Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Enviado: Ter Jan 17, 2017 8:40 am
Leandro G. CardNasa convoca público para ajudar na busca de nono planeta no Sistema Solar
Projeto de ciência-cidadã pôs em site milhões de imagens do céu feitas pelo observatório espacial infravermelho Wise
O Globo, por Cesar Baima - 15/02/2017 20:14
RIO – A Nasa lançou nesta quarta-feira um projeto de ciência-cidadã em que pede a ajuda do público para tentar identificar sinais de um possível e afastado nono planeta no Sistema Solar, assim como de outros mundos desgarrados conhecidos como anãs marrons na nossa vizinhança cósmica. Para isso, a agência espacial americana patrocinou a criação de um site, Backyard Worlds: Planet 9, em que foram colocadas milhões de imagens feitas pelo seu observatório espacial infravermelho Wise.
- A distância entre Netuno e Proxima Centauri, a estrela mais perto (do Sistema Solar) é de pouco mais de quatro anos-luz, e muito deste vasto território é inexplorado – lembra Marc Kuchner, astrofísico do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa e líder da equipe de pesquisadores que espera usar as indicações do público para identificar novos corpos celestes. - E como há tão pouca luz do Sol, mesmo grandes objetos nesta região brilham muito pouco em luz visível. Mas ao observar em infravermelho, o Wise talvez tenha feito imagens de objetos que de outra forma não veríamos.
Lançado em dezembro de 2009, o Wise fez um levantamento completo do céu entre 2010 e 2011, produzindo o mais detalhado mapa em comprimentos de onda de infravermelho médio disponível atualmente. Com o fim da sua missão primária, o observatório espacial foi desligado em 2011, mas acabou reativado em 2013 em nova missão, batizada NeoWise, desenhada para ajudar a Nasa a encontrar objetos potencialmente perigosos que passam perto da Terra, conhecidos pela sigla em inglês NEOs, em geral asteroides e cometas que cruzam a órbita de nosso planeta.
Antiga suspeita de astrônomos e leigos, a existência de um grande planeta na imensidão do espaço além de Netuno, apelidado “Planeta X” ou, mais recentemente, “Planeta 9”, ganhou força nos últimos anos devido a cálculos de cientistas com base nas órbitas de objetos conhecidos nesta região, chamada Cinturão de Kuiper, indicando que elas estariam sendo afetadas por algum corpo maciço. Um dos primeiros a fazer estas contas foi o brasileiro Rodney Gomes, do Observatório Nacional, que apresentou seus resultados em 2012 durante reunião da Sociedade Americana de Astronomia.
A busca pelo Planeta X, no entanto, também pode revelar objetos mais distantes no espaço interestelar. Chamados anãs marrons, eles são como “estrelas fracassadas” que não acumularam material suficiente para dar início às reações de fusão nuclear em seus centros, como fazem as estrelas de fato.
- As anãs marrons se formam como estrelas mas evoluem como planetas, e as mais frias são muito parecidas como Júpiter – explica Jackie Faherty, astrônoma do Museu Americano de História Natural, em Nova York. - Ao usar o “Backyard Worlds: Planet 9”, o público pode nos ajudar a descobrir mais destes estranhos mundos desgarrados.
Para ajudar a identificar potenciais planetas e anãs marrons, os participantes do projeto verão sequências de imagens da mesma faixa do céu feitas pelo Wise em diferentes ocasiões. Com isso, espera-se que fiquem evidentes pontos de luz que se moveram no período entre as observações. Objetos dentro do Sistema Solar, como o possível Planeta X, parecerão se mover mais rápido, enquanto os mais distantes pouco mudarão de posição. A ajuda de voluntários humanos é fundamental neste processo porque os computadores usados em buscas automáticas são frequentemente “enganados” pelos chamados “artefatos” nas imagens, picos de brilho e outras variações causadas pela luz espalhada pelos próprios instrumentos do Wise em seu interior.
- O “Backyard Worlds: Planet 9” tem o potencial de destravar descobertas que só acontecem uma vez a cada século, e é excitante pensar que elas podem ser vistas primeiro por um cientista-cidadão – destaca Aaron Meisner, também integrante da equipe de buscas e pesquisador da Universidade da Califórnia em Berkeley especializado na análise de imagens do Wise.
Infelizmente, ao invés de uma busca produtiva pelo progresso da ciência esta nova corrida espacial que as grandes potências espaciais da atualidade (EUA, Rússia e China) estão ensaiando é um sintoma do retorno ao clima da Guerra-Fria.cabeça de martelo escreveu:Rússia prepara expedição tripulada à Lua. E procura os cosmonautas ideais
A Agência Espacial Russa já está à procura de candidatos para integrar a missão que, em 2035, deverá levar quatro pessoas até à superfície lunar.
http://tek.sapo.pt/noticias/computadore ... 55xen.html
http://www.cmuportugal.org/uploadedFile ... 787214.pdfcabeça de martelo escreveu:Portugal está a caminho de se tornar uma nação espacial em 2017, com a concretização de dois projetos emblemáticos: a criação de uma base de lançamento de microssatélites nos Açores – o Atlantic Spaceport - e a fundação de uma agência espacial. O que vamos ganhar com isto? Jornalismo de dados em dois minutos e 59 segundos. Para explicar o mundo
http://expresso.sapo.pt/multimedia/259/ ... -no-Espaco
Leandro G. CardStartup testa com sucesso lançamento de foguete de baixo custo
A Rocket Lab oferece transporte de cargas ao espaço por apenas US$ 77 mil
25.05.2017 - Por Agência O Globo
A start-up americana Rocket Lab realizou com sucesso seu primeiro lançamento nesta quinta-feira. O foguete Electron partiu da base construída pela companhia na Península Mahia, na Nova Zelândia, às 16h20, pelo horário local. O teste é considerado um marco na indústria espacial por abrir as portas para um novo mercado de lançamentos de baixo custo.
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— Foi um dia incrível e estou imensamente orgulhoso da nossa equipe talentosa — disse Peter Beck, diretor executivo e fundador da Rocket Lab. — Nós somos uma das poucas companhias a desenvolver um foguete e o fizemos em menos de quatro anos. Nós trabalhamos incansavelmente para chegar até aqui. Nós desenvolvemos tudo internamente, construímos a primeira base privada de lançamento orbital, e com uma equipe pequena.
É a primeira vez que um foguete orbital é lançado a partir de uma base privada. O Electron é um equipamento relativamente pequeno, medindo apenas 17 metros de altura, com 1,2 metro de diâmetro.
Ele é capaz de carregar carga de até 150 kg, até uma órbita a 500 quilômetros de altitude. De acordo com a companhia, cada lançamento custa cerca de US$ 5 milhões. Para os clientes, o lançamento de um cubesat custa a partir de US$ 77 mil.
Estão previstos outros dois testes antes do início das operações comerciais, previstas para o segundo semestre deste ano.
A expectativa da Rocket Lab é realizar ao menos 50 lançamentos por ano, mas existe capacidade para até 120 operações anuais. Em comparação, no ano passado foram realizados 82 lançamentos em todo o mundo.
A startup já possui contratos assinados com a Nasa, Spire, Planet, Moon Express e Spaceflight. Já existe até mesmo um acordo para levar um robô para a Lua.
Nos últimos anos, a indústria espacial viu o surgimento de algumas companhias privadas especializadas em lançamentos. As mais conhecidas são a SpaceX e a Blue Origin. O foguete Falcon, da SpaceX, já está em operação. Ele mede 70 metros e pode carregar mais de 20 toneladas de carga, mas o preço é de US$ 62 milhões.
O Electron abre o mercado espacial para pequenas companhias e instituições. Uma cidade, por exemplo, pode lançar um pequeno satélite para monitorar as condições climáticas, ou um fazendeiro pode acompanhar suas plantações do espaço.
— Nós estamos comprometidos em tornar o espaço acessível e esse teste é um marco fenomenal nesta jornada — disse Beck. — As aplicações que serão abertas são infinitas. As aplicações conhecidas incluem a melhoria dos relatórios climáticos, conexão de internet do espaço, previsão de desastres naturais, dados marítimos atualizados e serviços de busca e resgate.