Fórum Defesa Brasil

quando estava na ativa, na década de 80, tirei muito serviço, na vila militar de Quitauna, Osasco, para quem conhece, essa vila militar de oficiais e sargentos, é aberta, com ruas que de um lado é morador civil. e do outro é militar, e tinha postos volante, onde a dupla de sentinelas tinha que fazer patrulhas pela ruas, pouco iluminadas, com lugares ermos, e cercados de mato, e nesse mato havia postos fixos, em que ficava apenas um sentinela, a distancia de mais de 600 metros da entrada do quartel, se algo ocorre-se só saberíamos na hora da rendição, também tirei muito serviço de cmt da guarda, na antiga fazenda militar em Barueri, atrás do Agsp, outro lugar terrível, na época, no meio do nada, junto ao rio tiete, nesse lugar a guarnição era de tres soldados e o cmt da guarda, nós não podia-mos usar o armamento de carga do Fazenda Militar, pois estavam em péssimo estado de conservação, alguns fals tinham até ferrugem, e todos que por lá passavam, faziam parte do problema no livro parte, mais ninguém tomava providências, então tinha-mos que trazer o armamento do nosso batalhão, até ai tudo bem, era feita a parada no 39, depois um jipe nos levava até Barueri, só que muitas vezes, depois do serviço, a rendição caia para outra OM, e nós tinha-mos que voltar para Osasco de trem, carregando os fals e pistola, no meio dos passageiros, e não me lembro de alguém querer roubar essas armas, nunca teve nenhuma tentativa, tanto na fazenda militar, quanto na guarda externa da vila militar, naquela epoca o EB era respeitado, lembro de uma vez, eu era cabo, tinha 18 anos, subi num onibus, e lá tinha um pm de uns 40 anos, já de cabelo branco, ele estava sentado, quando me viu, levantou prestou continência, me chamou de senhor, e desceu, mas hoje em dia, virou bagunça, quando passo pela vila militar, vejo os recrutas, só com um cassetete de madeira, nos mesmos postos, que eu fiquei na década de 80, e fico pensado, o que passa na cabeça desses soldados, quando chega a noite, e ele tem que fazer patrulha, confiando num cassetete

A resposta é simples...

Agora, Mental Ray, você falou que o Guerra tomou as dores, é claro que tomou as dores... O que você insinuou nos primeiros tópicos, que o EB tinha que sair atrás das armas, pegar neguinho pelo colarinho e interrogar, etc, cara, isso não existe, o que tem que ser feito é a abertura de um IPM, e concomitante a isso eu acredito que seja feito o acionamento da Polícia Civil e Federal para a investigação externa. E te digo uma coisa, Sindicância, IPM, etc, cara, tudo isso tem prazo, e o descumprimento desses prazos costuma dar muita merda pro militar que atrasou, ou seja, daqui a um tempo o resultado desse IPM VAI ESTAR PRONTO... Mas alguém aí já viu a mídia se interessar em divulgar o resultado dessas coisas? Não... E não é só nas FFAA, vejo isso acontecer também com, por exemplo, as sindicâncias de N instituições, só que nesse caso a porcentagem de impunidade é um pouco maior, pelo menos pelo que eu vejo (apurações dentro da caserna por minha experiência e do meu pai, e apurações fora, com a experiência da minha mãe trabalhando em hospitais, inclusive grandes unidades estaduais).

Agora, fechar os quartéis, falar que quartél não é parque, cara, aí entra um fator muito importante... Você quer que o EV (Efetivo Variável) do EB continue a ter APENAS aqueles que querem porque não tem nenhuma outra oportunidade, e os que querem entrar já com a intenção de facilitar o desvio de armamento, munição e tal? Ou quer o EB com membros de toda a sociedade, com gente relativamente bem de vida mas que quer ser soldado por um tempo? Acredito que a resposta seja a segunda opção, e pra isso o EB TEM que se integrar à sociedade, logo não pode se fechar dentro do seu próprio mundinho, com o quartel APARENTEMENTE blindado a invasões, etc... O custo benefício de se trancar como um todo não compensa para a Força...

pows, vamos discutir os fatos (roubo do armamento) galera isso espanta quem quer debater no tópico.

SGT GUERRA escreveu:Na minha opinião, a raiz do problema é bem simples. A sociedade não esta enviando cidadãos para servi a patria. Esta enviando bandidos.
A cada 100 jovens que eu vejo na força, eu não encontro 2 ao qual eu daria emprego na minha empresa

Tens razão Guerra, mas o motivo é bem simples quem tem capacidade em função de ter recebido uma boa educação (em todos os aspectos) não quer perder tempo com o serviço militar e se quer ser militar então presta concurso para uma academia ou no máximo entra num CPOR (foi o meu caso no passado), por exemplo caso o meu filho (ele ainda é muito novinho hoje em dia) queira no futuro ser militar eu o aconselharia a entrar ou numa academia (de preferência a Escola Naval ou a AFA) ou numa faculdade militar tipo ITA ou IME, jamais tropa, nem mesmo a AMAN (meu irmão é oficial superior do EB e pensa da mesma forma), agora se ele não tivesse esse desejo, de forma alguma permitiria que ele perdesse tempo com o serviço militar, pois hoje em dia mais do que nunca tempo vale muito e um ano na vida de um jovem de classe média de 18 anos pode influenciar bastante na hora do vestibular, sem contar que (sem querer causar polêmica) não posso concorda que seja positivo para um jovem que recebe uma boa formação escolar (a um custo exorbitante no nosso país) vá passar um ano fazendo faxina e dando guarda num quartel..., por isso imagino que o serviço militar deva ser totalmente reformulado, passando a ser voluntário, permitindo a uma maior profissionalização da tropa (poderia até durar mais do que 1 ano nesse caso), sendo que o treinamento militar básico fosse agregado ao currículo escolar do ensino médio para todos os joven do país a ser ministrado por pessoal da reserva do EB em dois ou três encontros semanais de um turno, durante os dois último anos no ensino médio (havendo a dispensa para o jovem trabalhador ou aprendiz).
Quanto a questão da reforma dos regulamentos abordada anteriormente... talvez esteja um pouco desatualizado, mas como tenho muitos amigos e familiares no meio militar e vejo constantemente reclamações... acho que ainda é possivel avançar um pouco em certos aspectos.

Carlos Souza escreveu:

Mental Ray escreveu: O cara desqualificou meu comentário primeiro, porque você não puxa a orelha dele também? Porque ele concorda com vc? E outra, saber escrever o mínimo de português não custa nada.

Como funciona? Se funciona desse jeito, é bom repensar essa mecânica porque não tá funcionando.
Se você não sabe o que mentalidade retrógrada? Se eu fosse do EB eu ficaria muito ofendido. Significa estar estar em uma instituição engessada que, as vezes, realiza sua função porcamente. Como cuidar do seu próprio armamento ou, como vc disse, cuidar para que bandidos não façam parte da força.
O que eu vejo muito são militares e também civis, como eu, jogando sujeira pra debaixo do tapete.

Gostaria de perguntar ao Dr. em Língua Portuguesa, quais erros ofenderam a moral dele. Quem sabe assim, eu possa estudar e dar minha opinião neste fórum sobre como se escrever totalmente correto à noite, olhando televisão, ouvindo rádio e respondendo para pessoas de mal com a vida.

Nossa, cara. na boa, não foi você que eu critiquei a escrita. Presta atenção no que você tá lendo, você não tem nada a ver. Passar bem.

O que tu chama de saber o mínimo de portugues? Será que é ser arrogante como tu?

Querida, você chegou agora e tomou as dores também? Leia as duas primeiras páginas e vai ver o que foi minha crítica. E se a pessoa não sabe escrever, que volte pra escola. Eu não tenho nada a ver com isso. Mas eu falo mesmo.

SGT GUERRA escreveu:

HIGGINS escreveu:




Eu não vi reportagem nenhuma e nem conheço a unidade, mas eu duvido que esses armadas estavam jogadas dentro de alguma sala. digo com toda certeza porque conheço todas as normas, e nunca vi em nenhum quartel do EB armas guardadas com desleixo.
O regulamento e as normas existentes são bem claras. existe um padrão minimo numa reserva. existe normas de segurança para se abrir reserva fora do horário de expediente. ninguém sai de um quartel enquanto as reservas não são conferidas etc etc
enfim, tudo isso é inspecionado. não é só papel escrito. e ai daquele que não segue o que esta escrito.

É assim que funciona e sempre funcionou na força.

Guerra,
você não viu as imagens do local?
Pela sua resposta, acredito que não.

HIGGINS escreveu: Guerra,
você não viu as imagens do local?
Pela sua resposta, acredito que não.

Higgins,


Eu ainda não consegui achar as imagens que mostram o local exato onde estava sendo guardado os armamentos. Só consegui vídeo mostrando a unidade de forma geral e não vi nada próximo do que vocês disseram. Vocês tem o link desse vídeo/fotos?

Obrigado,

Esse Batalhão roubado é integrante da FAR (Força de Ação Rápida)?

Se sim, é lamentável acontecer roubos dessa forma em unidades "operacionais"...

Ha uma grande diferença entre ter um bom sistema de guarda, armazenamento e controle de armas e "executar" tais rotinas de forma satisfatória! As forças armadas são sim a organização mais confiável do Brasil por ter um sistema de “controle de operações e programa de motivação/acompanhamento” que transforma o soldado em um elemento mais patriota e permite identificar com mais clareza um suposto “meliante” em seu sistema.
Basicamente em uma PREFEITURA, isso não acontece assim como na policia civil etc... O controle não é tão justo nem existem programas que o exército tem e exerce em suas atividades, mas como todo sistema tem falhas e são falhas oriundas do ser humano, o exército foi a bola da vez, eu prefiro acreditar que se tratou de corrupção, não acredito que tenha sido uma invasão de fato, o risco é muito grande, menos arriscado seria contrabandear do Chávez os AK.
O exército tem soldados despreparados e corruptos que não honram a corporação! TEM, mas muito menos, não existe solução total, mas é uma entidade que costura correr atrás para acertar-se.
Ponto.

Isso aí. Que corram atrás do prejuízo. Parece que o exército concorda que tem responsabilidade pelos fuzis e também tem uma honra a zelar. Nem tudo está perdido, o problema é que tem gente que pensa o contrário.

vilmarmoccelin escreveu:A resposta é simples...

Agora, fechar os quartéis, falar que quartél não é parque, cara, aí entra um fator muito importante... Você quer que o EV (Efetivo Variável) do EB continue a ter APENAS aqueles que querem porque não tem nenhuma outra oportunidade, e os que querem entrar já com a intenção de facilitar o desvio de armamento, munição e tal? Ou quer o EB com membros de toda a sociedade, com gente relativamente bem de vida mas que quer ser soldado por um tempo? Acredito que a resposta seja a segunda opção, e pra isso o EB TEM que se integrar à sociedade, logo não pode se fechar dentro do seu próprio mundinho, com o quartel APARENTEMENTE blindado a invasões, etc... O custo benefício de se trancar como um todo não compensa para a Força...

Exatamente! Por isso que eu discordo do Guerra, o da mentalidade retrógrada insistente. Faço desse trecho minhas palavras, queremos o EB melhor preparado, melhor pago, melhor integrado na sociedade, não como uma ONG para dar pespectivas a quem não tem, a bandidos oportunistas.

É isso aí, ja vi o DB discutir muito isso aqui, e parece unânime. Na END está apontado isso. Mas parece que na prática ainda há dificuldade de se aplicar isso, quem sabe com o tempo.

HIGGINS escreveu:
Guerra,
você não viu as imagens do local?
Pela sua resposta, acredito que não.

E você? Conhece o btl? Porque eu posso afirmar que não existe reservas de armamento em lugar afastado. as reservas ficam juntos com as companhias. as unicas instalações que são afastadas é o paiol de munição (onde ficam guardas) e os estandes de tiro

Mental Ray escreveu:Isso aí. Que corram atrás do prejuízo. Parece que o exército concorda que tem responsabilidade pelos fuzis e também tem uma honra a zelar. Nem tudo está perdido, o problema é que tem gente que pensa o contrário.

Mas diga quem foi que disse que o EB não deveria ir atrás dos fuzis. esse negocio de colocar palavras na boca de outras pessoas não pega bem