Aviação Regional no Brasil
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Aviação Regional no Brasil
Abri este tópico para podermos discutir as questões que envolvem diretamente a aviação regional no Brasil.
A saber, temos algumas coisas que precisam ser sanadas e/ou digeridas no setor, como a sustentabilidade operacional e financeiras das regionais, a infraestrutura de aeroportos locais e regionais, as frotas de aeronaves e linhas de vôo disponíveis, além de algo que, penso, parece ser uma tendência recente, que é a migração paulatina para aeronaves movidas a turbina, em complemento ou substituição das turbohélices.
Assim também, é interessante notar que apesar do recente crescimento de várias regionais, estas aparentemente continuam a contar com a indiferença estatal quanto a manutenção do setor e seu desenvolvimento.
Importa saber também que a necessária integração das diferentes malhas regionais a nacional, e mesmo internacional ainda não acontece de forma integral e fluida. Aliás, o setor parece, como sempre, longe dos planos das grandes aéreas brasileiras, e mesmo da atenção governamental. Isto diante de eventos internacionais que trarão ao Brasil milhares de pessoas por diversas vias, e que mal ou bem estarão transitando pelo país de uma região a outra em vista dos jogos, ou dentro de uma mesma região, sem contudo o país contar com uma rede ou malha aérea regional que possa amparar esse fluxo com a devida qualidade.
Neste meio tempo, em cinco a dez anos também será possível vislumbrar a entrada no mercado mundial de pelo menos 4 modelos de aeronaves a turbina que, é provável, em mais ou menos tempo, venham também a voar no Brasil, apontando principalmente a aviação regional, uma vez que o objetivo é transitar no mercado da Embraer. São modelos da Sukhoi, Mitsubishi, Avic e Bombardier que estarão aí preenchendo uma lacuna para aeronaves entre 70 e 120 paxs, com os quais a Embraer terá de lidar.
Penso que seria interessante, ao menos para a aviação regional brasileira, essa entrada no mercado brasileiro de tais aeronaves, visto que isso por um lado impulsionaria a concorrência entre as regionais, e talvez, também venha a forçar o poder público a investir neste setor da aviação comercial brasileira que sempre careceu de maior responsabilidade do governo, inclusive no que compete a segurança de voo e infraestrutura.
Na região amazônica já vislumbrei os SJ-100 da Sukhoi, ou ou C-Series da Bombardier como aeronaves bem interessantes, visto seu alcance, capacidade de carga e pax, bem de acordo com o fluxo atual de pessoas, seja entre as capitais, seja entre o interior e capitais. Ou mesmo sob uma nova perspectiva de ligação interior-interior. É bem provável que quando essas barreiras formais da burocracia estatal forem vencidas, no sentido de tornar mais segura e qualitativa a viagem de avião pela amazônia, naquilo que compete ao poder público fazer, vou ficar muito feliz de poder ver no Eduardo Gomes os E-jets, misturados com vários SJ-100, MRJ, C-Series e ARJ21.
abs.
A saber, temos algumas coisas que precisam ser sanadas e/ou digeridas no setor, como a sustentabilidade operacional e financeiras das regionais, a infraestrutura de aeroportos locais e regionais, as frotas de aeronaves e linhas de vôo disponíveis, além de algo que, penso, parece ser uma tendência recente, que é a migração paulatina para aeronaves movidas a turbina, em complemento ou substituição das turbohélices.
Assim também, é interessante notar que apesar do recente crescimento de várias regionais, estas aparentemente continuam a contar com a indiferença estatal quanto a manutenção do setor e seu desenvolvimento.
Importa saber também que a necessária integração das diferentes malhas regionais a nacional, e mesmo internacional ainda não acontece de forma integral e fluida. Aliás, o setor parece, como sempre, longe dos planos das grandes aéreas brasileiras, e mesmo da atenção governamental. Isto diante de eventos internacionais que trarão ao Brasil milhares de pessoas por diversas vias, e que mal ou bem estarão transitando pelo país de uma região a outra em vista dos jogos, ou dentro de uma mesma região, sem contudo o país contar com uma rede ou malha aérea regional que possa amparar esse fluxo com a devida qualidade.
Neste meio tempo, em cinco a dez anos também será possível vislumbrar a entrada no mercado mundial de pelo menos 4 modelos de aeronaves a turbina que, é provável, em mais ou menos tempo, venham também a voar no Brasil, apontando principalmente a aviação regional, uma vez que o objetivo é transitar no mercado da Embraer. São modelos da Sukhoi, Mitsubishi, Avic e Bombardier que estarão aí preenchendo uma lacuna para aeronaves entre 70 e 120 paxs, com os quais a Embraer terá de lidar.
Penso que seria interessante, ao menos para a aviação regional brasileira, essa entrada no mercado brasileiro de tais aeronaves, visto que isso por um lado impulsionaria a concorrência entre as regionais, e talvez, também venha a forçar o poder público a investir neste setor da aviação comercial brasileira que sempre careceu de maior responsabilidade do governo, inclusive no que compete a segurança de voo e infraestrutura.
Na região amazônica já vislumbrei os SJ-100 da Sukhoi, ou ou C-Series da Bombardier como aeronaves bem interessantes, visto seu alcance, capacidade de carga e pax, bem de acordo com o fluxo atual de pessoas, seja entre as capitais, seja entre o interior e capitais. Ou mesmo sob uma nova perspectiva de ligação interior-interior. É bem provável que quando essas barreiras formais da burocracia estatal forem vencidas, no sentido de tornar mais segura e qualitativa a viagem de avião pela amazônia, naquilo que compete ao poder público fazer, vou ficar muito feliz de poder ver no Eduardo Gomes os E-jets, misturados com vários SJ-100, MRJ, C-Series e ARJ21.
abs.
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Re: Aviação Regional no Brasil
A questao e' bem complexa e realmente merece muita atencao por parte das autoridades. Rever a historia desse ramo da aviacao seria bem interessante a fim de nao repetir erros, bem como nao abandonar o nosso interior ao simples mercado. Trocando em miudos, para os colegas que nao tem muita intimidade com o assunto, e com minhas desculpas caso a memoria e o conhecimento falhe em detalhes:
Aviacao, como qualquer negocio, e' numero, lucro. Tem que se pagar. No caso de uso de pequenos avioes, que sao os mais adequados aos pequenos aeroportos, o custo do voo(desde o custo operacional, manutencao, dos custos da empresa) e' dividido por poucos assentos. Nao e' a toa que as grandes empresas lotam os avioes com assentos, apertando, tentando baratear as passagens levando mais gente. So' que a legislacao e' a mesma, seja ela para uma TAM, GOL ou para uma pequena regional. A tendencia e' uma passagem cara, justamente para levar um passageiro de uma pequena cidade do interior, que normalmente nao teria os mesmos recursos de um passageiro de um grande centro. Esse problema e' comum no mundo inteiro e as solucoes, normalmente copiadas universalmente, foi subsidio. Seja via impostos, seja cobrando mais caro de uma passagem "normal" de uma ponte aerea, alimentando o manaus- maraba, num ATR, p.ex. No passado, na epoca que a EMBRAER estava lancando o Bandeirante, essa ultima opcao foi a escolhida, dando subsidio as pequenas regionais que topassem comprar o Bandeirante para fazer esse tipo de voo. Nessa onda nasceram TAM, TAVAJ, Rico, Penta e muitas outras. Mas, por diversos motivos, umas vingaram e outras nao. E como todo tipo de subsidio, uma hora acaba, ou muda, de acordo com a conveniencia, ou circunstancia a que os politicos sao expostos.
Soma-se a isso a grande mudanca, ou danca das cadeiras das cias aereas nos ultimos anos, com a ascencao de ex-regionais a nacionais, virando "Grande" e mais as fusoes e com isso, acabam por abandonar as pequenas rotas. Pantanal, Passaredo, Trip sao exemplos tipicos desse fenomeno. Tai a "sopa" que as autoridades precisam se debrucar e lidar.
Aviacao, como qualquer negocio, e' numero, lucro. Tem que se pagar. No caso de uso de pequenos avioes, que sao os mais adequados aos pequenos aeroportos, o custo do voo(desde o custo operacional, manutencao, dos custos da empresa) e' dividido por poucos assentos. Nao e' a toa que as grandes empresas lotam os avioes com assentos, apertando, tentando baratear as passagens levando mais gente. So' que a legislacao e' a mesma, seja ela para uma TAM, GOL ou para uma pequena regional. A tendencia e' uma passagem cara, justamente para levar um passageiro de uma pequena cidade do interior, que normalmente nao teria os mesmos recursos de um passageiro de um grande centro. Esse problema e' comum no mundo inteiro e as solucoes, normalmente copiadas universalmente, foi subsidio. Seja via impostos, seja cobrando mais caro de uma passagem "normal" de uma ponte aerea, alimentando o manaus- maraba, num ATR, p.ex. No passado, na epoca que a EMBRAER estava lancando o Bandeirante, essa ultima opcao foi a escolhida, dando subsidio as pequenas regionais que topassem comprar o Bandeirante para fazer esse tipo de voo. Nessa onda nasceram TAM, TAVAJ, Rico, Penta e muitas outras. Mas, por diversos motivos, umas vingaram e outras nao. E como todo tipo de subsidio, uma hora acaba, ou muda, de acordo com a conveniencia, ou circunstancia a que os politicos sao expostos.
Soma-se a isso a grande mudanca, ou danca das cadeiras das cias aereas nos ultimos anos, com a ascencao de ex-regionais a nacionais, virando "Grande" e mais as fusoes e com isso, acabam por abandonar as pequenas rotas. Pantanal, Passaredo, Trip sao exemplos tipicos desse fenomeno. Tai a "sopa" que as autoridades precisam se debrucar e lidar.
- JT8D
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Re: Aviação Regional no Brasil
O SuperJet 100 é um concorrente direto do Embraer E190. Desculpe, mas na minha opinião não tem o menor sentido pensar no SuperJet 100 no Brasil (a menos que você seja russo ).FCarvalho escreveu: Na região amazônica já vislumbrei os SJ-100 da Sukhoi, ou ou C-Series da Bombardier como aeronaves bem interessantes, visto seu alcance, capacidade de carga e pax, bem de acordo com o fluxo atual de pessoas, seja entre as capitais, seja entre o interior e capitais. Ou mesmo sob uma nova perspectiva de ligação interior-interior. É bem provável que quando essas barreiras formais da burocracia estatal forem vencidas, no sentido de tornar mais segura e qualitativa a viagem de avião pela amazônia, naquilo que compete ao poder público fazer, vou ficar muito feliz de poder ver no Eduardo Gomes os E-jets, misturados com vários SJ-100, MRJ, C-Series e ARJ21.
Abraços,
JT
- FCarvalho
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Re: Aviação Regional no Brasil
Alcmartin, grato pela participação no tópico. É sempre bom contar com gente da área para enriquecer a discussão.alcmartin escreveu:A questao e' bem complexa e realmente merece muita atencao por parte das autoridades. Rever a historia desse ramo da aviacao seria bem interessante a fim de nao repetir erros, bem como nao abandonar o nosso interior ao simples mercado.
Do meu ponto de vista, no Brasil a questão da aviação regional se perdeu em quatro questões, até hoje mal resolvidas:
a) falta de planejamento de longo prazo e regulamentação eficaz do setor;
b) ausência de políticas públicas voltadas para o incentivo e manutenção de pequenas e médias empresas aéreas;
c) relação custo x benefício desencontrados entre regiões e;
d) infraestrutura aeroportuária ineficaz, reduzida ou pouco atraente no interior do país.
Tentando resumir um pouco os quatro itens, tomo o exemplo de minha região norte.
No caso do item"a", nada acontece naquela região em termos de aviação comercial sem que haja o devido respaldo governamental, através de incentivos fiscais/tributários e tarifário. Normalmente estes são atemporais, pontuais e irregulares em seu estabelecimento. No caso do item "b", a região simplesmente possui a infraestrutura que a COMARA ao longo dos anos implantou e que pode manter. E só. Para um município do interior dispor de uma pista de pouso, é um salve-se quem puder de "burrocracia" que simplesmente acaba inibindo qualquer iniciativa estadual ou municipal. O item "c" é a mais temerária, pois os custos envolvidos em voar na amazônia são extremamente decisivos quando alguma aérea resolve voar por lá, sejam grandes ou regionais. Neste caso, a própria indiferença governamental com as peculiaridades da região já são um impeditivo para ao desenvolvimento da aviação regional. Quanto ao item "d", ela é em todo caso, uma consequência danosa da falta de interesse estatal em agir de forma a garantir aos estados e municípios da região a manutenção e operação de seus proprios aeroportos. O município onde resido é um exemplo claro disso, que apesar de na fimbria da fronteira com o Peru, do qual separa-se tão somente pelo Rio Javari, não possui pista, e nem tem condições por si, de fazê-lo. Muito embora haja uma unidade de minha universidade lá, dentre outros órgãos públicos, bem como no município vizinho de Atalaia do Norte, e o transito de pessoas com direção a Manaus não seja algo tão desimportante que não merecesse ao menos a possibilidade de um Brasília ou Let 410 não pudesse atender, ainda que em voos não diários.
Penso que se estas condições não começarem a ser reorientadas, dificilmente vamos conseguir evitar a repetência dos erros passados como bem colocado por você. Aliás, me parece, até hoje, morando há 4 anos naquela região de fronteira, ser inequívoca a falta de consideração de ANAC/INFRAERO com a localidade, visto que, até hoje, ser a TRIP a única regional operando no aeroporto de Tabatinga, que atende, mal ou bem toda a região do Alto Solimões. E quando pensávamos que nossa sorte iria mudar, com a entrada da AZUL na rota TBT-MAO, e enfim contar com um mínimo de concorrência, eis que somos surpreendidos com mais uma "fusão" entre empresas aéreas brasileiras.
Como diria o ditado... "mas pobre já sofre..."
abs
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- FCarvalho
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Re: Aviação Regional no Brasil
JT, se levarmos em consideração, a tese de que o mercado de aviação civil brasileiro é um mercado aberto e onde as regras de oferta e procura são as que o mantém, tanto o SJ100, quanto qualquer outro concorrente dos Embraer poderá vir a operar no Brasil sem maiores problemas. Claro, isso na teoria.JT8D escreveu:FCarvalho escreveu:O SuperJet 100 é um concorrente direto do Embraer E190. Desculpe, mas na minha opinião não tem o menor sentido pensar no SuperJet 100 no Brasil (a menos que você seja russo ).
Abraços,
JT
Um exemplo simples desta questão, foi que no ano passado ou retrasado, não me lembro bem, a AZUL em seus planos de expansão chegou a considerar aviões com maior capacidade de paxs, além daquilo que os atuais E-Jets da Embraer poderiam oferecer, vistas as demandas de mercado interno. Nesta mesma época a própria Embraer estava ainda decidindo o que faria com os E-Jets, se aumentava ou não sua capacidade de paxs, se fazia outra aeronave nova maior, enfim..
Calhou de a Azul continuar, de momento, com os E-Jets por vários motivos. Mas não deixa de ser bastante ilustrativo o fato de que a nossa maior fabricante de aeronaves não dispor, caso haja demanda interna, de uma aeronave com maior capacidade de carga/passageiros. E que em função disso, quase ter perdido a categoria de fornecedora única de uma grande empresa nacional. Há de se comentar também que a Azul chegou mesmo a conversar com a Bombardier sobre o C-Series, que hoje apresentam versões que vão de 130 a 160 paxs.
Então, neste sentido, se houve ou haverá, em algum momento, a oportunidade de uma empresa aérea, regional ou nacional, vislumbrar a possibilidade de comprar alguma aeronave concorrente da Embraer para atuar em algum nicho do mercado brasileiro, e sua proposta for mais acessível as suas necessidades e características, meu caro colega... das duas, uma: a Embraer vai ter que se rebolar, e muito, para não perder mercado... ou então ir reclamar no colo da tia Dilma. Que nem sempre é quentinho, diga-se de passagem
Aliás, pelo que conheço da demanda na região norte, tanto a família E-Jet da Embraer, como os SJ100 ou C-Seres 100, podem tranquilamente suprir as rotas existentes, e até mesmo outras que poderiam ser criadas. Mas isso vou deixar para falar em um para o próximo post.
abs.
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Re: Aviação Regional no Brasil
Você tem razão quanto ao C-Series, que é um avião maior que o E 190. Já o SuperJet 100 seria trocar 6 por meia dúzia. Mas ninguém está fazendo isso, por que o avião russo é ruim (embora bonitinho).FCarvalho escreveu:JT, se levarmos em consideração, a tese de que o mercado de aviação civil brasileiro é um mercado aberto e onde as regras de oferta e procura são as que o mantém, tanto o SJ100, quanto qualquer outro concorrente dos Embraer poderá vir a operar no Brasil sem maiores problemas. Claro, isso na teoria.JT8D escreveu:
Um exemplo simples desta questão, foi que no ano passado ou retrasado, não me lembro bem, a AZUL em seus planos de expansão chegou a considerar aviões com maior capacidade de paxs, além daquilo que os atuais E-Jets da Embraer poderiam oferecer, vistas as demandas de mercado interno. Nesta mesma época a própria Embraer estava ainda decidindo o que faria com os E-Jets, se aumentava ou não sua capacidade de paxs, se fazia outra aeronave nova maior, enfim..
Calhou de a Azul continuar, de momento, com os E-Jets por vários motivos. Mas não deixa de ser bastante ilustrativo o fato de que a nossa maior fabricante de aeronaves não dispor, caso haja demanda interna, de uma aeronave com maior capacidade de carga/passageiros. E que em função disso, quase ter perdido a categoria de fornecedora única de uma grande empresa nacional. Há de se comentar também que a Azul chegou mesmo a conversar com a Bombardier sobre o C-Series, que hoje apresentam versões que vão de 130 a 160 paxs.
Então, neste sentido, se houve ou haverá, em algum momento, a oportunidade de uma empresa aérea, regional ou nacional, vislumbrar a possibilidade de comprar alguma aeronave concorrente da Embraer para atuar em algum nicho do mercado brasileiro, e sua proposta for mais acessível as suas necessidades e características, meu caro colega... das duas, uma: a Embraer vai ter que se rebolar, e muito, para não perder mercado... ou então ir reclamar no colo da tia Dilma. Que nem sempre é quentinho, diga-se de passagem
Aliás, pelo que conheço da demanda na região norte, tanto a família E-Jet da Embraer, como os SJ100 ou C-Seres 100, podem tranquilamente suprir as rotas existentes, e até mesmo outras que poderiam ser criadas. Mas isso vou deixar para falar em um para o próximo post.
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Re: Aviação Regional no Brasil
JT, em aviação, as vezes, principalmente na comercial, seis e meia duzia fazem uma diferença...
Quanto a "ruindade" do Sukhoi, como todo projeto, tem e continuará apresentando falhas e incongruências ao longo de seu desenvolvimento, que não termina após a linha de produção, ainda mais em se tratando de um avião comercial russo, que convenhamos, há muito, sabemos aquela industria não consegue produzir algo realmente novo e bom em termos de aviação comercial. Vai demorar, mas acredito que no médio/longo prazo o modelo terminará por se afirmar.
Ninguém gostava de Kia nos anos 90's aqui no Brasil. Por seus "sinônimos e significados". Nem sequer sabíamos da existência de uma Hiunday da vida, por exemplo. Carro bom importado tinha que ser japonês. No entanto hoje em dia...
abs.
Quanto a "ruindade" do Sukhoi, como todo projeto, tem e continuará apresentando falhas e incongruências ao longo de seu desenvolvimento, que não termina após a linha de produção, ainda mais em se tratando de um avião comercial russo, que convenhamos, há muito, sabemos aquela industria não consegue produzir algo realmente novo e bom em termos de aviação comercial. Vai demorar, mas acredito que no médio/longo prazo o modelo terminará por se afirmar.
Ninguém gostava de Kia nos anos 90's aqui no Brasil. Por seus "sinônimos e significados". Nem sequer sabíamos da existência de uma Hiunday da vida, por exemplo. Carro bom importado tinha que ser japonês. No entanto hoje em dia...
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- Léo Brito
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Re: Aviação Regional no Brasil
O problema de trazer um concorrente para os ERJ consiste no preço do leasing e da logistíca...
A Avianca só está operando os A318 por ter recebido uma proposta muito boa de leasing, onde somando com os demais fatores (CHT, Peças, Manutenção serem unitárias na família 320) essa operação se mostra competitiva, já que o custo operacional é quase que 90% de uma A319. Só vale a pena por ser 2x1... o leasing de 1 319 paga 2 318.
Ou seja, não é qualquer player que pode se aventurar em trazer um equipamento novo.
Dizem que o Q400 tem mais tecnologia e desempenho em relação ao ATR, esse só faz mais sucesso por ter um custo operacional menor. Mas, segundo gente do meio, dentro de 5~6 é o Bombardier que ditará as regras, pois a ATR só agora com os -600 conseguiu equiparar ao equipamento canadense.
Já o SJ-100, dúvido muito que represente algum risco ao ERJ no mercado ocidental, salvo se o simulador estiver em inglês, mas levar trip pra moscow ou avião pra check inviabiliza a operação.
A Avianca só está operando os A318 por ter recebido uma proposta muito boa de leasing, onde somando com os demais fatores (CHT, Peças, Manutenção serem unitárias na família 320) essa operação se mostra competitiva, já que o custo operacional é quase que 90% de uma A319. Só vale a pena por ser 2x1... o leasing de 1 319 paga 2 318.
Ou seja, não é qualquer player que pode se aventurar em trazer um equipamento novo.
Dizem que o Q400 tem mais tecnologia e desempenho em relação ao ATR, esse só faz mais sucesso por ter um custo operacional menor. Mas, segundo gente do meio, dentro de 5~6 é o Bombardier que ditará as regras, pois a ATR só agora com os -600 conseguiu equiparar ao equipamento canadense.
Já o SJ-100, dúvido muito que represente algum risco ao ERJ no mercado ocidental, salvo se o simulador estiver em inglês, mas levar trip pra moscow ou avião pra check inviabiliza a operação.
"Falsa é a idéia de utilidade que sacrifica mil reais vantagens (...) As leis que proibem o porte de armas são leis de tal natureza. Elas desarmam somente aqueles que não estão nem dispostos a cometer crimes."(Cesare Beccaria)
- denilson
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Re: Aviação Regional no Brasil
Eu trouxe essa notícia la do FX-2, por que achei que esse aumento no preço dos combustíveis deve ser para diminuir o crescimento do n° de voos regionais e mascarar a incompetência do governo em melhorar os aeroportos.Arataca escreveu:Prezados,
Saiu no Estadão sábado passado (página B4) uma informação da ABEAR, que vem a ser a Associação Brasileira das Empresas Aéreas, sobre o aumento do preço do querosene de aviação (QAV/Jet A1) em 50% desde o fim de 2010. Portanto, muitíssimo acima da inflação. Hoje o preço do combustível está ao redor de R$ 1,98 o litro, 55% mais caro que no exterior, e já representaria 42% dos custos das voadoras.
Este aumento, além de estar matando as voadoras aos poucos, deve ser uma tentativa do Governo Federal para compensar as perdas da Petrobrás, a qual não pode aumentar os preços do óleo diesel e da gasolina. Estes, para o desespero da PB e de seus acionistas minoritários, são o resultado de uma medida para alegadamente manter a inflação sob controle, mas também poderia ser para manter a popularidade da detentora do poder.
É basicamente puxar o freio de mão das aéreas, ou melhor, de flaps abaixados
- FCarvalho
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Re: Aviação Regional no Brasil
O GF, além dos mesmíssimos e já conhecidos mecanismos de ordem tributária/fiscal e financeira de sempre, não quer dispor de outras soluções mais cabíveis de longo prazo como a desoneração fiscal e demais reformas trabalhista e previdenciária tão necessárias ao país, por simplesmente não querer indispor-se politicamente com sua base "alida" e com governadores e prefeitos.
Assim, comumente lança mão de limitadas, para não dizer, medíocres, ações que só fazem mascarar a inabilidade da gestão e a incapacidade de fazer as mudanças que se precisa. Em se tratando da aviação regional, pior ainda, posto que sofre com a indiferença e a incoerência de atitudes do poder executivo.
Infelizmente o atual status quo do poder ainda julga ser o transporte aéreo coisa de burguês e firula de capitalista, e que pode ser (ou deveria, na cabeça de alguns) muito bem deixado de lado ou para depois.
Viva-se com isso.
abs.
Assim, comumente lança mão de limitadas, para não dizer, medíocres, ações que só fazem mascarar a inabilidade da gestão e a incapacidade de fazer as mudanças que se precisa. Em se tratando da aviação regional, pior ainda, posto que sofre com a indiferença e a incoerência de atitudes do poder executivo.
Infelizmente o atual status quo do poder ainda julga ser o transporte aéreo coisa de burguês e firula de capitalista, e que pode ser (ou deveria, na cabeça de alguns) muito bem deixado de lado ou para depois.
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Re: Aviação Regional no Brasil
Aproveitando o topico, a Passaredo esta operando em regime de recuperacao judicial. Ou seja, ta' "meio" quebrada...
- Glauber Prestes
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Re: Aviação Regional no Brasil
Dilma anuncia construção de 800 aeroportos regionais no país
Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (12), em Paris, que o governo pretende criar cerca de 800 aeroportos regionais no país. Segundo presidenta, pelo projeto, cada cidade com até 100 mil habitantes deverá ter um aeroporto a, no máximo, 60 quilômetros de distância. “É uma necessidade também importante para o crescimento do país”, disse Dilma a empresários franceses, após participar do seminário empresarial Desafios e Oportunidades de Uma Parceria Estratégica.
Dilma falou sobre a importância da privatização de grandes aeroportos e da recapacitação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e ressaltou a necessidade de interiorização do transporte aeroviário num país continental como o Brasil. A presidenta enfatizou a importância de fortalecer a aviação regional no país, "diferenciada da aviação de longo alcance". Segundo ela, é preciso interiorizar o transporte aeroviário no Brasil. "Nós precisamos de médias empresas regionais de aviação.”
Além de um aeroporto a no máximo 60 quilômetros de distância em municípios com até 100 mil habitantes, a presidenta defendeu a construção de aeroportos nos pontos turísticos do país e disse que o governo tem recursos para isso. “Nós temos recursos para isso – originários até das outorgas que cobramos dos aeroportos, dos grandes aeroportos.”
A presidenta também confirmou que o governo deve lançar, até amanhã (13), o edital para o leilão da primeira etapa do trem de alta-velocidade que ligará Campinas, São Paulo e Rio de janeiro. O edital foi aprovado na última semana pelo Tribunal de Contas da União com ressalvas. “Amanhã, daremos um passo decisivo porque o trem de alta velocidade, que será licitado em dois momentos, começa a ter a sua licitação de tecnologia – licitam-se a tecnologia a ser adotada e o operador, e, na sequência, escolhe-se e licita-se a construção.”
Edição: Nádia Franco
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia ... is-no-pais
Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (12), em Paris, que o governo pretende criar cerca de 800 aeroportos regionais no país. Segundo presidenta, pelo projeto, cada cidade com até 100 mil habitantes deverá ter um aeroporto a, no máximo, 60 quilômetros de distância. “É uma necessidade também importante para o crescimento do país”, disse Dilma a empresários franceses, após participar do seminário empresarial Desafios e Oportunidades de Uma Parceria Estratégica.
Dilma falou sobre a importância da privatização de grandes aeroportos e da recapacitação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e ressaltou a necessidade de interiorização do transporte aeroviário num país continental como o Brasil. A presidenta enfatizou a importância de fortalecer a aviação regional no país, "diferenciada da aviação de longo alcance". Segundo ela, é preciso interiorizar o transporte aeroviário no Brasil. "Nós precisamos de médias empresas regionais de aviação.”
Além de um aeroporto a no máximo 60 quilômetros de distância em municípios com até 100 mil habitantes, a presidenta defendeu a construção de aeroportos nos pontos turísticos do país e disse que o governo tem recursos para isso. “Nós temos recursos para isso – originários até das outorgas que cobramos dos aeroportos, dos grandes aeroportos.”
A presidenta também confirmou que o governo deve lançar, até amanhã (13), o edital para o leilão da primeira etapa do trem de alta-velocidade que ligará Campinas, São Paulo e Rio de janeiro. O edital foi aprovado na última semana pelo Tribunal de Contas da União com ressalvas. “Amanhã, daremos um passo decisivo porque o trem de alta velocidade, que será licitado em dois momentos, começa a ter a sua licitação de tecnologia – licitam-se a tecnologia a ser adotada e o operador, e, na sequência, escolhe-se e licita-se a construção.”
Edição: Nádia Franco
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Re: Aviação Regional no Brasil
A noticia vem para lembrar que nao e' so' construir, mas manter, instruir profissionais, educar populacao... resumindo, falta muito...
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... reto.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... reto.shtml
17/12/2012 - 04h00
Aeroporto fecha por 1 h após criança invadir pista em Ribeirão Preto
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JOÃO ALBERTO PEDRINI
DE RIBEIRÃO PRETO
Um dos maiores aeroportos do interior paulista, o Leite Lopes, de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) ficou fechado para pousos e decolagens por mais de uma hora depois que crianças invadiram a pista para soltar pipas.
Segundo o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), houve atraso em dois voos da Passaredo. O aeroporto ficou fechado, segundo o órgão, das 16h45 às 17h50 e só foi liberado depois que a Polícia Militar foi chamada.
O problema causou transtornos para passageiros que chegavam à cidade.
O empresário Maurílio Biagi Filho, que retornava em um voo particular de São Paulo para Ribeirão, teve que pousar na pista da usina São Martinho, em Pradópolis (315 km de São Paulo).
"De vez em quando acontecem essas coisas na infraestrutura brasileira. Você tem um plano de voo, com tempo bom, previsão de viagem tranquila, e não pode pousar porque crianças invadiram a pista", diz Biagi.
O aeroporto de Ribeirão Preto registra problemas frequentes de invasão da área de segurança do local.
problema comum
Segundo a Folha apurou com policiais militares, a situação ocorre praticamente todos os dias, principalmente em meses de férias (junho, julho, dezembro e janeiro).
Os casos mais comuns são parecidos com o de ontem, em que garotos moradores da região que invadem o aeroporto em busca de pipas que caem na área de segurança.
O próprio Daesp já pediu à Promotoria da Infância e Juventude de Ribeirão que interceda para resolver a questão das invasões.
- henriquejr
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Re: Aviação Regional no Brasil
Pra mim não passar de mais uma noticia de cunho populista, para mostrar ao mundo, eu próprio país, que o Brasil ta se desenvolvendo muito, apesar da crise, que ta se transformando em "país de primeiro mundo". Ridiculo falar na construção de mais 800 aeroportos regionais quando os que existem atualmente estão praticamente todos abandonados, sem voos regulares e com infraestrutura precária!
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- rodrigo
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Re: Aviação Regional no Brasil
A diferença de falar loucuras e besteira é a receptividade da platéia. Quando populistas falam esse tipo de insanidade em um discurso no interior do Brasil, onde impera a baixa escolaridade e necessidades básicas, todo mundo aplaude, seja o FHC ou Lula. Mas Dilma soltou essa de 800 aeroportos na Europa, e tem gente tendo ataque de riso até agora. Se o GF dissesse que criaria UM (1) aeroporto regional dentro de cada estado brasileiro, com qualidade, infraestrutura e segurança, já seria piada, mas 800...henriquejr escreveu:Pra mim não passar de mais uma noticia de cunho populista, para mostrar ao mundo, eu próprio país, que o Brasil ta se desenvolvendo muito, apesar da crise, que ta se transformando em "país de primeiro mundo". Ridiculo falar na construção de mais 800 aeroportos regionais quando os que existem atualmente estão praticamente todos abandonados, sem voos regulares e com infraestrutura precária!
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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