TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

[FCarvalho]

Qual seria esta outra Aeronave? Será que ainda pensam no Gripen Naval?

A marinha adoraria que fosse isso. Mas da mesma forma que a FAB não abre mão da patrulha naval e de seus P-3 e P-95 e das parcas verbas que tem para mantê-los funcionando, assim também ela não irá abrir mão dos recursos de um projeto que é seu para beneficiar qualquer das outras forças ditas co-irmãs.
Um problema para o MD resolver. Se tivéssemos um, claro.

[gabriel219]

O SH faz muito mais sentido, porém ainda assim pra mim é desastroso, por isso sinceramente eu prefiro KF-X. Se os Suecos escolherem o Velhaco do C-130, é atestado de otário para nós, o único cliente do caça deles e os caras ainda vão de C-130, num negócio pra lá de suspeito?

Vai de KF-X, pois tem espaço pra mais uns 6-8 KC-390 na Coréia do Sul e é um país que valoriza seus parceiros, vide todos que eles exportam.

[knigh7]

Certamente os 2 países irão querer amarrar um negócio ao outro: A Suécia precisa substituir seus C-130 e nós, os A-1M/F-5M, sendo que mais Gripens seria uma escolha natural e o C-390 um tremendo Airlift.

Agora, se a Suécia fizer a temeridade de escolher o Super Hércules, que eu considero difícil, aí vamos para a alternativa que, pelo o que entendo, seria o F-16.

Mas eu não estou esquentando a cabeça por isso. A SAAB tem muita influência junto ao governo sueco.

Vou colocar a entrevista com o CEO da SAAB ao Jornal da CNN em fins de novembro, ou seja, há apenas 2 meses e meio:




Se a FAB comprar entre 12 e 15 Gripens não vai ter orçamento para outro caça, cerca de 50 Gripens não vai ser o ideal, mas trará uma capacidade significativamente melhor do que temos e tínhamos.

A SAAB ofereceu para a Finlândia aeronaves "F" dedicadas à transição, numa proporção de 4,5 para 1. Se a FAB adotar essa proporção, seria 9 Gripens de conversão para cerca de 40-41 caças. Com 40-41 caças poderíamos poderiamos ter 3 esquadroes operacionais com 12 caças e ainda sobrariam caças para ensaios de voo e reserva (além, como anteriormente escrito, os dedicados à conversão). Esquadrões em SM, AN e MN. Só o esquadrão de Manaus armados com Meteors seriam suficientes para dar um pau nos SU-30 MKV.

Obs: pelo cronograma de recebimento do Gripen, ao final deste ano teremos 12.

[Pablo Maica]

Em ultimo caso, poderíamos consultar o que o pessoal da IAI/Elbit poderia fazer para dar uma melhorada nos F/A-50, se o feedback fosse interessante, poderíamos tentar de 24 a 28 deles por 8 KC-390, pois o custo médio está a volta dos 51 milhões de dólares (pelo menos no caso da venda para a Malásia).

Para ficar aqui pelo Sul enquanto as vacas seguem magras, substituindo os A-1M no Poker e no Centauro já seria o suficiente, ainda mais se pudessem usar a gama de armas israelenses que já temos na FAB, liberando os Gripens para onde o eixo de tensão do momento realmente está e sem fazer a FAB vender o almoço para tentar jantar.


Um abraço e t+

[gabriel219]

Pablo, acho impossível, pois muitos dizem que a própria LM que amarra a KAI pra não fazer upgrades suficientes no F/A-50 pois é um concorrente direto do F-16V. Acho que quando sair as compras dos F-16V para clientes que não possuem F-16, ai a LM vai liberar os upgrades, pois o recheio do F/A-50 seria todo Israelense.

Na minha opinião, se não sair Gripen é KF-X, duvido que seja ainda mais caro do que o F-16, que está sendo ofertado quase mais caro que um F-35.

[knigh7]

O Poder Aéreo fez uma observação pertinente da fala do Comandante:

Comandante da Aeronáutica diz que a FAB pode comprar um segundo lote de caças Gripen e também uma outra aeronave

link:
https://www.aereo.jor.br/2024/02/13/com ... -aeronave/

[Túlio]

Pessoalmente, não vejo caza complementário melhor para o Gripen do que... o próprio Gripen; no pior dos casos comprar C/D de segunda mão e modernizar, assumindo este as funções do AMX da mesma forma que o E/F fará em relação aos Mirage e F-5.

O fato de ser pouco vendido agora (lembrem de quantos anos o Rafale amargou com a linha de montagem quase parando até "desencalhar") não significa que o será para sempre, leva tempo até uma aeronave que nem chegou à FOC ser compreendida e se tornar desejada, passando a vencer concorrências.

Sobre estas, notar o paralelo com o então promissor AMX, o "mini-Tornado": este foi "abatido" pelo algo brusco fim da Guerra Fria, que causou uma forte redução dos orçamentos militares da maior parte do mundo e com isto a desativação prematura e consequente colocação à venda de frotas enormes de aeronaves de combate ainda modernas e com muitas horas de voo pela frente, além de um $uculento mercado de updates/upgrades para elas: um avião superior mas recém-lançado não tinha como competir com outros já consagrados e muito mais baratos, o timing conspirou contra o Projeto.

E o mesmo timing PODE ser a salvação e mesmo consagração do Gripen E/F, pois temos aí uma inegável Guerra Fria 2.0, com a mesma tríade de atores centrais: EUA, China e agora a Rússia - no lugar da URSS.

Cedo ou tarde os decisores compreenderão a diferença que teria feito à Ucrânia ter capacidade de negar o uso dos céus às aeronaves russas não só com AAAe mas também com caças: seria tão fácil para Tu-95, Tu-22M, Tu-160 e MiG-31 chegar perto da fronteira (mas fora do alcance dos SAM) e mandar uma saraivada de misseis táticos se do outro lado estivessem caças com excelentes sensores, capacidades EW e AAM BVR de ultima geração, como AMRAAM D e Meteor? Se até uns F-16 (muito) usados e limitados já causam grandes preocupações, imaginem se fossem caças state-of-the-art.

E aí, além da imprescindível qualidade, entra em cena algo comum na "outra Guerra Fria", a quantidade. E o que, oferecendo qualidades equivalentes, pode fazer o trabalho de um Rafale, Typhoon e até, com algumas limitações, Lightning II, mas com custos muito mais baixos e disponibilidade maior? Só sei de um, e não é um treinador fantasiado de caça. Comparar o preço e CPFH do Gripen com qualquer dos citados, em caso de dúvidas.

MEU PONTO - O Gripen E/F pode ser o grande beneficiário de um, repito, inegável contexto de Guerra Fria já em andamento. E seria bobagem (claro, da FAB eu não duvido nada) deixá-lo em segundo plano por algum problema de ego ferido, tipo a SAAB não conseguir ajudar a EMBRAER a vender uns 3/4 KC-390 para a Flygvapnet, quando a mesma FAB tentou cortar 14 (metade das encomendas de uma aeronave ainda em fase de lançamento, CRIME!!!) Cargos da EMBRAER, tendo que se contentar com cortar "apenas" 9 (entre mais que o dobro até o triplo da esperada encomenda sueca).

E sendo o Brasil não apenas launching customer mas especialmente co-desenvolvedor e co-produtor do único caça 4,5G de custo menor que o já vetusto Viper e com várias distinções, como a capacidade de operar em dispersão fora de bases aéreas e aeroportos (talvez apenas o Super Hornet e, mais limitado, o Rafale M, possam fazer o mesmo, mas a custos pesadíssimos), operando de um dos dezenas de milhares de km de rodovias asfaltadas que há aqui, não vejo BURRICE maior do que desistir de um negócio tão promissor por causa de uma picuinha qualquer.

Claro, a FAB sempre pode estragar tudo ou pelo menos tentar; o cajuzinho foi merecidamente defenestrado - até hoje me pergunto qual seria o misterioso emprego que a tchurma de vermelho o impediu de assumir mas bem-feito - mas seus discípulos continuam na Força...

[FCarvalho]

O Poder Aéreo fez uma observação pertinente da fala do Comandante:

Comandante da Aeronáutica diz que a FAB pode comprar um segundo lote de caças Gripen e também uma outra aeronave

link:
https://www.aereo.jor.br/2024/02/13/com ... -aeronave/

Me parece que estão fazendo um pouco de confusão com isso de segundo lote de Gripen com a compra de mais caças para o contrato atual.
Pelo que entendi, o cmte Damaceno dá a entender que este segundo lote como quem se refere ao aumento das quantidades atuais, e não como sendo uma nova compra independente dos 36(50) do contrato atual.
De qualquer forma, a FAB precisa de ambas, já que uma e outra são complementares entre si do ponto de vista das necessidades da defesa aérea.
Como disse anteriormente, mais 15 unidades agora do Gripen E\F leva à FAB a uma situação muito complicada financeira e orçamentária, no sentido de manter o cronograma de entregas atual, já bastante prejudicado pela falta de empenho do governo, este e passados, em manter os recursos necessários ao programa.
E jogar as entregas para depois de 2027 também impacta na decisão por um segundo contrato de aquisição de novos Gripen E\F, que seriam entregues somente após 2030, com o último caça podendo ser entregue no final da próxima década.
Isto, claro, se o atual padrão de orçamento for mantido ou descer ladeira abaixo, como para ser a tendência.
A ver.

[FCarvalho]

Pessoalmente, não vejo caza complementário melhor para o Gripen E/F do que... o próprio Gripen; no pior dos casos comprar C/D de segunda mão e modernizar, assumindo este as funções do AMX da mesma forma que o E/F fará em relação aos Mirage e F-5...

Se levarmos em conta o curriculum do atual comando da FAB, cmte + EMAer, dá para ver que volta e meia o pessoal sempre parece tentado a voltar às origens e emplacar soluções já carcomidas pelo tempo, bolorentas e cheias de naftalina à problemas velhos, mesmo que em novos contextos. E isso não é muito diferente nas demais forças armadas, sempre bem dispostas a querer resolver problemas antigos com respostas velhas.

Fato é que o programa Gripen E\F tem espaço ainda para não apenas aumentar os números do contrato atual, como emplacar mais dois lotes planejado originalmente, e ainda dispor do mesmo para a aviação naval, que mais cedo do que tarde se verá diante da inevitável troca do A-4 por insolvência operacional.

Isto significa, a priori, coisa de 108 caças (+-45 opções) e outras 12 a 24 unidades para a aviação naval. Na verdade a MB tinha planos para até 48 caças que, com ou sem Nae, seriam necessários para o apoio das operações navais da esquadra.

Um adendo a ser visto e atentado, é o fato de que a própria força aérea sueca pode se ver na situação de envidar mais um lote de Gripen E, com o F de lambuja, para substituir a partir de 2035 os C\D hora sendo modernizados, A pressão política e militar russa, e a reedição da guerra fria podem levar a isso. Antes mesmo que eles tenham um caça 5a G nas mãos.

A linha de produção do Griepen E\F, portanto, estaria assegurada por pelo menos mais 15 anos, lá e cá. Isto é algo que qualquer governo com um mínimo de responsabilidade pense antes de autorizar compras de caças diferentes dos produzidos no país, com todas as consequências que isso trás.

Por outro lado, como expressei nos posts anteriores, outra aeronave pode não significar exatamente um caça, mas um tipo de vetor diferente do qual a FAB já tem, ou terá, demanda no médio e longo prazo. Manter este vetor dentro dos acordos com os suecos é tão relevante quanto correlato à manutenção das compras de lotes subsequentes e sua produção em GPX e Suécia dentro dos acordos militares e industriais entre os dois países.

Enfim, antes de fecharem a linha do Gripen E\F definitivamente por aqui, acredito que ainda veremos a entrega destes caças na vizinhança e quiçá do outro lado do lago. Todos "made in Brazil", diga-se de passagem.

A ver.

[mauri]

Notar que o cmte da FAB não fala em um outro caça, mas em outra aeronave.
Isto abre um leque relativamente grande de interpretações já que o negócio seria com os suecos.
Neste sentido, uma outra aeronave também pode ser isto aqui:



Os E\R-99 não vão durar para sempre. E a vida das células atuais vai até mais 15 anos, se muito.

Não é certeza ou confirmação, mas o imbróglio na fronteira com a Venezuela e Guiana pegou todos os cmtes de surpresa, e ao que parece, está todo mundo agora preocupado em não ser visto, e nem pego novamente, com as calças nas mãos.

Alguns projetos podem ser adiantados e outros revistos em suas prioridades e cronogramas.

Um que a realidade não faz com o serviço público.

Concordo plenamente, se o Comandante estava se referindo a uma Aeronave sueca, e no sentido coletivo, esta é a única opção possivel e viável.

Porém se o português e a força de expressão do Comandante for sofrível, ele se referia, no singular, ao Aerolula II.

[knigh7]

O comandante da FAB estava falando sobre caças:

[mauri]

Mas também falou isso na mesma entrevista:

“O nosso avião que atende ao presidente está com 18 anos. Daqui a pouco, a gente começa um processo de aquisição de outro avião”.

Será que este daqui a pouco não seria o iníco de uma licitação para adquirir uma outra Aeronave presidencial?

[knigh7]

Depois dessa pergunta eles entraram no assunto Yanomami para depois entrarem no assunto dos caças. Não era uma continuação.

[FIGHTERCOM]

O comandante da FAB estava falando sobre caças:

Essa fala de "uma outra aeronave" e aquele slide com o F-16 são sementinhas para discórdia.

Abraços,

Wesley

[knigh7]

E também de preocupação para a SAAB. Se comprássemos o F-16 seria um tapa na cara deles.