Me cheira a "alguém" querendo ter capacidade de continuar produzindo - longe de uma chuva de mísseis tipo Avangard e Oreshnik p ex - mesmo provocando a Rússia até que ela resolva pagar pra ver na Europa. Contar com verbas das FA daqui e da vizinhança me parece loucura.
Como tu mesmo dizes, a ver...
Conversei com um carinha da MBDA e ele me disse que há plano de trazer - ao menos parte - do R&D pro Brasil. Vão começar com a SIMTECH, mas creio que que a MBDA de fato virá pra cá de vez.
Me cheira a "alguém" querendo ter capacidade de continuar produzindo - longe de uma chuva de mísseis tipo Avangard e Oreshnik p ex - mesmo provocando a Rússia até que ela resolva pagar pra ver na Europa. Contar com verbas das FA daqui e da vizinhança me parece loucura.
Como tu mesmo dizes, a ver...
Conversei com um carinha da MBDA e ele me disse que há plano de trazer - ao menos parte - do R&D pro Brasil. Vão começar com a SIMTECH, mas creio que que a MBDA de fato virá pra cá de vez.
Sim, me parece bem possível, Gabriel véio, estou encabritado é com as razões; se virar tendência (e a Argentina, cada vez mais alinhada com EUA/UE, pode virar alvo também, daí acho brabo de irem pra lá) e outros conglomerados de Defesa começarem a se espichar pras bandas de cá, minha dúvida vira certeza, tipo VAI TER FREJE NA EUROPA MESMO!
FCarvalho escreveu: ↑Dom Dez 08, 2024 8:00 pm
A ver no que vai dar isso. O merchandesing é bom.
Quanto aos resultados, aguardemos.
Me cheira a "alguém" querendo ter capacidade de continuar produzindo - longe de uma chuva de mísseis tipo Avangard e Oreshnik p ex - mesmo provocando a Rússia até que ela resolva pagar pra ver na Europa. Contar com verbas das FA daqui e da vizinhança me parece loucura.
Como tu mesmo dizes, a ver...
A lista de sistemas que a MBDA pode nos oferecer é grande, mas, o fato é que as ffaa's aqui estão limitadas em suas capacidades de investimento em qualquer coisa a perder de vista. E os custos\preços dos europeus nunca foram um atrativo para nós em termos de sistemas de defesa, por mais que os fãs do "padrão OTAN" por aqui façam questão de bater pé em qualquer espelinho que nos seja liberado pela bondade além Atlântico.
Mas vamos ver do que eles são capazes. Se a ideia for fazer algo parecido com que a Elbit construiu aqui com suas subsidiárias, talvez tenhamos algo bom em mãos, mas se não for, bem, sempre temos a desculpa de que não havia recursos para "gastar" com essas coisas.
Sim, me parece bem possível, Gabriel véio, estou encabritado é com as razões; se virar tendência (e a Argentina, cada vez mais alinhada com EUA/UE, pode virar alvo também, daí acho brabo de irem pra lá) e outros conglomerados de Defesa começarem a se espichar pras bandas de cá, minha dúvida vira certeza, tipo VAI TER FREJE NA EUROPA MESMO!
Se houver, isto pode ser a nossa maior sorte - para a BIDS, claro - e também nossa maior desgraça.
Primeiro que a BIDS aqui não vai virar um celeiro da defesa nacional europeia do dia para a noite; e segundo, que não temos aqui nem vontade e muito menos recursos em quantidade e objetividade para tirar do papel tudo o que eles acham que podem nos enfiar goela abaixo, digo, vender, favorecendo linhas de produção sustentáveis no longo prazo. A não ser que estejam pensando primeiro em exportação, e depois a gente vê o que consegue com os indiozinhos de tropicália. Dificilmente desse mato aqui sai coelho em favor da MBDA no curto e médio prazo. Se eles podem, ou querem, esperar, a saber.
Aliás, se houver problemas na Europa, e o Brasil for burro o suficiente para se alinhar automaticamente a qualquer lado, seremos alvos legítimos para todos os lados. Daí este negócio poder ser uma desgraça para nós também. E nem precisamos fazer muita coisa, ou simplesmente não fazer nada, como de costume, para virar um de quem quer que seja.
E não me consta que a nossa situação hoje em termos de defesa, quase 100 anos depois, nos seja mais favorável do que a de nossos avós e bisavós, que também achavam que o mundo tem lá os seus problemas e que nós aqui no sul maravilha não temos nada com isso.
Sim, me parece bem possível, Gabriel véio, estou encabritado é com as razões; se virar tendência (e a Argentina, cada vez mais alinhada com EUA/UE, pode virar alvo também, daí acho brabo de irem pra lá) e outros conglomerados de Defesa começarem a se espichar pras bandas de cá, minha dúvida vira certeza, tipo VAI TER FREJE NA EUROPA MESMO!
Cara, acho muito difícil ir pra Argentina pois mesmo com o Milei, vai demorar uns 2 mandatos bons e mais uns 2 para estabilizar a situação de lá, fora que a qualquer momento os Peronistas podem voltar e fuder tudo. Aqui, mesmo com o Lula fodendo em um ano tudo o que foi construído entre 2016 (Temer) até 2022, ainda assim é insuficiente pra declararmos falência por algumas décadas e politicamente somos estáveis, geralmente arrumamos treta com alguns mas ações concretas não há, vide Venezuela em 2019 e Israel 2023-2024.
Agora não acho que a Europa queira trazer sua produção pra cá pelos mesmos motivos que o OM quer, como guerras ou conflitos, mas sim questões econômicas. O custo de H-H na Europa está estratosférico e só aumenta, assim como custo de energia e não há a mínima perspectiva de melhora a médio prazo, diria até longo prazo.
No Brasil, temos ambos de sobra e muito mais barato, inclusive energeticamente, hoje Itaipu é um Buffer e renováveis estão crescendo, até nuclear parece que esse governo manteve o que vinha sendo feito com Bolsonaro, então temos o que crescer energeticamente também.
O máximo de conflito que ocorrerá em fábricas da Europa são grupos atuando de forma assimétrica, coisa que já existe. Volta e meia uma fábrica de defesa na Europa pega fogo misteriosamente e fica todo mundo quieto.
Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Enviado: Qui Dez 12, 2024 2:17 pm
por J.Ricardo
Mas mesmo assim isso pode acabar se tornando uma saída para o europeus resguardarem sua defesa estratégica produzindo algo aqui fora das garras da Rússia, penso que a SAAB pode refletir que o Brasil tem todo potencial para fornecer peças para seus gripens em caso de conflito por lá.
Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Enviado: Qui Dez 12, 2024 4:04 pm
por FCarvalho
J.Ricardo escreveu: ↑Qui Dez 12, 2024 2:17 pm
Mas mesmo assim isso pode acabar se tornando uma saída para o europeus resguardarem sua defesa estratégica produzindo algo aqui fora das garras da Rússia, penso que a SAAB pode refletir que o Brasil tem todo potencial para fornecer peças para seus gripens em caso de conflito por lá.
Na verdade nós já até fazemos isso com a produção dos sistemas da AEL, e outras de empresas no país que fazem parte da cadeia de produção do caça no Brasil. Isto foi um dos requisitos para a escolha do Gripen. Que a BIDS não fosse apenas uma simples montadora\empacotadora de peças e insumos periféricos no desenvolvimento do caça. Qualquer unidade do Gripen E\F vendida no mundo, seja para os suecos, ou exportação, tem um dedo nosso na sua produção. E isso absolutamente não é pouca coisa.
A questão é que se a Suécia se envolver em qualquer imbróglio, dependendo de quem for, e de como for, vai depender do azedume político-ideológico e diplomático do governo de plantão, e muita conversa para manter o envio das partes que nos cabem no processo.
No final, tudo é material militar sujeito às mesmas regras que os demais produtos que a BIDS tem que matar um leão por semana, ou por dia, para conseguir vender lá fora, a depender do humores políticos da burocracia estatal em Brasília.
Mas seria muito vexatório, ridículo, e o cúmulo da boçalidade, um país como o Brasil que sequer é dono do projeto, tem menos de 10% de contribuição no processo de projeto\produção do caça, se arrogar o direito de decidir para quem os suecos podem ou não de vender seu próprio caça por causas de partes e peças feitas por aqui. Até parece que a SAAB entraria numa furada dessas quando assinou o contrato do FX-2. Não podíamos fazer isso antes, não podemos agora, e nem vamos poder depois. E nem nunca.
Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Enviado: Qui Dez 12, 2024 5:09 pm
por J.Ricardo
Já beirou o ridículo o mimimi do governo brasileiro frente a solicitação da Ucrânia pelo Guaranis, como se ele fosse reverter o rumo da guerra, só perdemos uma gigantesca oportunidade de gerar renda e emprego ao Brasil.
Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Enviado: Qui Dez 12, 2024 6:22 pm
por gabriel219
J.Ricardo escreveu: ↑Qui Dez 12, 2024 5:09 pm
Já beirou o ridículo o mimimi do governo brasileiro frente a solicitação da Ucrânia pelo Guaranis, como se ele fosse reverter o rumo da guerra, só perdemos uma gigantesca oportunidade de gerar renda e emprego ao Brasil.
Eu perguntei a ele quem se dispôs a pagar, até hoje eu espero a responda dos nomes dos países que afirmaram que iriam pagar por 600 Guaranis.
Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Enviado: Qui Dez 12, 2024 8:08 pm
por Aim For The Top
Uma empresa de drones brasileira que passou despercebida:
A empresa é mais um spin-off da turbomachine, como a tupan, e vai utilizar um motor da sua empresa mãe.
Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Enviado: Qui Dez 12, 2024 8:12 pm
por Aim For The Top
o projeto ja existia dentro da turbomachine, e se não me engano era para um drone-alvo.
Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Enviado: Sex Dez 13, 2024 5:29 am
por Strike91
Aim For The Top escreveu: ↑Qui Dez 12, 2024 8:12 pm
o projeto ja existia dentro da turbomachine, e se não me engano era para um drone-alvo.
Colega, você saberia confirmar se este projeto em questão realmente seria de um drone-alvo ou seria uma nova opção de drone "Multimissão"??
Mais uma imagem de outro ângulo deste novo Drone movido a turbina.
Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Enviado: Sex Dez 13, 2024 8:53 am
por J.Ricardo
A indústria nacional esta respondendo as novas demandas da guerra moderna, vamos ver se nossas FA também estão pensando na nova guerra moderna ou ainda estão presas no passado. meu temor é que as comissões das empresas estrangeiras sufoquem as nacionais.
Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Enviado: Sex Dez 13, 2024 11:07 am
por FCarvalho
A legislação brasileira para o setor de defesa privilegia a aquisição de produtos e soluções internamente, sempre que houver alternativa nacional para as solicitações dos militares. Na falta destes, pode-se importar qualquer coisa.
O problema é que os militares, via comissões na Europa e Washington não perdem uma única oportunidade, por menor que seja, de azedar a BIDS com suas compras de oportunidades e\ou doações e FMS da vida, mesmo sabendo que existe opção na própria indústria nacional, com a desculpa de sempre sobre menores custos, orçamento limitado, etc.
No campo dos UAV, a BIDS já dispõe mais produtos e soluções do que as ffaa's são capazes de absorver, devido ao seu próprio atraso doutrinário e mental. E é sempre assim. A iniciativa privada anda de braçada na área de PDI onde os militares só conseguem, querem ou podem rastejar ou mesmo ficar ao longo da estrada vendo o trem passar. E esse está passando, também, bem à frente de nossos olhos. Mais um.
Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Enviado: Sex Dez 13, 2024 11:22 am
por FCarvalho
J.Ricardo escreveu: ↑Qui Dez 12, 2024 5:09 pm
Já beirou o ridículo o mimimi do governo brasileiro frente a solicitação da Ucrânia pelo Guaranis, como se ele fosse reverter o rumo da guerra, só perdemos uma gigantesca oportunidade de gerar renda e emprego ao Brasil.
Comprar ou vender material militar ao final e ao cabo é sempre um negócio político, e possui grande dependência para o resultado final dos negócios envolvidos. Temos uma legislação extremamente restritiva neste aspecto, e o MD sequer dá a última palavra, ao contrário, tudo tem que passar pelo crivo de MRE, Casa Civil, MCTI, MIC, além de uma caralhada de burrocracia em Brasília, e por agora, assessores para assuntos aleatórios presidenciais.
Os Guarani não são diferentes de nenhum outro PRODE feito por aqui. Se este, ou qualquer outro governo, não quiser autorizar a exportação, o EB, Iveco e quem mais quiser que se f..., não tem negócio e ponto. Se vira. Os políticos tupiniquins, encastelados como sempre em suas realidade paralelas entre Brasília e seus currais eleitorais, não dão a mínima para o que o país perde ou ganha na área de defesa. A não ser que isto lhe diga respeito aos próprios interesses pessoais, e claro, aos bolsos.
E um pequeno detalhe, a legislação brasileira sobre exportação de material militar limita, cerceia e até mesmo proíbe qualquer tipo de negócio da BIDS com países em estado de guerra reconhecidos pelo Brasil. E isto tem menos a ver com o MD, do que uma tradição diplomática secular do país. E o Itamaraty faz um esforço hercúleo para que assim permaneça, mesmo sabendo que isso pode ferir nossos próprios interesses industrias, tecnológicos, comerciais. Mas os burocratas do MRE não estão nem aí para isso também. São outros que vivem em realidades paralelas ao mundo real, e pouco se importam se o que fazem e pensam prejudica ou não todo um setor da economia brasileira. Aliás, prejudicar a BIDS e a área de defesa é algo trivial para a diplomacia brasileira, quase uma catequese institucional, "um símbolo" de supremacia sobre a guerra e os militares. Não é à toa que qualquer parafuso que a BIDS consegue exportar tem que ser muito comemorado por aqui. Sempre.