FCarvalho escreveu: Qui Mai 20, 2021 7:26 pm
Eu tenho certeza de uma coisa: o GTE tem que ser extinto. Para ontem.
O 6o ETA faz o resto em relação a PR e vice-PR.
Os demais, quem quiser chama 99 ou Uber.
Acredito que a missão de transporte VIP do GTE é valida. O que não é válida, é a sua utilização por quem não deveria, e na frequência que não deveria. VIP são só os presidentes dos 3 poderes, ou delegações especiais,
em missão oficial. Você pode até não concordar, mas a missão é sim válida, e comum em outros países.
Já os ETA's tem função logística na FAB, transportando material e pessoal dentro das suas áreas de atuação.
GTE e ETAs tem missões diferentes, que demandam aeronaves aparentemente semelhantes, mas com configurações bem diferentes.
Aliás, com um país do tamanho do Brasil, A330 ou 767 está de bom tamanho para cumprir missão interna também.
De Manaus a São Paulo não sai por menos de 3:30hs de voo. Para Brasília são 2:40hs.
A média de horas de voo de Brasília para norte, nordeste e centro oeste é de 2,5 horas de viagem. Para o sul e sudeste 1:45hs e média.
Não vejo problema em usar wide body nesta função dentro do país.
E seria um gasto a menos para manter um frota VVIP que no final, acaba sendo um estorvo para o erário público e não resolve nada de importante mesmo para quem realmente precisa... nós.
De Brasília até qualquer fronteira do país, são menos de 3500km no ponto mais distante. Um widebody projetado para voar 10, 13 mil quilômetros (em configuração PAX), sendo usado para voos de até 3500km, acaba tendo encurtado desnecessariamente o tempo entre revisões dele, que é sensivelmente mais cara que a de um narrowbody.
Aí vamos acabar com uma rainha de hangar, porque uma manutenção mais pesada, que normalmente viria a cada 6 meses, um ano, acabará acontecendo em 3, 6 meses.
Sem perceber, a gente praticamente começou a pagar pela manutenção "de dois widebodies", operando só um widebody, numa missão que um narrowbody poderia (e deveria) executar, pelo preço de...
...um narrowbody.
Outra coisa: A princípio, o eventual A330 não seria um avião presidencial 24/7, mas sim tendo a opção de conversão, quando necessário.
ps: se alguém algum dia vier a Manaus no aperto de em um A320, 737, ou mesmo nos E-195 sem a Classe AZUL, de qualquer outro canto do país e depois de uma hora e meia de voo não começar a se sentir meio esquisito é melhor visitar o psiquiatra novamente ou tomar o sue remedinho. Deve estar fazendo falta.
Não sou o viajante das galáxias, mas já tive a oportunidade de voar em todos os narrowbodies que operam no Brasil (A32X, 737, E-jets, ATR), e alguns widebodies pra fora (A330, 767, 777, 787), e o conforto dos E-jets não se compara a nenhum deles. O charuto pode ter menor diâmetro que o dos outros, mas o projeto privilegia o espaço para o passageiro.
Só que isso não tem importância, já que as aeronaves VIP são pouco densas, e a configuração é completamente diferente. Voei num G550 (num voo de teste), e nunca fiquei tão confortável. Mesmo numa aeronave menor que um E-jet.