A FAB teria sido um erro?

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Clermont
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A FAB teria sido um erro?

#1 Mensagem por Clermont » Dom Jul 08, 2007 11:35 am

Guilherme escreveu:
PRMaia escreveu:Senhores

Não consegui resisti depois de tanta leitura do mais alto nível sobre as dificuldades de rumo que atinge a FAB. Tendo em vista este fato e as necessidades de racionalização um caminho alternativo poderia ser seguido: A EXTINÇÃO DA FAB.
Teriamos como antes de 1941: A Aviação Militar e a Aviação Naval. A Aviação Civil seria da responsabilidade do Ministério do Transportes....que racionalização!

DEFENDO EXTINGUIR TAMBÉM O SENADO FEDERAL.


É o que eu penso também. Repartir a FAB entre Aviação do Exército e Aviação Naval.


Paisano escreveu:Apoiado 99,99%, uma vez que sou a favor da mautenção do Senado Federal.


vilmarmoccelin escreveu:Acabar com a FAB é uma coisa impossível de se fazer a essa altura do campeonato... A não ser que mudassem TOTALMENTE a estrutura de todo o Min Def...


Sempre achei - pelo menos, nos limites do meus conhecimentos - que foi um grande erro a criação da FAB, pela Ditadura Vargas, em 1941. Realmente, não estou convencido de que essa corporação tenha feito, nesses mais de 60 anos, qualquer coisa que a antiga Aviação Militar e a Aviação Naval, também não tivessem feito, caso não tivessem sido extintas.

A FAB, pra mim, só implicou em mais uma corporação; mais burocracia; mais dificuldade na elaboração de uma grande estratégica combinada, o que seria mais fácil de ser obtida apenas com a Marinha e o Exército.

Talvez a rapaziada que sabe tudo sobre aviões possa me convencer do contrário, mas, no fim da contas, qual a missão da FAB, numa hipotética guerra? Não seria dar apoio aéreo ao Exército? Apoiar as ações da Esquadra (e protegê-la nos ancoradouros), no limite do alcance dos aviões? Não é vigiar as águas territoriais? E também, fornecer defesa aérea (em conjunção com a defesa anti-aérea do Exército) aos pontos sensíveis econômicos-políticos do país?

E tudo isso não poderia ter continuado como missão das velhas Aviação Militar e Aviação Naval?

O Brasil nunca teve, e eu acho difícil acreditar que algum dia vá ter, qualquer capacidade de ataque estratégico, única justificativa para uma arma aérea independente. Pelo menos, creio eu...

Por outro lado, isso é passado. A FAB existe, e eu acho impossível, na atual e em qualquer conjuntura posterior, que exista algum governo civil, com bastante auto-confiança e e irrestrita obediência militar, para propor uma tal transformação na estrutura das três corporações armadas.

Mas, pelo menos, algumas coisas poderiam ser discutidas, que afetam a constituição atual das forças armadas:

1) Por quê a artilharia de costa do Exército (praticamente inexistente) não é entregue à Marinha (especificamente, ao Corpo de Fuzileiros Navais)?

2) Por quê a aviação de patrulha marítima da Aeronáutica, também não é entregue à Marinha?

3) E, já que não se pretente extinguir a FAB, então, por quê não se estabelece, doutrinariamente que toda a defesa anti-aérea fixa, de pontos estratégicos do território, fique, diretamente, sob controle de uma artilharia antiaérea da própria Força Aérea. Enquanto o Exército mantém, tão somente, a proteção antiáerea de suas grandes unidades de combate?




orestespf
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#2 Mensagem por orestespf » Dom Jul 08, 2007 11:38 am

:shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock:

Eu heim!!!




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#3 Mensagem por Alitson » Dom Jul 08, 2007 11:50 am

orestespf escreveu::shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock:

Eu heim!!!


2X!!!!!!!!!!!!




A&K M249 MK.I
G&P M4 CARBINE V5
G&P M4A1
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#4 Mensagem por Morcego » Dom Jul 08, 2007 11:52 am

Alitson escreveu:
orestespf escreveu::shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock:

Eu heim!!!


2X!!!!!!!!!!!!


Olha, confesso que o que eu falei foi de cabeça quente, devido ao alto grau de QUINTAS COLUNAS QUE TEM NA FAB e de outros PODRES QUE EU SEI.

mas o FATO, é que tem muito gente HONRADA LA SIM.




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#5 Mensagem por Poti Camarão » Dom Jul 08, 2007 12:13 pm

Sugiro aos moderadores do DB que no final do ano seja criado uma espécie de prêmio para as postagens do ano. Teria o Tópico do Ano mais comentado, O Tópico do Ano Mais Visitado e etc... E teria também o Tópico do Ano Mais Absurdo. Este, sem dúvidas, entraria como fortissimo concorrente.

A propósito, só pra contrariar, quer dizer que todos os países do mundo também erraram em criar suas forças aéreas? paciência...




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#6 Mensagem por AlbertoRJ » Dom Jul 08, 2007 12:17 pm

A FAB não é um erro, mas comete erros, como todo mundo :wink:

[]'s




Alberto -
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#7 Mensagem por Jacobs » Dom Jul 08, 2007 12:18 pm

Fala pros americanos acabarem com os marines também!!!

Se for seguir por esse "pensamento logico", o que os marines fazem que a USNAVY não faz???




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#8 Mensagem por Paisano » Dom Jul 08, 2007 12:45 pm

Pelo que eu ainda me lembro o debate é livre do DB.

Portanto, não vejo qualquer tipo de problema em discutir o tema deste tópico.




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#9 Mensagem por Clermont » Dom Jul 08, 2007 12:55 pm

Poti Camarão escreveu:E teria também o Tópico do Ano Mais Absurdo. Este, sem dúvidas, entraria como fortissimo concorrente.

A propósito, só pra contrariar, quer dizer que todos os países do mundo também erraram em criar suas forças aéreas? paciência...


Tudo certo. Eu, com certeza, não pretenderia afirmar uma tal coisa sobre o restante do mundo incorrer em erros.

E também não é preciso semelhante "stress". Somente levantei uma dúvida sobre alguma coisa ocorrida há muito tempo atrás. Se uma maioria de pessoas considera que tal hipótese carece de fundamento, assim seja. Não é à toa que escrevi, lá encima, "nos limites dos meus conhecimentos". Mas, também é óbvio que, enquanto não for convencido por argumentos sólidos - e não por simples insultos - eu me reservo o direito de manter a minha própria opinião. Ainda que eu a guarde para mim.

Por exemplo, ao invés de insolências, alguém poderia ter citado uma coisa que não me ocorreu, no momento em que postei (estava, somente, pensando em termos, mais terra-a-terra, como ações militares). E essa coisa é a criação de toda uma estrutura tecnológica e industrial, começando com o ITA e culminando na Embraer. Teria tal infraestrutura sido originada, apenas, à a partir das antigas aviações militar e naval? Não sei. É até possível que não. Nesse caso, isso poderia, por si mesmo, justificar a criação de uma força independente de ar. Embora, alguém pudesse, no campo das hipóteses, se perguntar se isso justificaria uma aviação independente, nos dias atuais.

À propósito, não lembro de ter mencionado qualquer coisa sobre "existência ou não de pessoas honradas na FAB" ou, em qualquer outro ramo das forças armadas. Inclusive, fora delas, como o tão malhado Congresso Nacional.




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#10 Mensagem por Poti Camarão » Dom Jul 08, 2007 4:20 pm

Para um país em desenvolvimento, carente de recursos financeiros e rico em mazelas sociais, me ORGULHO muito de possuirmos uma força que é reconhecida pelo profissionalismo e pelos avanços tecnológicos em várias áreas. O fato de estarmos todos NÓS indignados pela falta de um caça de superioridade aérea não é motivo para não querermos mais a FAB.

Clermont, eu sei que você é um membro sensato. Entendo que quis levar pelo lado técnico e militar da questão. Mas mesmo assim, acho que foi muito infeliz. Mas respeito sua opinião, mesmo brincando acima quando disse que era para ser criado o Tópico Absurdo do Ano.

Todavia, eu sei que existe aqui muito insensato que gosta de insultar a FAB, seus profissionais e sua história. Basta qualquer noticia ruim que eles descem o pau numa estupidez idiota. Lembrem quando o Saito assumiu. Eu posso provar aqui neguinho comentando a favor do brigadeiro, idolatrando ele. Dia desses li comentários desse dito cujo acabando com o comandante.

Essa pessoal não passa de uns insensatos passionais. Comenta ao sabor do vento.

Abraços!

P.S.: a título de esclarecimento, não pertenço aos quadros da FAB para ter supostos motivos para a defesa. Sou jornalista, moro em Natal e conheço bem a força através da BANT.




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#11 Mensagem por talharim » Dom Jul 08, 2007 4:26 pm

Precisamos criar um "Air Mobility Command" concentrando aí toda a aviação de transporte militar seria uma 4° força.

A TAB ficaria apenas com aviação de caças e nada mais.

Alguma coisa precisa ser mudada porque do jeito que as coisas estão a TAB não funciona é um desperdício de dinheiro público.

O alto comando da TAB é absurdamente incompetente.A estrutura precisa ser radicalmente reduzida assim fica mais fácil separar o joio do trigo.




"I would rather have a German division in front of me than a French

one behind me."

General George S. Patton.
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#12 Mensagem por Clermont » Dom Jul 08, 2007 4:47 pm

Algumas idéias mais marcantes.

Coronel Augusto Fragoso (C-78-59/Reservado – Escola Superior de Guerra/Departamento de Estudos – O problema da integração das Forças Armadas 2ª parte - 1959

(...)

Em decorrência dos ensinamentos da última guerra mundial e em relação à nova organização das Forças Armadas tradicionais, registram-se em alguns países, idéias, prognósticos ou teses um tanto avançados que convém, entretanto, ter em mente:

1ª) Uma força armada no futuro, em lugar das três clássicas – tese exposta pelo Marechal Montgomery em outubro de 1955 (...)

2ª) Duas forças armadas apenas, na Inglaterra, em 1970, com base na atual Marinha e no atual Exército, sendo as tarefas da força aérea divididas entre as duas – prognóstico defendido por alguns estudiosos britânicos entre os quais o Major Guy Armstrong que assim o justifica:


A segurança de nossas rotas estratégicas no mar e no ar, e o emprego dos mísseis balísticos estratégicos seriam da responsabilidade da Marinha, enquanto o Exército se responsabilizaria por todas as operações terrestres e aéreas dentro dos teatros. Esta reorganização deveria ser realizada gradualmente, à proporção que as armas dirigidas e os mísseis balísticos fossem tornando obsoletos os caças e os bombardeiros. A tarefa deveria estar terminada em 1970. Não há dúvida de que o desaparecimento da RAF como uma entidade autônoma seria extremamente dolorosa para todos seus membros e para o país como um todo. A decisão deverá, não obstante, ser tomada para que as forças armadas possam ser eficientes na manutenção da segurança nacional numa época em que o seu armamento está exigindo uma proporção cada vez maior e extraordinariamente grande dos recursos econômicos nacionais. Os sentimentos pessoais tem sempre de acabar cedendo terreno à realidade, e não mereceremos manter o nosso lugar na História se evitarmos decisões desagradáveis 1.”


1 : Negritos meus.

______________________________________

Coronel Tasso Fragoso:

CURSOS:

Escola Militar
Centro de Instrução de Transmissões
Escola das Armas
Escola de Estado-Maior do Exército
“Engineer School” do Exército dos EUA.
Curso Superior de Guerra
Curso de Bibliografia Brasileira

COMISSÕES:

Instrutor da Escola Militar Provisória.
Instrutor da Escola Militar do Realengo.
Instrutor da Escola das Armas.
Instrutor da Escola de Estado-Maior do Exército
Oficial de Gabinete do Ministro da Guerra nas Administrações Canrobert e Lott.
Adjunto e Chefe da 4º Seção do Estado-Maior da Divisão Expedicionária na Campanha da Itália.
Adjunto do Adido Militar à Embaixada do Brasil em Washington.
Delegado do Brasil à Junta Interamericana de Defesa.
Membro da Delegação do Brasil à Comissão Militar Mista Brasil-Estados Unidos.
Adjunto da 2ª Seção do Estado-Maior do Exército.
Chefe do Gabinete da Diretoria-Geral de Engenharia.
Comandante do 5º Batalhão de Engenharia de Combate (Porto União).
Comandante do 2º Batalhão Rodoviário (Lajes).
Atualmente (1959), Chefe da Divisão de Assuntos Militares na ESG.


________________________________________

Bem, e o que esse pequeno extrato indica? Indica, em primeiro lugar, que um coronel altamente gabaritado do Exército não considerava uma hipotética eliminação de um componente independente de ar, como “um absurdo”, tanto que ele transcreve um extrato de um texto produzido por um major britânico. Esse último, também, não vê problema nenhum em sugerir, com todas as letras, que a RAF deveria ser extinta. A RAF! Que, somente uns 15 anos antes, tinha salvo a Grã-Bretanha da ameaça alemã!

Nesse mesmo documento, o coronel brasileiro não defende a supressão da FAB, de forma alguma. O escopo de sua conferência, na ESG, se trata de aprimorar a integração das três forças. Curiosamente, ela foi pronunciada em 13 de julho de 1959, e, no final dela, ele não hesita, um só instante, em afirmar que a solução ideal era a criação do Ministério da Defesa. Mas, sendo um oficial prático e realista, ele entende que, naquela conjuntura, tal proposição está, muito longe de poder ser implementada. Daí que ele enfatiza o reforço e ampliação do Estado-Maior das Forças Armadas.

E pensar que o Ministério da Defesa levou mais uns cinqüenta anos para virar realidade! E tem quem não goste...

Aliás, em outra conferência, um tenente-coronel aviador defende a independência da Força Aérea com excelentes argumentos. Inclusive, citando a questão do desenvolvimento aero-espacial, já evidente em 1959. Em compensação, esse mesmo oficial da FAB, foi enérgico na sua oposição às intenções da Marinha, de reestabelecer uma aviação de asas fixas. E, para isso, falou muito mal do United States Marine Corps, em certa passagem...

Quanto à proposição do major de Sua Majestade, ela está de acordo com seu tempo e sua conjuntura estratégica, percebida. Como os tempos são outros, e as tecnologias também, fica em discussão a validade atual de suas idéias. Porém, salvo engano, gostaria de lembrar que, na última guerra independente que os britânicos travaram, o peso do poder aéreo utilizado contra os argentinos foi oriundo da Fleet Air Arm e não da RAF. Claro, os “Harrier” dessa última foram utilizados, mas sob comando e controle da Real Marinha britânica. Então, neste caso, pra quê serviu uma RAF independente? Somente para mandar um ou outro bombardeiro intercontinental “Vulcan” jogar umas bombas em um ou outro radar argentino?




Editado pela última vez por Clermont em Dom Jul 08, 2007 4:53 pm, em um total de 1 vez.
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#13 Mensagem por Clermont » Dom Jul 08, 2007 4:51 pm

Poti Camarão escreveu:Clermont, eu sei que você é um membro sensato. Entendo que quis levar pelo lado técnico e militar da questão. Mas mesmo assim, acho que foi muito infeliz. Mas respeito sua opinião, mesmo brincando acima quando disse que era para ser criado o Tópico Absurdo do Ano.


Tudo bem, patrão. Não esquenta não. Afinal, somos todos brasileiros e queremos o melhor para a nossa nação, não é mesmo?

Abraços,

Clermont.




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#14 Mensagem por Marino » Dom Jul 08, 2007 5:03 pm

Caro Clermont
Eu gostaria de fazer um comentário sobre uma parte de sue último post, mas já deixando claro que não comungo com sua idéia.
A missão principal da Força Aérea é obter o Controle do Ar, lembra do Controle do Mar no tópico de Estratégia Naval?
Somente depois de obtido este controle ela vai se engajar "na superfície", seja terrestre ou marítima. Desta maneira, precisa de extrema especialidade, dedicação, meios próprios, doutrina, estratégia, logística, etc, que justificam a existência das Forças Aéreas.
Mas vamos a meu comentário:

gostaria de lembrar que, na última guerra independente que os britânicos travaram, o peso do poder aéreo utilizado contra os argentinos foi oriundo da Fleet Air Arm e não da RAF. Claro, os “Harrier” dessa última foram utilizados, mas sob comando e controle da Real Marinha britânica. Então, neste caso, pra quê serviu uma RAF independente? Somente para mandar um ou outro bombardeiro intercontinental “Vulcan” jogar umas bombas em um ou outro radar argentino?

Veja bem - o Teatro de Operações era um Teatro MARÍTIMO. Desta maneira, todos os meios alocados ao Teatro ficam subordinados a Marinha.
Na estrutura nacional seria criada a Força Aérea do TOM e a Força Terrestre do TOM, subordinadas ao Almirante comandante do TOM, normalmente o Comandante de Operações Navais.
Se o Teatro fosse Terrestre, seriam criadas a Força Aérea do TOT e a Força Naval do TOT, subordinadas ao General comandante do TOT.
A nossa doutrina não está longe da britânica então.
Forte abraço




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#15 Mensagem por Luís Henrique » Dom Jul 08, 2007 6:15 pm

Acho difícil a idéia porque tudo ja esta formado...

A doutrina é diferente, os cursos são diferentes mas o nome realmente não importa.

Assim como temos o exército do ar.....em vez de força aérea.

Poderia ser força aérea do exército....etc.

Clermont, creio que a FAB so exista porque a sua principal razão de ser é o controle do céu e isto é bem diferente do que controle terrestre ou maritimo.

Então existem muitas diferenças em treinamentos e doutrina que fazem jus a esta divisão.

Mas concordo que quanto melhor for a aproximação entre as 3 forças, melhor para o Brasil.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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