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Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Seg Out 05, 2009 12:20 am
por Enlil
Domingo, 4 de outubro de 2009, 16:49
EUA dizem que Afeganistão não sofrerá ataques do Taleban
Conselheiro de Segurança afirma que situação no país é 'mais complexa que o simples envio de mais tropas'
Efe
WASHINGTON -
O Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, James Jones, considerou neste domingo, 4, que o Afeganistão não está em perigo iminente de ataques taleban, apesar do general Stanley McChrystal, comandante das tropas da Otan no país, ter solicitado o envio de mais tropas.
A situação no Afeganistão "é mais complexa que o simples envio de mais tropas ao país, nós precisamos que tudo funcione ao mesmo tempo", disse a rede CNN.
O general reformado afirmou que a presença de Al Qaeda é muito reduzida. A estimativa é que existam menos de cem taleban no país, sem bases e sem capacidade para arquitetar ataques.
Desde que assumiu o cargo em junho, McChrystal reiterou que a situação militar no Afeganistão é pior que o esperado e em agosto advertiu que os Estados Unidos e os aliados podem sair derrotados se mais soldados não forem enviados.
"A segurança é importante, mas o desenvolvimento econômico e o funcionamento das instituições políticas também", disse Jones, que considerou que o Governo de Hamid Karzai deve obter progressos e conseguirá governar sem corrupção.
O general ressaltou ainda os esforços feitos pelo governo do Paquistão e o Exército nos últimos meses para erradicar os refúgios da insurgência na região montanhosa da fronteira.
A Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) informou neste domingo que pelo menos oito soldados americanos e dois afegãos morreram em um ataque no sábado na província do Nuristão, articulado por uma milícia tribal.
Jones disse que Obama recebeu pedido de McChrystal de mais tropas (entre 30 mil e 40 mil), que se somariam aos 68 mil atuais, mas considerou que seria um erro centrar o debate na questão de número de soldados.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 5742,0.htm
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Seg Out 05, 2009 4:29 pm
por Enlil
Segunda-feira, 5 de outubro de 2009, 12:29 | Online
Afeganistão começa a recontar votos da eleição presidencial
Pleito foi cercado por denúncias de fraude; resultado pode confirmar Karzai no cargo ou definir segundo turno
Agência Estado e Associated Press
CABUL - Funcionários eleitorais começaram a recontar nesta segunda-feira, 5, parte das urnas das eleições presidenciais do Afeganistão, realizadas em 20 de agosto. Um alto funcionário afirmou que espera anunciar o resultado no próximo final de semana.
A recontagem deverá responder se o atual presidente, Hamid Karzai, venceu mesmo em primeiro turno ou se haverá uma nova votação entre ele e o ex-ministro das Relações Exteriores Abdullah Abdullah. Uma comissão apoiada pela ONU ordenou uma recontagem parcial de aproximadamente 10% das urnas suspeitas, após centenas de denúncias de fraude.
As denúncias sobre fraudes levaram o Afeganistão a uma crise eleitoral, no momento em que o Taleban ganha força não só no sul, mas também no norte e oeste do país. Em mais um sinal da crescente ameaça, centenas de militantes lançaram duros ataques no sábado, 3, contra dois isolados postos de segurança na província do Nuristão, matando oito soldados norte-americanos. Foi a pior perda para os EUA em um único confronto em mais de um ano. Funcionários afegãos disseram que forças dos EUA e locais cercaram uma área, nesta segunda-feira, onde estariam escondidos os agressores.
Resultados preliminares divulgados no mês passado mostravam Karzai com 54,6%, o que lhe garantiria a vitória em primeiro turno. Caso agora Karzai não chegue aos 50%, haverá segundo turno contra Abdullah. Segundo Barakzai, o segundo turno, se necessário, deve ocorrer duas ou três semanas após o anúncio final da primeira votação.
Consolidar o governo afegão, fraco e manchado por denúncias de corrupção, é crucial para a estratégia do presidente Barack Obama de derrotar a insurgência do Taleban e retirar as tropas internacionais do país. Porém as denúncias de fraude podem retirar a legitimidade do governo, prejudicando a estratégia dos EUA.
A administração Obama também não decide se atende ao pedido do comandante das tropas dos EUA no país, o general Stanley McChrystal, que deseja mais 40 mil soldados norte-americanos no Afeganistão. Obama está avaliando uma série de propostas para a estratégia no país.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 6089,0.htm
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Ter Out 06, 2009 5:07 pm
por Enlil
Terça-feira, 6 de outubro de 2009, 15:15 | Online
Otan anuncia morte de 100 combatentes em batalha no Afeganistão
REUTERS
CABUL - Forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciaram nesta terça-feira que mataram mais de 100 combatentes numa enorme batalha ao longo do fim de semana no leste do Afeganistão. Oito norte-americanos morreram, no confronto mais letal para as tropas dos Estados Unidos em mais de um ano.
O número de mortes no campo inimigo dá uma dimensão da escala da batalha, uma das maiores nos oito anos de guerra, em que centenas de combatentes armados com metralhadoras, rifles e lança-granadas tentaram tomar postos avançados em locais remotos.
"Uma avaliação mais detalhada do campo de batalha após o ataque de 3 de outubro no Nuristão determinou que as forças inimigas sofreram mais de 100 mortes durante a defesa bem coordenada, perdas significativamente maiores do que o pensado inicialmente", disse a Otan num comunicado.
Os combatentes lançaram o ataque contra dois postos avançados na província do Nuristão no sábado, deflagrando uma batalha de 13 horas numa parte do país que as forças norte-americanas já planejavam abandonar, seguindo uma nova estratégia que defende o foco nos centros urbanos.
Ao menos dois soldados afegãos morreram no combate e autoridades afirmaram que eles perderam contato com a polícia da região e não sabiam se tinham sido capturados ou se haviam desertado.
O comunicado da Otan afirmou que as forças ocidentais concluíram que os agressores eram militantes locais agindo com o auxílio do Taliban e do grupo Hezb-i-Islami, liderado pelo antigo comandante mujahideen anti-soviético Gulbuddin Hekmatyar.
Depois do ataque do fim de semana, as autoridades do Afeganistão dizem que as forças afegãs e norte-americanas aumentaram o número de operações para retomar áreas mantidas pelo Taliban. As autoridades dos EUA afirmaram que ocorreram operações na área, mas não deram mais detalhes.
(Reportagem de Peter Graff)
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 6769,0.htm
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O segundo trecho em destaque corrobora um detalhe q já enfatizei várias vezes mas é ignorado por muitos: Nem todos combatentes são talibãs. Em alguns lugares do Afeganistão os combatentes se lançam em ofensivas contra tropas q julgam invasoras de seu território, pelos motivos q julgam pertinentes, tanto quanto combateram os soviéticos... Como é sabido o país é uma colcha de retalhos étnica e os senhores da guerra locais fazem alianças de acordo com as conveniências do momento e não necessariamente por questões de "consoância ideológica"...
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Ter Out 06, 2009 11:04 pm
por EDSON
Western forces are losing ground to the Taliban. As US and UK forces struggle for a way forward in Afghanistan, this unique film shows one of the most dangerous outposts as it struggles to hold on.
Youre the first reporter Ive seen here in 8 months, says Staff Sergeant O Brien, in a rare break from the Talibans incessant fire. This outpost in Kunar province is one of hundreds supposed to allow th More..e Americans to win over locals and control Taliban movements. But its not working. The Taliban control the high ground around the bunker and attack every day. Weve got the most sophisticated equipment in the world, O Brien says but we cant pick up on one guy whos sitting 800 metres away from us shooting. His men have spent 9 months under fire and must rely on what they can. One thing we usually use to determine who the bad guys are is shoe type, O Brien explains. They wear shoes like this to move around the mountains he says comparing it with the sandal worn by a member of the Afghan National Army. Part of the outpost strategy is to mentor the ANA. But the men here see the reality of western forces losing ground. A lot of the reports you see are out of the big bases, where its secure and theres not a lot of fighting. Its in remote outposts like this one that conditions are almost like what the Russians ran in to.
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Qui Out 08, 2009 1:04 pm
por P44
Atentado reivindicado pelos talibãs em Cabul deixa 17 mortos
(AFP) – Há 1 hora
CABUL, Afeganistão — Pelo menos 17 pessoas morreram e 63 ficaram feridas, segundo um novo balanço anunciado pelo ministério afegão do Interior, em um atentado suicida executado na manhã desta quinta-feira diante da embaixada da Índia em Cabul, que os talibãs reivindicaram em um site.
"Morreram 17 pessoas: dois policiais e 15 civis. E 63 pessoas ficaram feridas: 50 civis e 13 policiais", declarou à AFP Zemarai Bashary, porta-voz do ministério do Interior.
O balanço anterior divulgado pelo ministério era de 13 mortos e 83 feridos.
"A embaixada indiana era o alvo do atentado", afirmam os talibãs em um comunicado redigido em pashtun e divulgado na internet.
"Membros de alto escalão da embaixada e 35 soldados estrangeiros e afegãos morreram", completa o comunicado.
No horário de rush da manhã, um terrorista avançou com um carro-bomba contra o prédio da embaixada indiana na capital afegã.
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Qui Out 08, 2009 2:59 pm
por Enlil
Esse atentado é um indicador da "má vontade" paquistanesa quanto ao governo afegão de Karzai: suas "íntimas" ligações com a Índia... Elas não irão ajudar seriamente na viabilização da estabilidade do país enquanto essa for a "tendência" da "chacelaria" afegã...
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Dom Out 11, 2009 1:47 pm
por P44
ONU aponta 'fraude significativa' na eleição afegã
(AFP) – há 31 minutos
CABUL, Afeganistão — O representante especial da ONU no Afeganistão, Kai Eide, declarou neste domingo que houve uma "fraude significativa" nas eleições presidenciais afegãs, realizadas no dia 20 de agosto.
"É certo que, em alguns colégios eleitorais no sul e sudeste, houve fraude significativa, mas não só lá", disse Eide. "A extensão dessa fraude ainda está sendo medida", acrescentou.
A eleição presidencial afegã, cujo resultado definitivo ainda é uma incógnita, foi abalada por acusações de fraude generalizada, principalmente no sentido de favorecer o atual presidente Hamid Karzai.
Segundo os resultados preliminares, Karzai lidera a contagem com 55% dos votos, à frente de seu principal rival, Abdulah Abdulah, com 28%.
Os resultados finais devem ser anunciados nos próximos dias.
Eide convocou uma entrevista coletiva para responder acusações de que ele teria tentado ocultar informações sobre o tamanho da fraude no pleito afegão.
Um adjunto de Eide, Peter Galbraith, foi recentemente destituído do cargo depois de uma discussão com seu chefe sobre a forma como a ONU havia tratado a questão da fraude.
Visivelmente enojado, Eide declarou: "Algumas destas acusações estão baseadas em conversas privadas que mantivemos quando ele (Galbraith) foi convidado à minha casa. Minha postura é que as conversas particulares durante um jantar em minha casa devem continuar sendo particulares".
Peter Galbraith foi destituído no dia 30 de setembro pelo secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-Moon, mas passou imediatamente à ofensiva, declarando que a decisão enviava um "sinal terrível" a respeito da vontade da ONU de combater as fraudes eleitorais.
Segundo Eide, 30% dos votos de Karzai são fraudados. Os observadores da União Europeia chegaram a conclusão semelhante, considerando que 1,5 milhão de votos são "suspeitos"; destes, 1,1 milhão beneficiaria Karzai, e 300.000 seriam em prol de Abdulah.
A Isaf, coalizão da Otan no Afeganistão, anunciou neste domingo que um soldado americano morreu ontem (sábado) vítima da explosão de uma bomba de fabricação caseira.
Desde o começo do ano, pelo menos 408 militares estrangeiros - entre eles 342 americanos - morreram no Afeganistão, segundo um cálculo da AFP feito com dados do site especializado
http://www.icasualties.org.
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Dom Out 11, 2009 4:19 pm
por kurgan
11/10/2009 - 14h36
Rejeitar aumento de tropas no Afeganistão seria erro "histórico", diz McCain
da Efe, em Washington
O senador republicano pelo Estado do Arizona John McCain disse neste domingo que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cometeria um erro se não aumentasse substancialmente o número de soldados no Afeganistão, como foi pedido pelo comandante das tropas americanas no país, general Stanley McChrystal.
Em entrevista concedida ao programa "State of the Union", da rede americana de TV CNN, McCain --que disputou com Obama a eleição presidencial no ano passado-- disse que os EUA não poderão vencer no Afeganistão se o presidente não enviar, pelo menos, 40 mil soldados a mais para o país.
Rejeitar as recomendações do general "seria um erro de dimensões históricas". O general McChrystal pediu reforços que oscilam entre 30 mil e 40 mil soldados, que se somariam aos atuais 68 mil.
O senador, que defendeu o aumento das tropas no Iraque durante o governo de George W. Bush (2001-2009), pediu a Obama que atue "com rapidez deliberada" sobre os próximos passos a serem dados no Afeganistão.
McCain lembrou que McChrystal, o chefe do Comando Conjunto Central Militar dos EUA, general David Petraeus, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas americanas, almirante Michael Mullen, disseram que a situação no país está se deteriorando.
O senador também ressaltou o êxito da estratégia no Iraque, onde um aumento substancial das tropas conseguiu reduzir a violência, para apoiar a ideia de que Obama deveria aceitar os pedidos de McChrystal.
"A estratégia, que foi desenvolvida pelo general Petraeus, em particular, mas também com (o apoio) do general McChrystal, como seu braço direito, teve êxito", disse o senador.
Meta
No último dia 6, Obama afirmou que não há previsão para retirada ou redução no número de soldados americanos presentes no Afeganistão. Em reunião com membros democratas e republicanos do Congresso, o presidente disse que nem todos ficarão satisfeitos com sua atitude diante da urgência da situação.
Obama disse que seu principal objetivo é impedir que membros da rede terrorista Al Qaeda mantenham uma base para ataques contra alvos americanos ou aliados. Recentemente, ele disse a 18 legisladores que manterá esse foco, embora saiba que sua decisão não agradará a todos.
O presidente americano deixou claro que não pretende dobrar o número de soldados no Afeganistão, tampouco retirar todas as tropas.
Lançada após os ataques terroristas de 11 de Setembro, a guerra no Afeganistão visava combater a insurgência Taleban e minar a estrutura da rede terrorista Al Qaeda no país.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 6643.shtml
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Seg Out 12, 2009 6:46 am
por Enlil
Domingo, 11 de outubro de 2009, 08:51
Missão da ONU admite fraude generalizada em eleição afegã
Diretor da entidade diz que aguardará recontagem para levantar o número de votos fraudados no pleito
Ricardo Gozzi, da Agência Estado
CABUL - O diplomata norueguês Kai Eide, diretor da missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Afeganistão, admitiu neste domingo, 11, que houve fraude generalizada nas eleições presidenciais de agosto no país centro-asiático. No entanto, ele recusou-se a entrar em detalhes para não atrapalhar uma recontagem dos votos suspeitos.
A admissão de Eide vem à tona depois de seu antigo vice Peter Galbraith ter denunciado que seu ex-chefe vinha tentando acobertar fraudes cometidas em benefício do presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, nas eleições de 20 de agosto.
Em entrevista coletiva concedida em Cabul, Eide disse a jornalistas que números específicos sobre a quantidade de votos fraudados não passarão de especulação enquanto a recontagem não for concluída.
Na coletiva, Eide apareceu acompanhado dos embaixadores dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e da França no Afeganistão. Eles estavam presentes em uma demonstração de apoio a Eide e à missão da ONU. As informações são da Associated Press.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 9186,0.htm
>
Nada está tão ruim q não possa piorar...
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Ter Out 13, 2009 8:04 am
por Clermont
AFEGANISTÃO: UMA GUERRA DE MENTIRAS.
Por Eric Margolis.
O presidente Barack Obama e o Congresso estão se digladiando sobre a ampliação da guerra no Afeganistão. Após oito anos de operações militares, custado US $ 236 bilhões, o comandante americano no Afeganistão, acabou de alertar da ameaça de “fracasso”, quer dizer, derrota.
A verdade é a primeira baixa da guerra. A maior inverdade da Guerra do Afeganistão é “precismos enfrentar os terroristas lá, para não ter de enfrentá-los aqui”. Políticos e generais continuam usando este logro para justificar uma guerra que, de outro modo, não poderiam explicar.
Muitos americanos e canadenses ainda compram esta mentira porque acreditam que os ataques do 11 de Setembro vieram, diretamente, da al-Qaida, baseada no Afeganistão, e do movimento Taliban.
Isto não é verdade. Os ataques do 11 de Setembro foram planejados na Alemanha e na Espanha, e conduzidos, principalmente, por árabes sauditas baseados nos Estados Unidos, para punir a América por apoiar a repressão israelense contra os palestinos.
O Taliban, um movimento militante-religioso de nativos pashtun, anticomunista, foi, completamente, surpreendido pelo 11 de Setembro. Osama bin Laden, a quem é atribuída a culpa pelo 11 de Setembro, estava no Afeganistão como hóspede, porque era um herói nacional por ter combatido os soviéticos nos Anos 1980 e, depois disto, estava auxiliando na luta do Taliban contra a Aliança do Norte, controlada por comunistas afegãos.
O Taliban recebeu ajuda americana até maio de 2001. A CIA estava planejando usar a al-Qaida de Osama bin Laden para levantar os uigures muçulmanos contra o domínio chinês e para empregar o Taliban contra os aliados centro-asiáticos da Rússia. A maioria dos chamados “campos de treinamento terroristas” no Afeganistão estava sendo administrado pela inteligência paquistanesa para preparar combatentes mujahidin para combaterem na Cachemira ocupada pelos indianos.
Em 2001, a al-Qaida numerava, somente, 300 membros. Desde então, a maioria já foi morta. Um punhado escapou para o Paquistão. Apenas uns poucos permanecem no Afeganistão. Apesar disto, o presidente Obama insiste em que mais de 68 mil soldados americanos permaneçam no Afeganistão para enfrentar a al-Qaida e impedir extremistas de readquirirem “campos de treinamento de terroristas”.
Esta afirmativa, como as inexistentes armas de destruição em massa de Saddam, é um slogan conveniente para vender a guerra ao público. Hoje, metade do Afeganistão está sob controle do Taliban. Militantes anti-americanos podem, mais facilmente, usar a Somália, Indonésia, Bangladesh, norte e oeste da África ou Sudão. Eles não precisam do remoto Afeganistão. Os ataques do 11 de Setembro foram planejados em apartamentos, não em acampamentos.
Embora atrasados e grosseiros, os nativos pashtun não tem desejo ou interesse algum em atacar a América. Os talibans são os filhos dos mujahidin apoiados pelos Estados Unidos que derrotaram os soviéticos, nos Anos 1980. O Taliban nunca foi inimigo da América. Ao invés de invadir o Afeganistão em 2001, os Estados Unidos deveriam ter pago o Taliban para desenraizar a al-Qaida – como eu escrevi no Los Angeles Times, em 2001.
As tribos pashtun querem acabar com a ocupação estrangeira e expulsar os comunistas afegãos e senhores da droga, que agora dominam o regime instalado pelos americanos em Cabul. Mas os Estados Unidos, tolamente, caíram numa guerra total, não somente contra o Taliban, mas com a maioria das ferozes tribos pashtun do Afeganistão, que compreendem mais da metade da população.
Este conflito, agora, está se espraiando para as regiões pashtun do Paquistão. Na semana passada, o embaixador americano em Islamabad, realmente, pediu por ataques aéreos e de mísseis contra a cidade paquistanesa de Quetta, onde, dizia-se, algumas lideranças superiores do Taliban estavam homiziadas.
Os Estados Unidos estão se enterrando, mais fundo, no pântano sul-asiático. Washington está tentando coagir o Paquistão em ser mais obediente e ampliar a guerra contra suas próprias tribos pasthun, de mentalidade independente – erroneamente chamadas “Taliban”.
Os incrivelmente desajeitados esforços de Washington para usar US $ 7,5 bilhões para subornar o débeis e corruptos governo e Exército do Paquistão, assumir o controle das promoções dentro das Forças Armadas, e obter algum controle sobre o arsenal nuclear paquistanês, detonaram uma tempestade de rancor. Os militares do Paquistão estão à beira da revolta.
Daí, portanto, os planos de Washington para construir uma fortaleza-embaixada para 1.000 pessoas, em Islamabad, um consulado em Peshawar – que irá, claramente, servir como base de inteligência, e o desdobramento de crescentes números de mercenários americanos no Paquistão.
É um círculo perfeito. Washington diz que precisa de mais pessoal e uma embaixada maior para supervisionar a distribuição da crescente ajuda ao Paquistão, e mais mercenários (conhecidos como “contratados”) para proteção.
O presidente Obama está sob intensa pressão para expandir a guerra, vinda de republicanos ufanistas, boa parte da mídia e o establishment falcão da segurança nacional. Os apoiadores de Israel, incluindo muitos democratas do Congresso, querem ver o Estados Unidos confiscarem as armas nucleares do Paquistão e expandir a guerra afegã para o Irã. O falcão ministro do exterior de Israel, Avigdor Lieberman, recentemente, identificou o Afeganistão, Paquistão e Iraque como as principais ameaças para Israel.
O presidente Obama precisa admitir que o Taliban não é, e nunca foi, uma ameaça para o Ocidente; que a vastamente exagerada al-Qaida foi, na maior parte, erradicada; e que a guerra liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão está provocando mais danos aos interesses americanos no mundo muçulmano – agora, 25 porcento da humanidade – do que bin Laden e seus esfarrapados aliados. Os ataques à bomba em Madri e Londres, e a conspiração em Toronto, foram todos protestos, horrivelmente insensatos, de jovens muçulmanos contra a Guerra do Afeganistão.
Nós não mudaremos a forma como os afegãos tratam suas mulheres, travando guerra contra eles, ou levaremos a democracia por meio de eleições fraudadas. Nós não conquistaremos corações-e-mentes, impondo um regime dominado por comunistas em Cabul sobre muçulmanos devotos, bombardeando suas aldeias e enviando fuzileiros navais para chutarem suas portas e violarem seus domicílios.
O comandante americano no Afeganistão, general Stanley McChrystal está exigindo mais 40 mil a 80 mil soldados. Mesmo este número não vencerá uma guerra para a qual Washington nem mesmo pode definir os termos de vitória. A única forma de sair deste lodaçal é através de um acordo negociado, que reconheça e inclua os pashtum e seu braço militar, o Taliban.
Se a resistência afegã, algum dia, obter modernos mísseis antiaéreos e antitanques, as forças de ocupação ocidentais serão isoladas e estarão condenadas. Hoje, elas mal podem resistir contra talibans, levemente armados.
Eu desejaria que o presidente Obama, apenas, declarasse vitória no Afeganistão, retirasse as forças ocidentais e entregasse a segurança para uma força multinacional de estabilização, das nações muçulmanas. Bons presidentes, como bons generais, sabem quando se retirar.
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Ter Out 13, 2009 8:32 am
por P44
O Paquistão e o afeganistão cada vez se parecem mais com um grande Vietnamistão e, lógicamente, o desfecho da intervenção americana em todo este conflito começa a ser previsivel. O desgaste permanente de uma ocupação militar estrangeira contra a vontade das populações é imparável e o seu fim humilhante é uma questão de tempo.
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Qua Out 14, 2009 3:51 pm
por Clermont
SALVANDO AS APARÊNCIAS E PERDENDO VIDAS.
Ron Paul, representante do Estado do Texas, pelo Partido Republicano - 14 de outubro de 2009.
Na semana passada, houve muita discussão e debate sobre a continuação da guerra no Afeganistão. Já tendo durado o dobro da Segunda Guerra Mundial, e sem nenhum fim à vista, a guerra no Afeganistão tem sido um dos mais longos conflitos nos quais nosso país já foi envolvido. A situação só tem piorado com as recentes escaladas.
O debate atual está focado, inteiramente, na questão do nível de tropa. Quantos mais soldados devem ser enviados, de modo a continuar a guerra? A administração já aprovou um acréscimo de 21 mil homens e mulheres americanos para serem desdobrados até novembro, o que aumentará o nível de tropa para 68 mil. Mais 40 mil farão o trabalho? Ou, eventualmente, deveremos reforçar os níveis até 100 mil? Por quê não 500 mil – só por “garantia”? E como faremos o público apoiar esta guerra quando 58 porcento, agora, estão contra ela?
Eu fico enojado com a estreiteza desta linha de argumentação. Eu tenho outras questões. Nós derrubamos o governo do Taliban em 2001, com menos de 10 mil soldados americanos. Por quê, agora, parece que quanto mais tropas enviamos, pioram as coisas? Se os soviéticos foram à bancarrota no Afeganistão, com um nível de tropa de 100 mil e foram, eventualmente, forçados para fora, em humilhante derrota, por quê estamos determinados a seguir o exemplo deles? E o mais importante, o que iremos ganhar disso tudo? Nós investimos bilhões de dólares e milhares de vidas preciosas – para quê?
A verdade é que não é nenhuma coincidência que, quanto mais tropas enviamos, mais as coisas pioram. As coisas ficam piores, precisamente, porque enviamos mais tropas e escalamos a violência. Estamos esperando que boa liderança vença a guerra no Afeganistão, mas o fundo de potenciais líderes honestos de onde sacar, fugiu da violência, deixando para trás um tremendo vácuo de poder. A guerra não faz sumir os maus líderes. Ela os cria. E quanto mais guerra nós levamos a este país, mais líderes maus iremos, inadvertidamente, criar.
Outra coisa que a guerra faz é criar rancor com sua violência e injustiça indiscriminada. Quanto civis inocentes foram prejudicados por bombardeios desajeitados e erros que terminaram por custar vidas? Pessoas morrem, simplesmente, por estarem no lugar errado, na hora erra, numa zona de guerra, mas os assassinos nunca enfrentam as conseqüências. Imaginem o ressentimento e rancor que os sobreviventes devem sentir quando um membro da família é morto e nada é feito quanto a isto. Quando não há outros trabalhos disponíveis, devido à fuga dos negócios, o que mais resta além de ingressar nas fileiras da resistência, onde há um pagamento e uma oportunidade para vingança? Isto não é nenhuma justificação para nossos inimigos lá, mas temos de aceitar que, quando se empurra as pessoas, elas empurram de volta.
A questão real é: por quê ainda estamos lá? O que nossos esforços, agora, tem a ver com a autorização original para o uso da força? Nós não estamos mais lidando com ninguém, ou nenhuma coisa, envolvidos nos ataques do 11 de Setembro. Neste ponto, estamos, somente, reforçando a vontade e as fileiras de nossos inimigos. Não temos nada para ganhar. Estamos lá, somente, para salvar as aparências, e, no fim, nem mesmo isto, conseguiremos fazer.
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Qui Out 15, 2009 7:06 am
por kurgan
Francia perdió soldados en Afganistán porque Italia no le advirtió que pagaba sobornos a la guerrilla Talibán
Moscú, 15 de octubre, RIA Novosti. Francia sufrió pérdidas importantes de soldados en Afganistán en parte porque Italia no le advirtió que pagó sobornos a la guerrilla Talibán, reveló hoy una fuente de la OTAN citado por la prensa.
Según esa fuente, los servicios secretos italianos pagaron grandes sumas de dinero a los comandantes talibán por mantener una "calma relativa" en las zonas bajo el control de las tropas italianas en el territorio afgano, citó el diario Times.
La práctica de los italianos de pagar "impuesto revolucionario" a los Talibán fue un factor que influyó en la muerte de diez militares franceses cerca de la localidad de Sarobi, 65 kilómetros al oriente de Kabul, una zona que estuvo bajo el control de los italianos que antes que fueran relevados por los franceses.
Desconociendo la "táctica italiana" los franceses valoraron inadecuadamente la situación operativa en Sarobi y enviaron en misión de patrulla a dos pelotones (60 hombres) que cayeron en una embocada de la guerrilla Talibán el 18 de agosto del año pasado en la que murieron 10 militares y otros 21 resultaron heridos.
"Puede ser que tenga sentido sobornar a la guerrilla y emplear otros métodos para evitar la violencia. Pero actuar de ese modo y no advertir sus aliados es una locura", comentó el experto de la OTAN en Kabul citado por el rotativo.
Otra fuente de la OTAN comentó que el servicio de inteligencia de Estados Unidos tenía información sobre los sobornos pagados por los servicios secretos italianos a la guerrilla Talibán en la provincia de Herat
"En junio de 2008 el embajador de EEUU en Roma presentó una protesta diplomática pero no se dio a conocer ese hecho para evitar un escándalo. Más tarde supimos sobre los pagos de sobornos en Sarobi", subrayó la fuente.
Según estas fuentes, lo sobornos se pagaron para evitar la pérdida de hombres en el contingente militar italiano en Afganistán, lo que podría complicar la situación política en Italia.
En Francia, la muerte de los militares en Sarobi tuvo una gran resonancia y el día siguiente tras la emboscada, el presidente francés, Nicolas Sarkozy visitó el contingente galo en Afganistán.
http://sp.rian.ru/onlinenews/20091015/123510484.html
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Qui Out 15, 2009 8:12 pm
por kurgan
15/10/2009 - 16h46
Sarkozy: 'França não enviará um soldado a mais' ao Afeganistão
PARIS, França, 15 Out 2009 (AFP) - O presidente Nicolas Sarkozy afirmou ao jornal Le Figaro que é preciso permanecer no Afeganistão, "ficar para ganhar", mas que a França não enviará "um soldado a mais", segundo entrevista que será publicada na sexta-feira.
"É preciso ficar no Afeganistão? Minha resposta é sim. E ficar para ganhar, não contra o Afeganistão, e sim pelo Afeganistão", declarou Sarkozy. A entrevista já foi publicada no site do jornal à noite.
"Se formos embora, o Paquistão, uma potência nuclear, ficará ameaçado", alertou.
"Mas a França não enviará nenhum soldado a mais", destacou o presidente. "Minha convicção é a de que são necessários mais soldados afegãos. Eles serão os mais aptos a vencer a guerra, porque é o país deles. Mas é preciso pagar mais a eles para evitar que desertem e passem para o lado do Talibã".
Desde o início de seu compromisso no Afeganistão, em 2001, a França perdeu 36 soldados. Atualmente, cerca de 3.000 militares franceses estão mobilizados no país. Até o dia 1º de novembro, o contingente francês, que estava fortemente instalado em Cabul, será deslocado para o leste da capital.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, havia anunciado na quarta-feira que enviaria mais 500 soldados para reforçar a coalizão internacional no Afeganistão.
Há um mês, o governo espanhol decidiu pedir à Câmara dos Deputados autorização para o envio de mais 220 militares ao Afeganistão.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, precisa decidir se envia reforços ao Afeganistão, além dos 21.000 que foram mobilizados durante o verão no Hemisfério Norte, principalmente às províncias de Helmand e Kandahar (sul).
O general Stanley McChrystal, que coordena as forças internacionais no Afeganistão, pediu a Obama entre 10.000 e 40.000 soldados a mais para combater a rebelião dos talibãs.
No terreno, os militares da Otan também exigem uma presença maior.
Entre 10.000 e 15.000 soldados a mais são necessários no sul do Afeganistão para contra-atacar a insurreição, declarou nesta quinta-feira, em entrevista à AFP o coman
http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2 ... 26891.jhtm
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Sáb Out 17, 2009 2:46 am
por Enlil
Sexta-feira, 16 de outubro de 2009, 10:28
Afeganistão deve ter segundo turno eleitoral, diz jornal
Investigação de fraude eleitoral teria reduzido a votação do presidente Hamid Karzai para 47%
Reuters
WASHINGTON - Uma investigação de fraude eleitoral reduziu a votação do presidente Hamid Karzai para 47%, o que o obrigará a realização de um segundo turno em dezembro contra o ex-chanceler Abdullah Abdullah, disse o jornal norte-americano The Washington Post nesta sexta-feira, 16.
Citando fontes oficiais familiarizadas com o resultado, o jornal disse que a totalização da Comissão de Queixas Eleitorais deve ser finalizada na própria sexta-feira. Resultados preliminares divulgados na terça-feira, 13, haviam dado a Karzai mais de 54% nas eleições de agosto, o que evitaria o segundo turno.
Mas o embaixador afegão em Washington, Said Jawad, disse na quinta-feira ao Post que o segundo turno seria "provável". Em entrevista publicada na quinta-feira, 15, pelo The New York Times, o embaixador já havia dito que o governo se preparava para que a comissão eleitoral anunciasse no sábado que o segundo turno seria necessário.
Citando uma fonte oficial dos EUA no Afeganistão, o Post disse que cédulas com os nomes de Karzai e Abdullah foram impressas em Londres, antecipando-se ao segundo turno, e já chegaram à missão da ONU em Cabul.
A eleição de agosto, com amplas denúncias de fraude, está sendo levada em conta na atual revisão da estratégia americana pelo governo de Barack Obama, que pode determinar o envio de reforços ao país.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 1526,0.htm