A FAB contratou junto à EADS\CASA, hoje Airbus Defense, cerca de 8\9 unidades do FITS, que é o sistema de guerra anti-submarino e anti-superfície da empresa, para dotar os P-3AM que seriam modernizados no início do projeto. Tal sistema, se implantado nos SC-105 tornariam estes aviões literalmente patrulheiros navais de primeira linha, tendo em vista que os sistemas\equipamentos existentes neles já os credenciam na prática como aeronaves de patrulha\vigilância marítima, mas, sem aquelas capacidades específicas.
De público, não se sabe exatamente quantos P-3AM estão operacionais no 1o\7o Gav, tendo em vista que apenas 3 células passaram pelo processo de troca\reforço das asas e modernização estrutural na AKAER. Das 9 que seriam modernizadas no início do projeto, talvez, com alguma sorte, tenhamos em torno de 50%, ou menos, deste número disponível nos pátios de Santa Cruz.
Na teoria, seria "fácil" pegar parte dos FITS que ainda existem na força aérea ( 8
) e transferir para as 3 células de SC-105, de forma a obter uma solução de curto prazo extremamente capaz, com logística em dia, e relativo baixo custo de operação\manutenção. Ainda sobrariam 5 unidades destes sistemas passíveis de adaptação aos C-105 da frota, mas condicionados à aquisição dos demais sistemas embarcados na versão de busca e salvamento, o que tornaria o processo mais caro, mas, ainda assim, bem menos custoso do que adquirir uma plataforma nova do zero com tudo incluso.
O repasse destes aviões para a marinha, como exemplifiquei anteriormente, não apenas seria possível, como viável, desde que o MD fizesse a sua parte, junto com a orquestração dos recursos pertinente ao governo de plantão. E vontade, claro.
Como disse antes, 12 aeronaves, das 14 existentes, seriam suficiente para dar conta da aviação de patrulha da MB por um bom tempo, equipadas com os SC\C-105 modificados. E como já temos aqui, grosso modo, quase tudo que é necessário para arbitrar estas modificações, tanto no que concerne o aproveitamento de equipamentos e sistemas embarcados nos P-3AM, como dos C-105 de transporte, podemos afirmar com dada certeza que seria possível obter os resultados apontados no meu post anterior.
Mesmo que se optasse por manter os SC-105 em sua configuração de busca e salvamento na aviação naval, como missão primária, ainda assim restariam uma boa quantidade de células de transportes que podem ser aproveitadas na missão ASW\ASupW com os FITS. O critério para definir quantas seriam aproveitadas, e quantas serviriam de spar parts para as demais, fica a definir pelo almirantado, junto ao comando da aviação naval.
Na minha visão, 9 células de C-105\FITS bastariam, divididas em três bases\esquadrões + 3 SC-105, e estamos resolvidos por um bom tempo. E sem precisar vender a janta ou a mãe para isso. Exatamente o número de sistemas FITS que se supõe ter disponíveis na força aérea.
A ver.