TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

[FCarvalho]

Vamos por partes.
A FAB possui hoje cerca de 57 F-5EM em seus inventários. Desconheço a disponibilidade desses caças,

Menos de 37 estão em condições de vôo.

Isso significa menos de 50% de disponibilidade da frota.
É um dato que precisa ser bem analisado e discutido no âmbito da decisão sobre o segundo lote.
Os F-5EM saem de cena até 2027 segundo o plano da FAB. Mas levando em conta tal dificuldade em manter os mesmos voando, é possível que essa data seja antecipada em alguns anos.
Não é de se estranhar que a SAAB já esteja em discussão sobre o assunto neste momento, antes mesmo de a FAB receber o primeiro Gripen E.
É um problema que na verdade pode se tornar uma grande oportunidade.
A ver.

Abs

[FCarvalho]

Na Índia leva quem pagar o maior suborno, são notoriamente corruptos na aquisição de equipamentos estrangeiros.

Se tão corruptos assim, então tem muito a aprender conosco.
Acredito que podemos fazer bons negócios por lá. É só os suecos não atrapalharem que a coisa sai.
Mais de 100 Gripen E para a IAF e outros 54 para a aviação naval indiana. Governo a governo. Enfim, a gente pode até dar umas dicas legais para eles.

abs

[J.Ricardo]

É que já entramos de cabeça no Gripen F, mas talvez, seria mais interessante ter comprado apenas o E e no lugar dos F-5F ter comprado o Leonardo M-346 ou até mesmo o F-X da Boeing.

[FCarvalho]

Olá JRicardo,

O Gripen F está sendo desenvolvido mais como uma aeronave operacional de combate do que propriamente de conversão. Aliás, esta missão vai ser difícil ver ele fazendo, e se fizer, serão gastas com certeza as menores horas de voo nele nos esquadrões. Principalmente se levarmos em conta o largo uso de simuladores, que tende a aprofundar-se nos próximos anos, inclusive na FAB.

Para a conversão operacional, a FAB na verdade ainda não tem uma decisão final. Por enquanto a dupla A-29 e F-5EM estão dando conta, mas com a chegada dos novos caças as coisas podem mudar. Conquanto, tudo vai ficar para mais adiante quando os Gripen E/F estiverem todos aí e as primeiras turmas do 3o Gav começarem a migrar para ele direto do ST. Aí teremos uma visão concreta da realidade, e se esta transição pode ser feita normalmente ou se vai exigir um avião intermediário. Os suecos já estão se perguntando isso por causa da substituição dos seus Sk-105. E obviamente estão conversando com a FAB.

Então, aviões LIFT a jato na FAB, acredito eu, só depois de 2030, se realmente forem necessários. É mais ou menos o mesmo tempo que os suecos esperam começar a substituir os seus treinadores a jato e ter decidido se o T-X, ou outro tipo de aeronave, vale o investimento. Para isso eles continuam conversando com a FAB e a Embraer... também.

A ver.

abs

[arcanjo]

abs.

arcanjo

[FCarvalho]

Este vídeo sempre me traz a memória a mesma pergunta que me fiz desde que o Gripen apareceu no F-X: estamos à altura de tudo que esse caca pode oferecer?
Depois de todos esses anos, ainda não consegui uma resposta satisfatória.

Abs

[Justin Case]

Olá JRicardo,

O Gripen F está sendo desenvolvido mais como uma aeronave operacional de combate do que propriamente de conversão. Aliás, esta missão vai ser difícil ver ele fazendo, e se fizer, serão gastas com certeza as menores horas de voo nele nos esquadrões. Principalmente se levarmos em conta o largo uso de simuladores, que tende a aprofundar-se nos próximos anos, inclusive na FAB.

Para a conversão operacional, a FAB na verdade ainda não tem uma decisão final. Por enquanto a dupla A-29 e F-5EM estão dando conta, mas com a chegada dos novos caças as coisas podem mudar. Conquanto, tudo vai ficar para mais adiante quando os Gripen E/F estiverem todos aí e as primeiras turmas do 3o Gav começarem a migrar para ele direto do ST. Aí teremos uma visão concreta da realidade, e se esta transição pode ser feita normalmente ou se vai exigir um avião intermediário. Os suecos já estão se perguntando isso por causa da substituição dos seus Sk-105. E obviamente estão conversando com a FAB.

Então, aviões LIFT a jato na FAB, acredito eu, só depois de 2030, se realmente forem necessários. É mais ou menos o mesmo tempo que os suecos esperam começar a substituir os seus treinadores a jato e ter decidido se o T-X, ou outro tipo de aeronave, vale o investimento. Para isso eles continuam conversando com a FAB e a Embraer... também.

A ver.

abs

Olá, FCarvalho.
Tenho certeza de que a transição do A-29 para o F-39 será muito mais fácil do que é hoje para o F-5M, pelo menos em termos de pilotagem. Quanto à operação de novos sistemas, teoria e simulador resolvem.
Abraço,

Justin

[J.Ricardo]

Não é o que se tem lido a respeito do F, a FAB sempre se refere a ele como avião para conversão e treinamento.

[FCarvalho]

Olá, FCarvalho.
Tenho certeza de que a transição do A-29 para o F-39 será muito mais fácil do que é hoje para o F-5M, pelo menos em termos de pilotagem. Quanto à operação de novos sistemas, teoria e simulador resolvem.
Abraço,
Justin

Espero que estejas certo Justin, já que os A-29 tem potencialidades ainda não totalmente exploradas em termos de treinamento de conversão por falta de um caça mais moderno na primeira linha.
Quanto aos sistema, creio que o MLU que ele terá de passar na próxima década, com a entrada do Gripen E/F, deve ajudar.
Um Lift a jato na FAB só se explicaria se caso os ST não satisfizessem os requisitos de transição, mas como o conceito do Gripen foi construído desde o início em gestão de sistemas, a pilotagem em si não é um problema. Ou pelo menos não deve ser.
A ver se os ST pode evoluir o suficiente para amparar a formação dos novos caçadores da FAB como estes gestores de sistema de sistemas que é o conceito por trás do Gripen.

abs

[FCarvalho]

Não é o que se tem lido a respeito do F, a FAB sempre se refere a ele como avião para conversão e treinamento.

JRicardo, a FAB hoje só entende um modelo biplace como uma aeronave dedicada à conversão operacional, porque simplesmente ela está limitada às experiências que tem, ou teve, com os caças que possui, no caso dos F-5B/F. Então, ela está limitada, também, doutrinária e operacionalmente a esta condição.

É aceitável que ela fale no Gripen F a priori como uma aeronave para conversão operacional por simplesmente ser isso o que ela sabe e entende fazer com um caça biplace. O que não será necessariamente uma regra quando os Gripen F começarem a chegar.

Em um primeiro momento a FAB terá de se adaptar à aeronave, dado que tudo no Gripen E/F é basicamente novidade em termos de capacidades e competências em termos de guerra aérea.

Depois que o avião estiver totalmente dominado, com certeza a FAB vai começar a expandir os envelopes de emprego do mesmo. Isso é natural e está amparado também em diversas falas de oficiais que acompanham o processo tanto em vídeos como em matérias na internet.

Só vamos dar tempo ao tempo.

abs

[J.Ricardo]

Então Carvalho, mas você esta partindo para a preposição de que a FAB vai mudar sua doutrina, vamos ver, hoje eles querem para isso, treinamento e conversão, por mais restritivo que seja, é a visão deles.

Para essa visão, teria opções mais baratas. Mas torçamos para que aproveitem a oportunidade já que o modelo F é uma realidade (ou quase, já que ainda é um projeto).

[FCarvalho]

Então Carvalho, mas você esta partindo para a preposição de que a FAB vai mudar sua doutrina, vamos ver, hoje eles querem para isso, treinamento e conversão, por mais restritivo que seja, é a visão deles.
Para essa visão, teria opções mais baratas. Mas torçamos para que aproveitem a oportunidade já que o modelo F é uma realidade (ou quase, já que ainda é um projeto).

Sim, concordo, a função de conversão será a principal do modelo F nos primeiros anos de uso do Gripen E.
Mas como eu disse, o avião é uma "pequena maravilha tecnológica" com a qual a FAB nunca conviveu. Para ser bem honesto, o Gripen está tão a frente de tudo o que já tivemos, vimos ou operamos por aqui que a força aérea está tendo que se adaptar a ele, e não o contrário, como haveria de se esperar. Tanto que apenas 8 foram encomendados inicialmente.
Eles irão servir para demonstrar e testar todas as capacidades do caça, assim como formar mão de obra qualificada nele que realmente tirar do pequeno caça sueco tudo que ele pode entregar.
Me permito imaginar que um eventual segundo lote possa contar com bem mais do que apenas 8 unidades do modelo F, uma vez provadas todas as qualidades do caça.
E a FAB não vai mudar a sua doutrina por causa do Gripen, ela já está mudando tudo nela em função dele. A começar pela doutrina. O resto vem em consequência.

abs

[GIL]

É verdadeiro o rumor de que a FAB comprou o missil de cruzeiro Taurus para o NG?

[Túlio]

É verdadeiro o rumor de que a FAB comprou o missil de cruzeiro Taurus para o NG?

Não fiquei sabendo. Aliás, sequer integraram o Taurus ao Gripen E? No C/D eu sei que sim...

[FCarvalho]

Supõe-se que o modelo E tenha maiores facilidades ainda que o C/D para fazer esse tipo de integração. Mas se ninguém pediu o míssil até agora, dos dois países que o compraram, ainda não tem porque fazer essa integração. E quando houver, não creio que haja maiores problemas.

ps: reforçando, o Gripen é tão "super" como caça para a FAB, que eu acho que o pessoal do comando de apoio vai ter muitos problemas para escolher que armas vai querer utilizar no bichinho, já que a há centenas de configurações possíveis, e outras dezenas de tipos e subtipos de armas inteligentes que podem ser levadas. Dentro e fora do catálogo da SAAB.

abs