Companhia húngara parou todas as operações Fotografia © Reuters-Bernadett Szabo
A transportadora nacional húngara, Malev, deixou de voar, não suportando os custos de uma dívida de 200 milhões de euros.
A companhia aérea húngara Malev abriu falência, após o governo ter recusado mais ajudas de Estado, perante a negativa de Bruxelas em que prosseguissem os subsídios. As operações da empresa pararam. A Malev existia desde 1946 e, tal como outras transportadoras aéreas nacionais na Europa, debatia-se com um dívida considerada insustentável, de 200 milhões de euros.
O colapso surgiu numa altura em que Budapeste procura negociar um empréstimo do FMI que permita acalmar os mercados. O governo, chefiado por Viktor Orbán, mantém com a Comissão Europeia um diferendo sobre a interpretação de algumas leis e este conflito está a adiar a ajuda externa.
Os governos europeus mais pressionados por dívidas públicas, incluindo Portugal, têm mostrado crescente relutância em subsidiar as suas transportadoras aéreas deficitárias. A Malev sofreu várias tentativas de privatização, incluindo a compra por um investidor russo, mas foi renacionalizada em 2010. O seu negócio foi também afetado pelo aparecimento em Budapeste de duas companhias low cost, Ryanair e Wizz Air.
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