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Re: Sobre o KC-390
Enviado: Seg Abr 07, 2025 2:17 pm
por FCarvalho
Embraer e Denel assinam Memorando de Entendimento para cooperação no KC-390 Millennium
https://www.defesanet.com.br/defesa/emb ... illennium/
A Denel vive. Só não aproveita quem não quer.
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Ter Abr 08, 2025 3:09 pm
por FCarvalho
Para quem anda pensando em KC-390 IVR, principalmente para patrulha marítima, o atual radar do avião, o Gabbiano TS pode ser uma opção dada as suas capacidades e versões apresentadas pela Leonardo.
https://www.leonardo.us/radar-gabbiano
Além deste modelo, a empresa italiana oferece outros recursos de sensores e radares para plataformas de patrulha aérea naval.
https://www.leonardo.us/radar
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Sex Abr 11, 2025 3:13 pm
por FCarvalho
Delegação tcheca visita instalações da Embraer e inspeciona produção do C-390 Millennium
https://www.aereo.jor.br/2025/04/10/del ... illennium/
Eu tenho aqui com os meus botões que húngaros e tchecos ainda vão voltar às compras de KC-390 assim que suas encomendas atuais sejam incorporadas, e o avião atingir o seu FOC nas respectivas forças aéreas.
Quem tem dois, pode ter um, como reza o dito popular.
Áustria e Eslováquia, vizinhos de ambos, vão receber 4 unidades cada, com a Polônia muito provavelmente adquirindo pelo menos 4 a 6 unidades, como fez Portugal, o que permite maior flexibilidade e disponibilidade da frota.
É uma mera questão de matemática.
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Dom Abr 13, 2025 3:07 pm
por FCarvalho
Segundo o Caiafa em live da semana passada no BMVM, se é que eu ouvi corretamente, a Embraer teria afirmado junto aos poloneses que para a instalação de uma linha de produção no país seria necessário cerca de 30 a 35 unidades do KC-390 a fim de pagar o investimento. Particularmente, não chego a duvidar deste número, dado que as 28 unidades compradas inicialmente pela FAB neste projeto foi o mínimo determinado pela empresa para abrir uma linha de produção em GPX e pagar o investimento, fora as vendas para os 3 países estrangeiros partícipes do projeto.
Pois bem, a Polônia obviamente não precisa, e não irá comprar tantos aviões assim, ao mesmo tempo que os vizinhos próximos estão também interessados, e negociando seus próprios contratos com a Embraer em relação ao KC-390. A demanda europeia hoje é de cerca de 27 unidades entre contratos firmes e aguardando assinatura.
Como se sabe, a Embraer está em negociações com vários países europeus, de forma que as vendas obtidas nos próximos dois anos, pelo menos, podem ser vislumbradas dentro do arcabouço do possível negócio com os poloneses, tendo em vista o tempo necessário para a montagem da cita linha de produção no país. Neste sentido, países com Grécia, Turquia, Finlândia, Dinamarca e Croácia, bem como a própria Polônia, obviamente, já demonstraram interesse no cargo da Embraer, poderão se beneficiar do atual momento em termos financeiros, onde a UE está facilitando financiamento para o setor de defesa. A Suíça pode adquirir o KC-390 por conta própria, conforme o interesse demonstrado pela força aérea do país.
Se cada país acima, por exemplo, comprar uma média de 4 unidades, fora a Polônia, já se teria assegurada a parte financeira do investimento na linha de produção da Embraer naquele país, que presumo, deve buscar uma quantidade suficiente para substituir na proporção 1x1 os atuais 5 C-130H em operação, e que estão substituindo os modelos C-130E empregados até então, podendo mesmo ultrapassar tal quantidade.
Assim, não se pode descartar que a Polônia esteja neste momento negociando paralelamente com seus vizinhos a produção de seus KC-390 no país através das facilidades ofertadas pela UE neste momento. Em termos de recursos para investimento, países como Bulgária, Romênia, Croácia, Grécia, além de países pequenos dos bálcãs, como Albânia, Montenegro e Macedônia, que não tem como adquirir o avião brasileiro por conta própria, seriam beneficiados, caso optassem pelo financiamento do UE.
É de se admitir que aos poloneses interessa, e muito, uma linha de produção no país, tendo em vista o exposto acima. E também deve interessar aos futuros candidatos a operar o KC-390 que ele possa ser produzido na Europa, dado que isto facilitaria o seu acesso aos recursos necessários para sua aquisição. É na verdade um jogo de ganha-ganha, onde basicamente o avião brasileiro não tem competidor real.
A ver.
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Dom Abr 13, 2025 3:49 pm
por FCarvalho
Vendas e Contratos confirmados na Europa para o KC-390 em Abril 2025:
1. Portugal - 5(6) unidades;
2. Rep Checa - 2 unidades;
3. Hungria - 2 unidades;
4. Holanda - 5 unidades;
5. Áustria - 4 unidades;
6. Eslováquia - 4 unidades;
7. Suécia - 4 unidades;
Total: 26 unidades
Campanhas de Vendas e Países Interessados de conhecimento público na Europa para o KC-390 em Abril 2025 - conforme fontes abertas na internet:
1. Suíça;
2. Croácia;
3. Polônia;
4. Grécia;
5. Turquia;
6. Finlândia;
7. Dinamarca;
Campanhas de Vendas sem confirmação de interesse no KC-390 em Abril 2025 - conforme fontes abertas na internet:
1. Bulgária;
2. Romênia;
3. Noruega;
4. Reino Unido;
5. Irlanda;
6. Itália;
7. Sérvia;
8. Espanha;
9. Alemanha;
Existem casos especiais de países muito pequenos e que não tem condições por si mesmo de bancar a compra do KC-390, mas que eventualmente poderão vir a ser favorecidos nesta questão pela UE, de acordo com os dados abertos na internet.
Tais países seriam as três nações do báltico, se optassem por dispor de tal capacidade, e também os pequenos Estados da região dos Bálcãs, como Albânia, Montenegro, Macedônia do Norte e Bósnia Herzegovina, caso esta tivesse uma força aérea.
Não vejo nenhum destes Estados comprando mais do que 2 unidades do KC-390, se muito, mas já seria um acréscimo fenomenal para a atual capacidade de transporte destas forças aéreas, praticamente inexistente nos dias atuais.
Dos 16 países listados acima dentro das campanhas de venda, com ou sem interesse público manifesto, se considerarmos uma média de 4 unidades vendida por país, isto gera uma perspectiva de negócios no mercado europeu, a curto e médio prazo (5 a 10 anos), de cerca de 64 unidades do KC-390. Claro, não é nem de longe um número impressionante do ponto de vista comercial frente ao C-130 Hércules, mas, levando-se em conta as perspectivas originais de venda do avião no início do projeto, e propostas pela Embraer, é literalmente um verdadeiro milagre comercial - mas principalmente político - chegar a tais quantidades no continente europeu.
Diante do que estamos vendo hoje na atual política de relações militares, diplomáticas, e comerciais entre USA e Europa, presumo que nem nos sonhos mais dantescos dos engenheiros da Embraer que conceberam e projetaram o KC-390 há mais de 10 anos atrás, se vislumbraria o fato concreto desta aeronave poder vir a se tornar de fato o principal vetor tático militar europeu. E estamos falando de algo que pode acontecer até o final desta década, e não nas próximas décadas.
A oferta de uma linha de produção na Polônia com certeza não foi uma jogada a esmo de parte da Embraer.