Drones - Notícias: Pilotos de caça em extinção?
Enviado: Qua Jul 04, 2012 9:21 pm
O fim dos pilotos nos EUA – 4 em cada dez aviões são drones
Em algumas décadas, talvez não tenhamos mais pilotos de caças, como os do filme Top Gun. Cerca de um em cada três aviões militares dos Estados Unidos atualmente são aeronaves não-tripuladas, mais conhecidas como “drones”. O crescimento no uso destes aparelhos controlados por controle remoto e usados principalmente no Iraque, Iêmen, Paquistão e Afeganistão se acentuou nos últimos anos e alterou o conceito de operações aéreas das forças americanas.
De acordo com relatório do Serviço de Pesquisas do Congresso dos EUA, divulgado nesta semana, o percentual de drones nas forças americanas cresceu seis vezes desde 2005. Atualmente, são 7.494 aviões não-tripulados, contra 10.767 que exigem a presença de pilotos no comando. Isso representa mais de 40% do total – usando outros dados, o levantamento coloca o número em 31%.
Desde 2001, as forças militares americanas já gastaram US$ 26 bilhões com os drones. Apesar disso, as despesas com aviões tripulados ainda representam 92% do total de destinado para o setor no Exército e nas Forças Armadas.
Na avaliação do estudo do Congresso, existe uma série de vantagens no uso dos drones. “Eles eliminam os riscos para a vida dos pilotos e não sofrem restrições na duração de operações devido a limitações humanas. Além disso, podem ser envolvidos em ações mais arriscadas e seus custos são bem menores”, afirma o relatório.
Em memorando recente, o Pentágono afirmou que os aviões não-tripulados “são fundamentais na Guerra ao Terror pela precisão nos alvos, por detectarem minas e fazerem reconhecimento de armas químicas, biológicas e nuleares”. A segurança nestes vôos também aumentou. Sete anos atrás, eram 20 acidentes para cada 100 mil horas de vôo. Hoje o número é de 7,5. Recentemente, um deles, em uma possível missão de espionagem, foi capturado pelo Irã.
Existem drones com tamanhos variando de um “inseto” a “aparelhos comerciais”. Os mais comuns são os Ravens. Os Predators e sua versão mais potente – os Reapers – possuem mais poder de fogo.
No ano passado, foram realizados 75 bombardeios com drones no Paquistão. Entre 470 e 655 pessoas morreram, incluindo mais de cem civis. Também foram intensificadas as ações contra militantes da Al Qaeda na Península Arábica, no território iemenita.
Além da função militar, os drones podem também passar a ter uso doméstico. No domingo, durante a feira do Consumer Eletronics Show, foram apresentados protótipos de helicópteros e aviões operados através de apps do iPhone e de celulares com o sistema operacional Android com grande autonomia de vôo. Nem precisa dizer que muitos terroristas poderão usar esta tecnologia.
http://blogs.estadao.com.br/gustavo-cha ... ao-drones/
Irã também investe em tecnologia
O exército americano disse ao The Register que é necessário aprender com os erros de outros sistemas operacionais, como o Windows, e que há uma forte tendência em equipar com Linux também outros modelos de aviões não tripulados.
A alteração de sistema operacional pode estar relacionada também às ameaças de outros governos. Recentemente, a emissora de TV estatal iraniana PressTV divulgou que militares do país conseguiram burlar e controlar um drone americano modelo RQ-170 Sentinel, que foi capturado em dezembro de 2011.
O general Amir Ali Hadjizadeh, comandante das forças aéreas e espaciais dos Guardiões da Revolução Islâmica (divisão das forças armadas do Irã), afirma que o conhecimento adquirido pelos militares após o estudo da tecnologia deste drone permitiria até mesmo replicar o modelo da aeronave.
Ainda de acordo com os militares iranianos, este avião não tripulado seria o mesmo que espionou o terrorista Osama Bin Laden duas semanas antes de ele morrer.
Após as declarações, o senador americano Joe Lieberman, responsável pelo comitê de segurança nacional, disse durante uma entrevista ao canal televisivo Fox News que o Irã está na defensiva e que as citações sobre o abatimento do drone é uma provocação.
http://info.abril.com.br/noticias/compu ... 012-24.shl
Em algumas décadas, talvez não tenhamos mais pilotos de caças, como os do filme Top Gun. Cerca de um em cada três aviões militares dos Estados Unidos atualmente são aeronaves não-tripuladas, mais conhecidas como “drones”. O crescimento no uso destes aparelhos controlados por controle remoto e usados principalmente no Iraque, Iêmen, Paquistão e Afeganistão se acentuou nos últimos anos e alterou o conceito de operações aéreas das forças americanas.
De acordo com relatório do Serviço de Pesquisas do Congresso dos EUA, divulgado nesta semana, o percentual de drones nas forças americanas cresceu seis vezes desde 2005. Atualmente, são 7.494 aviões não-tripulados, contra 10.767 que exigem a presença de pilotos no comando. Isso representa mais de 40% do total – usando outros dados, o levantamento coloca o número em 31%.
Desde 2001, as forças militares americanas já gastaram US$ 26 bilhões com os drones. Apesar disso, as despesas com aviões tripulados ainda representam 92% do total de destinado para o setor no Exército e nas Forças Armadas.
Na avaliação do estudo do Congresso, existe uma série de vantagens no uso dos drones. “Eles eliminam os riscos para a vida dos pilotos e não sofrem restrições na duração de operações devido a limitações humanas. Além disso, podem ser envolvidos em ações mais arriscadas e seus custos são bem menores”, afirma o relatório.
Em memorando recente, o Pentágono afirmou que os aviões não-tripulados “são fundamentais na Guerra ao Terror pela precisão nos alvos, por detectarem minas e fazerem reconhecimento de armas químicas, biológicas e nuleares”. A segurança nestes vôos também aumentou. Sete anos atrás, eram 20 acidentes para cada 100 mil horas de vôo. Hoje o número é de 7,5. Recentemente, um deles, em uma possível missão de espionagem, foi capturado pelo Irã.
Existem drones com tamanhos variando de um “inseto” a “aparelhos comerciais”. Os mais comuns são os Ravens. Os Predators e sua versão mais potente – os Reapers – possuem mais poder de fogo.
No ano passado, foram realizados 75 bombardeios com drones no Paquistão. Entre 470 e 655 pessoas morreram, incluindo mais de cem civis. Também foram intensificadas as ações contra militantes da Al Qaeda na Península Arábica, no território iemenita.
Além da função militar, os drones podem também passar a ter uso doméstico. No domingo, durante a feira do Consumer Eletronics Show, foram apresentados protótipos de helicópteros e aviões operados através de apps do iPhone e de celulares com o sistema operacional Android com grande autonomia de vôo. Nem precisa dizer que muitos terroristas poderão usar esta tecnologia.
http://blogs.estadao.com.br/gustavo-cha ... ao-drones/
Irã também investe em tecnologia
O exército americano disse ao The Register que é necessário aprender com os erros de outros sistemas operacionais, como o Windows, e que há uma forte tendência em equipar com Linux também outros modelos de aviões não tripulados.
A alteração de sistema operacional pode estar relacionada também às ameaças de outros governos. Recentemente, a emissora de TV estatal iraniana PressTV divulgou que militares do país conseguiram burlar e controlar um drone americano modelo RQ-170 Sentinel, que foi capturado em dezembro de 2011.
O general Amir Ali Hadjizadeh, comandante das forças aéreas e espaciais dos Guardiões da Revolução Islâmica (divisão das forças armadas do Irã), afirma que o conhecimento adquirido pelos militares após o estudo da tecnologia deste drone permitiria até mesmo replicar o modelo da aeronave.
Ainda de acordo com os militares iranianos, este avião não tripulado seria o mesmo que espionou o terrorista Osama Bin Laden duas semanas antes de ele morrer.
Após as declarações, o senador americano Joe Lieberman, responsável pelo comitê de segurança nacional, disse durante uma entrevista ao canal televisivo Fox News que o Irã está na defensiva e que as citações sobre o abatimento do drone é uma provocação.
http://info.abril.com.br/noticias/compu ... 012-24.shl