O 8º GAv
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O 8º GAv
Escrevo estas linhas no intuito de levar adiante um debate que aqui se tem presenciado um tanto que difusamente, posto que os vetores e suas respectivas problemáticas tem sido feitas em separado.
Assim, com o propósito de abrir esta nova discussão, proponho que a visão que se tenha deste tópico seja não somente a operacional, mas também, e principalmente, a doutrinária e institucional no que compete a construção e desenvolvimento do setor de asas rotativas da força aérea brasileira.
Para começar, o que me mais me chamou a atenção para este debate é menos o fato da presente aquisição/produção dos EC-725 no Brasil, mas a reaparecimento - pouco inédito - do reconhecimento da importância do setor de asas rotativas da FAB frente ao poder politico nacional, que por sua vez, encontra seu respaldo em duas atribuições, embora não militares, mas de cunho elementar no patrocínio da maioria das missões desenvolvidas pelo 8o GAv desde sua criação: as missões ACISO e MMI. Ressalto principalmente a capacitação da FAB nesta última por força das grandes oscilações climáticas pelas quais nosso país tem passado e em função disso, também de triste memória para todos nós, em tempos recentes.
Acontece que o 8o Gav, embora criado guerreiro, tem desenvolvido cada vez mais, e com maior frequência nos últimos tempos a sua veia "mão amiga", para citar um neologismo verde oliva, sem contudo não empregando para isso recursos mais adequados à plena realização de suas missões.
Ora, sabemos que os helos nas forças aéreas cabem uma multiplicidade de missões que hoje perpassam desde o simples treinamento básico de pilotos até as mais difíceis de Combat-Sar, ataque e escolta. Neste sentido os esquadrões do 8o Gav desde sua criação tem de havido há mais de 40 anos com os veneráveis UH-1H "Sapão" que desenvolvem as múltiplas missões que lhe são destinadas. O tempo no entanto cobrou o seu preço e aquelas máquinas, embora robustas e de simples operação não mais eram condizentes com o nível de envolvimento dos esquadrões de helo fabianos nos cada vez mais solicitados pedidos de ajuda para emprego nas assim chamadas missões secundárias, a bem do poder público civil, que não raras vezes, pouco afeto a seu próprio preparo para o desempenho de suas responsabilidades legais e institucionais, nunca realizara os investimentos necessários para dispor de sua frota de helos.
Assim, olhando a última década, a FAB vislumbrou casar a solução de dois importantes problemas para a sua aviação de asas rotativas que eram, uma, a substituição dos vestutos UH-1H, que já não podiam mais continuar atendendo a contento o números de missões e cujo custo da logística de manutenção estava cada vez mais complicado, e dois, adquirir um modelo que dispusesse de uma considerável relação custo x benefício podendo ao mesmo tempo manter o braço militar da FAB na área e ao mesmo tempo ter capacidade de atender satisfatoriamente às crescentes missões secundárias exigidas à frota, sendo preferencialmente simples ou quase tão simples de manter e operar quanto os "sapões".
A escolha recaiu então sobre o sucessor natural dos UH nos USA, ou seja, o UH-60 BlackHawk. Envidando os esforços necessários a conseguir os recursos necessários a sua aquisição, o cmdo d FAB vislumbrou no inicio dos anos 2000 a aquisição via FMS de 6 células, mais opções, daquela aeronave, inicialmente para equipar o 7o/8o Gav na BAMN. Já no inicio da segunda década a FAB começou a receber um novo lote de Blackhawk's, estes para equipar o 5o/8o Gav de BASM, com 6 unidades.
Adicionalmente foram/estão sendo recebidas mais 4 aeronaves, o que perfaz um total de 16 helos do modelo na estrutura da FAB.
Junto a estas aquisições deu-se também, é bom lembrar, alhures a vontade da força, a aquisição dos EC-725 Caracal, em uma típica jogada política dos governantes brasileiros que, olhando mais seus interesses do que as necessidades da FAB, contrataram a aquisição e produção sob licença da Eurocopter/Helibrás de 50 undes daquela máquina. Ainda que fora do escopo da lista de desejos fabianos, aqueles helos terminaram por tornar-se mais que bem vindos, haja vista necessária substituição dos também já vestutos UH-34 Super Puma do 3o/8o na BASC e também dos próprios UH-1H do 1o/8o de Belém.
Conforme visto, a modernização da força de helos da FAB acontece não somente em função das necessidades militares, mas principalmente, creio, pela visão destas mesmas máquinas em não poucas reportagens com amplo destaque em tv's, jornais e outras mídias ao longo da última década, exercitando suas capacidades de atuar onde outros tipos de aeronaves não podem, especialmente nas catástrofes climáticas que nos tem assolado constantemente, o que de fato, possivelmente atiçou a atenção, e quiça, talvez o interesse político pelo financiamento das mesmas junto a FAB, com vistas aos óbvios dividendos políticos ganhos junto à populações frequente e costumeiramente atendidas pela FAB.
Mas devemos pensar também no seguinte: nem só de Aciso e MMi vive ou deveria viver o 8o Gav. Sua veia militar também precisa ser nutrida. Desta forma, é bom que se tenha a exata dimensão não só da importância do helos na composição da ordem de batalha da FAB, mas também e principalmente, da composição mais adequada das equipagens e dos recursos materiais com que possam desenvolver a satisfatoriamente sua missão primária que é combater.
abs.
Assim, com o propósito de abrir esta nova discussão, proponho que a visão que se tenha deste tópico seja não somente a operacional, mas também, e principalmente, a doutrinária e institucional no que compete a construção e desenvolvimento do setor de asas rotativas da força aérea brasileira.
Para começar, o que me mais me chamou a atenção para este debate é menos o fato da presente aquisição/produção dos EC-725 no Brasil, mas a reaparecimento - pouco inédito - do reconhecimento da importância do setor de asas rotativas da FAB frente ao poder politico nacional, que por sua vez, encontra seu respaldo em duas atribuições, embora não militares, mas de cunho elementar no patrocínio da maioria das missões desenvolvidas pelo 8o GAv desde sua criação: as missões ACISO e MMI. Ressalto principalmente a capacitação da FAB nesta última por força das grandes oscilações climáticas pelas quais nosso país tem passado e em função disso, também de triste memória para todos nós, em tempos recentes.
Acontece que o 8o Gav, embora criado guerreiro, tem desenvolvido cada vez mais, e com maior frequência nos últimos tempos a sua veia "mão amiga", para citar um neologismo verde oliva, sem contudo não empregando para isso recursos mais adequados à plena realização de suas missões.
Ora, sabemos que os helos nas forças aéreas cabem uma multiplicidade de missões que hoje perpassam desde o simples treinamento básico de pilotos até as mais difíceis de Combat-Sar, ataque e escolta. Neste sentido os esquadrões do 8o Gav desde sua criação tem de havido há mais de 40 anos com os veneráveis UH-1H "Sapão" que desenvolvem as múltiplas missões que lhe são destinadas. O tempo no entanto cobrou o seu preço e aquelas máquinas, embora robustas e de simples operação não mais eram condizentes com o nível de envolvimento dos esquadrões de helo fabianos nos cada vez mais solicitados pedidos de ajuda para emprego nas assim chamadas missões secundárias, a bem do poder público civil, que não raras vezes, pouco afeto a seu próprio preparo para o desempenho de suas responsabilidades legais e institucionais, nunca realizara os investimentos necessários para dispor de sua frota de helos.
Assim, olhando a última década, a FAB vislumbrou casar a solução de dois importantes problemas para a sua aviação de asas rotativas que eram, uma, a substituição dos vestutos UH-1H, que já não podiam mais continuar atendendo a contento o números de missões e cujo custo da logística de manutenção estava cada vez mais complicado, e dois, adquirir um modelo que dispusesse de uma considerável relação custo x benefício podendo ao mesmo tempo manter o braço militar da FAB na área e ao mesmo tempo ter capacidade de atender satisfatoriamente às crescentes missões secundárias exigidas à frota, sendo preferencialmente simples ou quase tão simples de manter e operar quanto os "sapões".
A escolha recaiu então sobre o sucessor natural dos UH nos USA, ou seja, o UH-60 BlackHawk. Envidando os esforços necessários a conseguir os recursos necessários a sua aquisição, o cmdo d FAB vislumbrou no inicio dos anos 2000 a aquisição via FMS de 6 células, mais opções, daquela aeronave, inicialmente para equipar o 7o/8o Gav na BAMN. Já no inicio da segunda década a FAB começou a receber um novo lote de Blackhawk's, estes para equipar o 5o/8o Gav de BASM, com 6 unidades.
Adicionalmente foram/estão sendo recebidas mais 4 aeronaves, o que perfaz um total de 16 helos do modelo na estrutura da FAB.
Junto a estas aquisições deu-se também, é bom lembrar, alhures a vontade da força, a aquisição dos EC-725 Caracal, em uma típica jogada política dos governantes brasileiros que, olhando mais seus interesses do que as necessidades da FAB, contrataram a aquisição e produção sob licença da Eurocopter/Helibrás de 50 undes daquela máquina. Ainda que fora do escopo da lista de desejos fabianos, aqueles helos terminaram por tornar-se mais que bem vindos, haja vista necessária substituição dos também já vestutos UH-34 Super Puma do 3o/8o na BASC e também dos próprios UH-1H do 1o/8o de Belém.
Conforme visto, a modernização da força de helos da FAB acontece não somente em função das necessidades militares, mas principalmente, creio, pela visão destas mesmas máquinas em não poucas reportagens com amplo destaque em tv's, jornais e outras mídias ao longo da última década, exercitando suas capacidades de atuar onde outros tipos de aeronaves não podem, especialmente nas catástrofes climáticas que nos tem assolado constantemente, o que de fato, possivelmente atiçou a atenção, e quiça, talvez o interesse político pelo financiamento das mesmas junto a FAB, com vistas aos óbvios dividendos políticos ganhos junto à populações frequente e costumeiramente atendidas pela FAB.
Mas devemos pensar também no seguinte: nem só de Aciso e MMi vive ou deveria viver o 8o Gav. Sua veia militar também precisa ser nutrida. Desta forma, é bom que se tenha a exata dimensão não só da importância do helos na composição da ordem de batalha da FAB, mas também e principalmente, da composição mais adequada das equipagens e dos recursos materiais com que possam desenvolver a satisfatoriamente sua missão primária que é combater.
abs.
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Re: O 8º GAv
Extremamente pertinente tuas considerações FCCarvalho. Mas acredito que este superposição de missões não militares tenha pelo menos uma utilidade. Mais horas de vôo para o pessoal das rotativas.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: O 8º GAv
Combater ou Socorrer, eis a questão.
Interessante notar que as aeronaves da FAB tem sido muito vistas ultimamente no noticiário das TV e de outras mídias eletrônicas e impressas. Interessa também perceber que nestas mesmas aparições normalmente tem sido frequente a visão das mesmas exercendo um tipo de atividade que pouco tem haver com o fim que se espera, ou esperaria pela lógica, de uma força aérea, que seja na mente leiga, o combate. Entrementes, não raras vezes também, a própria mídia tem insistido em dar nomes pouco lisonjeiros ou meritórios às aeronaves da força aérea brasileira, muitas das quais podem ser consideradas verdadeiras veteranas dos ares, contando com não menos de trinta a quarenta anos de serviço na instituição. Isso acontece pari passo a maioria das aeronaves disponíveis à FAB, que como se sabe, tem se esforçado e levado a cabo diversos programas de revitalização e/ou modernização de seus caças e aeronaves de transporte e patrulha a fim de poder manter, ainda que minimante, sua credibilidade enquanto força de dissuasão do país.
Neste contexto de revitalização e modernização se insere uma nova discussão. Como vimos anteriormente, a força de asas rotativas da FAB nesta última década, foi bem aquinhoada não só com o aporte de diversos recursos, como também com dois modelos de aeronaves modernas, em substituição ao já cansados UH-1 “Sapão”. A compra destas novas aeronaves, muito bem vindas por sinal, não é passível de crítica, mas o modelo de aquisição talvez sim. Em que sentido? No sentido de perguntar-nos se eventualmente elas irão operar indistintamente ao longo dos anos até que, em determinado momento, por exaustão operacional e física, serem simplesmente despachadas ao ferro velho e substituídas por outras novas, sem um planejamento e/ou reflexão de longo prazo quanto à doutrina de organização e operacionalidade da própria força de asas rotativas da FAB, assim como aconteceu com os UH-1. Não basta saber, querer ou imaginar qual será o próximo vetor, é necessário antes pensarmos sobre “o que, o onde, o quando e o como” vislumbramos a força de asas rotativas da instituição Força Aérea Brasileira.
Não estamos aqui dizendo que a FAB não o faça, mas a notar como o assunto defesa é tratado no meio civil e a (dês)importância que o assunto assume junto ao público leigo, há de se notar que o emprego das aeronaves de asas rotativas da FAB tem assumido cada vez mais um papel menos guerreiro, e mais “burocrático” das missões ditas complementares que lhes são destinadas, no caso ao 8º Gav, unidade responsável pela gestão e emprego dos helos na FAB.
E podemos mesmo crer, que parece realmente estar havendo o aumento consistente desta tendência no curto/médio prazo, com o poder político vislumbrando favorecer e/ou vincular cada vez mais a alocação de recursos aos fabianos desde que como forma de capacitação e extensão do braço social de programas governamentais de caráter assistencialista, numa clara visão mesquinha e pouco republicana, para citar um termo recorrente nos meios políticos, e sem nenhuma preocupação maior com a qualificação daquela força de helos como meios de combate como deveriam ser vistos a princípio; aliás visão esta pouco afeta aos ditames e interesses do poder civil, e considerada como algo não politicamente correto, não só a vista do poder público como da sociedade civil.
Aparentemente isto cria ou poderá vir a criar uma certa dicotomia entre as prioridade de investimento/organização na força de helos dentro e na FAB, posto que a própria compra dos BlackHawk ter sido fruto do esforço, interesse e planejamento interno da força aérea, enquanto que os Caracal o foram extra instituição, podendo ser portanto, considerado um elemento estranho ao planejamento institucional. Temos assim uma situação deletéria na FAB, onde vemos a forçosa implementação de um vetor não desejado e esperado, fruto da imposição política, e, portanto, gerador e requerente de despesas e investimentos fora do escopo do planejamento organizacional – ainda que bem vindo, ressalte-se – e outro que obedece a critérios técnicos e de estudo gerados pela força aérea, e que vem sendo implementado na estrutura organizacional da mesma a duras penas, onde e como possível, e sem contar com o beneplácito governamental. Um leigo, olhando a TV, poderá pensar então, “a FAB está muito bem, obrigado em termos de sua força de helicóteros.” A priori, em se confirmando a atual gestão de propósitos quanto aos investimentos tanto de parte da FAB quanto do governo federal, a força poderá contar em cinco anos com uma capacidade de helitransporte jamais vista em sua história. Mas isso não quer dizer que necessariamente ela será a melhor e/ou a mais adequada à realidade/necessidades da FAB, visto que, outros setores fabianos, da mesma forma carentes de investimentos importantes, e não menos vultosos, poderão chegar a termo, e daí percebermos que, talvez, mesmo todo esse investimento feito em helos possa ser menos útil à força e mais ao poder público em suas demandas e necessidades.
Até porque podemos pensar que o investimento realizado na Helibrás por meio do EC-725, trata-se de um elemento pontual e factual, e dependente menos das encomendas do governo no campo militar e mais da capacidade de absorção do mercado civil interno – ora aquecido – para subexistir, e que ainda por um bom tempo, poderá dar cabo da manutenção daquela linha de produção. Mas, e quando o mercado interno civil não for o suficiente? Será o mercado militar interno capaz de absorver a condição de mantenedor do investimento público feito naquela empresa, haja vista a já reconhecida indisposição política do (qualquer) governo de gastar, diria investir, na produção e manutenção dos meios/recursos das ffaa’s, afora a ausência de um planejamento de longo prazo pelo Estado brasileiro em matéria de expansão, qualificação e manutenção da própria frota adquirida?
Se a FAB pensou e organizou de forma criteriosa a aquisição dos Blackhawk, o mesmo parece não acontecer com os EC-725, que foram, em larga medida pensados mais quantitativamente do que qualitativamente. Podemos mesmo crer até, terem sido pensados mais vislumbrando os louros que possam ser auferidos no futuro com as belas e emocionantes imagens de resgates e transporte de civis nas tv’s e mídias eletrônicas em favor da propaganda do poder político da hora.
Há de se pensar, contudo, como podemos entender melhor qual será e deverá ser o papel da força de asas rotativas da FAB para os próximos anos, já que o governo parece pensar numa direção e a força aérea noutra, e visto que também, que do ponto de vista dos investimentos, não há a percepção do poder político da necessidade de investimento contínuo e razoável na mesma, ao tempo em que sua manutenção e expansão são tão necessárias quanto sua capacitação para o combate, que depende imensamente do poder de manutenção e investimento que a FAB possa incorrer na mesma continuamente. Algo que se sabe, a força não pode contar, a depender do interesse e consciência do poder civil. Assim a relação entre o poder de combate e a capacidade de missão SAR/MMI, deverá ser entendida e produzida como um modelo exponencial de uma com a outra. Não podemos entender uma moderna força de helicópteros na força aérea brasileira com menos capacidade combativa e maior competência em missões de resgate/MMI, assim como o inverso também é verdade, à pena de sermos lembrados por uma dessas casualidades da história, de forma nada sutil, do ditado romano que nos inquire: “quanto mais você soa na paz, menos você sangra na guerra”.
Abs.
Interessante notar que as aeronaves da FAB tem sido muito vistas ultimamente no noticiário das TV e de outras mídias eletrônicas e impressas. Interessa também perceber que nestas mesmas aparições normalmente tem sido frequente a visão das mesmas exercendo um tipo de atividade que pouco tem haver com o fim que se espera, ou esperaria pela lógica, de uma força aérea, que seja na mente leiga, o combate. Entrementes, não raras vezes também, a própria mídia tem insistido em dar nomes pouco lisonjeiros ou meritórios às aeronaves da força aérea brasileira, muitas das quais podem ser consideradas verdadeiras veteranas dos ares, contando com não menos de trinta a quarenta anos de serviço na instituição. Isso acontece pari passo a maioria das aeronaves disponíveis à FAB, que como se sabe, tem se esforçado e levado a cabo diversos programas de revitalização e/ou modernização de seus caças e aeronaves de transporte e patrulha a fim de poder manter, ainda que minimante, sua credibilidade enquanto força de dissuasão do país.
Neste contexto de revitalização e modernização se insere uma nova discussão. Como vimos anteriormente, a força de asas rotativas da FAB nesta última década, foi bem aquinhoada não só com o aporte de diversos recursos, como também com dois modelos de aeronaves modernas, em substituição ao já cansados UH-1 “Sapão”. A compra destas novas aeronaves, muito bem vindas por sinal, não é passível de crítica, mas o modelo de aquisição talvez sim. Em que sentido? No sentido de perguntar-nos se eventualmente elas irão operar indistintamente ao longo dos anos até que, em determinado momento, por exaustão operacional e física, serem simplesmente despachadas ao ferro velho e substituídas por outras novas, sem um planejamento e/ou reflexão de longo prazo quanto à doutrina de organização e operacionalidade da própria força de asas rotativas da FAB, assim como aconteceu com os UH-1. Não basta saber, querer ou imaginar qual será o próximo vetor, é necessário antes pensarmos sobre “o que, o onde, o quando e o como” vislumbramos a força de asas rotativas da instituição Força Aérea Brasileira.
Não estamos aqui dizendo que a FAB não o faça, mas a notar como o assunto defesa é tratado no meio civil e a (dês)importância que o assunto assume junto ao público leigo, há de se notar que o emprego das aeronaves de asas rotativas da FAB tem assumido cada vez mais um papel menos guerreiro, e mais “burocrático” das missões ditas complementares que lhes são destinadas, no caso ao 8º Gav, unidade responsável pela gestão e emprego dos helos na FAB.
E podemos mesmo crer, que parece realmente estar havendo o aumento consistente desta tendência no curto/médio prazo, com o poder político vislumbrando favorecer e/ou vincular cada vez mais a alocação de recursos aos fabianos desde que como forma de capacitação e extensão do braço social de programas governamentais de caráter assistencialista, numa clara visão mesquinha e pouco republicana, para citar um termo recorrente nos meios políticos, e sem nenhuma preocupação maior com a qualificação daquela força de helos como meios de combate como deveriam ser vistos a princípio; aliás visão esta pouco afeta aos ditames e interesses do poder civil, e considerada como algo não politicamente correto, não só a vista do poder público como da sociedade civil.
Aparentemente isto cria ou poderá vir a criar uma certa dicotomia entre as prioridade de investimento/organização na força de helos dentro e na FAB, posto que a própria compra dos BlackHawk ter sido fruto do esforço, interesse e planejamento interno da força aérea, enquanto que os Caracal o foram extra instituição, podendo ser portanto, considerado um elemento estranho ao planejamento institucional. Temos assim uma situação deletéria na FAB, onde vemos a forçosa implementação de um vetor não desejado e esperado, fruto da imposição política, e, portanto, gerador e requerente de despesas e investimentos fora do escopo do planejamento organizacional – ainda que bem vindo, ressalte-se – e outro que obedece a critérios técnicos e de estudo gerados pela força aérea, e que vem sendo implementado na estrutura organizacional da mesma a duras penas, onde e como possível, e sem contar com o beneplácito governamental. Um leigo, olhando a TV, poderá pensar então, “a FAB está muito bem, obrigado em termos de sua força de helicóteros.” A priori, em se confirmando a atual gestão de propósitos quanto aos investimentos tanto de parte da FAB quanto do governo federal, a força poderá contar em cinco anos com uma capacidade de helitransporte jamais vista em sua história. Mas isso não quer dizer que necessariamente ela será a melhor e/ou a mais adequada à realidade/necessidades da FAB, visto que, outros setores fabianos, da mesma forma carentes de investimentos importantes, e não menos vultosos, poderão chegar a termo, e daí percebermos que, talvez, mesmo todo esse investimento feito em helos possa ser menos útil à força e mais ao poder público em suas demandas e necessidades.
Até porque podemos pensar que o investimento realizado na Helibrás por meio do EC-725, trata-se de um elemento pontual e factual, e dependente menos das encomendas do governo no campo militar e mais da capacidade de absorção do mercado civil interno – ora aquecido – para subexistir, e que ainda por um bom tempo, poderá dar cabo da manutenção daquela linha de produção. Mas, e quando o mercado interno civil não for o suficiente? Será o mercado militar interno capaz de absorver a condição de mantenedor do investimento público feito naquela empresa, haja vista a já reconhecida indisposição política do (qualquer) governo de gastar, diria investir, na produção e manutenção dos meios/recursos das ffaa’s, afora a ausência de um planejamento de longo prazo pelo Estado brasileiro em matéria de expansão, qualificação e manutenção da própria frota adquirida?
Se a FAB pensou e organizou de forma criteriosa a aquisição dos Blackhawk, o mesmo parece não acontecer com os EC-725, que foram, em larga medida pensados mais quantitativamente do que qualitativamente. Podemos mesmo crer até, terem sido pensados mais vislumbrando os louros que possam ser auferidos no futuro com as belas e emocionantes imagens de resgates e transporte de civis nas tv’s e mídias eletrônicas em favor da propaganda do poder político da hora.
Há de se pensar, contudo, como podemos entender melhor qual será e deverá ser o papel da força de asas rotativas da FAB para os próximos anos, já que o governo parece pensar numa direção e a força aérea noutra, e visto que também, que do ponto de vista dos investimentos, não há a percepção do poder político da necessidade de investimento contínuo e razoável na mesma, ao tempo em que sua manutenção e expansão são tão necessárias quanto sua capacitação para o combate, que depende imensamente do poder de manutenção e investimento que a FAB possa incorrer na mesma continuamente. Algo que se sabe, a força não pode contar, a depender do interesse e consciência do poder civil. Assim a relação entre o poder de combate e a capacidade de missão SAR/MMI, deverá ser entendida e produzida como um modelo exponencial de uma com a outra. Não podemos entender uma moderna força de helicópteros na força aérea brasileira com menos capacidade combativa e maior competência em missões de resgate/MMI, assim como o inverso também é verdade, à pena de sermos lembrados por uma dessas casualidades da história, de forma nada sutil, do ditado romano que nos inquire: “quanto mais você soa na paz, menos você sangra na guerra”.
Abs.
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Re: O 8º GAv
FCarvalho,
Vou perdir sua licença e retirar extrato de dois post que achei oportuno comentar.
Gerson
Vou perdir sua licença e retirar extrato de dois post que achei oportuno comentar.
Carvalho...não sei da onde você tirou isso....a FAB fez uma concorrência para heli de ataque e TRANSPORTE....o EC-725 era um dos concorrentes pre-selecionados....você pode questionar a forma com terminou a concorrência...mas não sua necessidade...dito isto, então..... por que a FAB abriu a concorrencia para heli de transporte tendo como projeto futuro a aquisição do BH?FCarvalho/Dom Mai 20, 2012 10:37 p escreveu:".....
Junto a estas aquisições deu-se também, é bom lembrar, alhures a vontade da força, a aquisição dos EC-725 Caracal, em uma típica jogada política dos governantes brasileiros que, olhando mais seus interesses do que as necessidades da FAB, contrataram a aquisição e produção sob licença da Eurocopter/Helibrás de 50 undes daquela máquina. Ainda que fora do escopo da lista de desejos fabianos, aqueles helos terminaram por tornar-se mais que bem vindos, haja vista necessária substituição dos também já vestutos UH-34 Super Puma do 3o/8o na BASC e também dos próprios UH-1H do 1o/8o de Belém.
...."
Acredito que é preciso prudência antes de sair fazendo afirmações sobre assuntos que não dispomos de todas as informações...pergunto: com que base você afirma isso?FCarvalho/Sáb Jun 30, 2012 12:32 pm escreveu: "...
Se a FAB pensou e organizou de forma criteriosa a aquisição dos Blackhawk, o mesmo parece não acontecer com os EC-725, que foram, em larga medida pensados mais quantitativamente do que qualitativamente. Podemos mesmo crer até, terem sido pensados mais vislumbrando os louros que possam ser auferidos no futuro com as belas e emocionantes imagens de resgates e transporte de civis nas tv’s e mídias eletrônicas em favor da propaganda do poder político da hora.
..."
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Re: O 8º GAv
Se os EC foram ou não do planejamento da FAB, não sei, mas sei que qualquer instituição que não possa mudar seu planejamento em face a mudanças no mínimo é incompetente e condenada ao fracasso, o que tenho certeza que FAB não é, pois qualquer instituição preparada para a guerra deve saber que os planos sempre se dissipam ao primeiro tiro. No mais, os EC tem competências diferentes do BH e acabam se complementando e não sendo concorrentes ou excludentes.
...
- FCarvalho
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Re: O 8º GAv
Espero ter esclarecido. Este tópico tem como objetivo principal a discussão do presente e do futuro organizacional, operacional e institucional do 8o Gav. Espero sinceramente manter-nos o foco nesta discussão, que passa menos pela discussão dos vetores em si, e mais na questão do que no pretendemos fazer com a força de asas rotativas da FAB.Gerson Victorio escreveu:FCarvalho,
Vou perdir sua licença e retirar extrato de dois post que achei oportuno comentar.Carvalho...não sei da onde você tirou isso....a FAB fez uma concorrência para heli de ataque e TRANSPORTE....o EC-725 era um dos concorrentes pre-selecionados....você pode questionar a forma com terminou a concorrência...mas não sua necessidade...dito isto, então..... por que a FAB abriu a concorrencia para heli de transporte tendo como projeto futuro a aquisição do BH?FCarvalho/Dom Mai 20, 2012 10:37 p escreveu:".....
Junto a estas aquisições deu-se também, é bom lembrar, alhures a vontade da força, a aquisição dos EC-725 Caracal, em uma típica jogada política dos governantes brasileiros que, olhando mais seus interesses do que as necessidades da FAB, contrataram a aquisição e produção sob licença da Eurocopter/Helibrás de 50 undes daquela máquina. Ainda que fora do escopo da lista de desejos fabianos, aqueles helos terminaram por tornar-se mais que bem vindos, haja vista necessária substituição dos também já vestutos UH-34 Super Puma do 3o/8o na BASC e também dos próprios UH-1H do 1o/8o de Belém.
...."
bom dia Gerson, desculpe a demora em responder. Quanto a esta questão, esclareço que a FAB fez sim um processo licitatório quanto a compra de helos a fim de substituir os UH-1H, e também de sua necessidade posta a iminente retirada daqueles helos, e disto todos somos conhecedores. Mas é importante também frisar que, na opinião da própria força aérea, o substituto natural para os vestutos "sapões" era/seria o BlacHawk. isto sempre esteve claro na mente da FAB. A concorrência, além de seguir o protocolo legal e burocrático da adm. pública, teve também a intenção de tentar arrancar a melhor proposta financeira possível para a aquisição daquelas aeronaves, contanto com financiamento externo, sem comprometer seu parco orçamento com aquisições pontuais/ocasionais. Esperava-se, e posso até dizer, opinião pessoal, que era mais do que desejável, dentro da FAB, a vitória e consequente escolha dos Blackhaws na cita licitação. Mas como já afirmei no texto acima, a partir do momento em que a licitação caiu na seara dos politicos, o que era pra ser uma "simples" compra para a instituição, de um vetor desejado, acabou por tonar-se uma solução a contra-gosto para a mesma. E veja, não estou aqui questionando as qualidades do EC-725, mas tão somente colocando que o mesmo não era e nunca foi o objeto de desejo, e nem do planejamento institucional, da FAB para a substituição do "Sapão", tendo sido inserido na força alhures a seu desejo/planejamento. Fato é que a própria FAB continuou, desta feita sem licitações, por meio de orçamento próprio, adquirindo os Blackhaws mesmo com a compra dos EC-725, a fim de mobiliar seus esquadrões do 8o Gav. Bom mas esta é uma discussão para outros tópicos.
Acredito que é preciso prudência antes de sair fazendo afirmações sobre assuntos que não dispomos de todas as informações...pergunto: com que base você afirma isso?FCarvalho/Sáb Jun 30, 2012 12:32 pm escreveu: "...
Se a FAB pensou e organizou de forma criteriosa a aquisição dos Blackhawk, o mesmo parece não acontecer com os EC-725, que foram, em larga medida pensados mais quantitativamente do que qualitativamente. Podemos mesmo crer até, terem sido pensados mais vislumbrando os louros que possam ser auferidos no futuro com as belas e emocionantes imagens de resgates e transporte de civis nas tv’s e mídias eletrônicas em favor da propaganda do poder político da hora.
..."
Gerson, apenas expus uma opinião pessoal, visto que a licitação da FAB, como disse, estava no escopo do panejamento institucional que assim visava/esperava adquirir os tão desejados Blackhaws, ainda que esta condição obviamente não viesse a público. No entanto como infelizmente a coisa toda caiu nas mãos dos politicos, uma simples licitação acabou por torna-se um projeto muito maior do que a força áerea desejava, extrapolando suas competências, seu campo de atuação e mesmo seu planejamento inicial. Como o governo, e os políticos, não pudessem se contentar com uma simples compra, a oportunidade tanto de industriais(Helibrás/Eurocopter) e políticos fizeram a hora. Mas isto também é assunto para outros tópicos.
Gerson
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Re: O 8º GAv
Prezados
Saiu uma nota na última edição da revista FA que a FAB irá receber até o final do ano mais 3 BlackHawk (8917, 8918 e 8919).
Se não me falha a memória o Sapão havia comentado que a intenção é ter um total de 21 células, parece que as coisas caminham neste sentido, pois com estas 3 células vamos para um total de 19.
Não comprei esta edição, se algum nobre forista comprou e puder compartilhar conosco esta notícia, agradeço!
Saiu uma nota na última edição da revista FA que a FAB irá receber até o final do ano mais 3 BlackHawk (8917, 8918 e 8919).
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att, binfa
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Re: O 8º GAv
Caro Binfa, segundo a ultima edição da revista FA foram recebidos os três exemplares (8913,8914,8915), sendo o 8913 o ultimo a chegar em sua unidade Esquadrão Pantera dia 29 de abril, e estando previstas mais três como você disse até o final do ano, mais com matriculas de 8916 a 8918. Só pra constar o 7º/8ºGAV opera com oito aeronaves e o 5º/8º com sete atualmente.
Espero ter ajudado, abraços.
Centauro.
Espero ter ajudado, abraços.
Centauro.
“Quero a ordem e a liberdade, mas quando esta perigar, minha espada estará pronta para defendê-la. As dificuldades não me quebrantam o ânimo” Marechal Manoel Luis Osorio
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Re: O 8º GAv
Primeramente obrigado Centauro por compartilhar a informação.Centauro escreveu:Caro Binfa, segundo a ultima edição da revista FA foram recebidos os três exemplares (8913,8914,8915), sendo o 8913 o ultimo a chegar em sua unidade Esquadrão Pantera dia 29 de abril, e estando previstas mais três como você disse até o final do ano, mais com matriculas de 8916 a 8918. Só pra constar o 7º/8ºGAV opera com oito aeronaves e o 5º/8º com sete atualmente.
Espero ter ajudado, abraços.
Centauro.
Prezados segue informação mais apurada a respeito da entrega dos BlackHawk....
Desculpe pelo mal entendido.
att, binfa
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Re: O 8º GAv
Centauro
Olha o FAB 8916, ele foi fotografado em 16/06/2012 na RAAR (Campo Grande), será que estão antecipando as entregas!
credito: Fabricio Lucio
Olha o FAB 8916, ele foi fotografado em 16/06/2012 na RAAR (Campo Grande), será que estão antecipando as entregas!
credito: Fabricio Lucio
att, binfa
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Re: O 8º GAv
[jack estripador=mode on]...retalhando...
Carvalho,
se me permite, arriscaria dizer que está havendo algumas inconsistências em sua análise, a FAB fez aquisição do BH para o Harpia(7º/8º GAv) em 2005 com as primeiras entregas ocorrendo em 2006, ou seja, muito antes da abertura do projeto HB-X ocorrida em 2007, por que Ela faria concorrência para adquirir mais BH? vantagens em nova negociação? e se não desse o BH como melhor oferta? e se o BH não fosse o vencedor? aliais o BH chegou a participar?
se puderes fazer uma pesquisa sobre a concorrência do projeto HB-X, e ver seu histórico factual, observará que o BH nem chegou a participar da concorrência, essa questão de preferência é um tanto complicada, todos temos uma, sem dúvida seria prazeroso podermos usar e operar só maquinas preferidas em nossas vidas, o mundo seria muito mais legal!!!, mas...vejamos: um funcionário(privado) ou servidor publico, nas atribuições de sua função como operador de determinada engenhoca, pode decidir qual tipo, modelo, fabricante ele quer operar baseado na sua preferência?...imagina o seguinte.... um piloto da FAB chega para seu superior e diz:" Senhor, eu prefiro cumprir minha missão com helicoptero tal, aquele outro eu não gosto, o que o senhor acha? imagina se fosse possível a todo mundo nessa condição, optar por operar engenhocas baseados em suas preferência? onde o mundo iria parar!!!
Essa coisa de que a FAB prefere isso ou aquilo, acredito eu, só existe nos Fóruns e Blog da vida, se Ela fizer uma aquisição baseado somente em preferência, a meu ver, estaria incorrendo em improbidade administrativa, na administração publica não existe(não deveria exister!!) pessoalidade, pelo menos, na condição de princípio constitucional, existem(ou deveriam existir!!) condições outras, necessárias, para se concluir por determinado vetor que superam em muito a questão de "preferência", uma necessidade não se resume à apenas uma "preferência"!!!
acredite, eu fui um dos críticos na época a essa intervenção, não diria que serviu de exemplo pela forma como se desenrolou, mas vendo outros exemplos mundo afora, como o final KC-X e o LAS nos EUA, eu diria que não há nobreza em política nesse mundo, acho que ficamos na média.....Hoje eu, apesar dos contratempos, vejo que foi uma decisão acertada, pelos desdobramentos que tem ocorrido, eu, pelo que conversei com o operador do EC-725(Falcão), a resposta da aeronave está sendo excelente, é uma aeronave muito boa!!! existe expectavia nos futuros esquadrões operadores!!!
Grande abraço!!
Gerson
FCarvalho escreveu:
bom dia Gerson, desculpe a demora em responder. Quanto a esta questão, esclareço que a FAB fez sim um processo licitatório quanto a compra de helos a fim de substituir os UH-1H, e também de sua necessidade posta a iminente retirada daqueles helos, e disto todos somos conhecedores. Mas é importante também frisar que, na opinião da própria força aérea, o substituto natural para os vestutos "sapões" era/seria o BlacHawk. isto sempre esteve claro na mente da FAB. A concorrência, além de seguir o protocolo legal e burocrático da adm. pública, teve também a intenção de tentar arrancar a melhor proposta financeira possível para a aquisição daquelas aeronaves, contanto com financiamento externo, sem comprometer seu parco orçamento com aquisições pontuais/ocasionais. Esperava-se, e posso até dizer, opinião pessoal, que era mais do que desejável, dentro da FAB, a vitória e consequente escolha dos Blackhaws na cita licitação....
Carvalho,
se me permite, arriscaria dizer que está havendo algumas inconsistências em sua análise, a FAB fez aquisição do BH para o Harpia(7º/8º GAv) em 2005 com as primeiras entregas ocorrendo em 2006, ou seja, muito antes da abertura do projeto HB-X ocorrida em 2007, por que Ela faria concorrência para adquirir mais BH? vantagens em nova negociação? e se não desse o BH como melhor oferta? e se o BH não fosse o vencedor? aliais o BH chegou a participar?
Carvalho,FCarvalho escreveu: ...Mas como já afirmei no texto acima, a partir do momento em que a licitação caiu na seara dos politicos, o que era pra ser uma "simples" compra para a instituição, de um vetor desejado, acabou por tonar-se uma solução a contra-gosto para a mesma. E veja, não estou aqui questionando as qualidades do EC-725, mas tão somente colocando que o mesmo não era e nunca foi o objeto de desejo, e nem do planejamento institucional, da FAB para a substituição do "Sapão", tendo sido inserido na força alhures a seu desejo/planejamento. Fato é que a própria FAB continuou, desta feita sem licitações, por meio de orçamento próprio, adquirindo os Blackhaws mesmo com a compra dos EC-725, a fim de mobiliar seus esquadrões do 8o Gav. Bom mas esta é uma discussão para outros tópicos.
se puderes fazer uma pesquisa sobre a concorrência do projeto HB-X, e ver seu histórico factual, observará que o BH nem chegou a participar da concorrência, essa questão de preferência é um tanto complicada, todos temos uma, sem dúvida seria prazeroso podermos usar e operar só maquinas preferidas em nossas vidas, o mundo seria muito mais legal!!!, mas...vejamos: um funcionário(privado) ou servidor publico, nas atribuições de sua função como operador de determinada engenhoca, pode decidir qual tipo, modelo, fabricante ele quer operar baseado na sua preferência?...imagina o seguinte.... um piloto da FAB chega para seu superior e diz:" Senhor, eu prefiro cumprir minha missão com helicoptero tal, aquele outro eu não gosto, o que o senhor acha? imagina se fosse possível a todo mundo nessa condição, optar por operar engenhocas baseados em suas preferência? onde o mundo iria parar!!!
Essa coisa de que a FAB prefere isso ou aquilo, acredito eu, só existe nos Fóruns e Blog da vida, se Ela fizer uma aquisição baseado somente em preferência, a meu ver, estaria incorrendo em improbidade administrativa, na administração publica não existe(não deveria exister!!) pessoalidade, pelo menos, na condição de princípio constitucional, existem(ou deveriam existir!!) condições outras, necessárias, para se concluir por determinado vetor que superam em muito a questão de "preferência", uma necessidade não se resume à apenas uma "preferência"!!!
Carvalho,FCarvalho escreveu:
Gerson, apenas expus uma opinião pessoal, visto que a licitação da FAB, como disse, estava no escopo do panejamento institucional que assim visava/esperava adquirir os tão desejados Blackhaws, ainda que esta condição obviamente não viesse a público. No entanto como infelizmente a coisa toda caiu nas mãos dos politicos, uma simples licitação acabou por torna-se um projeto muito maior do que a força áerea desejava, extrapolando suas competências, seu campo de atuação e mesmo seu planejamento inicial. Como o governo, e os políticos, não pudessem se contentar com uma simples compra, a oportunidade tanto de industriais(Helibrás/Eurocopter) e políticos fizeram a hora. Mas isto também é assunto para outros tópicos.
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acredite, eu fui um dos críticos na época a essa intervenção, não diria que serviu de exemplo pela forma como se desenrolou, mas vendo outros exemplos mundo afora, como o final KC-X e o LAS nos EUA, eu diria que não há nobreza em política nesse mundo, acho que ficamos na média.....Hoje eu, apesar dos contratempos, vejo que foi uma decisão acertada, pelos desdobramentos que tem ocorrido, eu, pelo que conversei com o operador do EC-725(Falcão), a resposta da aeronave está sendo excelente, é uma aeronave muito boa!!! existe expectavia nos futuros esquadrões operadores!!!
Só lembrando que quem tocou no assunto dos vetores e o evidenciou foi voce em sua exposição inicial...FCarvalho escreveu:Espero ter esclarecido. Este tópico tem como objetivo principal a discussão do presente e do futuro organizacional, operacional e institucional do 8o Gav. Espero sinceramente manter-nos o foco nesta discussão, que passa menos pela discussão dos vetores em si, e mais na questão do que no pretendemos fazer com a força de asas rotativas da FAB.
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Re: O 8º GAv
Oi GersonGerson Victorio escreveu: acredite, eu fui um dos críticos na época a essa intervenção, não diria que serviu de exemplo pela forma como se desenrolou, mas vendo outros exemplos mundo afora, como o final KC-X e o LAS nos EUA, eu diria que não há nobreza em política nesse mundo, acho que ficamos na média.....Hoje eu, apesar dos contratempos, vejo que foi uma decisão acertada, pelos desdobramentos que tem ocorrido, eu, pelo que conversei com o operador do EC-725(Falcão), a resposta da aeronave está sendo excelente, é uma aeronave muito boa!!! existe expectavia nos futuros esquadrões operadores!!!
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O nome do EC-725 pé de boi é Falcão??
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Re: O 8º GAv
Lima,Carlos Lima escreveu:Oi GersonGerson Victorio escreveu: acredite, eu fui um dos críticos na época a essa intervenção, não diria que serviu de exemplo pela forma como se desenrolou, mas vendo outros exemplos mundo afora, como o final KC-X e o LAS nos EUA, eu diria que não há nobreza em política nesse mundo, acho que ficamos na média.....Hoje eu, apesar dos contratempos, vejo que foi uma decisão acertada, pelos desdobramentos que tem ocorrido, eu, pelo que conversei com o operador do EC-725(Falcão), a resposta da aeronave está sendo excelente, é uma aeronave muito boa!!! existe expectavia nos futuros esquadrões operadores!!!
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realmente revendo meu post, a forma como foi escrita a parte do operador: 1º/8º GAv, Esquadrão Falcão, de Belém - PA, embolou tudo....foi mal...
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Re: O 8º GAv
Tá na boa Véio!!!
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Re: O 8º GAv
Binfa, obrigado pela imagem do 8916, e pela data da fotografia posso levantar duas hipóteses, poderia ter ocorrido um pequeno erro de digitação pela edição da revista, ou a que tenho quase certeza é que essa noticia possa ter chegado quando a edição anterior ja estava pronta, não sendo possivel inclui-la na mesma e como as vezes a revista demora quase e as vezes mais que um mês para chegar a minha cidade, a noticia hoje pra mim nova, ja é passado , nada de mais comparado que nem o cara que distribui revista a banca diz não conseguir um unico exemplar da Tecnologia e Defesa, mas como dizemos aqui fais parrrtebinfa escreveu:Centauro
Olha o FAB 8916, ele foi fotografado em 16/06/2012 na RAAR (Campo Grande), será que estão antecipando as entregas!
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