Túlio escreveu: ↑Ter Fev 13, 2024 12:41 pm
Pessoalmente, não vejo caza complementário melhor para o Gripen E/F do que... o próprio Gripen; no pior dos casos comprar C/D de segunda mão e modernizar, assumindo este as funções do AMX da mesma forma que o E/F fará em relação aos Mirage e F-5...
Se levarmos em conta o curriculum do atual comando da FAB, cmte + EMAer, dá para ver que volta e meia o pessoal sempre parece tentado a voltar às origens e emplacar soluções já carcomidas pelo tempo, bolorentas e cheias de naftalina à problemas velhos, mesmo que em novos contextos. E isso não é muito diferente nas demais forças armadas, sempre bem dispostas a querer resolver problemas antigos com respostas velhas.
Fato é que o programa Gripen E\F tem espaço ainda para não apenas aumentar os números do contrato atual, como emplacar mais dois lotes planejado originalmente, e ainda dispor do mesmo para a aviação naval, que mais cedo do que tarde se verá diante da inevitável troca do A-4 por insolvência operacional.
Isto significa, a priori, coisa de 108 caças (+-45 opções) e outras 12 a 24 unidades para a aviação naval. Na verdade a MB tinha planos para até 48 caças que, com ou sem Nae, seriam necessários para o apoio das operações navais da esquadra.
Um adendo a ser visto e atentado, é o fato de que a própria força aérea sueca pode se ver na situação de envidar mais um lote de Gripen E, com o F de lambuja, para substituir a partir de 2035 os C\D hora sendo modernizados, A pressão política e militar russa, e a reedição da guerra fria podem levar a isso. Antes mesmo que eles tenham um caça 5a G nas mãos.
A linha de produção do Griepen E\F, portanto, estaria assegurada por pelo menos mais 15 anos, lá e cá. Isto é algo que qualquer governo com um mínimo de responsabilidade pense antes de autorizar compras de caças diferentes dos produzidos no país, com todas as consequências que isso trás.
Por outro lado, como expressei nos posts anteriores, outra aeronave pode não significar exatamente um caça, mas um tipo de vetor diferente do qual a FAB já tem, ou terá, demanda no médio e longo prazo. Manter este vetor dentro dos acordos com os suecos é tão relevante quanto correlato à manutenção das compras de lotes subsequentes e sua produção em GPX e Suécia dentro dos acordos militares e industriais entre os dois países.
Enfim, antes de fecharem a linha do Gripen E\F definitivamente por aqui, acredito que ainda veremos a entrega destes caças na vizinhança e quiçá do outro lado do lago. Todos "made in Brazil", diga-se de passagem.
A ver.