ZeRo4 escreveu:henriquejr escreveu:Sinceramente, não vejo qualquer custo/beneficio das PMs investirem tanto dinheiro em veiculos blindados como estes, com excessão da polícia do RJ, pelos motivos que todos aqui conhecem! Não consigo imaginar qual o emprego prático que a PMPR teria com um blindado de mais de 500 mil reais!!! Este dinheiro seria muito melhor empregado na compra de equipamentos (armas, coletes, fardamento de melhor qualidade, etc) e no treinamento dos policiais!
Acho que, tirando o RJ, o único estado que TALVEZ justificasse a utilização de blindados especializados em algumas situações seria a Bahia (Salvador ta um caso sério!), por causa de algumas áreas onde a entrada das forças policiais é bem dificil (não inacessível, diga-se de passagem)!
Concordo plenamente! Não vislumbro outro Estado que tenha os mesmos problemas do RJ, diga-se de passagem, existem locais onde mesmo assim o blindado comum não consegue entrar (i.e Complexo da Penha/Alemão).
Bem, sobre a alegação de que a PMPR não teria emprego pratico para um blindado como o Gladiator, acho que os amigos estão falando isso pensando na realidade curitibana, bem menos violenta que a de outras capitais do mesmo ou maior porte. Porem, estive no quartel central da PMPR a alguns dias para levar uns exemplares da T&D Segurança e recebi a informação de que o Gladiator esta sendo testado tendo em vista os investimentos em segurança para a Copa de 2014, prevendo sua utilização em ações contra-terroristas, para o qual, alias, o COE do recém criado BOPE-PMPR já esta sendo equipado e preparado. Antes que digam que blindados não são ideais para estas operações, vários SEKs alemães, varias equipes SWATs americanas e o afamado GIGN francês os utilizam a bastante tempo. Outra coisa que os amigos esquecem, é que o Paraná não é só Curitiba. Aqui também se encontra uma das regiões mais estratégicas para a segurança publica no Brasil, a Tríplice Fronteira, onde pipocam quadrilhas de contrabandista de mercadorias, contrabandistas de armas, assaltantes de sacoleiros, traficantes de drogas e, segundo os gringos, até células terroristas. O contrabando, os assautos ou o trafico geralmente são feitos por pequenas estradas rurais, no meio da mata ou de plantações, e que, quando interceptados, os criminosos respondem com armamento pesado. Creio que um blindado maior certamente não seria adequado para realizar estas interceptações. O Gladiator, porem, que é compacto, tem tração 4x4 e pode alcançar mais de 100 por hora, pode se sair muito bem. Talvez, somente a presença deles gerasse um efeito dissuasivo entre os criminosos, algo como o acontecido no Rio. Alem disso, de acordo com o Tenente Coronel Nerino, comandante do BOPE-PMPR, o Gladiator poderia ainda ser muito útil no apoio as ações diretas realizadas nas margens fronteiriças do rio Paraná, entre o Brasil e o Paraguai, onde geralmente os policiais militares ou federais são alvo de disparos de armas automáticas vindos do lado oposto, quase sempre obra dos ratos da Polícia paraguaia (quem já esteve em Ciudad del Este sabe do que eu falo) ou até mesmo de militares da Marinha paraguaia aliciados. Nestes casos o Gladiator teria uma função bem parecido com a dos blindados de transporte dos militares.