É assim que se voa no Exército
Enviado: Qua Abr 09, 2008 10:58 pm
Ontem, último vôo de maneabilidade de fração de helicópteros do Estágio de Pilotagem Tática deste ano.
Briefing de pista debaixo de chuva, sempre uma aeronave com algum probleminha, a correria para trocar o material para o Esquilo reserva.
Macacão encharcado, partida das aeronaves a comando, decolagem da pista, cinco aeronaves em formação (a minha era a 4). Chuva o tempo todo, o limpador de pára-brisas que funciona descoordenado um do outro querendo nos tirar o sério.
O primeiro trecho da pista era feito em NBA, a uns 300 ft do solo. Treinamos as formações (coluna, linha, cunha, etc). Os alunos a toda a hora querendo nos matar (de susto ou batendo nos outros helicópteros mesmo).
Um trecho curto em vôo de contorno (uns 50 ft do solo) e entramos no vôo desenfiado. Formação em coluna, dez rotores entre as aeronaves, cinco metros do solo.
Continuava chovendo, a visibilidade estava dentro dos limites mas não estava lá essas coisas. Falar no rádio, navegar sem ver muito do terreno à frente, tomar cuidado com os urubus (nem na chuva eles param de tentar bater na gente) e com os fios das fazendas aqui no setor sul de Taubaté. Além disso, encher o saco do aluno o tempo todo.
O vôo era para ter durado 1h30, com diversos "incidentes": inimigo terrestre, inimigo aéreo, dispersão das aeronaves, ocupação de zonas de reunião, pouso de assalto, etc.
Pouco depois de uma hora de vôo, o tempo fechou de vez. Terminamos o exercício ali mesmo e começamos a retornar a Taubaté pelo Corredor Tático Una (como a nossa Base é cercada por elevações por todos os lados, temos alguns corredores previamente reconhecidos, sem fios ou outros obstáculos, onde podermos voar praticamente colado ao chão e chegar à base com tempo ruim).
Já bem perto, o corredor tático fechou também. Fizemos uma meia volta e fomos voando devagar, um bem perto do outro, procurando alguma passagem por entre as elevações. Descobrimos que era uma nuvem localizada e, logo depois que conseguimos ultrapassar a primeira elevação, conseguimos ver Taubaté. O tempo não estava bom, continuava chovendo (eu já com vontade de arrancar o limpador de pára-brisa que não funciona coordenado), mas dava para pousar com segurança.
Pouso em formação na pista, táxi, corte a comando, os rotores das cinco aeronaves param juntinhos.
Como disse meu colega, "cada vôo é um vôo". No dia anterior havíamos feito o mesmo vôo, com tempo excelente e outros tipos de imprevistos.
Tem um amigo nosso que vive falando das aeronaves de moça e que a AvEx parece um aeroclube. Esse era um bom vôo para ele ter participado.
Aeroclube é o c...
Abraços,
Briefing de pista debaixo de chuva, sempre uma aeronave com algum probleminha, a correria para trocar o material para o Esquilo reserva.
Macacão encharcado, partida das aeronaves a comando, decolagem da pista, cinco aeronaves em formação (a minha era a 4). Chuva o tempo todo, o limpador de pára-brisas que funciona descoordenado um do outro querendo nos tirar o sério.
O primeiro trecho da pista era feito em NBA, a uns 300 ft do solo. Treinamos as formações (coluna, linha, cunha, etc). Os alunos a toda a hora querendo nos matar (de susto ou batendo nos outros helicópteros mesmo).
Um trecho curto em vôo de contorno (uns 50 ft do solo) e entramos no vôo desenfiado. Formação em coluna, dez rotores entre as aeronaves, cinco metros do solo.
Continuava chovendo, a visibilidade estava dentro dos limites mas não estava lá essas coisas. Falar no rádio, navegar sem ver muito do terreno à frente, tomar cuidado com os urubus (nem na chuva eles param de tentar bater na gente) e com os fios das fazendas aqui no setor sul de Taubaté. Além disso, encher o saco do aluno o tempo todo.
O vôo era para ter durado 1h30, com diversos "incidentes": inimigo terrestre, inimigo aéreo, dispersão das aeronaves, ocupação de zonas de reunião, pouso de assalto, etc.
Pouco depois de uma hora de vôo, o tempo fechou de vez. Terminamos o exercício ali mesmo e começamos a retornar a Taubaté pelo Corredor Tático Una (como a nossa Base é cercada por elevações por todos os lados, temos alguns corredores previamente reconhecidos, sem fios ou outros obstáculos, onde podermos voar praticamente colado ao chão e chegar à base com tempo ruim).
Já bem perto, o corredor tático fechou também. Fizemos uma meia volta e fomos voando devagar, um bem perto do outro, procurando alguma passagem por entre as elevações. Descobrimos que era uma nuvem localizada e, logo depois que conseguimos ultrapassar a primeira elevação, conseguimos ver Taubaté. O tempo não estava bom, continuava chovendo (eu já com vontade de arrancar o limpador de pára-brisa que não funciona coordenado), mas dava para pousar com segurança.
Pouso em formação na pista, táxi, corte a comando, os rotores das cinco aeronaves param juntinhos.
Como disse meu colega, "cada vôo é um vôo". No dia anterior havíamos feito o mesmo vôo, com tempo excelente e outros tipos de imprevistos.
Tem um amigo nosso que vive falando das aeronaves de moça e que a AvEx parece um aeroclube. Esse era um bom vôo para ele ter participado.
Aeroclube é o c...
Abraços,