Caramba!! É muita bobagem que ela escreveu nessa carta...
O temor que manifestamos recai sobre dois aspectos:
-o primeiro, o atentado, por parte do mencionado chefe militar, contra o Estatuto dos Militares, norma legal brasileira que ordena os princípios de comportamento desses funcionários do Estado, cuja quebra constitui tanto uma violação à Lei quanto a produção de uma situação de insegurança institucional;
Disso ela até pode não saber, mas já nos foi informado aqui que o Gen. Heleno estava autorizado a falar tudo que falou.
-o segundo, a alarmante declaração implícita, feita por um alto chefe militar, da flagrante incapacidade dos contingentes a ele subordinados em garantir a segurança nacional na área que lhe toca comandar.
De fato, se estivéssemos em um país que se preocupa com suas Forças Armadas e as equipa seria uma "declaração alarmante" mas diante da situação atual ele expôs isso como forma de chamar atenção das autoridades para o problema que não deve ser escondido e sim resolvido.
Ao condenar e desqualificar vigorosamente uma política de Estado lastreada institucionalmente na convivência democrática de uma pluralidade de atores sociais brasileiros, baseado apenas em impressões subjetivas, opiniões sem qualquer qualificação técnica ou fundamentos objetivos, o mencionado chefe militar foi sujeito de uma manifestação estritamente política, com o teor de mera especulação condenatória, sumária, alarmista e irresponsável.
Essa eu também gostei. Quer dizer que o Comandante Militar da Amazônia, que falou que faz questão de ficar em Manaus o menor tempo possível pra poder ver a realidade das coisas de perto, não sabe nada? Ela deve saber então né?!
Se de uma parte, como chefe militar, tal atitude afronta a institucionalidade democrática, de outra parte, ela se enquadra na caracterização de três transgresões disciplinares especificadas no Anexo I do Regulamento Disciplinar do Exército, aprovado pelo Decreto nº 4.346/2002:
"a. manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária;
b. discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo de comunicação, sobre assuntos políticos ou militares, exceto se devidamente autorizado;
c. provocar ou fazer-se causa, voluntariamente, de alarme injustificável".
Também gostei dessa parte destacada. Nem merece um comentário...
Seria essa ameaça representada pelo contingente de uns quantos insurgentes separatistas, armados de arcos, flechas e bordunas? Ou seria essa ameaça representada pela incapacidade do Exército de fazer valer os direitos da União sobre um terrritório da União invadido por uma meia-dúzia de grileiros latifundiários?
Essa deve ser daquelas que acha que Forças Armadas são inúteis e que nunca seremos ameaçados...
A propósito da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol, o General sugere, como tema de reflexão, a pergunta: "Como um brasileiro está impedido de entrar numa terra porque ela é indígena?" A mesma pergunta poderia ser-lhe feita em termos absolutamente análogos: "Como um brasileiro pode ser impedido de entrar livremente num quartel por se tratar de área militar?"
A questão é: Deixar de entrar em um quartel de uma Força que presta contas e que tenta cumprir seu dever constitucional violará a soberania nacional tanto quanto PROIBIR as Forças Armadas de entrarem em uma área extremamente vulnerável?
A vigilância das nossas fronteiras amazônicas por acaso está nas mãos de um general medroso?
...
Diante disso, pedimos que V. Exa., como Ministro da Defesa, venha a público nos dar sua palavra de que não corremos riscos de ver nosso território assaltado, em especial no que diz respeito às terras da União, patrimônio comum do povo brasileiro, uma vez que o General Augusto Heleno, de forma bastante contundente, deixou essa dúvida no ar.
Esse finalzinho contradiz tudo que ele falou no texto todo...
Parece mesmo que ela está muito preocupada com o patrimônio brasileiro. Não é atoa que ela mora nos EUA...
http://www.agenciaamazonia.com.br/index ... &Itemid=37