Nos tempos da Dilma e da reeleição, quem alertava do apocalipse era neoliberal, magoado que não aceitava a felicidade do povo. No fundo eram otimistas porque previam uma leve recessão e rápido ajuste. Não o desastre que vivemos até hojeSterrius escreveu: Sex Mai 31, 2019 11:26 pm que todos estão falando do apocalipse desde o governo dilma já todos falávamos.
È só uma questão de acertar o quão ruim ele vai ser ~^.
Agora Tulio, Brasil tem que sofrer uns 3 apocalipses pra chegar lv Venezuela![]()
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Tamos mais pra uma Década de 80 Remake.![]()


Apesar das tentativas da Dilma II e das reformas Temer as coisas não mudaram muito. Na verdade estão bem piores na medida em que as opções estão se reduzindo e estamos cada vez mais próximos de ser uma Argentina. Está ruim em 2019, mas 2020 e 2021 vai piorar. As reformas não vão ter efeitos rápidos, não tem como cortar mais gasto ou aumentar impostos.
O tacho de receitas extraordinárias (outras que não tribuárias) está sendo raspado (concessões em infraestrutura, desinvestimento da Petrobras e desmembramento dos bancos públicos, devolução de dinheiro dos bb, bndes e caixa). Em que boa parte ações estavam previstas desde a Dilma II e tinham planejamento efetivo no Temer. O compromisso era desmontar as besteiras do Dilma I, buscar receitas extraordinárias para financiar o ajuste e atrair investimento privado.
Do lado da despesa, dinheiro para investimento e manutenção desapareceu. O custeio foi reduzido para nível perigoso que impossibilita o funcionamento da estrutura de estado. Abertura de concursos e contratações inviabilizada pelas novas normas. Por exemplo, algumas universidades federais anunciaram planejamento de cortes agressivos para junho/julho que é período de férias e recesso. E deixaram claro que se não tiver liberação de verbas não terá aula no segundo semestre e pode cancelar os processos seletivos. A situação é desesperadora. Outros estruturas estão iguais ou piores, mas não conseguem fazer barulho.
No Brasil o pessoal que coloca a opção na mesa de vender reservas e ou pedir dinheiro para FMI é a última fronteira antes de gerar inflação para o governo não entrar em colapso fiscal. E quando começa a gerar inflação para pagar as contas públicas (monetização déficit como chamam por aí) não tem ideia da onde vai parar. Assim pode ser uma ou duas décadas perdidas até tentar chegar como foi na década de 1990/2000. A Argentina aceitou gerar inflação para empurrar o ajuste para frente. O resultado é instabilidade e crises persistente. É como se os argentinos tivessem presos em redemoinho que quanto tentam fazer ajuste e sair são arrastados de volta.
O engraçado é que o tal dinheiro do FMI, se for necessário, possivelmente vai depender da bondade chinesa em ceder as centenas de bilhões. Porque é o único país grande, que possui muitas reservas em moeda estrangeira, precisa e quer investir no exterior e precisa do Brasil.
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Editado para correções de português e entendimento. Problemas com a bebida