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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qua Abr 17, 2019 2:40 pm
por Bourne
O problema dos caminhoneiros tem como origem a economia estar parada.

Assim, de um lado, existe o excesso de caminhões que teve origem no boom do crédito fácil e crescimento entre 2009-2014 que atraiu investimento e gente que não era do ramo. De outro, a economia encolheu e não tem demanda para transportes e ramos correlacionados. O resultado é que não conseguem receita para cobrir custos, especialmente aqueles que tinham financiamento e operavam equipamentos mais caros. E tanto outros, se não quebraram estão em vias, insistem e trabalham abaixo do custo de manutenção.

Não adianta dar crédito para quem tem nome sujo ou, se tem nome limpo, precisa de receita para ter retorno e pagar o financiamento. Ao contrário pode motivar outros grupos (setores industriais, agricultura, construção, entre outros) fazerem o mesmo e pressionarem o governo. É o caso dos pequenos plantadores de cana de São Paulo que quebraram e vão precisar de ajudar para ir para outro ramo como milho, soja, batatas, etc..Os produtores de leite choraram e ganharam algum benefício.
Caminhoneiros dizem que crédito 'é esmola' e não descartam nova paralisação
Ministro anunciou liberação de R$ 500 mi, com limite de R$ 30 mil por pessoa

16.abr.2019 às 15h27
Atualizado: 16.abr.2019 às 19h09

Motoristas de caminhão que participaram da paralisação de 2018 criticaram as medidas anunciadas nesta terça-feira (16) pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

Caminhoneiros não descartam novas paralisações. Segundo lideranças, as principais reivindicações da categoria —cumprimento do tabelamento do frete e redução do preço do diesel— não foram contempladas no anúncio de hoje.
Spoiler!
Para a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), as medidas anunciadas não dissolvem as tensões na categoria.

O governo de Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta terça-feira (16) uma linha de crédito de R$ 500 milhões para a categoria. Também prometeu melhorias nas estradas e a construção de pontos de descanso em rodovias federais.

"Nada do que o ministro da Infraestrutura anunciou nos ajuda. É um avanço conseguir pegar dinheiro no BNDES a baixo custo? É. Mas hoje, mais da metade dos caminhoneiros está com o nome sujo no Serasa. Nós vamos conseguir pegar esse crédito?", questiona Wanderlei Alves, o Dedéco, de Curitiba (PR).

O valor será disponibilizado para profissionais da área de transporte rodoviário pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Alves diz que não representa toda a classe. "Eu tenho os caminhoneiros que estão comigo. E faço parte de um grupo com outros amigos, que têm outros caminhoneiros com eles. Isso faz uma rede de mais de um milhão de caminhoneiros."

Para o motorista, haverá novas paralisações. "O pessoal está eufórico. Vai parar dia 21 de maio. Isso se não parar antes, se houve aumento do diesel", afirma.

Sobre a linha de financiamento, Alves diz que os motoristas não estão conseguindo pagar as parcelas dos caminhões e por isso estão com o nome sujo.

Segundo Daniel Reis de Oliveira, o Queixada, que faz parte do mesmo grupo de Alves, há muitos motoristas que não conseguem pagar os financiamentos por causa do baixo valor pago dos fretes e preço alto do diesel.

"As agências estão lotadas de carro de gente que não conseguiu pagar. Não resolve sair liberando mais financiamento para quem já está endividado", diz.

Ariovaldo Junior Almeida, diretor do Sindicato dos Caminhoneiros de Ourinhos, interior de São Paulo, chamou de "esmola" o crédito oferecido.

"É melhor do que nada, mas é esmola. Trinta mil reais não dá para 15 pneus. O caminhoneiro precisava de uma linha de crédito de R$ 200 mil", afirmou.

A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) afirmou que não irá se pronunciar sobre as medidas anunciadas pelo governo.

Em nota, a CNTA afirma reconhecer "o esforço do governo e se mantém positiva com a postura aberta ao diálogo desta gestão".

A entidade também cobra a fixação de um preço mínimo para os fretes e fiscalização.

“São medidas importantes, que beneficiam o caminhoneiro e o valoriza como profissional. Porém, ainda aguardamos uma resposta sobre nosso principal anseio, que é o cumprimento da lei do piso mínimo do frete”, diz o presidente da entidade, Diumar Bueno.

Segundo a nota da associação, a tabela "garante que o profissional autônomo tenha condições mínimas de se manter no mercado mesmo com as oscilações dos seus insumos e regula toda a negociação da contratação de frete".

As ações divulgadas pelo governo Bolsonaro:

Financiamento:
linha de financiamento do BNDES no total de R$ 500 milhões para cobrir custos de manutenção e compra de pneus
caminhoneiros autônomos (que possuírem até dois veículos por CPF) poderão ter acesso a uma linha de crédito de até R$ 30 mil no banco de fomento para gastos com manutenção
o governo não informou a partir de quando isso estará disponível

Obras:
destinar R$ 2 bilhões do Orçamento ao Ministério da Infraestrutura para obras prioritárias em estradas, em especial manutenção de rodovias
o Palácio do Planalto informou que foram descontingenciados R$ 2 bilhões do Orçamento previsto para a pasta que serão investidos para a conclusão em obras prioritárias, como a pavimentação da BR-163
desse valor, R$ 900 milhões irão para a recuperação da capacidade da malha rodoviária brasileira

Apoio:
construção de pontos de paradas e apoio para caminhoneiros nas estradas; é uma demanda antiga da categoria uma melhoria de infraestrutura nas estradas para que os profissionais tenham ponto de apoio para repouso, banho e refeições;
o governo se comprometeu a incluir a construção desses locais nas próximas concessões de rodovias que forem feitas e a pedir que concessionários adotem esse padrão nos trechos que já administram

Tabela do frete:
maior rigor para fiscalização do cumprimento do valor do frete
o governo prometeu criar mecanismos para garantir garantir o cumprimento do preço do frete e formas de facilitar a contratação do trabalho de caminhoneiros autônomos
não foram divulgados detalhes

Cooperativas:
estímulo à cooperativas
por meio de aplicativos e desenvolvimento de Tecnologia da Informação, incentivar a criação de cooperativas que possam melhorar a vida dos profissionais autônomos
o Ministério da Infraestrutura estuda mecanismos de que isso seja feito

Desburocratização:
desburocratização transporte de cargas por meio de certificado eletrônico (processo está em andamento no ES, deve ser ampliado para todo o país)
um modelo que unifica procedimentos eletronicamente e está sendo adotado no Estado do Espírito Santo deve ser replicado para os demais estados do país. Não há prazo para que isso ocorra

Cartão-combustível:
medida anunciada pela Petrobras que pode garantir crédito para caminhoneiros gastarem com combustível
Petrobras divulgou a criação do cartão e seu funcionamento e de que forma isso vai ajudar a mitigar o impacto do preço do diesel será anunciado ainda pela petroleira
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... lema.shtml
O movimento similar está acontecendo em outros ramos como relacionados com construção civil, infraestrutura e mineração, comércio e distribuição, agricultura entre outros. Quando a atividade para entrava toda a rede de fornecedores. A falta de perspectiva leva com que equipamento relativamente novo fique apodrecendo ao relento por anos porque não tem comprador. Por exemplo, o Rio de Janeiro é um cemitério de equipamento de construção, veículos entre outros usados.

Estou percebendo na construção civil e obras que os clientes estão comprando igual ou menor do que em 2018. E por ai o sentimento é bem similar que tá todo mundo esperando alguma coisa e/ou está sem dinheiro. E fui procurar outros business e bicos e tá tudo parada ou paga muito pouco.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qua Abr 17, 2019 3:35 pm
por Sterrius
Argentina começou a congelar preços. Questão de tempo pra estourar aqui no Brasil e atingir ainda mais a industria do Sul do país.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qua Abr 17, 2019 5:13 pm
por Bourne
Para completar o combo da desgraça.

O autor propõe é que falta demanda e precisa de estimulo. E o estimulo viável é reduzir taxa de juros. Já que a país está quebrado e não tem como reduzir tributação ou aumentar gasto. O problema é que a inflação está acelerando. O BC não pode mais baixar os juros e, mesmo que baixe, não quer dizer que vá estimular alguma coisa.

O que sobra é reza para ter um boom das commodities ou por algum motivo as exportações disparem.
O IBC-BR calculado pelo Banco Central do Brasil apresentou uma queda de 0,73% em fevereiro na comparação com janeiro de 2019. É o segundo mês consecutivo de queda do indicador que é uma espécie de “prévia” do PIB apurado no Sistema de Contas Nacionais do IBGE. Em janeiro de 2019 o IBC-BR apresentou uma queda de 0,31% com relação a dezembro de 2018.

O comportamento do IBC-BR aponta para a possibilidade concreta de uma contração do PIB no primeiro trimestre de 2019, interrompendo assim a mais lenta trajetória de recuperação do nível de atividade econômica desde 1981 (Ver gráfico 1)

https://jlcoreiro.files.wordpress.com/2019/04/recessc3a3o.png?w=529&h=328

A lenta recuperação do nível de atividade econômica desde o fim da recessão do período 2014-2016 tem como contrapartida a manutenção de um nível persistentemente alto de capacidade ociosa. Com efeito, conforme podemos observar na figura 2 abaixo, elaborada pelo economista Ricardo Barboza do grupo de conjuntura econômica do IE-UFRJ, a média aparada obtida a partir de 6 metodologias diferentes para o cálculo do produto potencial mostram que a economia brasileira se encontra 4,3% abaixo do produto potencial, o que significa um desperdício de recursos da ordem de aproximadamente R$ 315 bilhões. Se a economia brasileira estivesse hoje (abril de 2019) operando ao nível do produto potencial, a receita tributária do setor público consolidado teria um acréscimo mais de R$ 90 bilhões com relação a previsão para o ano de 2019, o que representa 64% do déficit primário estimado (R$ 139 Bilhões) pelo Ministério da Economia para o corrente ano.

Gráfico 2 : Estimativas do Hiato do Produto

https://jlcoreiro.files.wordpress.com/2019/04/hiato-do-produto-.png?w=529&h=332

Autor: Ricardo Barboza.

A persistência de um hiato do produto significativo por um período tão longo de tempo após o término oficial da recessão de 2014-2016 é sintoma claro de uma economia que padece de insuficiência crônica de demanda efetiva.

Existem diversos fatores que explicam o porque da demanda efetiva ter se mostrado cronicamente insuficiente nos últimos anos para permitir a eliminação completa do hiato do produto, mas um fator particularmente importante consiste no fato de que a política monetária brasileira tem se mostrado insuficientemente estimulativa, como apontado recentemente por Borges e Borça (2019a, 2019b). Embora o Banco Central do Brasil tenha realizado um processo de redução significativa da taxa Selic, tanto em termos nominais como em termos reais desde o final do segundo semestre de 2016, o valor neutro da taxa Selic – ou seja, o valor da taxa Selic que é compatível com uma inflação estável – também se reduziu ao longo desse período (ver figura 3) em função do efeito que o aumento do desemprego tem sobre as famílias que continuam empregadas durante a recessão, levando-as a reduzir seus gastos de consumo por razões puramente precaucionais (ver Vines e Wills, 2018). Dessa forma, a redução da taxa neutra de juros ocorreu concomitantemente ao processo de flexibilização monetária por parte do Banco Central do Brasil, reduzindo assim a amplitude do estímulo monetário dado para a economia brasileira.

https://jlcoreiro.files.wordpress.com/2019/04/selic-neutra.png?w=529&h=411

Não é mais possível ou desejável esperar pela aprovação da Reforma da Previdência para então dar o estímulo monetário adicional que a economia brasileira precisa desesperadamente para não cair novamente em recessão. Usando uma metáfora adaptada da medicina a economia Brasileira é um como paciente que está sofrendo de bradicardia (ritmo cardíaco insuficiente), enquanto a equipe médica responsável pelo mesmo deseja realizar uma cirurgia bariátrica para resolver um problema de obesidade mórbida. Está claro que a obesidade mórbida é um risco para a vida do paciente no médio e longo-prazo e que, portanto, a cirurgia bariátrica é o tratamento adequado. Contudo, se a cirurgia for feita sem haver sido resolvido o quadro de bradicardia – o que exige, provavelmente, a implantação de um marca-passo – o risco é o paciente morrer na sala de cirurgia.

O Banco Central do Brasil precisa assumir sua responsabilidade com o presente da economia brasileira e reiniciar o processo de redução da taxa básica de juros já na próxima reunião do COPOM. Se não fizer poderá ser tarde demais para salvar … 2020.

Referências Bibliográficas.

Borges, B; Borça Jr, G.(2019a). “O quão estimulativa é a política monetária brasileira”. Blog do IBRE, 03 de janeiro.
Borges, B; Borça Jr, G.(2019b). “Deve o BC reduzir a Selic? Sim, e não estará desrespeitando o sistema de metas”. Blog do IBRE, 14 de fevereiro.
Vines, D; Wills, S. (2018). “The Financial System and the Natural Real Interest Rate: towards a ´new benchmark model”. Oxford Review of Economic Policy, Vol. 34, n.1, pp.252-268

https://jlcoreiro.wordpress.com/2019/04 ... NagVc3yrlg

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qua Abr 24, 2019 10:05 am
por GIL

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Mai 07, 2019 5:20 pm
por Bourne
Só para avisar que o Brasil está beirando o "shutdown". Isto é, falta R$ 250 bi para fechar as contas do ano e precisa da autorização do congresso para emitir dívida no mercado.
O relógio corre contra o tempo no Congresso
Já se sabia que o governo precisaria de R$ 248 bi extras, a surpresa foi ele protelar negociação

Fonte https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... esso.shtml
Dois cenários possíveis

:arrow: Cenário 1 - o congresso não aprova ou aprova um valor muito menor. A consequência é o "shutdown" que pode ser descarado que é não pagar os salários e fechar as estruturas de estado. Ou, como alternativa, disfarçado com bloqueio de recursos e parcelamento de salários. As duas são indicações muito ruins para o mercado e setor privado. o cenário similar ao da Grécia.

:arrow: Cenário 2 - o congresso aprova o crédito de R$ 250 bi para não deixar os aposentados sem aposentadoria e nem fechar estruturas de estado. O problema é que vai gerar a mensagem de que as finanças do governo federal estão em colapso e o mercado pode não comprar os títulos. Assim impondo a solução do banco central comprar os títulos e preparar o caminho para volta do capitão inflação. Estilo década Brasil década de 1980

Os dois cenários são terríveis. O governo federal está passando a tesoura em tudo (MEC bloqueio de 30%, Forças armadas 48%, mudança climática 95%, cancelamento de concursos públicos, por exemplo) porque precisa reduzir ao máximo o gasto. Ao mesmo tempo em que corre atrás de receitas extraordinárias (recursos parados no BNDES, BB e Caixa, privatização, recursos do pré-sal, entre outros). E vai piorar em 2020 porque o buraco nas contas públicas vai continuar.

Não dá para aumentar impostos porque não tem espaço. A economia está em rota de recessão derrubando a arrecadação. os nacionais não investem. As famílias não tem renda e crédito. Os estrangeiros do mercado financeiro estão fugindo e as multinacionais congelando investimentos. As exportações em colapso pela guerra comercial internacional e bobagens nacionais.

Poderia ser diferente se o governo tivesse feito algo de fato. Mas não fez. Só fala sabe brigar entre si. :roll:

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Mai 07, 2019 5:58 pm
por xatoux
Forças Armadas terão corte de 43% no orçamento



Os comandantes militares foram informados de um corte de 43% no orçamento das Forças Armadas durante seu almoço com Jair Bolsonaro hoje em Brasília, relata Miriam Leitão.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse que terá de ser buscada uma saída, mas os chefes militares saíram sem ter ideia de como pôr em prática um corte desta dimensão.



“Nem no governo do PT aconteceu um corte desse tamanho”, afirmou um dos generais presentes, segundo o relato da colunista de O Globo.

https://www.oantagonista.com/brasil/for ... orcamento/

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Mai 09, 2019 9:21 am
por GIL
Bourne escreveu: Ter Mai 07, 2019 5:20 pm Só para avisar que o Brasil está beirando o "shutdown". Isto é, falta R$ 250 bi para fechar as contas do ano e precisa da autorização do congresso para emitir dívida no mercado.
O relógio corre contra o tempo no Congresso
Já se sabia que o governo precisaria de R$ 248 bi extras, a surpresa foi ele protelar negociação

Fonte https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... esso.shtml
Dois cenários possíveis

:arrow: Cenário 1 - o congresso não aprova ou aprova um valor muito menor. A consequência é o "shutdown" que pode ser descarado que é não pagar os salários e fechar as estruturas de estado. Ou, como alternativa, disfarçado com bloqueio de recursos e parcelamento de salários. As duas são indicações muito ruins para o mercado e setor privado. o cenário similar ao da Grécia.

:arrow: Cenário 2 - o congresso aprova o crédito de R$ 250 bi para não deixar os aposentados sem aposentadoria e nem fechar estruturas de estado. O problema é que vai gerar a mensagem de que as finanças do governo federal estão em colapso e o mercado pode não comprar os títulos. Assim impondo a solução do banco central comprar os títulos e preparar o caminho para volta do capitão inflação. Estilo década Brasil década de 1980

Os dois cenários são terríveis. O governo federal está passando a tesoura em tudo (MEC bloqueio de 30%, Forças armadas 48%, mudança climática 95%, cancelamento de concursos públicos, por exemplo) porque precisa reduzir ao máximo o gasto. Ao mesmo tempo em que corre atrás de receitas extraordinárias (recursos parados no BNDES, BB e Caixa, privatização, recursos do pré-sal, entre outros). E vai piorar em 2020 porque o buraco nas contas públicas vai continuar.

Não dá para aumentar impostos porque não tem espaço. A economia está em rota de recessão derrubando a arrecadação. os nacionais não investem. As famílias não tem renda e crédito. Os estrangeiros do mercado financeiro estão fugindo e as multinacionais congelando investimentos. As exportações em colapso pela guerra comercial internacional e bobagens nacionais.

Poderia ser diferente se o governo tivesse feito algo de fato. Mas não fez. Só fala sabe brigar entre si. :roll:
Cenario 3, o apatrida e corrupto congresso aprova a reforma da previdencia como o primeiro passo para que o governo siga com os seguintes passos pensados na area economica.


Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Mai 09, 2019 3:15 pm
por Sterrius
efeitos da reforma da previdencia só serão sentidos em 2020. A janela é +- uns 6-8 meses após aprovação.
Logo mesmo que fosse aprovado amanha não mudaria nada.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Mai 09, 2019 3:33 pm
por gusmano
Olha.. o governo não consegue nem manter o COAF aonde quer, imagina como essa reforma vai passar.

É impressionante a incapacidade politica do executivo. Só não é surpreendente, mas é impressionante.

abs

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Mai 09, 2019 3:37 pm
por Bourne
Alguma reforma passa. Só não sabemos qual.

É otimismo que a reforma da previdência será sentida ano que vem. Com muito boa vontade e fé em três-cinco anos. E mesmo que tenha esse efeito fantástico de redução de gasto primário e aumento da arrecadação não chega nem perto de cobrir o déficit orçamentário previsto. Isso estava no pacote na Dilma e no Temer. Os efeitos fiscais são de médio e longo prazo.

O problema central e que a economia não cresce e está em rota de recessão. Assim a arrecadação está bem abaixo do que deveria, eleva o déficit fiscal e faz a dívida disparar. Hoje estimativa de uns R$ 90 bi mais de arrecadação se o produto fosse igual ao potencial. Ou seja, já não estaria em rota de colapso fiscal ou, pelo menos, seria um processo bem mais lento.

Isso significa que o governo vai continuar bloqueando os recursos não obrigatórios. E caminha para o colapso fiscal. Os estrangeiros sentiram e caíram fora. Os nacionais também, mas não falam.

E o capitão inflação está em alerta e pode ser chamado. A inflação pular para 20, 30 ou 40% ao ano é algo que poderia ser algo aceitável e a saída menos dolorosa.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Mai 09, 2019 8:22 pm
por prp
Sem dizer que a própria reforma da previdência é um SUMIDOURO de recursos no curto prazo, uma vez que a União deverá levantar uma fortuna para implementar a capitalização. Alias, este é um dos GRANDES entraves.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Mai 09, 2019 11:23 pm
por Sterrius
Só um milagre de boom de commodities salva o brasil pelo visto.

COmo não to vendo nada disso tão cedo. Veremos o que virá por ae.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Mai 10, 2019 10:25 am
por Bourne
O capitão inflação está se preparando.
IPCA fica em 0,57% em abril
Editoria: Estatísticas Econômicas
10/05/2019 09h00 | Atualizado em 10/05/2019 09h07

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA de abril foi de 0,57% e ficou 0,18 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de março (0,75%). A variação acumulada no ano foi de 2,09%. Essas duas variações são as maiores para um mês de abril desde 2016 (0,61% e 3,25%, respectivamente). O acumulado dos últimos doze meses foi para 4,94%, contra os 4,58% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2018, a taxa foi de 0,22%. O material de apoio do IPCA está à direita desta página.

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/a ... 7-em-abril
Olhem o cenário em que a inflação acelera com economia parada e/ou em queda. Sinal que vai dar problema. A meta de inflação para esse ano é 4,25%. Salvo que seja derrubado nos próximos meses ficará acima da meta ou bem acima.

Por algum motivo obscuro o mercado as expectativas de mercado não captaram o movimento. O BC está até bonzinho demais frente a dinâmica que está se formando e que tem como origem a perspectiva do colapso fiscal.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Mai 10, 2019 11:25 am
por GIL
A gente já sabe que qualquer reforma somente vai ser sentida depois de 2019, a questão é que precisamos de uma sequencia de reformas e tudo começa na reforma da previdencia.

O problema não esta na suposta incapacidade do governo, papo furado de gente que deseja que tudo de errado e sim na incapacidade do legislativo legislar sem levar propina.

De todas formas ainda que esse governo fosse em maior ou menor medida, incapaz.
Sempre vou preferir um governo incapaz porem bem intencionado e honesto que um incapaz, entreguista e corrupto.


Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Mai 10, 2019 11:28 am
por Bourne
Sterrius escreveu: Qui Mai 09, 2019 11:23 pm Só um milagre de boom de commodities salva o brasil pelo visto.

COmo não to vendo nada disso tão cedo. Veremos o que virá por ae.
Como disse Armínio fraga, o motor de crescimento (commodities e consumo interno) quebrou. E quando cresce menos, arrecada menos e deixa mais evidente a crise fiscal.

E vem mais bloqueios no orçamento.
Nova projeção oficial do PIB deve ampliar contingenciamento

Fonte: https://www.valor.com.br/brasil/6248497 ... enciamento
A única esperança na mesa é aprovar alguma reforma da previdência. Porque supostamente seria suficiente para elevar a confiança. Assim, trazer investimento estrangeiro e consumo de volta, levando a economia voltar a crescer e reduzir o déficit fiscal. Algo que é um grande "EU QUERO ACREDITAR". O problema é muito mais profundo e o governo não tem ideia do que fazer.

Estou bem pessimista. Se não for para debaixo da ponte acho que é positivo.