gogogas escreveu: ↑Dom Mar 17, 2024 5:00 pm
Acredito que a FAB deva ir pelo P-8 , pois nossa ZEE é muito extensa e o alcance dos futuros aviões deva ser maior ou equiparado com os P-3 , além claro do FMS ! Um desenvolvimento a partir do P-190 E2 vai demandar muita grana , reforçar as asas , recheio eletrônico , validação é muito mais !
Hoje este mercado com os P-8 , C-295 MPA e na plataforma ATR-72 estão vendendo bastante , estas últimas plataformas citadas ; seria como uma luva o C-295 já que operamos os Amazonas , mas será que teriam alcance o suficiente ? Os Heron doados pela PF para a FAB , estão sendo empregados para desenvolver doutrinas relacionadas relacionada a patrulha marítima e SAR , aposto que os bandeirulha vai ser substituído por drones !
Mas já existe E-190 de patrulha marítima em operação. Ou seja, parte dos custos para reforçar asas etc já ficou pra trás.
Nosso caso é urgente, os P3 vem de muitos problemas estruturais (asas) ecom problema de adaptação do FITS ao Harpoon. Modernizamos o bicho com os espanhóis sem trocar as asas esem prever que teriam harpoon.
Por sorte a AKAER ao comprar a L3COM ganhou na massa falida dois pares de asas de P3 o que deu para safar 2 P3. De resto foi uma modernização cheia de percalços.
Para mim o problema do E-190 é que ele não tem capacidade de ser reabastecido. Por isso o C390 tem vantagens, mas não sei como seria sua adaptação para receber o equipamento necessário para se tornar um patrulheiro.
Re: Aviação Patrulha - Marinha do Brasil
Enviado: Qui Abr 11, 2024 12:57 pm
por Cassio
Qual E190 de patrulha está em operação? Se fala do Paquistão acho que está enganado.
Re: Aviação Patrulha - Marinha do Brasil
Enviado: Qui Abr 11, 2024 2:18 pm
por Poti
Cassio escreveu: ↑Qui Abr 11, 2024 12:57 pm
Qual E190 de patrulha está em operação? Se fala do Paquistão acho que está enganado.
Pensei no sea Sultan mesmo. Não entregaram 1 no ano passado?
Logo mais a FAB precisa decidir o que vem depois do P-95 e, em seguida, do P-3.
Para o primeiro, sinceramente, deviam simplesmente adquirir uma meia dúzia de C295 MPA, "de prateleira" mesmo, para as missões de maior alcance e agressividade. Além de um bocado de VANTs da classe do IAI Heron, que devem fazer a maior parte das funções do P-95 por uma fração do custo.
O segundo sim, precisa de uma substituição por um tipo de vetor muito dedicado. Não tenho dúvidas de que a Embraer já não tenha esboçado o que precisa ser feito, tanto no E-190 quanto no C-390 para transformá-los em patrulheiros ASW decentes. Mas os próximos passos precisam de dinheiro, trabalhar no software, e depois fazer os protótípos e toda a integação dos sistemas. Não é algo para menos que uns 4 anos.
Lembrando também que a Embraer tem em desenvolvimento um novo turboélice com fuselagem baseada no E-190.
Re: Aviação Patrulha - Marinha do Brasil
Enviado: Qui Abr 11, 2024 4:07 pm
por FCarvalho
A meu ver a substituição perfeita dos P-95M serão drones, como está planejado no SISGAAZ. O tipo de missão que estes aviões realizam, via de regra, esclarecimento marítimo, SAR, vigilância e policiamento naval podem ser hoje desempenhados por qualquer VANT, desde cat 1 até cat 5, e que não por acaso, temos aqui no Brasil, e que só precisam de uma decisão para sair do papel. Mas somos lerdos e parvos demais para apor tais soluções à aviação naval, mesmo com toda a demanda batendo na cara do país todos os dias.
Com 6 distritos navais ao longo do litoral, nada mais sensato que usar drones para fazer este trabalho, complementado por helos e aeronaves de pequeno e médio porte, que não temos, claro. Mas poderíamos ter, se houvesse vontade e políticas de Estado neste país.
No caso dos KC-390 de patrulha, a Embraer argumentou anos atrás, quando da concorrência para substituir os Hércules e P-3C Orion da Nova Zelândia que o avião poderia ser equipado com kit de sistemas ASW\ASupW para exercer esta função, sem perder a capacidade original de transporte de carga. Não sei se esta opção ainda existe, ou o que ela prevê agora seja uma aeronave exclusivamente dedicada a patrulha marítima.
Em termos de preços e desempenho, sou de opinião que é melhor pegar um E-190E2 e capitalizar suas muitas qualidades a fim de torná-lo um patrulheiro. Não seria necessário, acredito, tantas mudanças que fosse impositivo dispender bilhões em tal adaptação. Se a FAB não tardar muito em entrar de vez para o clube dos UCAV, podemos imaginar a dupla P-190 e UCAV da Embraer fazendo esse trabalho, com este último sendo o responsável por carregar armamento e realizar ataques ASW e ASupW. Como já tínhamos aquele UCAV da Embraer começando o seu desenvolvimento, nada impede que esta solução seja adotada, visto que demandaria menos modificações ainda na célula do E-190E2, que atuaria como uma plataforma IVR pura.
Além disto, a substituição dos E\R-99 a meu ver trás oportunidades para a adoção de uma plataforma E-195E2 como vetor AEW&C, abrindo o leque de missões que a FAB pode realizar com este avião. E faz sentido em termos logísticos com os E-190 na aviação de patrulha. Além disso, ainda sou de opinião que uma versão SC-390 para a aviação naval não apenas é mandatória, como uma exigência, dado os acordos internacionais de que somos parte, com responsabilidades que, não raras vezes ultrapassam os nossos limites navais e aéreos na América do Sul, chegando à costa ocidental da África e Caribe.
Falando em valores, os E2 estão contados a preço de lista entre 60 a 65 milhões de dólares, enquanto o KC-390 estaria custando pelo menos 85 milhões de dólares. Qualquer solução que se baseia nestas plataformas irá nos render vetores custando na casa das centenas de milhões de dólares. E isso não é pouco dinheiro para este e qualquer outro governo, dada a completa negligência, falta de importância e de zelo com o tema defesa.
Podem apostar, que mesmo que a Embraer tire alguma destas versões da cartola, ela ainda terá um longo caminho pela frente a percorrer até conseguir tirar do erário público os reais necessários a sua consecução. E não faltarão os críticos de sempre, a vociferar que os mais de 1 bilhão de dólares postos em investimentos em novos vetores poderiam ser muito melhor aplicados na área social e outras tantas, fruto do eterno "coitadismo" com que sempre foram tratadas.
Se for para comprar aviões da Embraer para a patrulha naval, tomara isto não seja feito a pagode, com compras do tipo, paga três e leve um funcionando e outro só para garantir.
Receberam a aeronave e a colocaram em operação sem ser modificada. Estava voando como aeronave VIP. Ainda iria ser convertida na Itália, mas acho que não foi.
Receberam a aeronave e a colocaram em operação sem ser modificada. Estava voando como aeronave VIP. Ainda iria ser convertida na Itália, mas acho que não foi.
Pelo que eu tinha entendido a Leonardo é a main contractor do projeto e compraram um E-JET usado. A embraer seria secundária e trabalharia com a Leonardo para auxiliar na instalação.
Por isso estranhei o bicho estar voando como avião VIP e tudo parado. Tomara que o projeto avance e saia de um simples VIP.
Re: Aviação Patrulha - Marinha do Brasil
Enviado: Sex Mai 03, 2024 2:12 pm
por FCarvalho
Alguns dos (muitos) sistemas que os israelenses podem prover enquanto fornecedores de um futuro avião de patrulha e\ou ISR naval para a Embraer, independente do vetor escolhido.
Como pode ser visto, existe a capacidade de prover inúmeros níveis de complexidade e amplitude de capacidades, sendo que podemos dispor de várias plataformas tendo em vista o melhor aproveitamento da missão, desde aeronaves até VANT de emprego naval.
Só para ter uma ideia, seria possível, pegar o ATL-100 e ATL-300 e adaptar para esclarecimento marítimo e ISR, além de outras capacidades úteis, assim como os drones da Stella Tecnologia, dentre outros, para complementação.
Como se sabe, os P-95 não vão muito além no tempo em termos de operação. Infelizmente, a Desaer não tem apoio e nem interesse do MD, ffaa's e menos ainda do governo, mesmo com seus projetos sendo cabíveis em várias necessidades postas às claras pelos comandos militares das três forças. Mas claro, isso é apenas a minha reles e ignóbil opinião, que vale tanto quanto o que o gato enterra.
Como a Embraer já tem o P-600, que também pode servir como plataforma ISR para a marinha, além da AEW&C primária, um P-190 ou C-390 MPA também podem se beneficiar das boas relações e da infraestrutura estabelecida no país, além dos recursos financiamento, que IAI e Elbit podem oferecer.
Em termos de indústria eletrônica ainda estamos muito longe de conseguir prover tudo o que precisamos. E neste escopo, o caminho mais curto e prático para conseguir dispor das condições necessárias seria a continuidade da parceria com os israelenses que, inclusive, pode tornar o país um forte exportador, também, dos produtos e soluções que aquelas empresas desenvolverem por aqui a partir das necessidades das ffaa's.
Aliás, como tenho defendido aqui há tempos, uma versão do SC-390 SAR do avião da Embraer para a aviação naval seria muito bem vinda, já que, além de fazer o SAR, com os equipamentos certos, também seria uma ótima plataforma ISR naquilo que couber os interesses da aviação naval. Os vídeos acima mostram bem o que se pode apor a um vetor assim e ainda manter - e até expandir - suas capacidades primárias.
A ver.
Re: Aviação Patrulha - Marinha do Brasil
Enviado: Dom Mai 26, 2024 3:07 pm
por FCarvalho
A MB especificou em sua nova estratégia defesa marítima a estruturação da aviação de patrulha junto à aviação naval.
Conquanto, números não foram apostos dado que ainda existe uma querela com a FAB sobre a operação dos vetores.
Infelizmente, tanto MD quanto as forças parecem titubear quanto a uma definição sobre o assunto, deixando o planejamento naval sem mais este norte para decidir seu futuro.
Aguardar-se o mais breve possível uma decisão sobre este tema, que como já disse aqui, tem hoje na Embraer a sua mais expressiva forma de apoio do retorno à aviação naval da patrulha marítima, uma vez que a empresa tem capacidade de oferecer duas opções para substituir os P-3AM.
A ver quais os próximos passos da MB, no sentido de assegurar a si a operação da aviação de patrulha.
Re: Aviação Patrulha - Marinha do Brasil
Enviado: Qui Jun 27, 2024 3:40 pm
por FCarvalho
Por que importar, se podemos resolver tudo em casa
A MB tem espaço para 6 esquadrões de patrulha naval, equivalente aos seis Distritos Navais ao longo da costa.
E ainda podemos ganhar de lambuja isso aqui.
A aviação de asas fixa na marinha tem muitas demandas próprias que por si só, deixariam as linhas de produção da Embraer bem ocupadas por muito tempo. E eu nem vou falar da parte C4ISR.
Re: Aviação Patrulha - Marinha do Brasil
Enviado: Ter Dez 03, 2024 11:19 pm
por FCarvalho
O que é melhor para: a Embraer, a Marinha, a FAB e, para o Brasil
Um KC-390 cheio de pallet customizados para cada missão, e feito a troco de pinga, ou aviões dedicados específicos para a patrulha naval e demais missões ISR
Considerando as 4 opções acima, qual é mais importante atender na hora de decidir sobre os novos meios da aviação de patrulha, sabendo que as consequências são de longuíssimo prazo para todos os envolvidos
Re: Aviação Patrulha - Marinha do Brasil
Enviado: Ter Dez 03, 2024 11:52 pm
por gogogas
Com os KC 390 recebendo muitas tarefas , vai consumir muitas horas de vôo , por mais que essas funções em uma única plataforma possa economizar por um lado , apenas míseros 19 unidades e pouco ! Ainda sou da opinião de a FAB comprar C295 MPA já que operamos os C105 Amazonas cargueiro e versão SAR para complementar os futuros KC-390 !
Sobre os bandeirulha , devem ser substituído por drones
Re: Aviação Patrulha - Marinha do Brasil
Enviado: Qua Dez 04, 2024 10:36 pm
por FCarvalho
gogogas escreveu: ↑Ter Dez 03, 2024 11:52 pm
Com os KC 390 recebendo muitas tarefas , vai consumir muitas horas de vôo , por mais que essas funções em uma única plataforma possa economizar por um lado , apenas míseros 19 unidades e pouco ! Ainda sou da opinião de a FAB comprar C295 MPA já que operamos os C105 Amazonas cargueiro e versão SAR para complementar os futuros KC-390 !
Sobre os bandeirulha , devem ser substituído por drones
Os primeiros C-105 Amazonas a entrar em operação na FAB vão fazer 20 anos agora em 2026, com o primeiro SC-105 sendo entregue em 2019, com apenas 3 deles sendo adquiridos. A frota hoje está resumida a 11 C-105 e 3 SC-105, e a disponibilidade já começa a apresentar restrições, tendo em vista a altíssima demanda por estes aviões dentro e, principalmente, fora da FAB.
Os SC\C-105 Amazonas não tem o glamour, reconhecimento e muito menos o destaque que os KC-390 dispõe na mídia, mas na prática, são estes aviões que tem levado a FAB nas costas, literalmente, nos últimos anos durante a derrocada final dos Hércules, e a ascensão do KC-390 Milennium. E isso está cobrando o seu (alto) preço em manutenção, horas de voo e vida operacional disponível.
Certa vez coloquei aqui mesmo, e no tópico da aviação de transporte da FAB, uma ideia que poderia ser considerada ainda hoje, com o repasse destes aviões para a aviação naval, e o reaproveitamento de algumas células mais novas\menos voadas, junto com os 3 SC-105, como patrulheiros navais pela marinha. Isto poderia gerar uma capacidade de curto\médio prazo que hoje basicamente não existe na FAB, e minimamente coerente com as reais necessidades que se tem.
O "pagamento" por abrir mão destes aviões seria: um, retomar as 9 unidades de KC-390 cortadas do contrato atual e, dois, adicionar mais unidades em um segundo lote de até 20 aviões, de forma a termos 4 esquadrões de transporte equipados cm estes aviões, ou seja, o 1o\9o Gav(MAO), 1o\15o Gav(CG), 1o GTT(AN) e o 1o\1o GT(RJ).
Esta nova formação da aviação de transporte poderia inclusive sugerir a extinção dos 6 ETA ainda existentes, posto que a quantidade\qualidade e capacidades dos KC-390 disponíveis poderia suprir as necessidades da FAB, e demais forças, bem como as contínuas e supérfluas exigências da politicagem tupiniquim. Dizer que 48 KC-390 na FAB seria um exagero é chover no molhado em se tratando de defesa no Brasil. Mas, fato é que, pelo menos teríamos uma resposta mais convincente e realista, além de acessível no curto e médio prazo, dentro de nossa pauperridade orçamentária de sempre.
E eliminaria dois problemas. Um, desobrigar-nos de comprar substituto para os Bandeirante, Brasília e Caravan, e dois, idem em relação aos Bandeirulha na mesma função. Estes últimos, aliás, dentro do SISGAAZ seriam substituídos naturalmente, como está descrito no plano da MB, por DRONES navais.
Como reza o dito popular, "uma mão lava a outra".
Re: Aviação Patrulha - Marinha do Brasil
Enviado: Qua Dez 04, 2024 10:58 pm
por FCarvalho
Com muita boa vontade, a MB poderia dispor das mesmas três bases que a FAB opera hoje para a sua aviação de patrulha, aproveitando a infraestrutura existente em Belém e Base Aérea de Santa Cruz (com transferência para a BaAeNav São Pedro D'Aldeia) no Rio de Janeiro e Canoas(RS). Esta última a meu ver pode inclusive voltar à Florianópolis(SC), por ser uma localização mais vantajosa e apropriada para cobrir as regiões sul e sudeste.
Com apenas 12 SC\C-105 operando como patrulheiros navais, missões ISR, além do SAR, a aviação naval pode cobrir com maior qualidade e capacidades o litoral do país, contanto com aeronaves próprias e específicas para isso. Cada base disporia de tão somente 4 aeronaves, incluindo uma unidade sempre em versão SAR, o que demandaria a transformação de um dos C-105 para cumprir tal missão, e as demais 9 sendo operadas com os sistemas necessários para a guerra anti-submarino, anti-superfície, ISR e SAR, esta sempre quando necessário, dado que as diferenças entre as versões ASW e SAR dos C-295 é praticamente de inputs específicos adicionais que esta última não dispõe.
Por fim, estas 12 aeronaves - com uma idade média entre 10 e 15 anos - nos daria tempo para tomar juízo, melhor, vergonha na cara mesmo, para determinar no longuíssimo prazo as soluções concretas para a aviação de patrulha, agora já sob os auspícios da marinha, que é quem entende e tem a obrigação de gerar as respostas necessárias à guerra aérea e naval dentro do seu TOM específico. E não ser um simples arremedo de fisiologismo institucional e orgulho pseudo histórico-doutrinário. Alias, as respostas já estão dadas, em partes, no planejamento do SISGAAZ da própria marinha, e também do novo Plano de Defesa Naval, que vai até 2044.
Tempo mais que suficiente para a MB reaprender a fazer com qualidade aviação de patrulha, e também, indicar de forma responsável e prospectiva a seu tempo, seus futuros vetores para o pleno exercício desta honrosa e tão menosprezada, desconhecida e mal interpretada missão no Brasil.