Fórum Defesa Brasil

O maior problema dos Leo 1A5 do exército é a falta de peças para manutenção, acredito eu.
Como não existem mais peças novas, só por canibalização de outros bldos ou a compra através de improváveis estoques alheios, muito caros, diga-se, ou o que a KMW quiser oferecer, é quase impossível manter estes carros operando a um custo aceitável.
Assim, com alguma sorte, se o EB chegar a promover de fato a atualização dos seus CC, pelo menos a parte eletro-eletrônica deve ser trocada na íntegra, ou em sua maior parte, e ainda assim a custos adequados; talvez a parte mecânica onde e como for possível seja também modificada, mas sem muitas exigências.
Não tem jeito. O desenho do carro alemão é muito antigo e não dá muito espaço para atualizações de monta. Será feito o que der para fazer: manter ele operando e funcional.
Esse sistema do vídeo que colocastes aí Gabriel é um bom exemplo de tecnologias que podem ser empregadas sem cobrar espaço/$$ demais no veículo. São pequenos, extremamente adaptáveis e permitem flexibilidade de emprego.
Mas duvido que o EB chegue a demandar vetores deste tipo para os Leo 1A5. Minha aposta é para uma atualização básica dos sistemas da torre buscando comunalidade com os da VBC Cav, e se impositivo for, das partes mecânicas que não tenham como ser aproveitadas.
O objetivo deve ser estender o máximo possível a vida util dos bldos que puderem ser aproveitados. Isto feito, até o final desta década serão dois objetivos a serem perseguidos: substituir os CC e as VBTP M-113.
Serão dois processos. E um tão ou mais caro quanto o outro. Não duvido que tenhamos que projetar uma forma de dispor de espaço para aumentar o orçamento ou remanejar custeio a fim de poder financiar mais estes projetos na próxima década.

#ésópalestra

Sobre o Leo1A5, começa à partir dos 17 min:

RD=Reunião Decisória

Segundo o palestrante, o Gen Everton, Chefe da Diretoria de Materiais do EB, os 116 Leopard irão complementar o novo MBT, sendo este de um projeto pronto ou desenvolvido. Ele disse também que não está prevista a redução do número de Carros de Combate do Exército.

Outro grupo de trabalho...

Bastavam ler as discussões nossas pra saber o que por ou não, além do que, o melhor de tudo, é NÃO MEXER NESSA MERDA!!!

20% de um MBT novo? Kkkkkkk

Só se eles estão usando qualquer um na casa dos USD 10 mi como parâmetro.

Mas alguma solução intermediária nós necessitamos, Gabriel. Como o Gen. disse que não há previsão de redução no número de CC no EB, então as nossas necessidades giram em torno de 350 carros de combate: 4 RCCs, 4 RCBs+escolas+CIBld.

Esse número vai demorar para ser alcançado. E o ROB do EB do novo CC não é encaixadinho nas soluções Ocidentais, ou seja, independente da alternativa, vai demandar uma boa dose de adequação e, portanto, tempo.

knigh7 escreveu: ↑Sáb Nov 27, 2021 4:01 pm Mas alguma solução intermediária nós necessitamos, Gabriel. Como o Gen. disse que não há previsão de redução no número de CC no EB, então as nossas necessidades giram em torno de 350 carros de combate: 4 RCCs, 4 RCBs+escolas+CIBld.

Esse número vai demorar para ser alcançado. E o ROB do EB do novo CC não é encaixadinho nas soluções Ocidentais, ou seja, independente da alternativa, vai demandar uma boa dose de adequação e, portanto, tempo.

Todas as soluções citadas no texto em NADA mudará no 1A5 se não trocarem seu motor, suspensão e transmissão.

É uma coisa tão óbvia que é inacreditável ter que repetir a mesma coisa desde 2016!!!

Se não vai mexer nisso, mudar qualquer coisa restante é rasgar dinheiro, juntar numa bola e enfiar no c# do contribuínte. A não ser que a ideia seja rebocar o 1A5 toda vez que ele precisar trocar de posição com um M992.

gabriel219 escreveu: ↑Dom Nov 28, 2021 12:09 am

knigh7 escreveu: ↑Sáb Nov 27, 2021 4:01 pm Mas alguma solução intermediária nós necessitamos, Gabriel. Como o Gen. disse que não há previsão de redução no número de CC no EB, então as nossas necessidades giram em torno de 350 carros de combate: 4 RCCs, 4 RCBs+escolas+CIBld.

Esse número vai demorar para ser alcançado. E o ROB do EB do novo CC não é encaixadinho nas soluções Ocidentais, ou seja, independente da alternativa, vai demandar uma boa dose de adequação e, portanto, tempo.

Todas as soluções citadas no texto em NADA mudará no 1A5 se não trocarem seu motor, suspensão e transmissão.

É uma coisa tão óbvia que é inacreditável ter que repetir a mesma coisa desde 2016!!!

Se não vai mexer nisso, mudar qualquer coisa restante é rasgar dinheiro, juntar numa bola e enfiar no c# do contribuínte. A não ser que a ideia seja rebocar o 1A5 toda vez que ele precisar trocar de posição com um M992.

Se enfiassem no nossos cools tudo bem porque pelo menos teríamos nosso dinheiro de volta.

gabriel219 escreveu: ↑Dom Nov 28, 2021 12:09 am
Todas as soluções citadas no texto em NADA mudará no 1A5 se não trocarem seu motor, suspensão e transmissão.

É uma coisa tão óbvia que é inacreditável ter que repetir a mesma coisa desde 2016!!!

O General abordou sobre isso à partir dos 27 min. do video. E te recomendo assistir a palestra inteira para se contextualizar.

knigh7 escreveu: ↑Dom Nov 28, 2021 1:11 am

gabriel219 escreveu: ↑Dom Nov 28, 2021 12:09 am
Todas as soluções citadas no texto em NADA mudará no 1A5 se não trocarem seu motor, suspensão e transmissão.

É uma coisa tão óbvia que é inacreditável ter que repetir a mesma coisa desde 2016!!!

O General abordou sobre isso à partir dos 27 min. do video. E te recomendo assistir a palestra inteira para se contextualizar.

Nem quero pra não ter desgosto, mas só questionando: falou em trocar? Se sim, o custo é muito acima dos 20% ditos ali, a não ser que o preço baseado seja do Altay ou do Leopard 2A7V. Se não e falou de retrofitagem/revitalização, é impossível, já que usinagem a base de fresagem desgasta as peças e derruba boa parte de sua ductilidade, podendo inclusive tornar quebradiças, devido ao desgaste na resistência mecânica e física.

Isso já ocorre a partir da 1a usinagem e as peças do 1A5 já foram usinadas umas 2 vezes, na modernização do 1A1A1 pra 1A5 e depois quando vieram pra cá. Zero peças novas no mercado.

Quero ver que magia é essa ou eu - e mais uns milhões de engenheiros - estudei engenharia com o livro virado do avesso.

knigh7 escreveu: ↑Sáb Nov 27, 2021 2:12 pm #ésópalestra

Sobre o Leo1A5, começa à partir dos 17 min:

Vídeo interessante!

Pelo que pude entender, a revitalização e modernização só vai acontecer dependendo do que for proposto pelas empresas para estender a operação do 1A5 até 15 anos. Exemplo, se durante a parte de RFI não aparecer uma proposta de revitalização que garanta 15 anos de operação, vai rolar nada no final.


Abraços,

Wesley

knigh7 escreveu: ↑Sáb Nov 27, 2021 3:26 pm Segundo o palestrante, o Gen Everton, Chefe da Diretoria de Materiais do EB, os 116 Leopard irão complementar o novo MBT, sendo este de um projeto pronto ou desenvolvido. Ele disse também que não está prevista a redução do número de Carros de Combate do Exército.

Subentende-se que seja possível uma divisão tipo Leo 1A5 mod para os RCB e VBC CC para os RCC.
É uma forma adequada de tentar obter parte da solução final enquanto não se tem notadamente os recursos na íntegra para adquirir tudo que será necessário para substituir totalmente os Leo 1 nas OM de cav do EB.
Mas mesmo se a ideia inicial for equipar apenas os RCC, são 216 tanques. Sob nenhuma hipótese isto diminui a carga de trabalho e menos ainda financeira do EB sobre este projeto. No caso do RO não mudar até o final do processo de escolha, vai ficar mais difícil ainda tentar conseguir economia neste processo.

FIGHTERCOM escreveu: ↑Dom Nov 28, 2021 12:48 pm Vídeo interessante!
Pelo que pude entender, a revitalização e modernização só vai acontecer dependendo do que for proposto pelas empresas para estender a operação do 1A5 até 15 anos. Exemplo, se durante a parte de RFI não aparecer uma proposta de revitalização que garanta 15 anos de operação, vai rolar nada no final.
Abraços,
Wesley

É basicamente isso. Se a atualização/modernização for demostrada viável tanto do ponto de vista técnico como operacional, logístico, industrial e financeiro, ela será feita nos 116 CC previsto. Do contrário o projeto esta morto e enterrado.
Mas pelo que o palestrante deu a entender, há uma forte expectativa no EB de que este processo seja possível ainda que somente partes do bldo sejam atualizadas, uma vez que procura-se uma solução que complemente a priori os novos CC no curto prazo. Ou seja, ela tem de ser essencialmente de baixo custo.
Mas tudo vai depender se a análise da estrutura dos Leo 1A5 suportar o prolongamento da sua vida útil, como afirmado pelo palestrante, algo que deve ser feito pelo parque de manutenção em Santa Maria.
A KMW deve estar esfregando os dedos para colocar as mãos neste contrato. Mas creio eu que turcos e israelenses também podem apresentar opções factíveis.
A ver.

FCarvalho escreveu: ↑Dom Nov 28, 2021 11:38 pm

FIGHTERCOM escreveu: ↑Dom Nov 28, 2021 12:48 pm Vídeo interessante!
Pelo que pude entender, a revitalização e modernização só vai acontecer dependendo do que for proposto pelas empresas para estender a operação do 1A5 até 15 anos. Exemplo, se durante a parte de RFI não aparecer uma proposta de revitalização que garanta 15 anos de operação, vai rolar nada no final.
Abraços,
Wesley

É basicamente isso. Se a atualização/modernização for demostrada viável tanto do ponto de vista técnico como operacional, logístico, industrial e financeiro, ela será feita nos 116 CC previsto. Do contrário o projeto esta morto e enterrado.
Mas pelo que o palestrante deu a entender, há uma forte expectativa no EB de que este processo seja possível ainda que somente partes do bldo sejam atualizadas, uma vez que procura-se uma solução que complemente a priori os novos CC no curto prazo. Ou seja, ela tem de ser essencialmente de baixo custo.
Mas tudo vai depender se a análise da estrutura dos Leo 1A5 suportar o prolongamento da sua vida útil, como afirmado pelo palestrante, algo que deve ser feito pelo parque de manutenção em Santa Maria.
A KMW deve estar esfregando os dedos para colocar as mãos neste contrato. Mas creio eu que turcos e israelenses também podem apresentar opções factíveis.
A ver.

Os Turcos e os Israelenses realmente tem uma vantagem nesse campo pois, embora não possuam a experiência da KMW, eles possuem a tecnologia e não cobram pelo serviço em Euros, e isso é fundamental pra nós, pois todo produto de defesa Europeu é absurdamente caro pras nossas necessidades, ainda se comparados com os equivalentes Norte-Americanos em Dólar.

Uma torre de um leo 1a5 já passando pelo processo de modernização dentro da ares


https://www.defesaaereanaval.com.br/def ... o-cascavel