Strike91 escreveu: ↑Qua Jul 05, 2023 7:40 am
FCarvalho escreveu: ↑Qua Jul 05, 2023 12:28 am
@Strike91, a força aérea sueca precisa de novos aviões pra ontem. Ou vai ser KC -390 ou C-130J.
Os europeus falam dessa suposta versão menor do A400M por pura e simples pressão da Airbus, que está vendo o avião brasileiro avançar célere dentro de casa e não tem nada para concorrer. E onde o nosso avião não prosperou, ainda, o Hércules é a bola da vez, novo ou usado.
É só olhar a lista, crescente, de países por lá interessados no cargo da Embraer. E se todos os que até agora demonstraram interesse ou estão negociando com a Embraer se tornarem vendas concretas, e essa é a tendência, a Europa vai ter o prazer de ostentar ao menos 1/3 da sua frota de aviões táticos de transporte militar como sendo brasileira. E isso não é pouca coisa.
Não é à toa que a Embraer está focada no mercado do velho continente.
A Embraer desenvolveu uma excelente aeronave no
"time" ideal de mercado para a mesma!!! O conflito na Ucrânia só ressaltou e aprofundou esta necessidade latente.
O KC-390 está "fadado" a ser dono de uma boa parte desta "corrida" por novas aerenoves de transporte mediana que surge no horizonte...
Aproveitando a deixa, olha só o que temos hoje na OTAN nos 31 países para o transporte tático militar:
1. Albânia - sem cargo tático militar;
2. Alemanha - A400M, C-130J-30 e C-160 Transall
3. Bélgica - A400M e C-130
4. Bulgária - Antonov
5. Canadá - C-130J
6. Chéquia - KC-390
7. Croácia - KC-390
8. Dinamarca - C-130H
9. Eslováquia - KC-390
10. Eslovênia - Antonov
11. Espanha - C-130H
12. Estados Unidos - C-130E\H\J
13. Estónia - sem aviação militar;
14. Finlândia - KC-390
15. França - A400M, c-130J-30 e C-160 Transall
16. Grécia - C-130 e KC-390
17. Hungria - KC-390
18. Islândia - sem aviação militar;
19. Itália - C-130J
20. Letónia - sem aviação militar;
21. Lituânia - sem aviação militar;
22. Luxemburgo - A400M
23. Macedônia do Norte - sem cargo tático militar;
24. Montenegro - sem cargo tático militar;
25. Noruega - C-130H
26. Países Baixos - KC-390
27. Polónia - C-130B\H
28. Portugal - KC-390
29. Reino Unido - A400M
30. Roménia - C-130B
31. Turquia - A400M e C-130H
32. Suécia* - C-130H
fonte:
https://eurocid.mne.gov.pt/empregos/nat ... 3%A9nia%2C
Como se pode ver, a Suécia será o 32o país a aderir á aliança atlântica, mas é quase certo que adotará o KC-390.
No mais, dos 32 países, vamos considerar assim, temos o seguinte:
3 países não operam cargo tático militar;
4 países não operam aviação militar;
6 países operam A400M;
2 países operam Antonov (?)
2 países operam C-160 Transall
13 países operam C-130 Hércules
3 países operam\operarão KC-390
6 países negociam KC-390
Da lista acima podemos abstrair que dos 32 países, ao menos 9(28%) até o momento estão negociando ou fechados para se tornarem operadores de KC-390. O A400M tem 6 operadores (18%), enquanto os C-130 Hércules possuem 12 operadores(40%). 7 países (21%) não possuem avião tático militar ou aviação militar.
Podemos anotar Áustria e Suíça como prováveis futuros operadores do KC-390 ainda que não pertençam à OTAN, visto que estão negociando a aeronave junto à Embraer, o que eleva o potencial de usuários certos e negociação na Europa para 11 países.
Dos 13 operadores de Hércules, a Grécia negocia o KC-390, enquanto a Polônia recebeu recentemente 4 ou 5 C-130H usados ex-USAF é séria candidata no médio e longo prazo ao cargo brasileiro. A Romênia que possui uns poucos C-130B tem potencial para negociar o KC-390 no médio e longo prazo, caso os recursos forem envidados, o que parece ser certo, visto a guerra bem ao lado de suas fronteiras. Correndo por fora, a Itália poderá vir a ser no futuro a médio e longo prazo um novo cliente do K-390, já que aposentou a maioria dos seus C-130J e não se prevê novas aquisições do modelo.
A Turquia pode ser uma operadora também do KC-390 caso decida substituir seus antigos Hércules, todos já muito usados e com vastos anos de vida operacional nas costas. Seriam complementares aos poucos A400M que o país dispõe. Lembrar que eles tentaram fazer uma joint venture com a Ucrânia para desenvolver um cargo militar quadrijato baseado no An-70, mas que não saiu da fase de proposta.
Por fim, um possível mas bem mais difícil negócio será a substituição dos C-130H noruegueses e dinamarqueses, que tiveram sua vida útil esticada até o final desta década. A confirmar a compra por suecos e finlandeses do avião brasileiro, à luz da iniciativa de uma força aérea conjunta entre estes 4 países, a adoção do cargo brasileiro pode se tornar apenas questão de tempo.
Assim, podemos observar que de 13 países usuários atualmente no continente europeu dentro da OTAN, ao menos metade reúne condições em potencial no médio e longo prazo a tornarem-se novos clientes do KC-390, seja pela questão da frota envelhecida, seja por força da influência da guerra na Ucrânia.
Aliás, diga-se de passagem que por mais improvável que pareça, o KC-390 é sim um candidato a ser considerado para a força aérea ucraniana. E isto pode ser dito tendo em vista que no leste europeu Chéquia, Eslováquia, Hungria estão encaminhados para operar o avião da Embraer. E nesta mesma linha, Bulgária e Romênia também podem seguir o mesmo caminho, assim como seu principal apoiador na OTAN, a Polônia.
É sonhar demais? Talvez não. Vendemos para os holandeses contra todas as possibilidades. Natural que outros países vejam no cargo brasileiro a solução mais adequada inclusive para flexibilizar sua já alta dependência da ajuda e préstimos norte americanos.
E como fica o A400M, ou o hipotético A200M nessa história? Simples. Não fica.
A ver.