China amplia sua estrutura militar, diz o Pentágono

[Fernando Gaspar]

Sex, 28 Mai - 19h22
China amplia sua estrutura militar, diz o Pentágono


WASHINGTON (Reuters) - A China ampliou no ano passado a sua estrutura militar com mísseis mais sofisticados, lasers que desviam satélites e instalações subterrâneas, tudo isso com o objetivo de vencer uma eventual guerra contra Taiwan e exercer seu poder. A avaliação é de um relatório divulgado na sexta-feira pelo Pentágono (comando militar dos Estados Unidos).
Pequim tem mais de 500 mísseis balísticos de curto alcance, algum deles equipados com sistemas de direcionamento avançado. Seu gasto militar, de 50 bilhões a 70 bilhões de dólares por ano, é o terceiro maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Rússia, de acordo com o relatório divulgado na sexta-feira.
Essa avaliação da capacidade militar chinesa, submetida anualmente ao Congresso, reflete a profunda preocupação do Pentágono com a transformação militar que está ocorrendo naquele país e com a possibilidade de os chineses se tornarem, no futuro, os principais adversários dos EUA.
Por outro lado, o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, disse que as relações de seu país com a China estão no seu melhor momento histórico. Ele faz parte do grupo existente no governo norte-americano que acredita que a "guerra ao terrorismo" está criando um território para cooperação entre Pequim e Washington.
Uma fonte do Departamento da Defesa dos EUA disse a jornalistas que os preparativos chineses para um eventual conflito com Taiwan "criam sérias dúvidas a respeito da política declarada por Pequim de buscar a reunificação pacífica sob o modelo 'um país, dois sistemas"'.
Ao colocar mais 75 mísseis por ano apontados para Taiwan, a China está tomando "passos coercitivos" e "criando uma situação inerentemente menos estável", na avaliação dessa fonte.
Influenciada pelas lições que os EUA estão aprendendo no Iraque, os chineses estão repensando o valor dos ataques de precisão em longa distância, independentes de tropas terrestres, no caso de um conflito com Taiwan, segundo o relatório.
Outras "lições" que os militares chineses estão aprendendo, conforme o texto, incluem a integração de operações psicológicas, um tipo de ação rápida por ar e terra que visa a eliminar a liderança do inimigo, sua capacidade de comunicação e sua disposição para o combate.
A guerra no Iraque, sempre segundo o relatório, induziu a China a acelerar a aquisição de tecnologias mais avançadas de informação e de movimentação de armas.
A fonte do Pentágono reconheceu que o foco da China em curto prazo é Taiwan, onde a reeleição do presidente Chen Shui Bian elevou o temor de Pequim de que a ilha possa declarar a independência. Taiwan, reduto dos nacionalistas derrotados pelos comunistas em 1949, é oficialmente considerada pela China continental como uma província rebelde.
Mesmo assim, essa fonte disse que "há algo muito mais amplo e mais fundamental acontecendo lá". Segundo ele, o país está fazendo "uma transformação abrangente, bem planejada e bem executada" de todos os setores -- inclusive táticas, armas, doutrinas e treinamento -- e pode se tornar uma força de primeira linha dentro de 10 a 15 anos.
Isso se soma ao crescente poderio econômico chinês, a seu papel cada vez mais importante na comunidade internacional e a um maior envolvimento militar com outros países asiáticos, diz o relatório.
Desde a Guerra do Golfo (1991), informa o texto, a China está ampliando suas instalações subterrâneas civis e militar para proteger centros de comando e instalações de mísseis. Além disso, Pequim conta com satélites eficientes e provavelmente já pode usar raios laser de baixa energia para "cegar" os sensores de satélites de órbitas baixas.
As compras de armas na China tiveram um crescimento de 7 por cento em 2003. As principais aquisições foram 24 caças russos Su-30, por 1 bilhão de dólares, e sistemas de mísseis terra-ar SA-20 por 500 milhões.

[Spetznaz]

Sinceramente eu nao acredito que a China irá invadir Taiwan assim, de uma hora para outra. Eu sei que os dois nao se entendem mais daí para invadir assim, duvido muito.

Outra coisa. Qual o gasto militar russo? Nao eram 40 bi por ano?

Falow.

[Sniper]

pelo contrario, eu acredito em uma possível invasão da China a Taiwan, e se caso isso acontecesse naum seria de uma ora pra outra pois essa "pendenga" entre a China continental e a ilha de Taiwan vem se arrastando a décadas!!

[Fernando Gaspar]

Acredito que se nenhum fato importante acontecer a China será a superpotência do amanhã.

[Sniper]

Acredito que se nenhum fato importante acontecer a China será a superpotência do amanhã.

Será que finalmente ira surgir outra nação para fazer frente aos USA!!