinário frio, que é um Hitler da vida, e há uns caras que são raivosos, caras que querem te matar, te comer vivo... pelo menos, ele não chega a ser tão primitivo.
Mas a mentalidade dele é mentalidade de uma pessoa furiosa. Quando ele era casado, ele porrou a mulher dele, ... ele tem esse histórico aí, de ter porrado mulher, quero dizer, o camarada é um lixo como pessoa, e chegou ao cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal.
Há pessoas muito assustadas com o poder que deram a ele. A culpa é da mídia. E a culpa é também de alguns juízes que se deixaram hipnotizar.
Luiz Fux, que está no meio desses juízes aí, para se ter uma ideia, quando o José Dirceu já havia perdido o mandato por ter feito parte do Mensalão, aí ele tinha um escritório em Brasília onde ele fazia lobby dentro das ações do governo sem ter cargo, pois ele já havia saído da Casa Civil e foi fazer lobbyes para alguns políticos e para alguns empresários etc., e esse juiz, o Fux, chegou ao José Dirceu e pediu para ser indicado para o Supremo Tribunal Federal... aí, o Fux fez uso do lobby do José Dirceu lá dentro para ser indicado pelo Lula. E foi indicado. Na AP 470, ele teve todos os votos contra o pessoal do Dirceu. Mas, depois de indicado, ele tem que agir de acordo com a consciência dele. Mas ele fez uso de alguém que era uma mão-de-obra escusa. Na realidade, ele fez uso de corrupção para chegar ao lugar aonde chegou... concorda comigo?
Aí, entrevistaram-no... “Você pediu as coisas ao Dirceu...” “Ah!, eu tenho o meu mérito, eu sabia que o Dirceu tinha influência, e eu realmente pedi a ele...” “Mas você sabia que ele era um bandido.” O bandido que agora o juiz Fux diz que ele é, acusou-o, voltou contra ele, e botou-o na cadeia. Como ele pede a um criminoso ajuda...? Alguém que ele decidiu ser um criminoso da pior espécie que patrocinou um dos maiores ‘escândalos’ da história do Brasil-sil-sil...
Eu queria que houvesse uma anulação desse julgamento do Mensalão, e que um outro julgamento trouxesse à baila todas as pessoas envolvidas nos escândalos políticos de compra de votos de parlamentares. Todos! Mas que todos fossem votados com base em provas comprobatórias.
Essas figurinhas que estão na cadeia apenas assinaram documentos de transferência de finanças de um empréstimo legalmente feito às caras e à luz do dia. Não há crime nisso!
A condução do processo do Mensalão foi feito midiático, à mão de ferro, em torno de uma única pessoa valorizada (inclusive, há uma porção de bobalhões no FaceBook que ficam dizendo ‘esse é o homem... esse é o homem de caráter’...). Se não tem conhecimento de causa, fique quieto! As pessoas não dominam porra nenhuma do negócio, e ficam idolatrando esse tarado desse Joaquim Barbosa. Se você não conhece, você não pode ter critério de julgamento! Porra! Você não pode dizer que ‘fulano é ladrão’.
Por que as pessoas não tomam conhecimento do caso Jenuíno, que ele não tem riqueza pessoal. Já cansaram de passar isso na telinha... ele não tem riqueza pessoal. E ele se fudeu na vida, porque ele abriu mão de ser candidato, e ele iria ganhar, para o governo do estado de São Paulo, para ele poder se manter na direção do partido, porque o grupo palaciano do Lula precisava dele... se ele tivesse sido governador de São Paulo, a essa altura do campeonato ele estaria longe desse negócio de Mensalão. Ele teria ganhado, e não teria perdido um mandato aqui. Ele está agora com um mandato dependurado, está com problema de saúde, querem aposentá-lo, a Câmara não está com vontade de processá-lo, porque ela está sensibilizada com a situação do cara, que já está vendo que o cara está fudido, porque ele já foi acusado de uma coisa que ele não fez, está trancafiado, está doente, e, quando dizem que ‘ele não é mais um preso-político; ele é um político preso’, não... errado! Ele é um preso-político! Porque um sistema, que ainda é hegemônico dentro do Brasil, embora o governo seja do partido dele, e o sistema é tão hegemônico a ponto de tirá-lo do poder e botá-lo na cadeia, ou seja, ele é um preso-político...
Se ele tivesse roubado uma cereja na feira, ele estaria em cana do mesmo jeito... isso é sinal de que puta, pobre, preto e petista vão para a cadeia. Todos que representam o povo, o limbo, o popular, aquilo que está tentando levantar da cova para respirar, a direita xenófoba não permite.
Você não precisa ser PT e nem defender o PT. Não fazem nada com o Lula... basta tirar o grupo palaciano do Lula, e já seria suficiente... porque, no imaginário popular, o Lula é inatingível. É como no caso de Getúlio Vargas... se derem um chute no saco do Lula, se derem um peteleco na orelha dele, o povo vai se revoltar.
Outra coisa é... eles terão sorte se o Jenuíno não morrer na cadeia... porque aí havieria uma reação, e ela vai jogar o Joaquim Barbosa no chão, porque já está havendo reação com a doença dele. Perceberam a maldade do Joaquim Barbosa, perceberam que o troco foi muito pesado, ele fez questão de prender os caras no dia da ‘proclamação da República’... do mesmo jeito que fizeram com Tancredo... dia 21 de Abril, dia de Tiradentes, Tancredo morreu... provavelmente o cara morreu antes, mas seguraram a onda para ser no dia 21, para ficar uma coisa mais bonita. Mas não houve a vinculação, ninguém vinculou Tancredo a Tiradentes, o povo não tem o gabarito histórico. Essa questão da proclamação da República não é visceral para o povo brasileiro – ele não vê dessa forma. “Ah!, houve uma prisão no dia 15...” “Isso é coisa de ‘intelectual’”. O povo está cagando e andando se o treco foi dia 15, porque, no dia 15, o povo quer férias e ir para a praia. Neguinho não está nem aí se foi proclamação da República... se você perguntar a um camarada o que houve dia 15, ele vai te responder: “sei lá, porra, só sei que eu vou para a praia...”
(AINDA FALTA EU TERMINAR... se alguém colaborar ou retificar algum erro... )) []s, Ginf! )
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Re: Estamos dentro do Império Romano
aconselho a vc rever o texto na sua ordem cronologica, existem fatos que vc colocou muito a frente do ocorrido, cito as cruzadas e o catolicismo
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Re: Estamos dentro do Império Romano
Vendo o título deste tópico, acabei de lembrar de um antigo comercial - não lembro se de cigarro ou bebida - que mostrava um Império romano que se perpetuou através dos séculos até os dias atuais.
Acho que vou fazer uma pesquisa na Internet pra ver se acho algum fórum do tipo "What If", com hipóteses de como seria o mundo atual se o Império romano tivesse sobrevivido íntegro aos séculos IV e V.
Será que hoje, o Obama falaria em latim?
Acho que vou fazer uma pesquisa na Internet pra ver se acho algum fórum do tipo "What If", com hipóteses de como seria o mundo atual se o Império romano tivesse sobrevivido íntegro aos séculos IV e V.
Será que hoje, o Obama falaria em latim?
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Re: Estamos dentro do Império Romano
Muito do imperio romano manteve-se pelo cristianismo. Roma foi o centro de toda cristandade ate pelo ano 1.000 DC, quando do Cisma do Oriente. Continuou o centro do cristianismo no ocidente ate o advento da reforma protestante. Os soberanos cristaos procuravam legitimar seu poder como herdeiros do imperio romano, tipo "sacro imperio Romano Germanico".Clermont escreveu:Vendo o título deste tópico, acabei de lembrar de um antigo comercial - não lembro se de cigarro ou bebida - que mostrava um Império romano que se perpetuou através dos séculos até os dias atuais.
Acho que vou fazer uma pesquisa na Internet pra ver se acho algum fórum do tipo "What If", com hipóteses de como seria o mundo atual se o Império romano tivesse sobrevivido íntegro aos séculos IV e V.
Será que hoje, o Obama falaria em latim?
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Uma das coisas que me fascinam ao assistir aa Missa do Galo é que, de certa forma, toda aquela ostentação, todo o ritual, é tudo o que restou do velho Mundo Romano. Pois, o Papa, sendo o "Sumo Pontífice" da Igreja Católica, de certa forma, é uma sobrevivência do "Pontifex Maximus", a função mais elevada na antiga religião romana, um dos atributos dos imperadores de Roma.delmar escreveu:Muito do imperio romano manteve-se pelo cristianismo.
Não é à toa que os imperadores alemães usavam o título "Kaiser" e os imperadores russos o de "Tzar". Ambos, como é evidente, signficando "César".Os soberanos cristaos procuravam legitimar seu poder como herdeiros do imperio romano, tipo "sacro imperio Romano Germanico".
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Re: Estamos dentro do Império Romano
A palavra é parecida, talvez realmente a origem seja essa (alias, tenho a impressão que o "marcial" de "corte marcial" veio de "Marte", o deus da guerra romano, mas não tenho certeza), mas também não pode ter vindo do inglês "king"? Realmente não sei como se originou cada palavra e qual caminho ela percorreu pela Europa.
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Re: Estamos dentro do Império Romano
Só para fazer o meu desfecho...
Queriam o Blatter, que é um cara completamente dedicado ao futebol, à FIFA, à política, é um sujeito sério, conservador, e conseguiram envolvê-lo num escândalo com uma camareira, tiraram-no. Olha o perigo disso, porque ele era uma pessoa com projeção internacional, e ele ficaria bem como presidente, ele iria ser eleito, mas, como esse cara não era do ‘grupo’, ele não poderia ser eleito... forjaram uma camareira que pretensamente foi estuprada por um homem velho, que tem suas limitações, e a própria mulher dele defendeu-o “Há muito tempo esse cara não come ninguém... não é porque eu sou mulher dele, não, é porque ele não come ninguém.” Meu, para o cara estuprar, ele tem que ter mais do que um pau duro... e nem o pau duro ele tinha. Iria estuprar a mulher como? Com o cu? Só se a ideia fosse cair sentado no dedo da dona. A própria mulher dele só teve espaço midiático para livrar a cara dele depois das eleições, em que o Hollande ganhou.
Hoje em dia estão fazendo uso da política da reputação. Queimam o sujeito. E as forças de reação estão começando a perceber.
Depois do Golpe de 64, quando se aglutinou uma oposição contra um Estado que pegava você, aquele, aquele outro e aquele outro, que não eram pessoas que estavam ligadas a comunistas porra nenhuma, mas você só era desafeto dos caras lá de dentro, e o cara queria te pegar. Com isso, o que faziam? A banda do lado de cá, seja quem fosse, estava do mesmo lado contra um sistema de coisas. Eu acho que isso está acontecendo agora, pois existe um sistema de coisas, e ele se pretende hegemônico, e ele não quer largar o “bico” aqui no Brasil, e algumas pessoas estão se posicionando.
As pessoas que estão se posicionando estão dizendo que não são pessoas do PT, por exemplo... são contra a maneira como estão agindo contra o PT, porque amanhã pode ser contra mim e contra você... Isso é que é importante. Saca? A questão não é PT, é a forma como a maneira está sendo feita. Amanhã pode ser contra você, você não pode aceitar isso.
Que coisa boba, essa senhora Dilma Rousseff está comemorando o sucesso do leilão, que diz que foi três vezes a base do que eles esperavam, com uma entrada de 21 bilhões da Odebrecht para poder bancar o Galeão. Tudo bem, a Odebrecht é empresa nacional, mas, olha só... 21 bilhões de dólares no primeiro ano, no segundo ano, no terceiro ano, ... até 2030. Onde há 21 bilhões de reais todos os meses, que é nosso, e que não deveria sair daqui? No pagamento da dívida (http://www.auditoriacidada.org.br/)...
É um bilhão por dia. Pegue 20 dias de um mês, que é 2/3 da dívida, que é o que nós não devemos, pois nós só devemos 1/3, aí, você pega 20 bilhões em um mês... aí, é isso... nós temos que privatizar um aeroporto pra ganhar 20 bilhões por ano em 30 anos, quando nós temos 20 bilhões por mês, em 12 meses, vezes 30 anos... isso é dominação... E tudo quanto é Estado paga isso... até a França. Na França tem gente reclamando de quanto um cidadão paga de dívida interna para os bancos internacionais por dia... é mais ou menos a mesma coisa. Não é o valor que nós pagamos, mas é um valor, comparativamente falando, que atinge o bolso do contribuinte francês como atinge o bolso do brasileiro.
Quero dizer, nós subsidiamos o capital internacional a duras penas! Isso se chama pagamento de imposto. Enfeixando a conversa... isso é pagamento de imposto ... Império Romano... o dominado paga imposto para a matriz, para o centro do império, e o centro do império são os bancos.
Os maiores credores da dívida pública americana são os chineses. “Vocês estão ganhando dinheiro no mundo, agora?” “Tamo...” “Vocês estão produzindo e têm pica grande agora?” “Temo...” “Então vocês vão fazer favor de comprar dívida pública, porque nós temos que manter o capitalismo internacional, porque, se nós não mantivermos o capitalismo internacional, vocês não vão vender porra nenhuma.” “Ah!, tá, então, tá...”
A essa altura do campeonato, eles estão tentando fazer alguma coisa para tirar tanto a Rússia quanto a China do ‘parquinho’. Ou, pelo menos, deixá-los de quatro, porque dominação mundial sem ter dominado a Rússia e a China seria difícil. Mas, historicamente, Rússia e China não são domináveis... porque eles estão fora do império do centro do mundo.
Quando você faz um ‘império romano’, não se fala de China, nem de Japão. Chega-se, no máximo, ao Oriente Médio. Chegaram até Hong Kong, só, não conseguiram entrar na China, em que Mao reinou absoluto.
......................................
Queriam o Blatter, que é um cara completamente dedicado ao futebol, à FIFA, à política, é um sujeito sério, conservador, e conseguiram envolvê-lo num escândalo com uma camareira, tiraram-no. Olha o perigo disso, porque ele era uma pessoa com projeção internacional, e ele ficaria bem como presidente, ele iria ser eleito, mas, como esse cara não era do ‘grupo’, ele não poderia ser eleito... forjaram uma camareira que pretensamente foi estuprada por um homem velho, que tem suas limitações, e a própria mulher dele defendeu-o “Há muito tempo esse cara não come ninguém... não é porque eu sou mulher dele, não, é porque ele não come ninguém.” Meu, para o cara estuprar, ele tem que ter mais do que um pau duro... e nem o pau duro ele tinha. Iria estuprar a mulher como? Com o cu? Só se a ideia fosse cair sentado no dedo da dona. A própria mulher dele só teve espaço midiático para livrar a cara dele depois das eleições, em que o Hollande ganhou.
Hoje em dia estão fazendo uso da política da reputação. Queimam o sujeito. E as forças de reação estão começando a perceber.
Depois do Golpe de 64, quando se aglutinou uma oposição contra um Estado que pegava você, aquele, aquele outro e aquele outro, que não eram pessoas que estavam ligadas a comunistas porra nenhuma, mas você só era desafeto dos caras lá de dentro, e o cara queria te pegar. Com isso, o que faziam? A banda do lado de cá, seja quem fosse, estava do mesmo lado contra um sistema de coisas. Eu acho que isso está acontecendo agora, pois existe um sistema de coisas, e ele se pretende hegemônico, e ele não quer largar o “bico” aqui no Brasil, e algumas pessoas estão se posicionando.
As pessoas que estão se posicionando estão dizendo que não são pessoas do PT, por exemplo... são contra a maneira como estão agindo contra o PT, porque amanhã pode ser contra mim e contra você... Isso é que é importante. Saca? A questão não é PT, é a forma como a maneira está sendo feita. Amanhã pode ser contra você, você não pode aceitar isso.
Que coisa boba, essa senhora Dilma Rousseff está comemorando o sucesso do leilão, que diz que foi três vezes a base do que eles esperavam, com uma entrada de 21 bilhões da Odebrecht para poder bancar o Galeão. Tudo bem, a Odebrecht é empresa nacional, mas, olha só... 21 bilhões de dólares no primeiro ano, no segundo ano, no terceiro ano, ... até 2030. Onde há 21 bilhões de reais todos os meses, que é nosso, e que não deveria sair daqui? No pagamento da dívida (http://www.auditoriacidada.org.br/)...
É um bilhão por dia. Pegue 20 dias de um mês, que é 2/3 da dívida, que é o que nós não devemos, pois nós só devemos 1/3, aí, você pega 20 bilhões em um mês... aí, é isso... nós temos que privatizar um aeroporto pra ganhar 20 bilhões por ano em 30 anos, quando nós temos 20 bilhões por mês, em 12 meses, vezes 30 anos... isso é dominação... E tudo quanto é Estado paga isso... até a França. Na França tem gente reclamando de quanto um cidadão paga de dívida interna para os bancos internacionais por dia... é mais ou menos a mesma coisa. Não é o valor que nós pagamos, mas é um valor, comparativamente falando, que atinge o bolso do contribuinte francês como atinge o bolso do brasileiro.
Quero dizer, nós subsidiamos o capital internacional a duras penas! Isso se chama pagamento de imposto. Enfeixando a conversa... isso é pagamento de imposto ... Império Romano... o dominado paga imposto para a matriz, para o centro do império, e o centro do império são os bancos.
Os maiores credores da dívida pública americana são os chineses. “Vocês estão ganhando dinheiro no mundo, agora?” “Tamo...” “Vocês estão produzindo e têm pica grande agora?” “Temo...” “Então vocês vão fazer favor de comprar dívida pública, porque nós temos que manter o capitalismo internacional, porque, se nós não mantivermos o capitalismo internacional, vocês não vão vender porra nenhuma.” “Ah!, tá, então, tá...”
A essa altura do campeonato, eles estão tentando fazer alguma coisa para tirar tanto a Rússia quanto a China do ‘parquinho’. Ou, pelo menos, deixá-los de quatro, porque dominação mundial sem ter dominado a Rússia e a China seria difícil. Mas, historicamente, Rússia e China não são domináveis... porque eles estão fora do império do centro do mundo.
Quando você faz um ‘império romano’, não se fala de China, nem de Japão. Chega-se, no máximo, ao Oriente Médio. Chegaram até Hong Kong, só, não conseguiram entrar na China, em que Mao reinou absoluto.
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Re: Estamos dentro do Império Romano
Já ouvi um camarada chamado '' Jordan Maxwell '' falando disso aí no YouTube...Marechal-do-ar escreveu:A palavra é parecida, talvez realmente a origem seja essa (alias, tenho a impressão que o "marcial" de "corte marcial" veio de "Marte", o deus da guerra romano, mas não tenho certeza), mas também não pode ter vindo do inglês "king"? Realmente não sei como se originou cada palavra e qual caminho ela percorreu pela Europa.
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Re: Estamos dentro do Império Romano
Não.Marechal-do-ar escreveu:A palavra é parecida, talvez realmente a origem seja essa (alias, tenho a impressão que o "marcial" de "corte marcial" veio de "Marte", o deus da guerra romano, mas não tenho certeza), mas também não pode ter vindo do inglês "king"? Realmente não sei como se originou cada palavra e qual caminho ela percorreu pela Europa.
Definitivamente tanto a palavra "Kaiser" quanto a "Tzar" tem origem em "César", que era uma espécie de título assumido pelos imperadores romanos depois de Caio Júlio César, o primeiro imperador de Roma. De fato a impressão causada pela civilização romana nos povos então bárbaros do norte na Europa era muito forte, e seus soberanos queriam mesmo assumir a prerrogativa de sucessores dos imperadores romanos, por isso adotaram também o título de Césares (cada qual pronunciando do sei próprio jeito).
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Re: Estamos dentro do Império Romano
Isto está errado.gingerfish escreveu:Se você observar a maneira como o mundo evoluiu, primeiramente vieram os impérios da antiguidade (assírio, babilônico, persa), e alguns deles foram razoavelmente grandes, mas o único que ‘pegou’, pelo menos em boa parte do mundo conhecido, onde há elementos históricos para estudar, o único império que pegou, mesmo, foi o Império Romano.
O primeiro império que "pegou" mesmo, durando mais de mil anos, atravessando diversas gerações a alterando profundamente a história de boa parte da humanidade foi o Império Persa. Sua primeira dinastia, chamada Aquemênida e fundada por Ciro e Dario, iniciou-se em cerca de 550 antes de Cristo, e a última antes da islamização só terminou depois de 650 dc. (o império romano do ocidente nasceu em 27 ac. e caiu em 476 dc.).
Este império reuniu sob o governo dos medo-persas diversas nações com povos, línguas e culturas bem diferentes, como sumério-acadianos, assírios, egípcios, hebreus, gregos (basicamente as colônias gregas da Ásia menor), lídios e muitos outros, e mesmo após a conquista de Alexandre não se desintegrou totalmente, com a parte oriental (a maior) permanecendo unida sob o governo de sucessivas dinastias (Selêucida, Arsácida e Sassânida). Durante boa parte do Império Romano seus principais rivais políticos no mundo antigo foram justamente os partos, que nada mais eram que a dinastia persa Arsácida.
Um ponto muito importante e geralmente não percebido é que foi a religião persa, o Zoroastrismo (ou Mazdaísmo, ou Parsismo), que influenciou os judeus a adotarem o monoteísmo ao tempo do profeta Dêutero-Isaías, quando a corte hebraica foi libertada do julgo babilônico pelo persas zoroastristas que já possuíam uma religião monoteísta (na verdade dualista). Este monoteísmo (de fato dualismo) originário da Pérsia passou depois para o Cristianismo e o Islamismo, influenciando o desenvolvimento histórico e cultural do ocidente até hoje.
E além do império persa é necessário considerar também os impérios Chinês, Kushan, Indiano, Mongol e mesmo os impérios meso e sul americanos pré-colombianos, que também influenciaram e (alguns) ainda influenciam porções muito grandes da humanidade até hoje. Na verdade o Império Romano nos parece mais importante do que é apenas devido à sua influência sobre os povos europeus, dos quais descendemos, mas para a maioria da população do planeta em qualquer tempo e mesmo hoje ele nem foi tão importante assim.
Se você gosta de história, um site muito legal para estudá-la está abaixo:
http://povosdaantiguidade.blogspot.com. ... idios.html
Um grande abraço,
Leandro G. Card
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Re: Estamos dentro do Império Romano
O Império Romano teve importância por integrar a Europa e a região do mediterrâneo, abrir caminho para pacificação dos povos bárbaros do norte com a organização politica e social. Não necessariamente está ligada a duração. A Europa feudal e atual, bem como os países ocidentais (Américas, Austrália e outros) são o que são hoje devido aos romanos. É claro que não quer dizer que sejam igual, mas tiveram uma influencia muito forte.
Na ásia,oriente médio e índia existiram impérios muito mais relevantes para eles do que os Romanos com culturas e organizações muito mais antigas. os chines e mongóis e chineses redesenharam a Ásia algumas vezes. No decorrer do tempo não foram inferiores aos europeus. Por exemplo, em boa parte da idade média, os países islâmicos eram base para preservação de conhecimentos científicos e civilizados.
Na ásia,oriente médio e índia existiram impérios muito mais relevantes para eles do que os Romanos com culturas e organizações muito mais antigas. os chines e mongóis e chineses redesenharam a Ásia algumas vezes. No decorrer do tempo não foram inferiores aos europeus. Por exemplo, em boa parte da idade média, os países islâmicos eram base para preservação de conhecimentos científicos e civilizados.
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Re: Estamos dentro do Império Romano
Oi, Leandro, tudo SS?
Vou dar uma olhada aqui num livro 'Impérios Antigos'.
Já li um pouco sobre a Pérsia.
Nabucodonosor teria levado os judeus para a Babilônia, e, depois que ele foi destruído por Ciro, o famoso persa, Ciro faz com que os judeus retornem a Jerusalém, construam um segundo templo, devolvam seus tesouros roubados. Ciro, consequentemente, passou a ser uma figurinha de muito carinho e respeito pelos judeus, pela bondade, pelo que ele promoveu, para o povo judeu. Mas Ciro trouxe o " zoroastrismo ", que era a religião da dualidade, com o Deus do bem e o Deus do mau. Foi do Deus do mau, persa, que veio a figura que entrou no judaísmo como Satan.
"Satan", em hebraico, significa "opositor". Então qualquer um que se opusesse a uma ideia era 'Satan'...
Vou dar uma olhada aqui num livro 'Impérios Antigos'.
Já li um pouco sobre a Pérsia.
Nabucodonosor teria levado os judeus para a Babilônia, e, depois que ele foi destruído por Ciro, o famoso persa, Ciro faz com que os judeus retornem a Jerusalém, construam um segundo templo, devolvam seus tesouros roubados. Ciro, consequentemente, passou a ser uma figurinha de muito carinho e respeito pelos judeus, pela bondade, pelo que ele promoveu, para o povo judeu. Mas Ciro trouxe o " zoroastrismo ", que era a religião da dualidade, com o Deus do bem e o Deus do mau. Foi do Deus do mau, persa, que veio a figura que entrou no judaísmo como Satan.
"Satan", em hebraico, significa "opositor". Então qualquer um que se opusesse a uma ideia era 'Satan'...
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Re: Estamos dentro do Império Romano
É bem por aí mesmo.gingerfish escreveu:Oi, Leandro, tudo SS?
Vou dar uma olhada aqui num livro 'Impérios Antigos'.
Já li um pouco sobre a Pérsia.
Nabucodonosor teria levado os judeus para a Babilônia, e, depois que ele foi destruído por Ciro, o famoso persa, Ciro faz com que os judeus retornem a Jerusalém, construam um segundo templo, devolvam seus tesouros roubados. Ciro, consequentemente, passou a ser uma figurinha de muito carinho e respeito pelos judeus, pela bondade, pelo que ele promoveu, para o povo judeu. Mas Ciro trouxe o " zoroastrismo ", que era a religião da dualidade, com o Deus do bem e o Deus do mau. Foi do Deus do mau, persa, que veio a figura que entrou no judaísmo como Satan.
"Satan", em hebraico, significa "opositor". Então qualquer um que se opusesse a uma ideia era 'Satan'...
Os judeus, que antes aceitavam o politeísmo, após o contato com os persas (único povo do velho testamento que é referenciado também como "filhos de Deus", sendo Ciro seu ungido) passaram a adotar o dualismo, com um Deus do bem e outro do mal. Antes os judeus diziam que "seu Deus era o mais poderoso", e depois passaram a dizer que "seu Deus era o único". A única diferença é que no zoroastrismo Ahura Mazda (o senhor da luz) e Ariman (o senhor do escuro) eram independentes um do outro, ambos existindo desde sempre, ao passo que para os judeus Satanás (Lúcifer, Satan, etc...) havia sido criado pelo próprio Deus antes da formação do mundo. Mas em ambos os casos o Deus do bem seria responsável pelos aspectos positivos do universo, e o Deus do mal pelos aspectos negativos.
O cristianismo e o islamismo (este com variações próprias, pois além dos anjos criados por Deus acreditam também nos djins, e um destes chamado Azazel seria o equivalente ao "Deus do mal" deles) adotaram o mesmo conceito do judeus de um Deus principal do bem e outro secundário do mal, e seguem esta premissa até hoje. O conceito persa de dois deuses grosso-modo equivalentes por muito tempo foi considerado como ideia de inimigos geopolíticos (os partos para Roma e o Império Persa Sasssânida para para os muçulmanos), e por isso considerado heresia.
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Re: Estamos dentro do Império Romano
Show de bola esse tópico.
Verdadeira aula de história!
Abraços.
Verdadeira aula de história!
Abraços.
"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
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Re: Estamos dentro do Império Romano
Isso é uma visão meio filosófica da vida, né...
Quem já escreveu sobre impérios foi o Eric Hobsbawn, há um livro dele 'A Era dos Impérios'.
Eu entendo que, dentro da tradição de impérios que o mundo tem, e eu falo de uma visão filosófica, e não de uma visão histórica, mas que parece que é uma coisa mais ou menos certa na história é que as pessoas sempre tiveram necessidades de abrir fronteiras, por questões de água, de solo, e não apenas por vaidade pessoal. E, às vezes, para resolver problemas internos.
Há um pessoal da Eubiose que fala sobre guerras e profecias... e é tudo mais ou menos associado ao Império Romano.
Aí, é isso... necessidades internas em muitas das vezes. Eu acho que isso é uma instrução que existe no arquétipo do homem (isso é uma opinião minha que não tem nada a ver com a "História" nem muito com a filosofia), de que o ser humano está aqui para poder expandir. Vem mais ou menos daquela ideia de 'crescei-vos e multiplicai-vos'... então os impérios têm tendências a partir para cima dos outros, de outras terras, com objetivos de conquistas de algum tipo de bem.
Aí, tivemos império assírio, império babilônico, ... até chegar ao Império Romano. Só que, o Império Romano, na 'Antiguidade', foi o maior. Ele conseguiu abrir tentáculos sobre nações que depois se deslocaram em outras nações ao longo do mundo afora. E é claro que 'o resto do mundo' já existia... mas eles não tinham adiantamentos tecnológicos ou, às vezes, cultural, exceto a China e talvez o Japão.
Veio o Império Romano dominando a Grécia, dominou uma parte do mundo conhecido, e China e Japão não eram parte do 'mundo conhecido', mas já desenvolviam civilização bastante avançada que redundou inclusive nas 'navegações'... as navegações da China por volta do ano 1.000 D.C., ou um pouquinho antes, eles chegaram até aqui à América do Sul, e alguns conhecimentos ficaram na biblioteca do Vaticano, ou seja, eles passaram alguma coisa da época das navegações 500 anos depois...
Todas as civilizações que saíram da Europa e que se desdobraram e que partiram para a conquista de outros povos do mundo são nações que tiveram o princípio básico do Império Romano, com a mesma ideia de expansão, a mesma ideia imperialista, mesma ideia de dominação, inclusive cultural.
O Império Romano exercia um tipo de imposição interessante, porque ele respeitava a cultura local e não impunha a dele, mas era apenas um 'administrador'. Em muitos Estados onde eles entraram eles conseguiram que o Estado se organizasse, se modernizasse, construísse obras de arte, pontes, cidades, ajudar a fazer diques, ajudaram na Medicina, no Direito... quero dizer, eles passaram algum tipo de cultura deles, mas sempre subjacente às culturas do local.
Por exemplo, eles não entraram dentro da Palestina, de Israel, e modificaram a estrutura da religião judaica. Eles mantiveram lá reis e rainhas, mantiveram as hierarquias, os doutores... eles só queriam os impostos... eles eram 'o Estado', enquanto que os outros eram 'nação'. Então havia sempre uma duplicidade de comandos.
O governador-geral era um governador de Estado, cobrava impostos e vivia da soma das riquezas dos locais, e esses impostos e riquezas alimentavam o império, para que ele fosse cada vez maior, desenvolvesse tecnologia etc.
Com o desdobramento disso ao longo dos séculos, quando chegaram ao Sacro-Império-Germânico, que, por sua vez, foi totalmente dizimado pelo Napoleão, a Europa já era constituída. O Sacro-Império-Romano era o resquício de Idade Média e Moderna em que a maneira de entender a vida tinha que ser baseada no Sacro-Império-Romano-Germânico, quero dizer, ainda era dentro da ideologia da Igreja Católica.
Depois disso veio Napoleão... e ele reconquistou aquilo ali e passou aquilo para dentro da visão moderna, de que os Estados estavam todos mais ou menos afinados, e ele dominou todas as províncias e países, e chegou até onde era o Sacro-Império-Romano. Só que ele tirou a Igreja Católica da frente e colocou uma dominação 'laica', e estabeleceram, por exemplo, o controle da natalidade, estabeleceram impostos, estabeleceram leis.
Napoleão veio depois da Revolução Francesa. O 'império-napoleônico' levou o que às nações que estavam atrasadas no tempo? Levou um outro código de leis.
A maneira como se pagavam impostos há 2000 anos atrás é a maneira como se pagam impostos na Idade Contemporânea.
O que a Inglaterra que sempre rivalizou com Napoleão veio a ser? Cobrar impostos das províncias de onde eles vinham.
Depois da Primeira Guerra Mundial, quando os impérios começaram a acabar na sua formalidade, a ideologia de dominação e de nações amigas e de nações que seguiam mais ou menos a mesma ideologia ficaram mais ou menos resguardadas na Liga das Nações, mas ela não deu certo...
De repente, aparece um Hitler... com ideias imperialistas, de dominar todo aquele mundo conhecido, e tudo era voltado para a Alemanha, para o povo prussiano - mesma ideologia do Império Romano.
Depois disso vieram os americanos que cresceram na Segunda Guerra Mundial e fizeram uma divisão do mundo. Aí, ficaram dois grandes impérios (ou até três)... o império dos aliados - do 'mundo livre', alinhado com eles alguns mundos que não eram 'livres', como a América Latina, e do lado de lá o Bloco Soviético... e, de um outro, o bloco chinês, que não chegava a ser um bloco do tamanho do soviético, mas também tinha influências e também era de esquerda.
Quero dizer, o mundo ficou mais ou menos formatado nessa forma. Mas o que cada um desses impérios fizeram? Cobrou atenção das nações amigas.
Então, por que nós vivemos dentro do império romano? Porque nós pagamos impostos na forma de pagamento de dívida externa.
Eu acho que esse alinhamento automático de um país estar sempre pagando uma dívida externa comprando bônus de dívida pública americana, conforme o Brasil compra mesmo sem ter dinheiro, para financiar o tesouro americano, quero dizer, isso é uma forma de você pagar imposto.
Por que há esse alinhamento? Por que todos os governantes entram "lá" e fazem isso? Por que nenhum deles chega lá e peita?!
Meu, acesse www.auditoriacidada.org.br e veja quanto ($$) nós mandamos pra fora...
Eu acho interessante porque o PT, quando chegou lá, tinha um conhecimento daquilo que o pessoal tem hoje, que outros partidos têm e tal, que é o de que nós pagamos uma dívida que nós não devemos, mas isso é a condição do governo... não dá para mudar o status-quo do sistema, você pode brigar dentro do sistema, mas não pode mudar o status-quo dele.
Então, quero dizer, você vai continuar pagando bônus de dívida, você vai continuar pagando imposto, e por isso eu digo que nós vivemos dentro do Império Romano porque existe um centro do mundo, você vê que o governo americano está na mão de uma meia-dúzia de pessoas que controlam o mundo todo.
Você vê o americano e, se você acha-o 'gostoso', 'bambambam', você está errado, porque ele pouco sabe do resto do mundo, ele pouco sabe o que o governo dele faz no resto do mundo. A América é o exército de todos os outros países.
Você vê que FHC entrou aqui na chefia do país... depois da 'Revolução de 64', em que o Exército Brasileiro cresceu e tal, quando chegou de 1985 para cá, e depois... o que aconteceu com o Exército Brasileiro? Virou sucata... e ninguém fala porra nenhuma!!! Nós, com essas riquezas todas, estamos desprotegidos...
Você conseguiria fazer os bancos do Brasil virarem sucata? Por que ninguém comenta nada sobre forças armadas? Por que é tão interessante nós não termos forças armadas? "Ah!, mas, se a Europa não tem, por que o Brasil vai ter?!", isso justifica?
Nós não temos especialistas dentro das forças armadas bem pagos, nós não temos submarinos, não temos armamentos de última geração, não temos pesquisas de armas. "Pô, mas precisa disso? Nós não estamos em guerra com ninguém..." Precisa, porra, porque nós temos riquezas pra caralho e nós temos que ter defesas, porra! Está certo? Nós temos que ter marinha, nós temos que ter aeronáutica, temos que ter exército! Independentemente de sermos ricos ou não, a nossa Constituição diz que o Brasil tem como fundamento a 'soberania', e você vê a lógica da 'expansão' até hoje. Nós temos que ter proteção.
São nossos amiguinhos hoje, mas espionaram a nossa presidenta, a nossa Petrobras... podem virar nossos inimiguinhos amanhã. Não podemos ser ingênuos, não. Temos que considerar e reconhecer fatos.
Ficam usando esse 'fantasma' de 1964.
Cara, a 'Revolução de 64' ficou pra trás. Os militares entraram de gaiato, meia-dúzia de filhos da puta, mas o resto não tem nada a ver com isso. Os generais já estão todos mortos. Mas ficam os fantasmas...
Um dos problemas que eu acho é que até hoje eles ensinam nas escolas militares que em 1964 houve uma 'revolução'... tá de sacanagem!
Um dos problemas é que os militares não são capazes de fazer uma 'revisão histórica'. Eles têm que fazer uma revisão histórica, recuperar a imagem das forças armadas, pois é o seguinte - nós temos forças armadas que não têm nada a ver com a 'Revolução de 1964', como nós hoje não temos nada a ver com Getúlio. Nós não temos nada a ver com porra nenhuma! O resto - Brasil-colônia, revolução de 30 ou de 64, não temos nada a ver com 'Brasil-império', com porra nenhuma!, torno a dizer -, isso foram consequências históricas. Nós temos a ver com DEMOCRACIA. E isso que eu falo eu acho que tem a ver com democracia e com soberania.
E, por democracia, eu entendo como sendo uma forma de governo que se proponha a diminuir os desníveis sociais e econômicos que existem entre os diversos seguimentos que compõem uma comunidade, que construa 'pontes' onde há 'abismos', além da capacidade de fazer valer a lei, com intervenção do Estado, sim, sr., com políticos honestos que cheguem a uma instância em que possam proteger ou salvaguardar os direitos daqueles que, num determinado momento, não têm condições de se defenderem, porque, numa boa, essa historinha de que 'o mercado controla as coisas', controla, sim, controla o tamanho da pica que vai entrar no nosso rabo. Mas a bunda ainda é nossa, e a pica ainda é deles. É com isso que eu fico puto! Esse negócio de 'mercado controla'... controla o caramba, vem um camarada com uma pica de todo tamanho pra te enrabar, e dizem 'deixe enrabar, o Estado regula isso... olha lá, a pica é grande, mas ele só botou a cabeça.' 'Tá, foi ele que botou a cabeça, mas eu quero botar a cabeça também.'
Esse negócio de privatização de portos... isso foi um comando que essa senhora Dilma Rousseff recebeu, ela não resistiu, não teve ajuda de ninguém. Há cabimento nisso? Para uma mulher 'esquerdista' fazer uma coisa dessas, cara...
Sabe o que acontece quando se privatizam os portos? Você, brasileiro, quer vender um negócio... aí, não tem horário e não tem lugar... 'é, o porto é meu...', 'mas dentro do meu país?', 'é... comprei, a sua presidenta me vendeu...'
Isso faz parte dessa estrutura de dominação...
Quem já escreveu sobre impérios foi o Eric Hobsbawn, há um livro dele 'A Era dos Impérios'.
Eu entendo que, dentro da tradição de impérios que o mundo tem, e eu falo de uma visão filosófica, e não de uma visão histórica, mas que parece que é uma coisa mais ou menos certa na história é que as pessoas sempre tiveram necessidades de abrir fronteiras, por questões de água, de solo, e não apenas por vaidade pessoal. E, às vezes, para resolver problemas internos.
Há um pessoal da Eubiose que fala sobre guerras e profecias... e é tudo mais ou menos associado ao Império Romano.
Aí, é isso... necessidades internas em muitas das vezes. Eu acho que isso é uma instrução que existe no arquétipo do homem (isso é uma opinião minha que não tem nada a ver com a "História" nem muito com a filosofia), de que o ser humano está aqui para poder expandir. Vem mais ou menos daquela ideia de 'crescei-vos e multiplicai-vos'... então os impérios têm tendências a partir para cima dos outros, de outras terras, com objetivos de conquistas de algum tipo de bem.
Aí, tivemos império assírio, império babilônico, ... até chegar ao Império Romano. Só que, o Império Romano, na 'Antiguidade', foi o maior. Ele conseguiu abrir tentáculos sobre nações que depois se deslocaram em outras nações ao longo do mundo afora. E é claro que 'o resto do mundo' já existia... mas eles não tinham adiantamentos tecnológicos ou, às vezes, cultural, exceto a China e talvez o Japão.
Veio o Império Romano dominando a Grécia, dominou uma parte do mundo conhecido, e China e Japão não eram parte do 'mundo conhecido', mas já desenvolviam civilização bastante avançada que redundou inclusive nas 'navegações'... as navegações da China por volta do ano 1.000 D.C., ou um pouquinho antes, eles chegaram até aqui à América do Sul, e alguns conhecimentos ficaram na biblioteca do Vaticano, ou seja, eles passaram alguma coisa da época das navegações 500 anos depois...
Todas as civilizações que saíram da Europa e que se desdobraram e que partiram para a conquista de outros povos do mundo são nações que tiveram o princípio básico do Império Romano, com a mesma ideia de expansão, a mesma ideia imperialista, mesma ideia de dominação, inclusive cultural.
O Império Romano exercia um tipo de imposição interessante, porque ele respeitava a cultura local e não impunha a dele, mas era apenas um 'administrador'. Em muitos Estados onde eles entraram eles conseguiram que o Estado se organizasse, se modernizasse, construísse obras de arte, pontes, cidades, ajudar a fazer diques, ajudaram na Medicina, no Direito... quero dizer, eles passaram algum tipo de cultura deles, mas sempre subjacente às culturas do local.
Por exemplo, eles não entraram dentro da Palestina, de Israel, e modificaram a estrutura da religião judaica. Eles mantiveram lá reis e rainhas, mantiveram as hierarquias, os doutores... eles só queriam os impostos... eles eram 'o Estado', enquanto que os outros eram 'nação'. Então havia sempre uma duplicidade de comandos.
O governador-geral era um governador de Estado, cobrava impostos e vivia da soma das riquezas dos locais, e esses impostos e riquezas alimentavam o império, para que ele fosse cada vez maior, desenvolvesse tecnologia etc.
Com o desdobramento disso ao longo dos séculos, quando chegaram ao Sacro-Império-Germânico, que, por sua vez, foi totalmente dizimado pelo Napoleão, a Europa já era constituída. O Sacro-Império-Romano era o resquício de Idade Média e Moderna em que a maneira de entender a vida tinha que ser baseada no Sacro-Império-Romano-Germânico, quero dizer, ainda era dentro da ideologia da Igreja Católica.
Depois disso veio Napoleão... e ele reconquistou aquilo ali e passou aquilo para dentro da visão moderna, de que os Estados estavam todos mais ou menos afinados, e ele dominou todas as províncias e países, e chegou até onde era o Sacro-Império-Romano. Só que ele tirou a Igreja Católica da frente e colocou uma dominação 'laica', e estabeleceram, por exemplo, o controle da natalidade, estabeleceram impostos, estabeleceram leis.
Napoleão veio depois da Revolução Francesa. O 'império-napoleônico' levou o que às nações que estavam atrasadas no tempo? Levou um outro código de leis.
A maneira como se pagavam impostos há 2000 anos atrás é a maneira como se pagam impostos na Idade Contemporânea.
O que a Inglaterra que sempre rivalizou com Napoleão veio a ser? Cobrar impostos das províncias de onde eles vinham.
Depois da Primeira Guerra Mundial, quando os impérios começaram a acabar na sua formalidade, a ideologia de dominação e de nações amigas e de nações que seguiam mais ou menos a mesma ideologia ficaram mais ou menos resguardadas na Liga das Nações, mas ela não deu certo...
De repente, aparece um Hitler... com ideias imperialistas, de dominar todo aquele mundo conhecido, e tudo era voltado para a Alemanha, para o povo prussiano - mesma ideologia do Império Romano.
Depois disso vieram os americanos que cresceram na Segunda Guerra Mundial e fizeram uma divisão do mundo. Aí, ficaram dois grandes impérios (ou até três)... o império dos aliados - do 'mundo livre', alinhado com eles alguns mundos que não eram 'livres', como a América Latina, e do lado de lá o Bloco Soviético... e, de um outro, o bloco chinês, que não chegava a ser um bloco do tamanho do soviético, mas também tinha influências e também era de esquerda.
Quero dizer, o mundo ficou mais ou menos formatado nessa forma. Mas o que cada um desses impérios fizeram? Cobrou atenção das nações amigas.
Então, por que nós vivemos dentro do império romano? Porque nós pagamos impostos na forma de pagamento de dívida externa.
Eu acho que esse alinhamento automático de um país estar sempre pagando uma dívida externa comprando bônus de dívida pública americana, conforme o Brasil compra mesmo sem ter dinheiro, para financiar o tesouro americano, quero dizer, isso é uma forma de você pagar imposto.
Por que há esse alinhamento? Por que todos os governantes entram "lá" e fazem isso? Por que nenhum deles chega lá e peita?!
Meu, acesse www.auditoriacidada.org.br e veja quanto ($$) nós mandamos pra fora...
Eu acho interessante porque o PT, quando chegou lá, tinha um conhecimento daquilo que o pessoal tem hoje, que outros partidos têm e tal, que é o de que nós pagamos uma dívida que nós não devemos, mas isso é a condição do governo... não dá para mudar o status-quo do sistema, você pode brigar dentro do sistema, mas não pode mudar o status-quo dele.
Então, quero dizer, você vai continuar pagando bônus de dívida, você vai continuar pagando imposto, e por isso eu digo que nós vivemos dentro do Império Romano porque existe um centro do mundo, você vê que o governo americano está na mão de uma meia-dúzia de pessoas que controlam o mundo todo.
Você vê o americano e, se você acha-o 'gostoso', 'bambambam', você está errado, porque ele pouco sabe do resto do mundo, ele pouco sabe o que o governo dele faz no resto do mundo. A América é o exército de todos os outros países.
Você vê que FHC entrou aqui na chefia do país... depois da 'Revolução de 64', em que o Exército Brasileiro cresceu e tal, quando chegou de 1985 para cá, e depois... o que aconteceu com o Exército Brasileiro? Virou sucata... e ninguém fala porra nenhuma!!! Nós, com essas riquezas todas, estamos desprotegidos...
Você conseguiria fazer os bancos do Brasil virarem sucata? Por que ninguém comenta nada sobre forças armadas? Por que é tão interessante nós não termos forças armadas? "Ah!, mas, se a Europa não tem, por que o Brasil vai ter?!", isso justifica?
Nós não temos especialistas dentro das forças armadas bem pagos, nós não temos submarinos, não temos armamentos de última geração, não temos pesquisas de armas. "Pô, mas precisa disso? Nós não estamos em guerra com ninguém..." Precisa, porra, porque nós temos riquezas pra caralho e nós temos que ter defesas, porra! Está certo? Nós temos que ter marinha, nós temos que ter aeronáutica, temos que ter exército! Independentemente de sermos ricos ou não, a nossa Constituição diz que o Brasil tem como fundamento a 'soberania', e você vê a lógica da 'expansão' até hoje. Nós temos que ter proteção.
São nossos amiguinhos hoje, mas espionaram a nossa presidenta, a nossa Petrobras... podem virar nossos inimiguinhos amanhã. Não podemos ser ingênuos, não. Temos que considerar e reconhecer fatos.
Ficam usando esse 'fantasma' de 1964.
Cara, a 'Revolução de 64' ficou pra trás. Os militares entraram de gaiato, meia-dúzia de filhos da puta, mas o resto não tem nada a ver com isso. Os generais já estão todos mortos. Mas ficam os fantasmas...
Um dos problemas que eu acho é que até hoje eles ensinam nas escolas militares que em 1964 houve uma 'revolução'... tá de sacanagem!
Um dos problemas é que os militares não são capazes de fazer uma 'revisão histórica'. Eles têm que fazer uma revisão histórica, recuperar a imagem das forças armadas, pois é o seguinte - nós temos forças armadas que não têm nada a ver com a 'Revolução de 1964', como nós hoje não temos nada a ver com Getúlio. Nós não temos nada a ver com porra nenhuma! O resto - Brasil-colônia, revolução de 30 ou de 64, não temos nada a ver com 'Brasil-império', com porra nenhuma!, torno a dizer -, isso foram consequências históricas. Nós temos a ver com DEMOCRACIA. E isso que eu falo eu acho que tem a ver com democracia e com soberania.
E, por democracia, eu entendo como sendo uma forma de governo que se proponha a diminuir os desníveis sociais e econômicos que existem entre os diversos seguimentos que compõem uma comunidade, que construa 'pontes' onde há 'abismos', além da capacidade de fazer valer a lei, com intervenção do Estado, sim, sr., com políticos honestos que cheguem a uma instância em que possam proteger ou salvaguardar os direitos daqueles que, num determinado momento, não têm condições de se defenderem, porque, numa boa, essa historinha de que 'o mercado controla as coisas', controla, sim, controla o tamanho da pica que vai entrar no nosso rabo. Mas a bunda ainda é nossa, e a pica ainda é deles. É com isso que eu fico puto! Esse negócio de 'mercado controla'... controla o caramba, vem um camarada com uma pica de todo tamanho pra te enrabar, e dizem 'deixe enrabar, o Estado regula isso... olha lá, a pica é grande, mas ele só botou a cabeça.' 'Tá, foi ele que botou a cabeça, mas eu quero botar a cabeça também.'
Esse negócio de privatização de portos... isso foi um comando que essa senhora Dilma Rousseff recebeu, ela não resistiu, não teve ajuda de ninguém. Há cabimento nisso? Para uma mulher 'esquerdista' fazer uma coisa dessas, cara...
Sabe o que acontece quando se privatizam os portos? Você, brasileiro, quer vender um negócio... aí, não tem horário e não tem lugar... 'é, o porto é meu...', 'mas dentro do meu país?', 'é... comprei, a sua presidenta me vendeu...'
Isso faz parte dessa estrutura de dominação...
A vida do homem na Terra é uma guerra.
Jó 7:1
Jó 7:1