RBS-15

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Koslova
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RBS-15

#1 Mensagem por Koslova » Qua Out 17, 2007 12:26 am

Um corte do RBS-15 razoavelmente realista.


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Duas fotos já classicas

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WalterGaudério
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Re: RBS-15

#2 Mensagem por WalterGaudério » Qua Out 17, 2007 12:35 am

Koslova escreveu:Um corte do RBS-15 razoavelmente realista.


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Duas fotos já classicas

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A segunda foto ajuda a esclarecer pq esse míssil é apelidado de "martelo de thor". :wink: :shock:




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#3 Mensagem por Skyway » Qua Out 17, 2007 12:45 am

ISSO É UM MÍSSEL ANTI-NAVIO DE VERDADE!

Nossa, chega a dar arrepios.

Não é aquela coisa do Penguim daquelas fotos que andaram aqui no fórum semana passada. só fez cosquinha numa fragata.

Cacilda, adoro esse míssel, e adoro o avião que carrega ele. :P

200kg de ogiva HE.....putz. E na versão lançada por Navio ele pode ter 200km de alcance.... 8-]




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#4 Mensagem por Koslova » Qua Out 17, 2007 12:50 am

Nesta segunda foto o míssil adotou um perfil de vôo diferente do sea-skimmer classico, exatamente para potencializar os danos ao alvo, fornecendo esta "bela" foto para o seu fabricante.




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#5 Mensagem por henriquejr » Qua Out 17, 2007 2:08 am

Porque a MB não adquire este missil??? O custo dele é tão mais alto que o do Exocet Block 2 e 3?
Lembro que vi numa RFA que o AMX tinha sido homologado para usar o RBS-15. Alguem sabe mais a respeito? Será que a FAB cogita adquirir este missil?




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#6 Mensagem por talharim » Qua Out 17, 2007 12:00 pm

Eu gostaria de saber o kill rate desse míssil.

Nesses últimos 20 anos qual sistema será que evoluiu mais ? Mísseis Sea Skimmer ou mísseis SAM ?




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#7 Mensagem por WalterGaudério » Qua Out 17, 2007 2:23 pm

talharim escreveu:Eu gostaria de saber o kill rate desse míssil.

Nesses últimos 20 anos qual sistema será que evoluiu mais ? Mísseis Sea Skimmer ou mísseis SAM ?


Provavelmente os SAM. :wink:

Walter




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#8 Mensagem por Bolovo » Qua Out 17, 2007 2:53 pm

Detalhe que esse míssil foi oferecido para a modernização da Niteroi MODFRAG, com offsets suecos bem grandes e tudo mais, parece que ele era o ESCOLHIDO. O Exocet MM-40 só ganhou porque parece que houve uns por fora dos franceses. :lol: Acho que o Walter pode explicar melhor...

Como versão aérea, o RBS-15Mk3 equipa os Gripen suecos, os Mig-21 croatas (nunca vi foto), já como versão marítima/terrestre equipa as corvetas da Suécia, Finlândia, Polônia e mais recentemente Alemanha.

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Mas esperem até a versão Mk4 que terá cabeça de busca hibrida IR/RADAR: http://soldat-und-technik.de/07-06/mar.pdf


Esse sim é o verdadeiro Martelo de Thor. 8-]




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#9 Mensagem por Marino » Qua Out 17, 2007 3:06 pm

Bolovo, o MM-40 já era usado pela MB antes da MODFRAG.
O míssil permaneceu o mesmo.




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Koslova
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#10 Mensagem por Koslova » Qua Out 17, 2007 3:52 pm

talharim escreveu:Eu gostaria de saber o kill rate desse míssil.

Nesses últimos 20 anos qual sistema será que evoluiu mais ? Mísseis Sea Skimmer ou mísseis SAM ?




É difícil saber qual real a taxa de acertos de mísseis anti navio por uma serie de motivos.

O principal deles é que o histórico de disparo de mísseis anti navios em situações reais de combate é relativamente pequeno em relação ao de outros mísseis.

Por exemplo, se analisarmos a guerra das Malvinas que foi uma guerra aeronaval por excelência, verificamos que a taxa de disparo de mísseis AAM e SAM foi da ordem de grandeza de dúzias, ao passo que os disparos de mísseis anti navio esta na ordem de grandeza de “meia dúzia”.

Se olharmos outras guerras de 1982 para cá, como a guerra Irã x Iraque, bem como as guerras no golfo, Líbano, Bálcãs ou Afeganistão, iremos verificar que a presença de mísseis anti navios foi tímida, quando não nula em alguns conflitos

Obviamente alguns podem lembrar dos vários ataques a petroleiros pelo Iraque durante os anos de 1980, algumas fontes falam em até 200 mísseis lançados, mas é importante abrir um parênteses.

Estes ataques, em sua maioria, eram contra navios mercantes aos quais não existiam contraposição ao míssil, motivo pelo qual devem ser analisados em separado para uma conclusão sobre este tipo de arma.

O que porem os ataques reais em combate, a navios militares, americanos e ingleses empregando mísseis anti-navios Exocet revelaram?

A grande lição é que a condição de prontidão dentro do navio no instante do disparo, é condição decisiva para sobreviver ou não.

No ataque ao HMS Sheffield não houve por uma serie de motivos que a maioria de vocês conhecem, contraposição ao ataque do míssil, na forma de mudança de proa para diminuição do centróide de radar e/ou abertura do arco de tiro ideal, ação de jammer ou lançamento de chaff. Outro na área Type-42 que reagiu ao ataque tomando medidas defensivas não sofreu dano algum, dos dois mísseis lançados, um foi desviado.

No ataque ao Atlantic Conveyor, este não era o alvo primário dos mísseis, mas se tornou um alvo porque os navios alvos desviaram o míssil por meio de ações de bloqueio eletrônico combinados com lançamento de chaff. O Exocet então travou em outro alvo de grande RCS como seus sistemas de bordo são programáveis.

Quando analisamos o ataque a fragata americana USS Stark iremos verificar uma serie de eventos que se desenrolaram dentro do COC do navio, que facilitaram em muito o trabalho dos mísseis. O USS Stark que monitorava durante quase todo o tempo o Mirage- F-1 iraquiano, não tomou medidas preventivas, na maioria dos casos por acreditar que o avião iraquiano não atacaria um navio americano, já que na época ambos paises eram aliados.

• A mudança de proa do navio se alinhando com a direção provável da ameaça
• A iluminação do alvo com um radar de controle de fogo para avisar ao avião iraquiano que se tratava de um alvo militar e não um alvo mercante
• A caracterização to Exocet por meio do sistema MAGE nas ultimas 8 milhas da trajetória do míssil, o que permitiria acionar meios defensivos
• O destravamento do CIWS que supostamente só aconteceu nos últimos 2 segundos antes do impacto.

Todos estes procedimentos defensivos foram citados no relatório oficial do incidente e poderiam ter evitado o impacto dos 2 Exocet.

Eventualmente podemos listar eventos ainda mais antigos como o primeiro afundamento de um navio militar por um míssil anti navio em 1967, e quase sempre chegamos a uma conclusão.

1) Ou os navios não tinham meios de proteger-se do míssil, ou estavam em estado de prontidão tão que não reagiram ao ataque, e por isto foram quase sempre vitimas do míssil.
2) Ou reagiram ao ataque e obtiveram razoável sucesso em se defender.

Agora voltemos a questão das taxas de acerto.

Elas são obtidas por simulações feitas por fabricantes e operadores avançados, e são basicamente em função da natureza do alvo, como seus meios defensivos disponíveis e estado de prontidão.

Assim elas podem atingir valores tão elevados como 90% em caso ideais para o atacante, quanto valores tão baixos como 10% em casos ideais para o defensor.

Obviamente os fabricantes fornecem um numero “bruto” de digamos 80% que são verdadeiros, mas obviamente omitem em que condições estes valores são possíveis.

Um outro exemplo do quão é importante o critério de avaliação por de trás de um numero bruto é o míssil Sea Skua.

Ele deve ter uma taxa de acerto de 100% em combate, ou algo próximo a isto, com pelo menos 14 lançamentos reais com acerto no alvo.

Ocorre que os alvos típicos dos Sea Skua são navios de patrulha e lanchas lança mísseis que simplesmente não tem meios AA de proteção contra este tipo de ameça, o que eleva seu índice de acertos a valores elevados. A ação deste tipo de mísseis contra uma moderna fragata por exemplo pode nos conduzir a taxas de acertos completamente diferentes.

Resumo: Existem N variáveis para se comentar a taxa de acertos, que na forma de um numero isolado não quer dizer muita coisa.

Sobre quem evoluiu mais, os ASM ou SAM, a resposta é: Mísseis SAM

A explicação completa um pouco longa, e envolve tanto o modelo industrial adotado na Europa e EUA no que tange a produção de mísseis anti navios, quanto uma serie de conceitos que nasceram com os mísseis AAM nos últimos 20 anos e que passaram a fazer parte dos projetos de SAM navais por uma serie de razoes econômicas e tecnológicas.

Mas como disse, é um assunto longo, não tenho tempo infelizmente para falar sobre isto.




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#11 Mensagem por JL » Sex Out 19, 2007 1:27 pm

Cara Koslova.

Tudo o que você escreve é fantástico, meus parabéns.

Por favor, lhe faço em forma de apelo, lançe uma luz no caso da corveta INS Hanit e o míssil que a atingiu. Eu escrivi um pouco num tópico deste mesmo fórum, mas ninguém respondeu.

O caso da INS Hanit é na minha opinião de suma importância pela alta tecnologia do navio e pela recenticidade do fato, bem como por ser a segunda vez que a marinha israelense é pega de surpresa, por um ataque de mísseis.

Acho que é um caso interessante e cheio de controvérsias. O que aconteceu?




Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
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#12 Mensagem por talharim » Sex Out 19, 2007 1:30 pm

Koslova escreveu :
Sobre quem evoluiu mais, os ASM ou SAM, a resposta é: Mísseis SAM


Interessante.

Podemos tirar uma conclusão simplista de que as chances de um sea skimmer atingir um navio são menores do que a 20 anos atrás.

Se continuar desse modo poderíamos concluir que estamos presenciando uma silenciosa mudança na arte da guerra naval.

Esse conceito de míssil anti-navio poderia deixar de existir.

Ou estou sendo muito radical ? 8-]




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#13 Mensagem por kl » Sex Out 19, 2007 3:49 pm

Skyway escreveu:ISSO É UM MÍSSEL ANTI-NAVIO DE VERDADE!

Nossa, chega a dar arrepios.

Não é aquela coisa do Penguim daquelas fotos que andaram aqui no fórum semana passada. só fez cosquinha numa fragata.

Cacilda, adoro esse míssel, e adoro o avião que carrega ele. :P

200kg de ogiva HE.....putz. E na versão lançada por Navio ele pode ter 200km de alcance.... 8-]


De acuerdo que el RBS-15 es un súper misil antibuque, tal vez el mejor del mundo, pero discrepo en lo de que un Penguin hace cosquillas.

Creo que no hay ninguna fragata por debajo de las 8000 t que tras recibir la visita de un bichito de estos pueda seguir combatiendo. Y un buque fuera de combate, sordo y ciego, está indefenso, hasta una lancha cañonera puede terminar el trabajo y hundirlo.

Los tiempos de los acorazados ya pasaron. hoy en día un impacto de más de 300 kg a mach 0'8 te hace un roto tremendo. Y si además detonan los 50 kg de explosivo, el buque está ya para la enfermería.

Eso sí, si se puede, mucho mejor meterle al enemigo un RBS-15 que un AGM-119 Penguin 8-] !




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#14 Mensagem por henriquejr » Sex Out 19, 2007 3:51 pm

talharim escreveu:Koslova escreveu :
Sobre quem evoluiu mais, os ASM ou SAM, a resposta é: Mísseis SAM


Interessante.

Podemos tirar uma conclusão simplista de que as chances de um sea skimmer atingir um navio são menores do que a 20 anos atrás.

Se continuar desse modo poderíamos concluir que estamos presenciando uma silenciosa mudança na arte da guerra naval.

Esse conceito de míssil anti-navio poderia deixar de existir.

Ou estou sendo muito radical ? 8-]


Na minha opnião o futuro da guerra anti-navio pertencem aos torpedos!




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Luís Henrique
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#15 Mensagem por Luís Henrique » Sex Out 19, 2007 3:53 pm

talharim escreveu:Koslova escreveu :
Sobre quem evoluiu mais, os ASM ou SAM, a resposta é: Mísseis SAM


Interessante.

Podemos tirar uma conclusão simplista de que as chances de um sea skimmer atingir um navio são menores do que a 20 anos atrás.

Se continuar desse modo poderíamos concluir que estamos presenciando uma silenciosa mudança na arte da guerra naval.

Esse conceito de míssil anti-navio poderia deixar de existir.

Ou estou sendo muito radical ? 8-]


EH, vc esta sendo muito radical...hehehe

Existem taticas de ataque....um ataque de saturacao bem planejado penetra em qualquer defesa antiaerea encontrada nos maiores navios...




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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