, que poderia ser utilizado pela equipe do Can SR no caso de enfrentamento com blindados: o Can SR fica guardado e o atirador levaria o posto de tiro e uma carga, e cada um dos dois municiadores levaria duas cargas. Poderíamos até otimizar a munição do Can SR focando só em munição de apoio ao assalto (HEDP e HE-FRAG), já que a função anti-carro passaria ao Eryx.
Beraldi, já pensou numa peça de Canhão com dois homens? Um cabo e um soldado.
Assim sendo, teríamos 15 VBTP-MR na configuração de transporte de pessoal por Companhia de Infantaria Mecanizada.
Eu vi uma sugestão de um Coronel para a infantaria MEC, ele previa 18 VBTP (16 + 2 VBC Mrt). Acho que ele colocou, 4 por pelotão, 1 na seção de comando e 5 no pelotão de apoio. Se você computar 15, mais 1 para seção comando, mais duas (MRT) para o pelotão de apoio, vai chegar no mesmo numero.
Para complementar a dotação da Companhia, dando-lhe a flexibilidade de emprego de poder atuar cumprindo várias missões, somam-se as seguintes viaturas:
- uma VBTP-MR na configuração de Comando, para o Comandante de Companhia e seu staff, incluindo o Sargenteante e o Rádio-Operador.
- uma VBTP-MR na configuração Ambulância, com um Oficial Médico (1º ou 2º Ten), um Enfermeiro (2º ou 3º Sgt) e um Atendente (Cb).
- três VBTP-MR na configuração Reconhecimento, com canhão de 105mm, que atuariam como viaturas de reconhecimento, de escolta, de apoio de fogo direto e anti-carro: Seria o Pelotão de Apoio. Elas poderiam atuar individualmente, na função de reconhecimento e na proteção dos flancos; poderiam atuar como um pelotão coeso de três viaturas, nas funções de assalto blindado a posições inimigas e nas tarefas anti-carro; e desdobradas dentro dos pelotões de Infantaria, sendo uma viatura desdobrada em cada um dos três Pelotões de Infantaria Mecanizada da Companhia, ficando cada viatura sob o comando do respectivo Comandante de Pelotão, servindo para prestar apoio de fogo direto nas ações de assalto promovidas pelo Pelotão, fazendo fogo contra casamatas, trincheiras, posições de metralhadoras, de morteiros, etc., e para apoiar o combate urbano, usando o canhão de 105mm para "desalojar" os inimigos de prédios e casas, ou para "abrir portas" para a passagem da tropa onde estas portas não existem...
Atualmente quem opera “blindados que lutam” é a cavalaria. Eu concordo que os Batalhões de infantaria devem ter elementos de cavalaria nos seus quadros, mas não seria melhor formar uma subunidade a parte, e dotar os Pelotões de apoio (ou as cia de apoio) com mísseis anticarro.
A idéia é permitir ao Batalhão de Infantaria Mecanizada agir, de certa forma, tanto como uma unidade de Infantaria Blindada como uma de Cavalaria Mecanizada, numa espécie de meio termo, gerando uma polivalência, uma flexibilidade de emprego. É justamente aí que eu penso que estaria a maior vantagem desta organização, formação e equipamento: a flexibilidade e liberdade de emprego que daria aos Comandantes, que teriam uma Unidade que é como um coringa, podendo cumprir várias funções, desde que, é claro, o treinamento fosse adaptado a esta nova realidade, e que não se exigisse demais de uma Unidade que é, essencialmente, leve. Na realidade um meio termo entre o Batalhão de Infantaria Leve e o Batalhão de Infantaria Blindado, combinando o melhor de dois mundos, ou seja, a mobilidade estratégica do primeiro, com o poder de fogo e a proteção do segundo.
Eu concordo plenamente. Acho que esse é o caminho. Mesmo se a infantaria mecanizada for pequena no principio, mesmo se a maioria das unidades de infantaria forem de infantaria Leve (ou Mtz) a formação básica do infante (principalmente os comandantes de fração) tem que ser de infantaria mecanizada. Mesmo as outras unidades de infantaria tem ser treinadas como se fossem mecanizadas também, para terem condições de serem empregadas como tropas mecanizadas, ou blindadas.
E aí começam os problemas, se pensarmos numa força majoritariamente de conscritos, pode haver problemas de aplicação eficaz. Mas se formos pensar e estabelecer uma comparação com o que está ocorrendo mundo afora em termos de transformações e adaptações doutrinárias em face da nova realidade dos conflitos bélicos convencionais e dos assimétricos, e também das ações de imposição de paz, pode ser um futuro inescapável, pois forças relativamente leves e ainda assim blindadas, com grande mobilidade estratégica e MUITO poder de fogo são a pedida... Se bem que mesmo esta estrutura proposta comporta um bom percentual de conscritos, se o tempo de engajamento for um pouco aumentado para permitir um melhor treinamento nas diversas modalidades de emprego.
Eu li um artigo de Oficial do EB sobre profissionalização. Ele chamava a atenção que nos EUA a função de atirador de CC é valorizada. Segundo ele a função do atirador equivale a função de 3º sgt aqui no Brasil. Nessa analise ele disse algo confirma a opinião da maioria dos profissionais do EB. Ele disse o seguinte: “não se pode colocar um militar com nível de instrução até a 7ª serie para operar milhões de dólares. Por outro lado – se for exigida maior escolaridade do soldado – que nível de instrução exigeremos dos sargentos”. Ora, faça-me o favor, eu concordo com ele com relação a valorização do atirador de CC, e creio que todo mundo também, mas quem disse que o conhecimento precisa ser hierarquizado? Nos EUA o nível de escolaridade é mínimo, aqui ele máximo. No EB não se raciocina com duas graduações ou postos com o mesmo nível de escolaridade. O EB se recusa a aceitar que o nível dos sargentos e soldados já passou o 1º grau completo e já beira o nível médio completo. É claro que isso varia de região, mas no caso dos sargentos (3º sgt) a maioria tem de 19 e 20 anos e com ensino médio. Mas para o EB o cara tem só o 1º Grau, e tem que provar por escrito que esta num nível acima, e quando ele prova que tem um curso superior por exemplo não ganha nada por isso.
Eu acho que dá para ter um exército muito bom, se necessariamente ser 100% profissional. Existe muito exército dito como profissional por ai, que eu considero “exército de botique”. É só a fisionomia de frente.
Se considerarmos o numero de brigadas do EB e o efetivo que o EB diz ter, se for profissionalizado metade de seu efetivo dá para profissionalizar todas as grandes unidades (brigadas). Se dentro dessas brigadas, profissionalizarmos só as unidades básicas (cavalaria, infantaria, artilharia, comunicações e engenharia) esse numero cai para bem menos da metade. Se dentro dessas unidades profissionalizarmos só que estaria na atividade fim, o numero seria ainda menor. Mas enquanto existir essa mentalidade de hierarquizar conhecimento, soldo e tudo mais, pode esquecer. E vou além, se o EB não mudar, vai continuar perder a qualidade dos quadros, porque o 3º Sgt do EB é aquele cara que esta no EB para pagar uma faculdade e cair fora. O Sgt já chega na tropa com o objetivo se de sair em alguns anos.