Marinha Russa volta ao Oceano
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Marinha Russa volta ao Oceano
2004-08-24 12:53
COMENTÁRIO - MARINHA DE GUERRA RUSSA VOLTA AO OCEANO
Viktor Litovkin, observador militar da RIA "Novosti"
Nos próximos dias, um grupo de navios russos, compostos pelos navios
de escolta "Neustrachimyi", o grande navio de
desembarque "Kaliningrad" e o petroleiro "Lena", partirão da base
naval em Baltiysk (região de Kaliningrado) para o Mediterrâneo para
as costas de Portugal, Espanha e França, através do Mar do Norte,
Atlântico e Golfo da Biscaya. Dentro de um mês, de Sevastopol, também
para o Mediterrâneo, partirá outro grupo de navios russos com o
cruzador de mísseis "Moskva", o navio-almirante da Esquadra do Mar
Negro, à cabeça. Um pouco mais tarde, dois grandes navios anti-
submarinos da Esquadra do Norte, o "Severomorsk" e o "Admiral
Levchenko", participarão, no norte do Atlântico, nas manobras navais
conjuntas russo-americanas.
Tal "invasão" de navios de guerra russos no Oceano Mundial não foi
observada há mais de dez anos.
A bordo do "Kaliningrad", acompanhado do navio de
escolta "Neustrachimyi", encontra-se uma companhia de fuzileiros
navais (50 pessoas), sete unidades de veículos blindados (BTR-60PB) e
a orquestra militar da Esquadra do Báltico. O navio de escolta, navio
relativamente pequeno descolando 3820 toneladas, leva a bordo
armamentos bastante potentes - dois canhões acoplados de 130 mm (1700
tiros), quatro canhões acoplados de 45 mm de tiro rápido (2000 tiros
para cada canhão), dois lança-torpedos de cinco tubos (50 torpedos),
duas rampas de lançamento de mísseis e bombas de 16 canos (2500
tiros). Depois da escala no porto espanhol de Cartagena e das
manobras conjuntas com a Marinha de Guerra da Espanha, os marinheiros
russos participarão num festival de arte russa em Cannes, na França.
O cruzador "Moskva" leva a bordo 16 mísseis "Bazalt" capazes de
transportar tanto ogivas nucleares, como convencionais com o raio de
ação até 500 km, 64 projetis de artilharia "Fort" guiados à distância
(análogo do sistema terrestre S-300PM), 40 projetis de
artilharia "Ossa" guiados à distância, um canhão de 130 mm, 6 peças
de artilharia de tiro rápido de 30 mm de seis canos (AK-630) e duas
rampas de lançamento de mísseis e bombas de doze canos. Depois das
manobras navais russo-italianas, o "Moskva", em conjunto com as suas
embarcações de acompanhamento e navios da OTAN, participarão no
patrulhamento no Mediterrâneo. A sua tripulação inspecionará
cargueiros que podem transportar para a Europa terroristas e armas de
destruição em massa, sistemas portáteis de defesa antiaérea.
Altas patentes e peritos militares russos denominam estes longos
percursos de navios das Esquadras do Mar Negro e do Norte como
o "regresso da Rússia ao Oceano Mundial". Nestas palavras, sem
dúvida, há um exagero (as manobras continuarão apenas algumas
semanas), mas no fundo elas são justas: a marinha de guerra do país
banhado por dois oceanos e onze mares começa de fato a recuperar-se.
Embora depois da catástrofe trágica do submarino atômico
multifuncional "Kursk", em resultado da qual foram mortos 118
marinheiros, parecesse que a frota nunca se recuperaria.
Sim, a composição da Força Naval da Rússia diminuiu em dezenas de
vezes em comparação com a marinha de guerra da União Soviética. A
URSS tinha 250 submarinos atômicos - mais que no resto do mundo em
conjunto, enquanto hoje na Rússia há apenas 35 submarinos nucleares,
entre eles só 16 com mísseis estratégicos a bordo. Há também um porta-
aviões, o "Almirante da Marinha de Guerra da União Soviética,
Kuznetsov", com 20 caças multifuncionais Su-33 a bordo, 70 cruzadores
de mísseis e bombas, navios anti-submarinos de zonas oceânicas e
marítimas, 40 draga-minas, 35 navios de desembarque e 80 lanchas de
combate de diferentes classes. Ao todo são 297 unidades.
Seria escusado discutir se é pouco ou muito. Tudo depende dos
objetivos para os quais está destinado este agrupamento. Sem dúvida,
este número é insuficiente para dominar no oceano, mas a marinha de
guerra russa não persegue tais objetivos. Mas é bem suficiente para
proteger os seus portos e bases, zonas econômicas em águas adjacentes
e plataformas continentais no alto mar.
Tanto mais que nenhuma frota existe em separado da potência das suas
forças armadas. A marinha de guerra da Rússia faz parte das armas
estratégicas de contenção que, além do naval, têm também os
componentes aéreo e terrestre. A 31 de Dezembro de 2003, só pelo
número de mísseis estratégicos de baseamento terrestre, o "escudo
nuclear" do país integrava um agrupamento de 642 unidades, uma
quantidade bem suficiente para que os navios e as suas tripulações
sejam seguramente protegidas deste lado.
Ao mesmo tempo, a frota russa não tem as mesmas tarefas que há 15
anos. A luta contra a ameaça número um - terrorismo internacional e
propagação de armas de destruição em massa e tecnologias de
construção de mísseis - exige ações conjuntas e coordenadas de todos
os países civilizados, inclusive das suas forças armadas. O principal
para Moscou é que esta cooperação decorra com base nas instituições
jurídicas e leis internacionais, pela decisão e sob a égide da ONU ou
do seu Conselho de Segurança.
A participação de navios russos nas manobras conjuntas com a marinha
de guerra norte-americana, frotas dos países da OTAN, coligação dos
Estados do Mar Negro, Japão, Coreia do Sul e outros países, a
elaboração de regras comuns de comportamento no mar e resgate de
tripulações de submarinos e outros navios de guerra naufragados
inscrevem-se perfeitamente neste formato.
Evidentemente, a Força Naval da Rússia, os dirigentes do país e das
Forças Armadas devem efetuar um grande e sério trabalho, para que,
pelos parâmetros técnicos e tecnológicos, a marinha de guerra do país
corresponda às exigências e tarefas que resolvem as frotas dos países
ocidentais desenvolvidos. É necessário construir novos navios e dotá-
los de novos armamentos e sistemas de asseguramento do combate,
inclusive sistemas de navegação e informação via satélite, meios
contemporâneos de comunicação, reconhecimento e definição de alvos...
A capacidade dos construtores russos de navios de executar estes
trabalhos testemunham três fragatas indianas e dois destróieres
chineses construídos nos últimos anos na Fábrica do Báltico e nos
Estaleiros do Norte em São Petersburgo e a modernização do porta-
aviões "Admiral Gorshkov" que a Rússia vendeu à Índia, levada a cabo
na fábrica "Semashpredpriatie", em Severodvinsk, onde foi construída
a maioria absoluta dos submarinos atómicos russos, inclusive com
mísseis estratégicos a bordo.
Todos os navios de superfície exportados estão munidos de armamentos
russos - mísseis, lança-torpedos, peças de artilharia, sistemas e
meios de direção automática de combate que pela sua eficácia não
cedem aos análogos estrangeiros e até os ultrapassam em algumas
características. Por isso as armas russas gozam de tão grande procura
por parte de dois maiores Estados do mundo - Índia e China, e de
outros países. Contudo, a construção da frota de amanhã é um tema à
parte. No entanto, os habitantes da Europa podem julgar da imagem
atual da marinha de guerra da Rússia pelas visitas de navios russos a
portos de Portugal, Espanha, França, Noruega, Grã-Bretanha e,
possivelmente, Grécia.
COMENTÁRIO - MARINHA DE GUERRA RUSSA VOLTA AO OCEANO
Viktor Litovkin, observador militar da RIA "Novosti"
Nos próximos dias, um grupo de navios russos, compostos pelos navios
de escolta "Neustrachimyi", o grande navio de
desembarque "Kaliningrad" e o petroleiro "Lena", partirão da base
naval em Baltiysk (região de Kaliningrado) para o Mediterrâneo para
as costas de Portugal, Espanha e França, através do Mar do Norte,
Atlântico e Golfo da Biscaya. Dentro de um mês, de Sevastopol, também
para o Mediterrâneo, partirá outro grupo de navios russos com o
cruzador de mísseis "Moskva", o navio-almirante da Esquadra do Mar
Negro, à cabeça. Um pouco mais tarde, dois grandes navios anti-
submarinos da Esquadra do Norte, o "Severomorsk" e o "Admiral
Levchenko", participarão, no norte do Atlântico, nas manobras navais
conjuntas russo-americanas.
Tal "invasão" de navios de guerra russos no Oceano Mundial não foi
observada há mais de dez anos.
A bordo do "Kaliningrad", acompanhado do navio de
escolta "Neustrachimyi", encontra-se uma companhia de fuzileiros
navais (50 pessoas), sete unidades de veículos blindados (BTR-60PB) e
a orquestra militar da Esquadra do Báltico. O navio de escolta, navio
relativamente pequeno descolando 3820 toneladas, leva a bordo
armamentos bastante potentes - dois canhões acoplados de 130 mm (1700
tiros), quatro canhões acoplados de 45 mm de tiro rápido (2000 tiros
para cada canhão), dois lança-torpedos de cinco tubos (50 torpedos),
duas rampas de lançamento de mísseis e bombas de 16 canos (2500
tiros). Depois da escala no porto espanhol de Cartagena e das
manobras conjuntas com a Marinha de Guerra da Espanha, os marinheiros
russos participarão num festival de arte russa em Cannes, na França.
O cruzador "Moskva" leva a bordo 16 mísseis "Bazalt" capazes de
transportar tanto ogivas nucleares, como convencionais com o raio de
ação até 500 km, 64 projetis de artilharia "Fort" guiados à distância
(análogo do sistema terrestre S-300PM), 40 projetis de
artilharia "Ossa" guiados à distância, um canhão de 130 mm, 6 peças
de artilharia de tiro rápido de 30 mm de seis canos (AK-630) e duas
rampas de lançamento de mísseis e bombas de doze canos. Depois das
manobras navais russo-italianas, o "Moskva", em conjunto com as suas
embarcações de acompanhamento e navios da OTAN, participarão no
patrulhamento no Mediterrâneo. A sua tripulação inspecionará
cargueiros que podem transportar para a Europa terroristas e armas de
destruição em massa, sistemas portáteis de defesa antiaérea.
Altas patentes e peritos militares russos denominam estes longos
percursos de navios das Esquadras do Mar Negro e do Norte como
o "regresso da Rússia ao Oceano Mundial". Nestas palavras, sem
dúvida, há um exagero (as manobras continuarão apenas algumas
semanas), mas no fundo elas são justas: a marinha de guerra do país
banhado por dois oceanos e onze mares começa de fato a recuperar-se.
Embora depois da catástrofe trágica do submarino atômico
multifuncional "Kursk", em resultado da qual foram mortos 118
marinheiros, parecesse que a frota nunca se recuperaria.
Sim, a composição da Força Naval da Rússia diminuiu em dezenas de
vezes em comparação com a marinha de guerra da União Soviética. A
URSS tinha 250 submarinos atômicos - mais que no resto do mundo em
conjunto, enquanto hoje na Rússia há apenas 35 submarinos nucleares,
entre eles só 16 com mísseis estratégicos a bordo. Há também um porta-
aviões, o "Almirante da Marinha de Guerra da União Soviética,
Kuznetsov", com 20 caças multifuncionais Su-33 a bordo, 70 cruzadores
de mísseis e bombas, navios anti-submarinos de zonas oceânicas e
marítimas, 40 draga-minas, 35 navios de desembarque e 80 lanchas de
combate de diferentes classes. Ao todo são 297 unidades.
Seria escusado discutir se é pouco ou muito. Tudo depende dos
objetivos para os quais está destinado este agrupamento. Sem dúvida,
este número é insuficiente para dominar no oceano, mas a marinha de
guerra russa não persegue tais objetivos. Mas é bem suficiente para
proteger os seus portos e bases, zonas econômicas em águas adjacentes
e plataformas continentais no alto mar.
Tanto mais que nenhuma frota existe em separado da potência das suas
forças armadas. A marinha de guerra da Rússia faz parte das armas
estratégicas de contenção que, além do naval, têm também os
componentes aéreo e terrestre. A 31 de Dezembro de 2003, só pelo
número de mísseis estratégicos de baseamento terrestre, o "escudo
nuclear" do país integrava um agrupamento de 642 unidades, uma
quantidade bem suficiente para que os navios e as suas tripulações
sejam seguramente protegidas deste lado.
Ao mesmo tempo, a frota russa não tem as mesmas tarefas que há 15
anos. A luta contra a ameaça número um - terrorismo internacional e
propagação de armas de destruição em massa e tecnologias de
construção de mísseis - exige ações conjuntas e coordenadas de todos
os países civilizados, inclusive das suas forças armadas. O principal
para Moscou é que esta cooperação decorra com base nas instituições
jurídicas e leis internacionais, pela decisão e sob a égide da ONU ou
do seu Conselho de Segurança.
A participação de navios russos nas manobras conjuntas com a marinha
de guerra norte-americana, frotas dos países da OTAN, coligação dos
Estados do Mar Negro, Japão, Coreia do Sul e outros países, a
elaboração de regras comuns de comportamento no mar e resgate de
tripulações de submarinos e outros navios de guerra naufragados
inscrevem-se perfeitamente neste formato.
Evidentemente, a Força Naval da Rússia, os dirigentes do país e das
Forças Armadas devem efetuar um grande e sério trabalho, para que,
pelos parâmetros técnicos e tecnológicos, a marinha de guerra do país
corresponda às exigências e tarefas que resolvem as frotas dos países
ocidentais desenvolvidos. É necessário construir novos navios e dotá-
los de novos armamentos e sistemas de asseguramento do combate,
inclusive sistemas de navegação e informação via satélite, meios
contemporâneos de comunicação, reconhecimento e definição de alvos...
A capacidade dos construtores russos de navios de executar estes
trabalhos testemunham três fragatas indianas e dois destróieres
chineses construídos nos últimos anos na Fábrica do Báltico e nos
Estaleiros do Norte em São Petersburgo e a modernização do porta-
aviões "Admiral Gorshkov" que a Rússia vendeu à Índia, levada a cabo
na fábrica "Semashpredpriatie", em Severodvinsk, onde foi construída
a maioria absoluta dos submarinos atómicos russos, inclusive com
mísseis estratégicos a bordo.
Todos os navios de superfície exportados estão munidos de armamentos
russos - mísseis, lança-torpedos, peças de artilharia, sistemas e
meios de direção automática de combate que pela sua eficácia não
cedem aos análogos estrangeiros e até os ultrapassam em algumas
características. Por isso as armas russas gozam de tão grande procura
por parte de dois maiores Estados do mundo - Índia e China, e de
outros países. Contudo, a construção da frota de amanhã é um tema à
parte. No entanto, os habitantes da Europa podem julgar da imagem
atual da marinha de guerra da Rússia pelas visitas de navios russos a
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- Rui Elias Maltez
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Vou postar uma notícia sobre a Marinha Russa que achei interessante.
2 de Dezembro de 2004
Fonte: Strategypage
A Marinha Russa está recebendo mais dinheiro agora do que recebeu nos últimos dez anos o que representa 14% do orçamento de defesa da Rússia. Entretanto, o montante de recursos não é suficiente para construir novos navios e substituir as embarcações do tempo da Guerra Fria que estão caindo aos pedaços. O rápido declínio da força de submarinos nucleares da Rússia só foi notado porque ela precisou de ajuda internacional para desmantelar em segurança mais de uma centena de submarinos nucleares. Os esforços neste sentido já ocorrem a quatro anos. Entretanto não há recursos suficientes para contruir substitutos. De fato, a Rússia possuí somente 10 SSBN (nuclear ballistic missile sub) em serviço, e nem todos possuem toda a carga de mísseis a bordo. Alguns carecem de tripulação ou possuem sistemas chaves que necessitam de reparos. A Rússia possuí 14 modernos submarinos Akula SSNs (nuclear attack subs) em serviço. Estes Akulas começaram a ser construídos no fim da década de 80 e são equivalentes ao submarino da Classe Los Angeles de procedência americana. Todos os SSNs russos fabricados anteriormente são sucatas e a maioria já foi decomissionada. A maioria dos recursos para a construção de novas embarcações foi destinada aos submarinos nucleares. Seis Akulas já foram terminados desde o fim da Guerra Fria em 1991, mas o primeiro submarino da nova geração de SSBNs, a Classe Dolgoruky está sofrendo atrasos devido a problemas técnicos, um míssil balístico que não funciona e falta de recursos. O primeiro Dolgoruky não deverá ficar pronto antes de 2006 e terá um custo unitário de US$ 2 bilhões.
A frota de superfície russa está ainda em piores condições. Muito dinheiro foi gasto para manter 5 cruzadores em serviço. Finalmente o almirantado russo descobriu algo que já havia sido descoberto por todo o almirantado ao redor do mundo, estes navios não valem os recursos dispendidos em sua operação. Entretanto a Rússia só tem dez destroyers em serviço. Dois novos destroyers estão sendo construídos bem devagar. Mais de uma centena de barcos de patrulha e missile boats fazem a maioria da patrulha das águas russas. Mesmo que a Rússia decida ter uma respeitável frota de superfície, ela terá de construir novas embarcações de apoio a fim de possibilitar que as demais embarcações viagem por longas distâncias. A frota de apoio atual está abaixo dos padrões, mesmo para os padrões da Guerra Fria e algumas embarcações são consideradas inseguras para entrarem em alto mar.
O Almirantado Russo cometeu um grande erro no ínicio de 1990, quando deixaram a segunda maior frota do mundo com apenas uma fração de seu orçamento da Guerra Fria. Ao invés de retirar 90% dos navios de operação, o Almirantado tentou manter a maioria das embarcações em operação. Esta decisão consumiu a maioria do orçamento da Marinha Russa e não funcionou. Havia muitos navios, poucos marinheiros e quase nenhum dinheiro para manutenção e treinamento em mar. A poderosa Frota Soviética virou sucata, ou está enferrujando em bases navais semi-abandonadas. A construção de uma nova frota para a Marinha Russa não poderá começar enquanto a maioria dos antigos cuzadores e submarinos SSBN estiver em operação e deve-se começar praticamente do zero. Uma nova ffrota não deverá ser maior do que a frota inglesa, mas é somente isto que a Rússia pode bancar.
2 de Dezembro de 2004
Fonte: Strategypage
A Marinha Russa está recebendo mais dinheiro agora do que recebeu nos últimos dez anos o que representa 14% do orçamento de defesa da Rússia. Entretanto, o montante de recursos não é suficiente para construir novos navios e substituir as embarcações do tempo da Guerra Fria que estão caindo aos pedaços. O rápido declínio da força de submarinos nucleares da Rússia só foi notado porque ela precisou de ajuda internacional para desmantelar em segurança mais de uma centena de submarinos nucleares. Os esforços neste sentido já ocorrem a quatro anos. Entretanto não há recursos suficientes para contruir substitutos. De fato, a Rússia possuí somente 10 SSBN (nuclear ballistic missile sub) em serviço, e nem todos possuem toda a carga de mísseis a bordo. Alguns carecem de tripulação ou possuem sistemas chaves que necessitam de reparos. A Rússia possuí 14 modernos submarinos Akula SSNs (nuclear attack subs) em serviço. Estes Akulas começaram a ser construídos no fim da década de 80 e são equivalentes ao submarino da Classe Los Angeles de procedência americana. Todos os SSNs russos fabricados anteriormente são sucatas e a maioria já foi decomissionada. A maioria dos recursos para a construção de novas embarcações foi destinada aos submarinos nucleares. Seis Akulas já foram terminados desde o fim da Guerra Fria em 1991, mas o primeiro submarino da nova geração de SSBNs, a Classe Dolgoruky está sofrendo atrasos devido a problemas técnicos, um míssil balístico que não funciona e falta de recursos. O primeiro Dolgoruky não deverá ficar pronto antes de 2006 e terá um custo unitário de US$ 2 bilhões.
A frota de superfície russa está ainda em piores condições. Muito dinheiro foi gasto para manter 5 cruzadores em serviço. Finalmente o almirantado russo descobriu algo que já havia sido descoberto por todo o almirantado ao redor do mundo, estes navios não valem os recursos dispendidos em sua operação. Entretanto a Rússia só tem dez destroyers em serviço. Dois novos destroyers estão sendo construídos bem devagar. Mais de uma centena de barcos de patrulha e missile boats fazem a maioria da patrulha das águas russas. Mesmo que a Rússia decida ter uma respeitável frota de superfície, ela terá de construir novas embarcações de apoio a fim de possibilitar que as demais embarcações viagem por longas distâncias. A frota de apoio atual está abaixo dos padrões, mesmo para os padrões da Guerra Fria e algumas embarcações são consideradas inseguras para entrarem em alto mar.
O Almirantado Russo cometeu um grande erro no ínicio de 1990, quando deixaram a segunda maior frota do mundo com apenas uma fração de seu orçamento da Guerra Fria. Ao invés de retirar 90% dos navios de operação, o Almirantado tentou manter a maioria das embarcações em operação. Esta decisão consumiu a maioria do orçamento da Marinha Russa e não funcionou. Havia muitos navios, poucos marinheiros e quase nenhum dinheiro para manutenção e treinamento em mar. A poderosa Frota Soviética virou sucata, ou está enferrujando em bases navais semi-abandonadas. A construção de uma nova frota para a Marinha Russa não poderá começar enquanto a maioria dos antigos cuzadores e submarinos SSBN estiver em operação e deve-se começar praticamente do zero. Uma nova ffrota não deverá ser maior do que a frota inglesa, mas é somente isto que a Rússia pode bancar.
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- Holandes Voador
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E aos poucos o castelo vai desmoronando!
Bem se essas informa;oes que o Jet Crash colocou forem verdadeiras isso demosntra o tanto que incompetencia e falta de dinheiro podem destruir as Fas de um pais. Nao creio que a Russia possa aguentar bem uma guerra (convencional ) com os EUA ou com outro pais forte, a marinha russa com certeza seria motivo pra muitos comandantes russos perderem seus ultimos fios de cabelo ja que possuem ate seu estoque de armamentos limitados.
Bem se essas informa;oes que o Jet Crash colocou forem verdadeiras isso demosntra o tanto que incompetencia e falta de dinheiro podem destruir as Fas de um pais. Nao creio que a Russia possa aguentar bem uma guerra (convencional ) com os EUA ou com outro pais forte, a marinha russa com certeza seria motivo pra muitos comandantes russos perderem seus ultimos fios de cabelo ja que possuem ate seu estoque de armamentos limitados.
- Lauro Melo
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Blz,
Esta parte mostra a importância de um planejamento, deixando de lado as "paixões" e pensamentos que não estão de acordo com a realidade.
Uma frase que sempre digo : Não adianta ter, sem estar operacional.
Um frota menos, seria bem mais eficiente e teria índices maiores de “sobrevivência” em um conflito.
sds,
O Almirantado Russo cometeu um grande erro no ínicio de 1990, quando deixaram a segunda maior frota do mundo com apenas uma fração de seu orçamento da Guerra Fria. Ao invés de retirar 90% dos navios de operação, o Almirantado tentou manter a maioria das embarcações em operação. Esta decisão consumiu a maioria do orçamento da Marinha Russa e não funcionou. Havia muitos navios, poucos marinheiros e quase nenhum dinheiro para manutenção e treinamento em mar. A poderosa Frota Soviética virou sucata, ou está enferrujando em bases navais semi-abandonadas. A construção de uma nova frota para a Marinha Russa não poderá começar enquanto a maioria dos antigos cuzadores e submarinos SSBN estiver em operação e deve-se começar praticamente do zero. Uma nova ffrota não deverá ser maior do que a frota inglesa, mas é somente isto que a Rússia pode bancar.
Blz,
Esta parte mostra a importância de um planejamento, deixando de lado as "paixões" e pensamentos que não estão de acordo com a realidade.
Uma frase que sempre digo : Não adianta ter, sem estar operacional.
Um frota menos, seria bem mais eficiente e teria índices maiores de “sobrevivência” em um conflito.
sds,
"Os guerreiros não caem se ajoelham e levantam ainda mais fortes."
TOG: 22 anos de garra, determinação e respeito.
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- Rui Elias Maltez
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É óbvio que a situação das FA's russas não está brilhante, mas com o crescimento económico, e com o envio de recursos monetários para investimento, a Rússia, com alguma facilidade poderá vira a ter uma frota de superfície, e respectivos apoios logísticos com alguma rapidez (12 anos).
Claro que nunca conseguirá competir com os EUA, mas tem condições para possuir a segunda frota, bem superior à inglesa.
Mas para compensar essas carências, a Rússia deveria investir mais em LHD e PA's e eventualmente acelerar a construção de submarinos de ataque desenvolvidos tecnologicamente.
Olhar para o que a US Navy está a fazer, substituindo os "Los Angeles" por outros mais recentes, e seguir essas pisadas.
Só dessa forma poderá ser uma força de nível planetário novamente.
Quanto aos actuais cruzadores, de facto acho que poderiam ser gradualmente substituídos por outros de concepção mais recente, e com sistemas de armas avançados tecnológicamente, e de preferência, apostar em plataformas mais leves, do tipo destroiyer, com um conceito semelhante ao das Arleigh Burke americanas.
P.S.
Aquela notícia do início do ano sobre uma grave avaria no São Petersburgo não se chegou a confirmar, pois não?
Alguem sabe de algo?
Claro que nunca conseguirá competir com os EUA, mas tem condições para possuir a segunda frota, bem superior à inglesa.
Mas para compensar essas carências, a Rússia deveria investir mais em LHD e PA's e eventualmente acelerar a construção de submarinos de ataque desenvolvidos tecnologicamente.
Olhar para o que a US Navy está a fazer, substituindo os "Los Angeles" por outros mais recentes, e seguir essas pisadas.
Só dessa forma poderá ser uma força de nível planetário novamente.
Quanto aos actuais cruzadores, de facto acho que poderiam ser gradualmente substituídos por outros de concepção mais recente, e com sistemas de armas avançados tecnológicamente, e de preferência, apostar em plataformas mais leves, do tipo destroiyer, com um conceito semelhante ao das Arleigh Burke americanas.
P.S.
Aquela notícia do início do ano sobre uma grave avaria no São Petersburgo não se chegou a confirmar, pois não?
Alguem sabe de algo?
Editado pela última vez por Rui Elias Maltez em Seg Dez 06, 2004 2:53 pm, em um total de 2 vezes.
- FinkenHeinle
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Lauro Melo escreveu:Blz,
Esta parte mostra a importância de um planejamento, deixando de lado as "paixões" e pensamentos que não estão de acordo com a realidade.
Uma frase que sempre digo : Não adianta ter, sem estar operacional.
Um frota menos, seria bem mais eficiente e teria índices maiores de “sobrevivência” em um conflito.
sds,
Olá Lauro,
Não é só questão de planejamento, mas sustentar uma marinha de nível mundial como a Marinha Soviética, com um orçamento de Rússia é simplesmente impossível!
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell