É, pelo jeito uma das piores apostas deste ano foi torcer CONTRA o Brasil. O abaixo é apenas uma análise, não a Verdade Fundamental, e pode conter erros (a meu ver contém, sendo o mais óbvio essa fé toda de que a Trade War está no fim ou mesmo que vá suavizar: tinha um Trump no meio do caminho ) mas, no fim das contas, me parece em geral bastante acurada (mas tinha um Trump no meio do caminho ).
Cenário 2020: Brasil de Volta ao Grau de Investimento
Por Eduardo Guimarães 17.12.2019 11:19
Na coluna de hoje vou falar sobre a classificação de risco (rating) do Brasil e como a trajetória do risco-país está em queda, devido à aprovação das reformas pelo Governo Federal.
Nessa semana o custo do swap de default de crédito (Credit Default Swap, CDS, na sigla em inglês) de cinco anos do Brasil, uma medida do risco de calote do País, caiu para 100,8 pontos, o menor nível desde maio de 2013, quando o Brasil ainda tinha a classificação de grau de investimento pelas agências de rating.
E boa parte tem as crenças dos Faria Limers que estão descoladas da realidade. Boa parte dos palpiteiros idem.
Enquanto isso, quem era do meio como Armínio Fraga, Henrique Meirelles, Alexandre Schwartsman, Zeida Latif, paulo gala e até o Ilan Goldfajn antecipada que não sairia do baixo crescimento e corria risco de ir para crise fiscal/crise externa. Alias, os estrangeiros estão indo embora desde idos de 2018. Porque antecipam a crise mundial que se desenhava e não confiam no Brasil. Todo mundo sabe. Assim como a reforma da previdência do congresso não faria milagres e o teto de gasto sem alicerces iria desmoronar.
E boa parte tem as crenças dos Faria Limers que estão descoladas da realidade. Boa parte dos palpiteiros idem.
Enquanto isso, quem era do meio como Armínio Fraga, Henrique Meirelles, Alexandre Schwartsman, Zeida Latif, paulo gala e até o Ilan Goldfajn antecipada que não sairia do baixo crescimento e corria risco de ir para crise fiscal/crise externa. Alias, os estrangeiros estão indo embora desde idos de 2018. Porque antecipam a crise mundial que se desenhava e não confiam no Brasil. Todo mundo sabe. Assim como a reforma da previdência do congresso não faria milagres e o teto de gasto sem alicerces iria desmoronar.
Sim sim, claro, naturalmente. O fato de a economia do planeta todo ter ficado em ponto morto por certo nada teve a ver com isso, né? Notar que o post que quotaste tem data, e esta é anterior à admissão por parte da China de ter disseminado o Vírus da Moda ou mesmo admitir que ele existia. Tens algum "especialista" de plantão para mostrar um texto do ano passado ou dos anteriores onde ele demonstrava por A mais B que, pela primeira vez desde a 2GM, os EUA não teriam um único NAe em todo o Pacífico? Ou que as ações da Petrobrás, sem gente roubando, chegariam a valer pouco mais de USD 4? Talvez que o PIB da França cairia nada menos de 6% no Q1?
Profetizar depois que aconteceu até eu. Dúvidas? Te digo agora mesmo os números que saíram no último sorteio da Megassena, mas daí a ganhares...
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Ter Abr 14, 2020 10:29 am
por ramme
Túlio, mas esse oba-oba com a economia brasileira era só dos Faria Limers mesmo, como disse o Bourne. Esse otimismo era só da galera que olha apenas pra dentro da própria empresa ou pros resultados do próprio fundo.
O Brasil não tem mais capacidade de crescer de maneira sustentável acima de 1/2% porque acabou o boom demográfico. O que faria nossa economia crescer acima disso (repito, de maneira sustentável) seria aumentar a produtividade.
Ela está estagnada há 30 anos.
Para aumentá-la, precisamos redesenhar nosso sistema tributário, melhorar ambiente de negócios, fazer profundas alterações no sistema educacional, promover uma série de microreformas em comex, setor financeiro, infraestrutura... Isso para começar.
E essa agenda é conhecida há muito tempo. O que faltou vontade da nossa sociedade em promover as alterações necessárias.
É claro que a crise provocada pela pandemia fez e vai continuar a fazer estrago. Mas nosso futuro - não animador - já era conhecido.
Agora, além de termos que lidar com uma crise sanitária em meio a um crescimento baixo decorrente de uma lenta retomada, antecipamos em alguns anos o ápice do problema fiscal.
Salvar a economia agora através de medidas anticíclicas é essencial. Mas logo ali na frente, teremos que enfrentar as reformas.
ramme escreveu: ↑Ter Abr 14, 2020 10:29 am
Túlio, mas esse oba-oba com a economia brasileira era só dos Faria Limers mesmo, como disse o Bourne. Esse otimismo era só da galera que olha apenas pra dentro da própria empresa ou pros resultados do próprio fundo.
O Brasil não tem mais capacidade de crescer de maneira sustentável acima de 1/2% porque acabou o boom demográfico. O que faria nossa economia crescer acima disso (repito, de maneira sustentável) seria aumentar a produtividade.
Ela está estagnada há 30 anos.
Para aumentá-la, precisamos redesenhar nosso sistema tributário, melhorar ambiente de negócios, fazer profundas alterações no sistema educacional, promover uma série de microreformas em comex, setor financeiro, infraestrutura... Isso para começar.
E essa agenda é conhecida há muito tempo. O que faltou vontade da nossa sociedade em promover as alterações necessárias.
É claro que a crise provocada pela pandemia fez e vai continuar a fazer estrago. Mas nosso futuro - não animador - já era conhecido.
Agora, além de termos que lidar com uma crise sanitária em meio a um crescimento baixo decorrente de uma lenta retomada, antecipamos em alguns anos o ápice do problema fiscal.
Salvar a economia agora através de medidas anticíclicas é essencial. Mas logo ali na frente, teremos que enfrentar as reformas.
Exato! E isso tem sido tentado e todos vimos no que dá, chega ao congre$$o e começa a "desidratar" até ficar irreconhecível. Previdência (insustentável, é pirâmide), Segurança (criminalidade a mil), Trabalho (produtividade), tudo mexido e esculhambado, e do resto mal se fala; e a pandemia DE PÂNICO só ajudou, porque botou a correr das ruas quem faz a diferença, que é o Povo das grandes cidades (os caipiras que nem eu têm que ir pra lá se querem ajudar).
Vou ser franco - baita novidade - cada vez tenho mais dúvidas que o atual PR sequer complete a METADE do seu mandato, eis que um Brasil capaz de passar DOIS ANOS sem escândalos de corrupção é coisa totalmente inaceitável; um só já foi brabo de engolir! Assim, quando o jogo terminar e estivermos todos na mão do "centrão", volta tudo ao "normal", fazem as costumeiras "grandes mudanças" (para ficar na mesma) e nos vamos todos de volta a 1985, e agora sim, firmes rumo ao XUXALIXMX. Eu nem deveria estar reclamando, devo na verdade ser DOIDO, porque em sistemas assim quem é Funcionário Público (meu caso) e tem os amigos certos (de novo, meu caso) é rei.
Queres saber? ABAIXO O BOLSONARO, EU QUERO É O MEU!!!
ramme escreveu: ↑Ter Abr 14, 2020 10:29 am
Túlio, mas esse oba-oba com a economia brasileira era só dos Faria Limers mesmo, como disse o Bourne. Esse otimismo era só da galera que olha apenas pra dentro da própria empresa ou pros resultados do próprio fundo.
O Brasil não tem mais capacidade de crescer de maneira sustentável acima de 1/2% porque acabou o boom demográfico. O que faria nossa economia crescer acima disso (repito, de maneira sustentável) seria aumentar a produtividade.
Ela está estagnada há 30 anos.
Para aumentá-la, precisamos redesenhar nosso sistema tributário, melhorar ambiente de negócios, fazer profundas alterações no sistema educacional, promover uma série de microreformas em comex, setor financeiro, infraestrutura... Isso para começar.
E essa agenda é conhecida há muito tempo. O que faltou vontade da nossa sociedade em promover as alterações necessárias.
É claro que a crise provocada pela pandemia fez e vai continuar a fazer estrago. Mas nosso futuro - não animador - já era conhecido.
Agora, além de termos que lidar com uma crise sanitária em meio a um crescimento baixo decorrente de uma lenta retomada, antecipamos em alguns anos o ápice do problema fiscal.
Salvar a economia agora através de medidas anticíclicas é essencial. Mas logo ali na frente, teremos que enfrentar as reformas.
Exato! E isso tem sido tentado e todos vimos no que dá, chega ao congre$$o e começa a "desidratar" até ficar irreconhecível. Previdência (insustentável, é pirâmide), Segurança (criminalidade a mil), Trabalho (produtividade), tudo mexido e esculhambado, e do resto mal se fala; e a pandemia DE PÂNICO só ajudou, porque botou a correr das ruas quem faz a diferença, que é o Povo das grandes cidades (os caipiras que nem eu têm que ir pra lá se querem ajudar).
Vou ser franco - baita novidade - cada vez tenho mais dúvidas que o atual PR sequer complete a METADE do seu mandato, eis que um Brasil capaz de passar DOIS ANOS sem escândalos de corrupção é coisa totalmente inaceitável; um só já foi brabo de engolir! Assim, quando o jogo terminar e estivermos todos na mão do "centrão", volta tudo ao "normal", fazem as costumeiras "grandes mudanças" (para ficar na mesma) e nos vamos todos de volta a 1985, e agora sim, firmes rumo ao XUXALIXMX. Eu nem deveria estar reclamando, devo na verdade ser DOIDO, porque em sistemas assim quem é Funcionário Público (meu caso) e tem os amigos certos (de novo, meu caso) é rei.
Queres saber? ABAIXO O BOLSONARO, EU QUERO É O MEU!!!
Mas isso não é só culpa do congresso não. Por isso falo que nós, sociedade, não quisemos essas mudanças.
O setor privado bate na porta dos governos o tempo todo querendo benefícios fiscais, vantagens para determinados setores. Nosso sistema tributário é caótico muito em função disso. Todo mundo é especial; por isso, todo mundo tem um regime próprio de tributação.
São anos de governos (de variados espectros) que cedem às pressões de grupos de interesse organizados (federações de indústrias, sindicatos...).
Não é apenas sua classe não... É a sociedade inteira.
Outro exemplo: no Brasil, quem presta serviço não paga imposto (em relação aos outros setores). E veja a dificuldade que é mudar isso... O congresso patina na reforma tributária, porque, dentre outros motivos, é difícil convencer ao setor de serviços que ele deve pagar impostos assim como qualquer outro.
E isso ocorre porque a parcela da sociedade que não quer isso tem representantes lá.
O Brasil não é para principiantes... kkk
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Ter Abr 14, 2020 11:05 am
por Túlio
ramme escreveu: ↑Ter Abr 14, 2020 10:53 am
Mas isso não é só culpa do congresso não. Por isso falo que nós, sociedade, não quisemos essas mudanças.
O setor privado bate na porta dos governos o tempo todo querendo benefícios fiscais, vantagens para determinados setores. Nosso sistema tributário é caótico muito em função disso. Todo mundo é especial; por isso, todo mundo tem um regime próprio de tributação.
São anos de governos (de variados espectros) que cedem às pressões de grupos de interesse organizados (federações de indústrias, sindicatos...).
Não é apenas sua classe não... É a sociedade inteira.
Outro exemplo: no Brasil, quem presta serviço não paga imposto (em relação aos outros setores). E veja a dificuldade que é mudar isso... O congresso patina na reforma tributária, porque, dentre outros motivos, é difícil convencer ao setor de serviços que ele deve pagar impostos assim como qualquer outro.
E isso ocorre porque a parcela da sociedade que não quer isso tem representantes lá.
O Brasil não é para principiantes... kkk
Pois é, cupincha véio, sou Brasileiro há apenas 57 anos e vivenciei coisas que a maioria aqui só conhece via Google/Wiki, portanto nem aprendi ainda que o congre$$o é um santuário de vestais, todas orando e obrando pelo bem do Brasil. Talvez, se por azar eu chegar perto dos 100, deixe de ser principiante e passe a entender alguma coisa...
ramme escreveu: ↑Ter Abr 14, 2020 10:53 am
Mas isso não é só culpa do congresso não. Por isso falo que nós, sociedade, não quisemos essas mudanças.
O setor privado bate na porta dos governos o tempo todo querendo benefícios fiscais, vantagens para determinados setores. Nosso sistema tributário é caótico muito em função disso. Todo mundo é especial; por isso, todo mundo tem um regime próprio de tributação.
São anos de governos (de variados espectros) que cedem às pressões de grupos de interesse organizados (federações de indústrias, sindicatos...).
Não é apenas sua classe não... É a sociedade inteira.
Outro exemplo: no Brasil, quem presta serviço não paga imposto (em relação aos outros setores). E veja a dificuldade que é mudar isso... O congresso patina na reforma tributária, porque, dentre outros motivos, é difícil convencer ao setor de serviços que ele deve pagar impostos assim como qualquer outro.
E isso ocorre porque a parcela da sociedade que não quer isso tem representantes lá.
O Brasil não é para principiantes... kkk
Pois é, cupincha véio, sou Brasileiro há apenas 57 anos e vivenciei coisas que a maioria aqui só conhece via Google/Wiki, portanto nem aprendi ainda que o congre$$o é um santuário de vestais, todas orando e obrando pelo bem do Brasil. Talvez, se por azar eu chegar perto dos 100, deixe de ser principiante e passe a entender alguma coisa...
Túlio... Não quis lhe chamar de principiante. Desculpe se não me fiz entender direito. Quis apenas dizer que as coisas aqui são difíceis...
Mas compreendo sua postura defensiva. As vezes o pessoal se passa por aqui e faz ataques pessoais. De todo modo, não foi meu caso.
Túlio... Não quis lhe chamar de principiante. Desculpe se não me fiz entender direito. Quis apenas dizer que as coisas aqui são difíceis...
Mas compreendo sua postura defensiva. As vezes o pessoal se passa por aqui e faz ataques pessoais. De todo modo, não foi meu caso.
Abs
Não não, cupincha, eu é que peço desculpas, é que debatemos pouco* e por certo não sabes que quando boto carinhas quer dizer que estou levando na brincadeira, POWS!!!
* - Outro lance é que é brabo de me botar na defensiva.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Ter Abr 14, 2020 4:10 pm
por Bourne
Existem vários tipos de fé. É o caso de que todos os problemas do Brasil são derivados do congresso, toda a reforma é boa e vem do executivo, o país precisa de um grande timoneiro, o Presidente tem boas intenções mas o congresso e os políticos não permitem agir, a justiça é imperial e não representa a maioria, os municípios e estados são governados por irresponsáveis populistas e precisa do dedo forte de Brasília para se desenvolverem. As crenças que transpassam esquerda e direita, desenvolvimentistas nacionalistas e internacionalistas, comunas e liberais, tantas outras denominações que aparecem ao longo do tempo.
A coisa é muito mais complicada. O Brasil é uma nação e estado extremamente complexos e conflituosos. Assim como qualquer nação e estado ao redor do mundo. a versão simplificada de dar certo ou errado é mito. Ninguém é bonzinho ou malvadinho. Cada grupo defende o seu e usa o poder para estar em melhor situação. Seja poder, dinheiro, fama entre outros. Ideia básica de qualquer economia política ou ciência política. E que tem influencia sobre estado, eleições, burocracia, tributação e gasto que afetam alocação de fatores, distribuição de renda e crescimento.
E boa parte do mundo está estagnado ou cresce pouco, desigualdade acentuada e produtividade estável. Seja países desenvolvidos (EUA e Europa), seja países em desenvolvimento como Brasil, Argentina, México e Europa Oriental. E a Ásia caminha para ter os mesmos problemas. Não tem mágica e ninguém descobriu a solução.
O sonho do Brasil se resume aos faria limers que tiraram do rabo que o Guedes entende alguma coisa e é liberal. O mercado de capitais brasileiro refletiu saída dos bancos públicos dos empréstimos, redução da taxa de juros representada pela selic e a necessidade das empresas captarem recursos no setor privado. É uma realocação de capital que não impulsionou crescimento real. E com a entrada das fintechs e open bank complementaria a reforma e modernização do sistema financeiro nacional. Não está errado. Na realidade foram mudanças positivas para reduzir custos, melhorar alocação de capital e risco. Porém não foram suficiente para crescer por n outro fatores que não sabemos quais são. E os que sabemos (educação, saúde, infraestrutura, abertura comercial, produtividade setor público, tributação) só mudam no longo prazo.
-----------------------------------------------
Observação sobre Universidade Chicago
O papo de "chicago boys" é termo inventado pela esquerda latino-americana que alimenta a fantasia de que a universidade de chicago tem liberal maluco e fascista disfarçado. Nada disso. A universidade de Chicago era e é um dos centros de estudos e discussão sobre democracia liberal. Incluindo temas como desigualdade, educação, contratos e e políticas públicas, finanças, oligopólio e regulação. Em chicago que nasceu a ideia da renda mínima ou imposto de renda negativo pelo Milton Friedman. Por exemplo, nos dias atuais o Luigi Zingales bate há anos nos problemas do oligopólio das gigantes de tecnologia, problema da desigualdade e que precisa reconstruir o capitalismo, estado e competição
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Abr 15, 2020 6:36 am
por akivrx78
Brasil deve aproveitar crise na credibilidade da China para fazer a lição de casa e atrair investimentos
Pandemia de coronavírus mostrou que não é sustentável concentrar toda a produção mundial em um único país
O texto é bem legal massss.....quem vai querer investir num País cujo Povo está trancado em casa, parte dele NA MARRA? Cujas empresas são PROIBIDAS de funcionar (comércio, indústria, serviços)? Eu não investiria...
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Abr 15, 2020 3:15 pm
por Sterrius
na crise atual eu não investiria em nenhum país fora os que sairão primeiro da crise!
No Brasil só os gigantes que nunca mudam. BAncos, mineração, agricultura, etc.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Abr 15, 2020 3:49 pm
por Bourne
O único país que está "investindo" no exterior é a china. O entre aspas é por estar buscando empresas, infraestruturas e outros ativos baratos devido a crise. Além disso, o mundo está em retração do investimento direto estrangeiro e de fluxo de capitais especulativos. O medo estava presente desde idos de 2015/2016 e agora piorou. Isto é, investidores preferem fazer caixa e aceitar taxa de juros negativos nos países desenvolvidos para não se arriscar nos emergentes e em investimento.
-------------------
Voltemos a renda mínima universal do Milton Friedman.
A ideia básica da renda mínima é dar segurança para individuo ter liberdade para realizar escolhas. Seja quais forem e não é da conta do estado desde que não ocorra ruptura da legislação e direito de outros.
Outra forma de ver a renda mínima é educação universal, sistema de saúde e aposentadoria para idosos e incapazes. A educação para cada individuo poder realizar escolhas, ser competitivo e produtivo na sociedade com reflexos agregados na renda e crescimento.
A saúde passou a ser considerado importante para ser a rede de seguridade para bem-estar do individuo, evitar grandes flutuações de renda e efeitos negativos sobre a sociedade. Por exemplo, evitar que uma família vá falência porque um membro teve câncer em que no futuro vira ônus para o estado, potencial risco coletivo e com efeitos negativos na economia. Por isso, na última uma ou duas década se discute o sistema de saúde universalizado. Em parte, impulsionado pelos problemas de saúde norte-americano (e países que imitaram o não sistema como Chile) que não tem sistema e leva família a falência e cria medo de ir ao médico.
O sistema de previdência e seguridade como forma de compensar quem contribuiu para a sociedade ao longo da vida. Ao mesmo tempo, retirar os idosos do mercado de trabalho em que os de menor renda tendem a tirar vagas dos mais jovens. No Brasil, o Armínio Fraga fala abertamente que todo mundo deveria ter direito a um salário mínimo de aposentadoria após os 65 anos. Enquanto joga o peso da reforma sobre quem ganha mais tais como aberrações que existiam de aposentadorias fora da realidade de tão altas.
A ideia da universalização da educação e saúde no Brasil é coisa do fim século XIX. Não tem nada de novo ou fantástico na implementação MEC e SUS após a constituição de 1988. A Constituição de 1988 representou um novo aprofundamento e garantiu mais recursos e obrigações de gastos. E agora a nova onda é buscar eficiência na medida em que o espaço para aumentar gasto se esgotou. O sistema de previdência e seguridade social é uma ideia antiga que foi ampliada com urbanização aprofundada pela Constituição de 1988 e que passa pela nova onda de reduzir distorções.
O Brasil não começou em 1994, nem 2003, nem 2016 ou 2019. Educação básica gratuita existia em São paulo desde idos de 1800 com pedidos das comunidades por escolas e professores. A saúde existia e existem a figura das santas casas. Na década de 1970, o Geisel aprovou a aposentadoria rural para ajudar os velhinhos necessitados da zona rural.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qua Abr 15, 2020 5:35 pm
por Penguin
Relação de testes clínicos brasileiros relacionados ao COVID-19 mapeados pelo US National of Medicine:
O texto é bem legal massss.....quem vai querer investir num País cujo Povo está trancado em casa, parte dele NA MARRA? Cujas empresas são PROIBIDAS de funcionar (comércio, indústria, serviços)? Eu não investiria...
Ninguém vai realizar investimentos diretos (IED) agora e nem nos próximos meses em lugar nenhum.
Não é o Brasil que está trancado. É o mundo...com algumas poucas exceções: Nicaragua, Bielorrússia,Turcomenistão.
Global FDI flows are expected to drop by 30% to 40% across all sectors, according to the United Nations Conference on Trade and Development. The extent to which Latin America’s more vulnerable countries will be hit by this and Covid-19, remains to be seen.