Caro Delmar, permita-me discordar. Primeiro, porque é fácil discutir utilidade ou inutilidade depois de os factos estarem consumados, mas o certo é que quando os agentes decidiram, eles não sabiam o resultado final e portanto lutaram pelo que acreditaram. É a velha conversa do " se eu soubesse o que sei hoje...", mas a verdade é que não sabíamos.delmar escreveu: ↑Qua Dez 04, 2019 9:29 pm Sobre este general francês e suas declarações tenho algumas ressalvas.
3. No caso da Argélia toda a repressão feita pelos franceses foi, ao final, inútil. A independência da Argélia era uma consequência inevitável do fim do colonialismo, o mesmo que a tentativa desesperada dos franceses, após o vexame da segunda guerra, buscarem reconstruir seu império colonial no sudeste asiático. O passado colonial não iria voltar. Após a segunda guerra o general Paul Aussaresses virou um dinossauro rumo a extinção.
Segundo, dito da forma que o Delmar explanou parece muito fácil, mas imagine o que era agora alguém lhe dizer a si que a Terra onde mora agora já não será Brasil e que ou terá de se habituar ou fugir. O que faria o Delmar? Provavelmente faria o que os colonos Franceses fizeram, lutava.
Terceiro, as independências não foram uma inevitabilidade em si só, elas foram uma inevitabilidade porque havia duas potências neo-colonialistas que queriam ocupar o lugar. E a prova está que naquela região do mundo a tristeza continua como dantes, apenas os actores é que mudaram e em alguns casos nem os actores, só os amos. No entanto nisso os Franceses foram muito astutos e conseguiram em maior parte de África adaptar-se ao novo modelo e criaram também eles um neo-colonialismo.
Um Bom fim-de-semana a todos e um abraço,