A FAB teria sido um erro?

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Vinicius Pimenta
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#76 Mensagem por Vinicius Pimenta » Seg Jan 21, 2008 11:53 am

talharim escreveu:Muitas mudanças precisam ser feitas.

Agora precisa alguém de culhão para peitar os Comandantes da FAB (principalmente a FAB) que não querem largar o osso.


As soluções não têm que ser impostas e sim pensadas e planejadas em relação à nossa necessidade.

Mas de uma maneira geral precisam ser feitas mudanças nas 3 FAs.Mudanças de algumas atribuições.

- repasse da Patrulha Marítima para a MB


Não vejo necessidade prática. Prefiro garantir um fluxo de recursos adequado.

- repasse da maior parte de aviação de transporte tática para o EB


Idem.

- criação de um Air Mobility Command concentrando toda a aviação de transporte dito estratégica


Idem.

- criação de uma guarda costeira (cada estado terá a sua) gerenciado pela MB


Idem.

- repasse do controle de tráfego aéreo para mãos civis


Concordo, mas você vai ter que responder as minhas mesmas perguntas feitas ao lobo_guará.

- Todos os centros de pesquisas das 3 FAs seriam integrados em basicamente 3 Bureaus de comunicações,de armamento e de logística gerenciados pelo MinDef atendendo pedidos integrados pelas 3 FAs respeitando sempre comunalidade e padronização nos requerimentos.


Essa é uma boa idéia. Não vejo a necessidade de transformá-los em Bureaus, mas a intregração cada vez maior é imperativo. Isso aos poucos está sendo feito.

A FAB PERDERÁ 80% de seu tamanho ficando apenas com aviação de combate,alguns helis para ligação interna e C-SAR,aviões de guerra eletronica e uma pequena frota de aviões de transporte (pequenos cargueiros) para ligação interna.


A avição de patrulha marítima e de transporte estratégico corresponde a 80% da FAB, talharim? Não força, né?

A maior parte dos helis será repassada para o EB que é quem realmente precisa dos helis.A maior parte da aviação de transporte será dividida entre o EB (pequenos cargueiros) e o recém-criado Air Mobility Command nacional (que atenderá as 3 FAs )


Garanta os recursos ao EB pra isso. A proposta do AMC é viajar na Helmmans.

Com o Air Mobility Command ficarriam todos os cargueiros pesados e helis pesados que serão adquiridos e aeronaves REVO.


Qual a dificuldade de deixar na FAB, repassando os recursos que seriam destinados ao AMC? Sinceramente, muitíssimo questionável essa proposta.

Afinal de contas não foi para isso que o MinDef foi criado ? 8-] Senão é melhor deixar do jeto que estava anteriormente cada FA por sí.


Sim, o MinDef, entre outras coisas, foi criado para buscar essa integração. Ao meu ver tem progredido bastante nesse sentido.




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#77 Mensagem por Vinicius Pimenta » Seg Jan 21, 2008 12:05 pm

Dhoff escreveu:A duas idéias em debate neste tópico:"Ambas idéias coerentes".

1- A extinção da FAB(incorporação da FAB, pela outras armas - EB e MB);
2 - Reestruturação da FAB (superioridade aérea).

Após muitas leituras em fóruns, jornais, revistas especializadas, etc... Consegui firmar minha idéia pessoal sobre o assunto, que a FAB (não só ela) precisa de uma restruturação para defenir para que veio a esse mundo(crise existêncial), que papél ela deve priorizar(somente superioridade aérea). Não estou desiludido com a FAB por causa da definição de um vetor a ser comprado, se vai comprar, mais sim do que ela esta deixando de fazer (superioridade aérea). Até a extinção e um pouco drástico, mais não deixa de ser uma idéia a se pensar.


Abraços


Extingüir a FAB é, além de completamente estapafúrdio, retroceder 70 anos. A mim é inconcebível sequer passar pela cabeça de alguém. É desconhecer completamente o papel de uma Força Aérea em conflitos modernos. Apesar disso, respeito opiniões contrárias, mas me parecem carecer de sustentação.

Queria saber de todos que estão falando, na minha opinião, bobagens, quando é que a FAB deixou de cumprir seu papel?

Quando é que foi prioridade do BRASIL a superiodade aérea, indo mais além, DEFESA? As Forças Armadas são reflexos do país.

Curioso é alguém acreditar que sem a FAB, a situação seria diferente. Custa-me crer que EB e MB conseguissem ter Rafales/Eurofighter/Sus da vida, partindo-se do princípio que nossa inexistente cultura militar fosse a mesma.




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#78 Mensagem por orestespf » Seg Jan 21, 2008 12:33 pm

Vinicius Pimenta escreveu:
Dhoff escreveu:A duas idéias em debate neste tópico:"Ambas idéias coerentes".

1- A extinção da FAB(incorporação da FAB, pela outras armas - EB e MB);
2 - Reestruturação da FAB (superioridade aérea).

Após muitas leituras em fóruns, jornais, revistas especializadas, etc... Consegui firmar minha idéia pessoal sobre o assunto, que a FAB (não só ela) precisa de uma restruturação para defenir para que veio a esse mundo(crise existêncial), que papél ela deve priorizar(somente superioridade aérea). Não estou desiludido com a FAB por causa da definição de um vetor a ser comprado, se vai comprar, mais sim do que ela esta deixando de fazer (superioridade aérea). Até a extinção e um pouco drástico, mais não deixa de ser uma idéia a se pensar.


Abraços


Extingüir a FAB é, além de completamente estapafúrdio, retroceder 70 anos. A mim é inconcebível sequer passar pela cabeça de alguém. É desconhecer completamente o papel de uma Força Aérea em conflitos modernos. Apesar disso, respeito opiniões contrárias, mas me parecem carecer de sustentação.

Queria saber de todos que estão falando, na minha opinião, bobagens, quando é que a FAB deixou de cumprir seu papel?

Quando é que foi prioridade do BRASIL a superiodade aérea, indo mais além, DEFESA? As Forças Armadas são reflexos do país.

Curioso é alguém acreditar que sem a FAB, a situação seria diferente. Custa-me crer que EB e MB conseguissem ter Rafales/Eurofighter/Sus da vida, partindo-se do princípio que nossa inexistente cultura militar fosse a mesma.


Simplesmente perfeito! As perguntas são na verdade respostas!

Grande abraço,

Orestes




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#79 Mensagem por talharim » Seg Jan 21, 2008 1:11 pm

A idéia de um comando de transporte aéreo desvinculado da FAB é desonerar a força de seu dever primordial constitucional.

Cria-se uma 4° força que seja responsável por atender requisições não somente das 3 FAs de forma mais ágil e flexível como também seria responsável pelo atendimento de todos os órgãos governamentais federais e estaduais.

Além da aviação estratégica de grande porte necessária pelas 3 FAs ficariam concentrados nesta força toda a aviação executiva necessária para atender aos órgãos ministeriais coisa que atualmente também é exercida pela FAB.

A idéia é desonerar e dar "nomes aos bois"

Qualquer tipo de crítica a FAB é rechaçada pela "desculpa" de falta de verbas "de que o cobertor é curto" etc e tal.......... pois bem a FAB teria apenas uma obrigação.........ficaria bem claro de agora em diante se realmente a culpa seria por falta de verbas pura ou simplesmente ou se seria incompetência generalizada dentro da froça.

Ou uma ou outra.Chega de desculpas.




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#80 Mensagem por Túlio » Seg Jan 21, 2008 1:15 pm

Na manha, o Talha véio está propondo uma Aviação no estilo da antiga URSS, se bem o entendo...




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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#81 Mensagem por alcmartin » Seg Jan 21, 2008 1:46 pm

Talha, boa tarde!

Mas, Talharim, voce acha realmente que os governos realmente não sabem (ele nunca sabe... :twisted: ) da situação da aviação de combate da FAb? Ou simplesmente não é prioridade(p/eles)?

Se voce criasse uma nova estrutura, uma nova descentralização, que já está tão combatida aqui, resolveria? Um novo comando, mais gente, mais custo...ou voce acha que quem comanda não exige controle total do que tem na mão?

Se a Fab, que já é acusada de ser a mais "civil" das tres forças, ainda tem funções de combate, imagina uma aviação militar só de transporte, e concentrando os transporte politico federal e estadual...seria militar só no nome...Aí seria a verdadeira TAB,hehe :D
Não tenha duvida que o exercito e Mb ficariam na mão em detrimento dos politicos.

Tive muito contato com o pessoal do CGOA(a parte dos helicopteros da policia civil, militar e bombeiros do RJ), até a um tempo atrás. O comando era indicado pelo governo do Rio. Para ter uma ideia do que era o setor operacional, o povo comprava revista importada de aviaÇão rotativa e improvisava na oficina, na solda, o que eles queriam. porque se dependesse de comando...

Tenha certeza que a aviação de combate seria igual ou pior ainda.

Uma coisa concordo inteiramente com voce: no inicio se ""abraçou o mundo". Diz-se que foi por interesse nacional e estrategico, citando que a definição de poder aereo engloba tambem a aviação civil, comercial e industria aerea. Verdade, mas ate que ponto o gerenciamento disso tem que ser tão direto... :?: Ou daqui a pouco voce estará com o exercito fazendo as provas de carteira de motorista...

É tudo um grande jogo, Talha, em que o equilibrio é que deve prevalecer. O problema é encontrar esse equilibrio. Principalmente dos interesses...

abs!




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#82 Mensagem por lobo_guara » Seg Jan 21, 2008 1:57 pm

Vinicius Pimenta escreveu:
lobo_guara escreveu:Boa a discussão, pena que estou chegando meio atrasado, mas penso principalmente que somente as ações do dia-a-dia das nossas FFAA já justificariam a existência de um Air Mobility Command, conforme proposto pelo Talha, também acredito que seria passível de análise pelos especialistas a transferência de algumas atribuições conforme proposto pelo Clermont, como a Patrulha Naval para a MB e a AAAer para a FAB (restando ao EB a defesa AAAer das suas próprias unidades).


A questão das atribuições ao meu ver é secundária. Não importa saber quem faz isso ou aquilo sem que antes possamos garantir um fluxo de recursos constante para a DEFESA em si. Por exemplo, se a FAB receber recursos suficientes para apoiar o transporte tático e estratégico do EB, não vejo necessidade da Força Terrestre em ter esse tipo de atribuição. O mesmo vale para a Patrulha Marítima e assim sucessivamente.

Entretanto outra possibilidade, que não foi feita até aqui e que me atreveria a considerar seria a criação de uma quarta força federal estilo Guarda Costeira Americana capaz de ser responsável pelo patrulhamento naval do país (tanto por meios marítimos e aéreos), possibilitando a redução de atribuições da MB nessa área e sua maior dedicação as tividades de uma marinha de mar-azul como a nossa.


Ao invés de resolver um problema, cria-se outro. Mais uma força com recursos insuficientes, mais um gasto em infra-estrutura, pessoal, etc.

Melhor que isso é garantir recursos mínimos à MB para que ela possa repassar aos seus Distritos Navais que cumprem a função.

Além disso, concordo que já esta mais do que na hora de tirar todas as atribuições relativas a aviação cívil (inclusive controle aéreo) do âmbito militar, isso é coisa de país pobre, não é o caso do Brasil Aviação Cívil é matéria do Ministério dos Transportes e ponto!


Tudo bem, mas aí você vai ter que definir como fica a questão dos CINDACTAS. Vai criar outro sistema de radarização exclusivamente militar? Vai manter como está? Como você faz com o pessoal da FAB que está nessa área? Baixa compulsória? Transfere pra onde? Não é tão simples.

Por fim acho que o papel das FFAA no Brasil não deve ser limitado apenas ao seu emprego militar, pois isso significaria o seu afastamento de seu povo e acabaria por gerar dúvidas sobre a sua importância junto a população. Num país das dimensões do Brasil com as diferenças regionais em termos culturais, sociais e econômicos as FFAA devem sim buscar estreitar os elos de ligação com o povo pois tornam-se um importante elemento de nossa nacionalidade. Além disso seria um grande disperdício de recursos negar o emprego da infra-estrutura das forças armadas (tais como seus meios de transporte, comunicação, hospitais, engenharia, etc.) a favor de atividades cívico-sociais, de defesa cívil ou de auxílio a outros ministérios federais como educação, saúde, transportes e demais áreas do governo federal, desde que tais atividades não tragam prejuízo a sua atividade fim, pois considero perfeitamente compatível esse tipo de emprego, além do que, muitas vezes representam oportunidades únicas de testar a capacidade de aprestamento e mobilização de nossos meios militares em uma situação real de emergência nacional.


Absolutamente perfeito! Onde assino?

Eu acho que muitos aqui, na ânsia de criticar, acabam não pensando direito no que escrevem. Questionam o EB fazendo transposição do São Francisco, rodovias, ferrovias, mas não param pra pensar que isso faz parte da manutenção da capacidade do Corpo de Engenharia que é FUNDAMENTAL em uma guerra.

Aliás, sabem como é nos EUA? Um exemplo:

O Corpo de Engenheiros do Exército é responsável pelo planejamento, projeto, construção e gestão dos recursos hídricos dos EUA. Suas tarefas incluem a navegação, a prevenção de inundações, a proteção ambiental e a resposta a desastres naturais.


Mas nós que somos um país rico vamos abrir mão desse tipo de coisa, né?


Vamos ver se consigo responder Vinícius,
Bem primeiro sobre os recursos, claro que concordo quando te referes a garantia de um fluxo contínuo de recursos para essa ou aquela força independente de questionar atribuições. Ok, contudo devemos pensar em forma de otimizar esses recursos já que os mesmos são escassos (e isso não é privilégio do Brasil, pois até mesmo em países da OTAN existe contigenciamento de verbas). Nesse caso coloco a questão da experiência do Air Mobility Command, não no sentido de alterar atribuição ou transferir a aviação de transporte para o EB, mas sim de otimizar os recursos, no nosso caso poderia ser um comando integrado em caráter permanente como já acontece na defesa aérea, dessa forma evitaria-se por exemplo a necessidade de co-existência de esquadrões de helicopteros do EB e da FAB na mesma base como acontece em Manaus, ou mesmo evitar casos como o do comandante do EB que ficou exposto a overbooking em São Paulo (será que a FAB não tinha nem um bandeirantizinho para levar o coitado de volta para Brasília???).

Quanto a criação de uma Guarda Costeira, sim concordo que se for para termos mais um problema em termos orçamentários melhor deixar como esta, mas como trata-se apenas de um exercício de reflexão, imagino que numa situação normal, talvez fosse mais apropriado, em função de permitir termos uma strutura única dedicada para essa função, dando mais folga para a Marinha tanto no aspecto orçamentário em função da redução do seu efetivo (pois repassaria toda a area de patrulha, salvamar, cartografia e sinalização para essa nova estrutura) e do número de bases (bases distritais) assim como em relação as tarefas de fiscalização e outras relacionadas as áreas cívis e burocráticas que hoje são realizadas pela MB, permitindo uma maior dedicação e especialização as tarefas a fins relativas a esquadra, força de submarinos, fuzileiros, força aeronaval, etc...

Quanto a transferência da aviação cívil para o transportes acho que isso será feito mais cedo ou mais tarde, claro que não vai ser da noite para o dia, tem que haver planejamento, mas isso deve partir da própria FAB até para que seja feito da forma correta, tem que haver a criação de centros de formação cívis junto as universidades, tem que haver a separação das infraestruturas de controle da defesa e do trafego aéreo, mas tem que ser feito, caso o contrário a FAB acabará sendo levada a reboque dos acontecimentos, os quais poderão ser devastadores para a instituição.

Quanto ao engajemento das FFAA em atividades auxiliares ao governo, na defesa cívil, etc. parece que concordamos plenamente. Aliás ao compararmos os resultados das forças da OTAN no Afeganistão, dos EUA no Iraque proporcionalmente a atuação Brasileira no Haiti parece que essa experiência foi o grande diferencial a nosso favor. Lembro perfeitamente o Gen. Heleno se referindo antes mesmo de desembarcarmos no Haiti da necessidade de conquistar corações e mentes para o sucesso da missão de paz. Parece que o objetivo foi alcançado.

A propósito, só para esclarecer, considero o Brasil um país rico (PIB, recursos naturais, povo, cultura, etc.) mas pobre de espiríto (desilguladades sociais, corrupção, violência, atraso, etc.)!




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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#83 Mensagem por talharim » Seg Jan 21, 2008 2:07 pm

Olá alcmartin.............as suas dúvidas e preocupações também são minhas......

Realmente uma mudanças dessas tão radical e trabalhosa na estrutura da FAB poderia resultar em "nada" ..............continuarem os mesmos problemas.

Mas alguma coisa precisa ser feita.E não se trata apenas da falta de verbas.A FAB recebeu enormes recursos nesses últimos 8 anos e empregou quase que sua totalidade na aviação de transporte e executiva.Desenvolvimento e pesquisa quase ZERO aviação de combate ZERO podemos dizer assim.

Então se a coisa está caminhando para esse rumo numa clara inversão de prioridades por culpa do excesso de atribuições da força então que se mude !

O que defendo é basicamente um enxutamento da FAB.Parte dos seus recursos e estrutura seria usado para criar uma 4° força.

A parte que fica seria obrigada a se profissionalizar ao extremo.Não cabe mais desculpas,mais comodismo,mais como se esconder atrás de uma mesa,ou a merda do caça voa ou não voa........não tem mais desculpas !!!

Eu quero nomes ! quero dar nomes aos Bois !

Se trata de falta de verbas ? Então finalmente ficará comprovado isso.

Não se trata de falta de verbas ? Então cabeças vão rolar !

Organização enxuta,jovem e profissional é isso que espero de uma nova FAB.




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#84 Mensagem por Vinicius Pimenta » Seg Jan 21, 2008 3:04 pm

Salve, Odir.

lobo_guara escreveu:Vamos ver se consigo responder Vinícius,
Bem primeiro sobre os recursos, claro que concordo quando te referes a garantia de um fluxo contínuo de recursos para essa ou aquela força independente de questionar atribuições. Ok, contudo devemos pensar em forma de otimizar esses recursos já que os mesmos são escassos (e isso não é privilégio do Brasil, pois até mesmo em países da OTAN existe contigenciamento de verbas). Nesse caso coloco a questão da experiência do Air Mobility Command, não no sentido de alterar atribuição ou transferir a aviação de transporte para o EB, mas sim de otimizar os recursos, no nosso caso poderia ser um comando integrado em caráter permanente como já acontece na defesa aérea, dessa forma evitaria-se por exemplo a necessidade de co-existência de esquadrões de helicopteros do EB e da FAB na mesma base como acontece em Manaus, ou mesmo evitar casos como o do comandante do EB que ficou exposto a overbooking em São Paulo (será que a FAB não tinha nem um bandeirantizinho para levar o coitado de volta para Brasília???).


O que eu questiono é se, ao criarmos mais um comando, mais uma estrutura hierárquica, mais uma estrutura de servidores, mais isso e aquilo, não é exatamente o contrário de otimizar os recursos escassos. Se você, por exemplo, supõe que, digamos, X milhões por ano sejam suficientes para fazer funcionar um AMC, porque não dar os mesmos X milhões à FAB que já tem tudo pronto e fiscalizar o cumprimento das metas? O AMC vai ocupar que bases, que instalações, qual o pessoal que vai fazer parte dele? Etc, etc, etc...

Quanto a criação de uma Guarda Costeira, sim concordo que se for para termos mais um problema em termos orçamentários melhor deixar como esta, mas como trata-se apenas de um exercício de reflexão, imagino que numa situação normal, talvez fosse mais apropriado, em função de permitir termos uma strutura única dedicada para essa função, dando mais folga para a Marinha tanto no aspecto orçamentário em função da redução do seu efetivo (pois repassaria toda a area de patrulha, salvamar, cartografia e sinalização para essa nova estrutura) e do número de bases (bases distritais) assim como em relação as tarefas de fiscalização e outras relacionadas as áreas cívis e burocráticas que hoje são realizadas pela MB, permitindo uma maior dedicação e especialização as tarefas a fins relativas a esquadra, força de submarinos, fuzileiros, força aeronaval, etc...


A nossa Guarda Costeira é representada pelos Meios Distritais. Há 9 Distritos Navais no país, responsáveis tanto pelo mar territorial quanto pelas águas interiores. Cada DN tem sua área de atuação, seus meios específicos entre navios, esquadrões de helicópteros e grupamentos operativos de Fuzileiros Navais.

Essa estrutura demanda um custo de X por ano para funcionar. Em teoria, se a MB receber esse X anual, a estrutura funcionará a contento. Ao se criar uma Guarda Costeira, em primeiro lugar, seriam criadas novas estruturas? Ou as intalações físicas seriam repartidas com a Marinha? E os servidores, deixariam de ser militares? Qual o impacto na MB dessa transferência de pessoal? Como fazer com os Grupamentos Operativos de FN? E os esquadrões de helicópteros?

Gostaria de deixar mais uma vez claro para vocês. Não se iludam. A redução de efetivos NÃO vai significar aumento dos recursos. Se a MB deixar de ter as atribuições de Guarda Costeira, vai simplesmente deixar de receber esse X anual que eu disse acima, que será repassado para a nova estrutura federal. Não haverá folga nenhuma orçamentária para a Marinha na medida que o X gasto com os DNs vai somente mudar de pasta. A situação da Esquadra não vai mudar em nada.

Por isso que eu insisto que, antes de pensarmos em mudanças de estrutura, melhor garantirmos um fluxo de recursos constante.

Quanto a transferência da aviação cívil para o transportes acho que isso será feito mais cedo ou mais tarde, claro que não vai ser da noite para o dia, tem que haver planejamento, mas isso deve partir da própria FAB até para que seja feito da forma correta, tem que haver a criação de centros de formação cívis junto as universidades, tem que haver a separação das infraestruturas de controle da defesa e do trafego aéreo, mas tem que ser feito, caso o contrário a FAB acabará sendo levada a reboque dos acontecimentos, os quais poderão ser devastadores para a instituição.


Também acho que será feito. Acho que deve ser feito, mas me preocupa como vai ficar a questão da integração entre Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo. Me parecerá um tremendo erro a separação desse sistema de muito sucesso, que poupa recursos e otimiza procedimentos.

Quanto ao engajemento das FFAA em atividades auxiliares ao governo, na defesa cívil, etc. parece que concordamos plenamente. Aliás ao compararmos os resultados das forças da OTAN no Afeganistão, dos EUA no Iraque proporcionalmente a atuação Brasileira no Haiti parece que essa experiência foi o grande diferencial a nosso favor. Lembro perfeitamente o Gen. Heleno se referindo antes mesmo de desembarcarmos no Haiti da necessidade de conquistar corações e mentes para o sucesso da missão de paz. Parece que o objetivo foi alcançado.


Perfeitamente! É exatamente isso.

A propósito, só para esclarecer, considero o Brasil um país rico (PIB, recursos naturais, povo, cultura, etc.) mas pobre de espiríto (desilguladades sociais, corrupção, violência, atraso, etc.)!


Concordo plenamente.




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#85 Mensagem por alcmartin » Ter Jan 22, 2008 1:15 am

Vinicius Pimenta escreveu:Salve, Odir.

lobo_guara escreveu:Vamos ver se consigo responder Vinícius,
Bem primeiro sobre os recursos, claro que concordo quando te referes a garantia de um fluxo contínuo de recursos para essa ou aquela força independente de questionar atribuições. Ok, contudo devemos pensar em forma de otimizar esses recursos já que os mesmos são escassos (e isso não é privilégio do Brasil, pois até mesmo em países da OTAN existe contigenciamento de verbas). Nesse caso coloco a questão da experiência do Air Mobility Command, não no sentido de alterar atribuição ou transferir a aviação de transporte para o EB, mas sim de otimizar os recursos, no nosso caso poderia ser um comando integrado em caráter permanente como já acontece na defesa aérea, dessa forma evitaria-se por exemplo a necessidade de co-existência de esquadrões de helicopteros do EB e da FAB na mesma base como acontece em Manaus, ou mesmo evitar casos como o do comandante do EB que ficou exposto a overbooking em São Paulo (será que a FAB não tinha nem um bandeirantizinho para levar o coitado de volta para Brasília???).


O que eu questiono é se, ao criarmos mais um comando, mais uma estrutura hierárquica, mais uma estrutura de servidores, mais isso e aquilo, não é exatamente o contrário de otimizar os recursos escassos. Se você, por exemplo, supõe que, digamos, X milhões por ano sejam suficientes para fazer funcionar um AMC, porque não dar os mesmos X milhões à FAB que já tem tudo pronto e fiscalizar o cumprimento das metas? O AMC vai ocupar que bases, que instalações, qual o pessoal que vai fazer parte dele? Etc, etc, etc...

Quanto a criação de uma Guarda Costeira, sim concordo que se for para termos mais um problema em termos orçamentários melhor deixar como esta, mas como trata-se apenas de um exercício de reflexão, imagino que numa situação normal, talvez fosse mais apropriado, em função de permitir termos uma strutura única dedicada para essa função, dando mais folga para a Marinha tanto no aspecto orçamentário em função da redução do seu efetivo (pois repassaria toda a area de patrulha, salvamar, cartografia e sinalização para essa nova estrutura) e do número de bases (bases distritais) assim como em relação as tarefas de fiscalização e outras relacionadas as áreas cívis e burocráticas que hoje são realizadas pela MB, permitindo uma maior dedicação e especialização as tarefas a fins relativas a esquadra, força de submarinos, fuzileiros, força aeronaval, etc...


A nossa Guarda Costeira é representada pelos Meios Distritais. Há 9 Distritos Navais no país, responsáveis tanto pelo mar territorial quanto pelas águas interiores. Cada DN tem sua área de atuação, seus meios específicos entre navios, esquadrões de helicópteros e grupamentos operativos de Fuzileiros Navais.

Essa estrutura demanda um custo de X por ano para funcionar. Em teoria, se a MB receber esse X anual, a estrutura funcionará a contento. Ao se criar uma Guarda Costeira, em primeiro lugar, seriam criadas novas estruturas? Ou as intalações físicas seriam repartidas com a Marinha? E os servidores, deixariam de ser militares? Qual o impacto na MB dessa transferência de pessoal? Como fazer com os Grupamentos Operativos de FN? E os esquadrões de helicópteros?

Gostaria de deixar mais uma vez claro para vocês. Não se iludam. A redução de efetivos NÃO vai significar aumento dos recursos. Se a MB deixar de ter as atribuições de Guarda Costeira, vai simplesmente deixar de receber esse X anual que eu disse acima, que será repassado para a nova estrutura federal. Não haverá folga nenhuma orçamentária para a Marinha na medida que o X gasto com os DNs vai somente mudar de pasta. A situação da Esquadra não vai mudar em nada.Por isso que eu insisto que, antes de pensarmos em mudanças de estrutura, melhor garantirmos um fluxo de recursos constante.

Quanto a transferência da aviação cívil para o transportes acho que isso será feito mais cedo ou mais tarde, claro que não vai ser da noite para o dia, tem que haver planejamento, mas isso deve partir da própria FAB até para que seja feito da forma correta, tem que haver a criação de centros de formação cívis junto as universidades, tem que haver a separação das infraestruturas de controle da defesa e do trafego aéreo, mas tem que ser feito, caso o contrário a FAB acabará sendo levada a reboque dos acontecimentos, os quais poderão ser devastadores para a instituição.


Também acho que será feito. Acho que deve ser feito, mas me preocupa como vai ficar a questão da integração entre Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo. Me parecerá um tremendo erro a separação desse sistema de muito sucesso, que poupa recursos e otimiza procedimentos.

Quanto ao engajemento das FFAA em atividades auxiliares ao governo, na defesa cívil, etc. parece que concordamos plenamente. Aliás ao compararmos os resultados das forças da OTAN no Afeganistão, dos EUA no Iraque proporcionalmente a atuação Brasileira no Haiti parece que essa experiência foi o grande diferencial a nosso favor. Lembro perfeitamente o Gen. Heleno se referindo antes mesmo de desembarcarmos no Haiti da necessidade de conquistar corações e mentes para o sucesso da missão de paz. Parece que o objetivo foi alcançado.


Perfeitamente! É exatamente isso.

A propósito, só para esclarecer, considero o Brasil um país rico (PIB, recursos naturais, povo, cultura, etc.) mas pobre de espiríto (desilguladades sociais, corrupção, violência, atraso, etc.)!


Concordo plenamente.


Boa noite, talha!

O problema, Talha, é quem vai rolar as cabeças...a liderança da nação é quem justamente empurra o pepino...

Sobre criar mais forças, o Vinicius disse tudo!!Separar significa fracionar a verba, mas quem não tinha continua não recebendo... :?

E tem mais um complicador aí, que alguns já citaram bem, que é a lei orçamentária: a grana é só p/custeio. Se quiser comprar, tem que propor e ser aceito.

Logo, a gente dá a volta, dá volta e chega no mesmo lugar:se não houver uma conscientização dos politicos, da liderança, nào se faz nada...
Aí entra a parte da população:cobrar! Se esta não se importa, os politicos tambem não e aí... :?

E para isso, uma coisa realmente as FA's, em geral, tinham que melhorar: a propaganda e o lobby em BSB. Quem não chora, não mama...os americanos são o que são e ainda assim, choram...e o congresso deles escuta. Por que não aqui?
Acho que o CM fez muito bem esse ano no congresso e acho que é por aí...

E voce está fazendo sua parte, xinga, reclama mesmo,hehe! :D Se todos fizerem, a coisa melhora. Só não duvide da capacidade, que eles tem. Falta o empurrão,hehe!! :D

abs!




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#86 Mensagem por Túlio » Ter Jan 22, 2008 8:01 am

Os estrelados ianques VIVEM no Congresso, é Lobby direto e reto, por isso eles têm parlamentares que são verdadeiros ESPECIALISTAS EM DEFESA, e vendem a idéia às suas 'bases' de que os EUA são e devem continuar a ser FORTES, além de centenas de milhares de empregos DIRETOS a serem defendidos na Indústria Bélica...

Tudo o que NÃO fazemos aqui... :cry:

Mas imaginemos os Parlamentares Gaúchos sofrendo assédio direto e reto dos militares, os Paulistas, os Mineiros, os Cariocas, todos os que têm Indústria Bélica, uma verdadeira BANCADA PRÓ-DEFESA... :wink:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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#87 Mensagem por Piffer » Ter Jan 22, 2008 8:49 am

Túlio escreveu:Os estrelados ianques VIVEM no Congresso, é Lobby direto e reto, por isso eles têm parlamentares que são verdadeiros ESPECIALISTAS EM DEFESA, e vendem a idéia às suas 'bases' de que os EUA são e devem continuar a ser FORTES, além de centenas de milhares de empregos DIRETOS a serem defendidos na Indústria Bélica...

Tudo o que NÃO fazemos aqui... :cry:

Mas imaginemos os Parlamentares Gaúchos sofrendo assédio direto e reto dos militares, os Paulistas, os Mineiros, os Cariocas, todos os que têm Indústria Bélica, uma verdadeira BANCADA PRÓ-DEFESA... :wink:


Isso tem aqui. Sempre houve gente do Forte Apache lá no Congresso, que trabalha unicamente com isso.

Abraços,




Carpe noctem!
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#88 Mensagem por Túlio » Ter Jan 22, 2008 8:52 am

Piffer escreveu:
Túlio escreveu:Os estrelados ianques VIVEM no Congresso, é Lobby direto e reto, por isso eles têm parlamentares que são verdadeiros ESPECIALISTAS EM DEFESA, e vendem a idéia às suas 'bases' de que os EUA são e devem continuar a ser FORTES, além de centenas de milhares de empregos DIRETOS a serem defendidos na Indústria Bélica...

Tudo o que NÃO fazemos aqui... :cry:

Mas imaginemos os Parlamentares Gaúchos sofrendo assédio direto e reto dos militares, os Paulistas, os Mineiros, os Cariocas, todos os que têm Indústria Bélica, uma verdadeira BANCADA PRÓ-DEFESA... :wink:


Isso tem aqui. Sempre houve gente do Forte Apache lá no Congresso, que trabalha unicamente com isso.

Abraços,



Então não estão fazendo direito o que deveriam, afinal: nada de equipamento novo, total despreocupação/desinformação sobre Defesa, nem se fala em aumento de soldos... 8-]




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#89 Mensagem por Piffer » Ter Jan 22, 2008 9:04 am

O congresso do Brasil é bem diferente dos congresso dos EUA.

Lá, o congresso sempre teve uma participação ativa nos assuntos militares. Os cadetes de West Point (e das outras academias) são indicados pelos senadores, os EUA se metem numa guerra a cada dez anos e boa parte dos congressistas já serviu em combate, a indústria de defesa é fortíssima, A mais alta condecoração (a Medalha de Honra) é do Congresso, sempre houve um departamento de defesa (com um civil à frente) que se reportava ao congresso.

Por aqui a única coisa que alguns congressistas fizeram com militares foi explodí-los.

A cultura militar não é o nosso forte, não tem como comparar.

Abraços,




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#90 Mensagem por faterra » Sex Jan 25, 2008 12:30 am

Piffer escreveu:O congresso do Brasil é bem diferente dos congresso dos EUA.

Lá, o congresso sempre teve uma participação ativa nos assuntos militares. Os cadetes de West Point (e das outras academias) são indicados pelos senadores, os EUA se metem numa guerra a cada dez anos e boa parte dos congressistas já serviu em combate, a indústria de defesa é fortíssima, A mais alta condecoração (a Medalha de Honra) é do Congresso, sempre houve um departamento de defesa (com um civil à frente) que se reportava ao congresso.

Por aqui a única coisa que alguns congressistas fizeram com militares foi explodí-los.

A cultura militar não é o nosso forte, não tem como comparar.

Abraços,


Então já passou da hora de incutir na cabeça destes "congressistas" esta cultura. Nem que seja só para exercermos o poder da dissuação.
Não concebo a idéia de que alguém pense que o Brasíl está acima destas "coisas" e que se algo nos acontecer Deus, nossas rezadeiras, benzedeiras e, quem sabe, os americanos virão aqui nos defender. :shock: :oops:
País nenhum é imune à cobiça. :cry:




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Um abraço!
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