Página 48 de 578
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Dom Jan 17, 2010 7:17 pm
por Bourne
Atendendo a pedidos de gripeiros oprimidos, americanófilos revoltados, flankeiros descontentes com o lado pink da força e outros de um grupo tão heterogêneo que fiquei até emocionado ao receber o apoio. Continuarei a seção de espancamento da "PRick economics".
PRick escreveu:Você é um bom piadista, o que ocorre na realidade, pode ser captado por uma teoria economica, porém, se é uma constatação fática, não existe porque elevarmos o nível de abstração, isso é o que podemos chamar de academicismo burro, ou o tecnocratismos acéfalo.
O Estado é estado, intervenção estatal sempre existirá, ainda que, as teorias econômicas façam disso um cavalo de batalha, ainda ainda mais como você, tentando rotular algo, a realidade não é rotulável, nem o empirismo economico, o Estado deve fazer o que é necessário, dentro da conjuntura, como você citou em outro lugar do DB, Friedrich List. Um empirista econômicos de primeira grandeza.
[]´s
Quer dizer que não é necessário discutir coisas com maior profundidade? Ou seja, as coisas são tão simples que não precisam ser discutidas. Assim, até parece que as discussões em níveis mais altos são originadas do nada e não de observações da realidade e testes quanto o sua validade.
Não entendi o comentário sobre Estado. Não entrei no mérito das teorias sobre o Estado e sua atuação, apenas constatei como muitos que é um agente de enorme influência na economia e funciona como um grande estabilizador na medida em que se tornou maior ao longo do século XX.
Aliás, pode se chamar os econometristas e economistas matemático de grandes empirismos econômicos. Apesar de conhecerem a teoria, se preocupam em desacreditá-las por meio de análise de dados utilizando métodos matemáticos e estatísticos. Deixando de ter um caráter de achismo.
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Dom Jan 17, 2010 7:33 pm
por Bourne
PRick escreveu:Bourne escreveu:
Por isso que ignorou a parte de crédito e moeda de Marx, fundamentais na perspectiva da teoria da crise marxista e para explicar coisas como circulação, distribuição, inflação, dinheiro, acumulação de capital, crises de super produção, etc....
Ninguém ignorou nada, apenas não estamos em debates acadêmicos sobre correntes de pensamento econômico, não se trata disso aqui.
Quem te disse que dinheiro ou moeda são riqueza? Ou que precisam de lastro?
Dinheiro representa a riqueza, ou deveria representar, ou seja, precisam de lastro, não o lastro que você endente, mas o lastro em riqueza social produzida. Nada haver com lasto ouro. Estamos falando da dissociação entre moeda e sua representação social, algo que Braudel gostava de abordar.
Até agora todas as suas análises se baseiam no maior simplismo de teoria econômica, sem aprofundamentos com visões mais sofisticadas e outras perspectivas alternativas. Enfim, repete o que está na mídia e tenta vender como se fosse grandes coisa. Ou melhor, critica teorias sem saber o que são e, depois, joga formas mais simplistas das mais convencionais para explicar coisas complexas. Lembre-se que as teorias não sairiam do nada e foram muito discutidas para chegar a novas conclusões e, no meio do caminho, surgiram muitas visões alternativas que podem divergir totalmente da explicação mais simples original.
Como você parece ter dificuldade de entender, falei acima que economia é bastante simples, trata-se de extração de entropia, nada mais que isso, quem complicam são vocês. Não se trata de repetir o que está na mídia, mas de fatos, são esses que buscamos na mídia.
Não é por acaso que história econômica e economia política fazem parte do escopo de estudo de economistas, pois sabem o que estão falando o que está por trás e o tipo de coisa que historiador ignora. Mesmo os caras que trabalham com sistema financeiro e moeda tem um conhecimento histórico enorme e dos conflitos por trás de cada fato.
Fazem parte, mas eles esquecem sempre que assumem um cargo no BACEM.
Acho que precisa reler Arright, especificamente "O longo século XX". Pois parece não ter entendido nada da parte financeira que o autor dá tanta importância na transição entre as hegemonias holandesa para a britânica e para a norte-americana. Enfatizando os mecanismos que representam poder oriundo do domínio do sistema financeiro.
Olha foi você que disse acima que eu seguia cegamente Arright, mas apenas considero ele um dos visionários com coragem, porém, não sigo ninguém, apenas rendo minhas homenagens ao seu brilhante livro.
Enfim, como disse lá trás, não tem o que discutir. Cansei, não vou mais responder.
Vai lá introduzir algo, vai fazer bem a você.
[]´s
Ignorou sim. Tentou invocar Marx para explicar a irrelevância do sistema financeiro e moeda. o que não está escrito lá e, muito menos, é discutido pelos marxista especialista na teoria da crise. Na verdade, durante o meu breve curso de marxismo, a primeira coisa que meu professor criticou da teoria neoclássico (isto é, tudo que não é marxista) é retirar a moeda do sistema capitalista e ignorar o sistema de crédito como algo a mais que intermediário de fundos. Assim, o professor sustentava o argumento de que os neoclássicos jogaram um manto de seda sobre o sistema monetário para criar as suas teorias fantasiosas. Também disse que a moeda não é uma criação do Estado, pois é uma fantasia criada pelo alemães.
Supondo que o dinheiro representa riqueza e precisa de lastro, toda a sua discussão sobre taxa de câmbio nominal é irrelevante. Pois o que interessa é o sistema produtivo e a capacidade de gerar riqueza do país. Portanto, todas aquelas manipulações dos dados para derrubar o PIB norte-americano e bombar o dos emergentes utilizando a moeda, é incoerente com a sua base de pensamento. Para ter o mínimo de coerência deveria considerar tudo em taxa de câmbio real ou em paridade de poder de compra, pois tentam comparar a produção em termos reais comparando os preços relativos dos bens em cada país. Como também, é insignificante as variações da taxa de câmbio para o setor produtivo. Não vou me atrever a dizer que a taxa de câmbio é determinada pela produtividade.
É simples? sei... como a sua explicação do consumo e disser que a análise do Carlos Lessa está errada, desconsiderando fatores como acumulo de riqueza, poupança, investimentos, mercado de crédito, expectativas sobre a economia e si mesmo, modo de vida, etc... Assim, na sua visão, o consumo e grau de endividamento só depende da massa de salários e nada mais.
Não sabia que o pessoal que está no BACEN tem um amplo conhecimento sobre histórica, economia política e outras visões sobre moeda e crédito. No caso do BC brasileiro, a maioria do pessoal nem economista é e, depois que entra, é doutrinado na teoria altamente ortodoxa/neoclássica dos maiores níveis, passando o resto da carreira fazendo estudos empíricos e se fechando para qualquer coisa diferente. Por exemplo, o sistema de metas de inflação dependem de equações econometricas inspiradas na visão empirica do mundo sobre o que determina a inflação. Agora, depois da crise, surge o questionamentos que é necessário adicionar teoria a esse regime ou criar alternativas que contemplem alguma coisa para enfrentar problemas no sistema financeiro.
Arright não é um visionário, mas um autor que construiu uma visão interessante sobre a evolução do capitalismo. Apesar de existirem autores tão ou mais interessantes.
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Dom Jan 17, 2010 8:27 pm
por Vitor
Bourne escreveu:PRick escreveu:
Ignorou sim. Tentou invocar Marx para explicar a irrelevância do sistema financeiro e moeda. o que não está escrito lá e, muito menos, é discutido pelos marxista especialista na teoria da crise. Na verdade, durante o meu breve curso de marxismo, a primeira coisa que meu professor criticou da teoria neoclássico (isto é, tudo que não é marxista) é retirar a moeda do sistema capitalista e ignorar o sistema de crédito como algo a mais que intermediário de fundos. Assim, o professor sustentava o argumento de que os neoclássicos jogaram um manto de seda sobre o sistema monetário para criar as suas teorias fantasiosas. Também disse que a moeda não é uma criação do Estado, pois é uma fantasia criada pelo alemães.
Supondo que o dinheiro representa riqueza e precisa de lastro, toda a sua discussão sobre taxa de câmbio nominal é irrelevante. Pois o que interessa é o sistema produtivo e a capacidade de gerar riqueza do país. Portanto, todas aquelas manipulações dos dados para derrubar o PIB norte-americano e bombar o dos emergentes utilizando a moeda, é incoerente com a sua base de pensamento. Para ter o mínimo de coerência deveria considerar tudo em taxa de câmbio real ou em paridade de poder de compra, pois tentam comparar a produção em termos reais comparando os preços relativos dos bens em cada país. Como também, é insignificante as variações da taxa de câmbio para o setor produtivo. Não vou me atrever a dizer que a taxa de câmbio é determinada pela produtividade.
É simples? sei... como a sua explicação do consumo e disser que a análise do Carlos Lessa está errada, desconsiderando fatores como acumulo de riqueza, poupança, investimentos, mercado de crédito, expectativas sobre a economia e si mesmo, modo de vida, etc... Assim, na sua visão, o consumo e grau de endividamento só depende da massa de salários e nada mais.
Não sabia que o pessoal que está no BACEN tem um amplo conhecimento sobre histórica, economia política e outras visões sobre moeda e crédito. No caso do BC brasileiro, a maioria do pessoal nem economista é e, depois que entra, é doutrinado na teoria altamente ortodoxa/neoclássica dos maiores níveis, passando o resto da carreira fazendo estudos empíricos e se fechando para qualquer coisa diferente. Por exemplo, o sistema de metas de inflação dependem de equações econometricas inspiradas na visão empirica do mundo sobre o que determina a inflação. Agora, depois da crise, surge o questionamentos que é necessário adicionar teoria a esse regime ou criar alternativas que contemplem alguma coisa para enfrentar problemas no sistema financeiro.
Arright não é um visionário, mas um autor que construiu uma visão interessante sobre a evolução do capitalismo. Apesar de existirem autores tão ou mais interessantes.
O que o professor falou é o que defende a Escola Austríaca, sobre dinheiro se originar no mercado, e não por imposição estatal, sobre como manipulação de crédito causa crises. Os "austriácos" vem avisando disso a quase 1 século, mas fazer o Estado continua achando que manipular a taxa de juros como achar conveniente funciona, vide o FED insistindo em uma taxa ridícula de 0% depois de insistir numa quase tão ridícula quanto de 1%. Não é muito diferente da época que o câmbio era indexado e causa enormes distorções, a situação ficou muito melhor quando passou a ser flutuante.
Na verdade, ele fez um discurso ultra-liberal.
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Seg Jan 18, 2010 8:33 am
por Penguin
São Paulo, segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Deficit externo é "herança maldita" de Lula
Depois de saldo favorável nas transações com o exterior de 2003 a 2007, rombo em 2010 deve atingir pior patamar da década
Presidente deixará para o sucessor o mesmo problema que criticou nos anos FHC; analistas divergem se deficit limita o crescimento ou não
SHEILA D'AMORIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com as famílias e o governo consumindo cada vez mais e poupando pouco, o Brasil elevou a sua dependência do capital externo para conseguir realizar os investimentos de que necessita. Isso significa que o dinheiro estrangeiro será ainda mais importante para o próximo presidente cobrir o saldo negativo nas contas externas e manter o país crescendo.
Depois de cinco anos com as transações com o resto do mundo fechando no azul, elas voltaram a ser deficitárias no fim de 2008. A situação se agravará neste último ano da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. A perspectiva para 2010 é, no mínimo, dobrar o rombo, repetindo o ritmo em 2011. Esse buraco precisa ser coberto por recursos que virão do exterior via empréstimos, investimentos produtivos e na Bolsa.
Segundo as projeções do Banco Central, o deficit externo -que consolida as compras e vendas de bens e serviços, pagamento de juros, viagens, doações e remessas de lucros- encerrará 2010 em US$ 40 bilhões (cerca de 2% do PIB), ante os US$ 22 bilhões (1,4% do PIB) estimados em 2009.
Enquanto isso, os analistas de mercado falam em deficit de até US$ 64 bilhões (acima de 3,3% do PIB). Para 2011, as estimativas do setor privado são de saldo negativo de até US$ 90 bilhões (4% do PIB).
Com isso, o Brasil retomará um nível de dependência do capital externo semelhante ao que vivia antes da gestão Lula e que foi tachado pela equipe do atual governo como uma "herança maldita".
Divisão
O aumento do deficit nas contas externas divide especialistas. Alguns afirmam que isso não será problema porque não faltarão investidores interessados em aplicar no Brasil e o dinheiro será usado para investimentos que garantirão mais crescimento econômico.
Outros, ao contrário, afirmam que a dependência externa será um limitador de crescimento no próximo governo e constituirá a "herança maldita" do governo Lula.
"Sem dúvida alguma, é um problema deste governo que ele deixará para o próximo", diz Reinaldo Gonçalves, professor de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Para ele, o Brasil tem dois problemas estruturais graves: uma ineficiência sistêmica, traduzida em falta de competitividade que afeta as exportações, e também um enorme passivo externo, "fruto da internacionalização que leva a volumes elevados de remessas de lucros e dividendos para o exterior".
Com isso, diz, o Brasil está sempre sensível à conjuntura internacional. "A economia fica muito vulnerável, o que tem repercussão no crescimento e nas expectativas por causa do risco de volatilidade nas taxas de juros e de câmbio. O país continua patinando. A imprevisibilidade reduz os investimentos."
Cristiano Souza, economista do grupo Santander, não vê problema no deficit externo retomar patamares elevados. "Não é algo negativo porque o deficit está ligado a mais investimentos que vão sustentar o crescimento futuro."
Darwin Dib, economista do Itaú Unibanco, faz coro: "Se é para ter mais investimento, o país completará a escassa taxa de poupança doméstica com recursos externos. A ideia de que isso é ruim é do século 17".
Ele e Souza dizem que hoje o país tem um regime de câmbio flutuante que ajusta desequilíbrios. "Se o mundo ficar menos disposto a nos financiar, haverá um ajuste cambial, com desvalorização do real", diz Dib.
Já a alta na remessa de lucros e dividendos criticada por alguns, defende Dib, é reflexo da mudança de padrão do financiamento externo. "Antes, era focado em emissão de dívida, que gerava pagamento de juros; agora, temos investimentos estrangeiros diretos e em carteira. O custo disso é a remessa de lucros e dividendos."
Professor do Departamento Econômico da PUC-SP, Antônio Corrêa de Lacerda diz que em 2010/11 não deverá haver problema para financiar o deficit, mas, ainda assim, considera a situação ruim. "Mais pela rapidez da deterioração do que pelo tamanho do deficit externo." Para ele, o próximo presidente terá de atacar problemas estruturais que fazem com que remessas de lucro anulem ganhos com saldo comercial.
As exportações deverão superar as importações em US$ 15 bilhões neste ano, valor insuficiente para compensar os US$ 30 bilhões que deverão deixar o país devido aos lucros obtidos por empresas estrangeiras que atuam no país e remeterão os ganhos para suas matrizes.
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Seg Jan 18, 2010 7:44 pm
por PRick
Bourne escreveu:Atendendo a pedidos de gripeiros oprimidos, americanófilos revoltados, flankeiros descontentes com o lado pink da força e outros de um grupo tão heterogêneo que fiquei até emocionado ao receber o apoio. Continuarei a seção de espancamento da "PRick economics".
PRick escreveu:Você é um bom piadista, o que ocorre na realidade, pode ser captado por uma teoria economica, porém, se é uma constatação fática, não existe porque elevarmos o nível de abstração, isso é o que podemos chamar de academicismo burro, ou o tecnocratismos acéfalo.
O Estado é estado, intervenção estatal sempre existirá, ainda que, as teorias econômicas façam disso um cavalo de batalha, ainda ainda mais como você, tentando rotular algo, a realidade não é rotulável, nem o empirismo economico, o Estado deve fazer o que é necessário, dentro da conjuntura, como você citou em outro lugar do DB, Friedrich List. Um empirista econômicos de primeira grandeza.
[]´s
Quer dizer que não é necessário discutir coisas com maior profundidade? Ou seja, as coisas são tão simples que não precisam ser discutidas. Assim, até parece que as discussões em níveis mais altos são originadas do nada e não de observações da realidade e testes quanto o sua validade.
Olha sua lógica é digna de um economista! Existem coisa que precisam de debate em maior profunidade, outras não, porém, a profundidade aqui não é sua!!
Não entendi o comentário sobre Estado. Não entrei no mérito das teorias sobre o Estado e sua atuação, apenas constatei como muitos que é um agente de enorme influência na economia e funciona como um grande estabilizador na medida em que se tornou maior ao longo do século XX.
Nem eu entrei entrei nesse debate, apenas constatei o que você acabou de dizer, é você que quer debates futilidades não eu.
Aliás, pode se chamar os econometristas e economistas matemático de grandes empirismos econômicos. Apesar de conhecerem a teoria, se preocupam em desacreditá-las por meio de análise de dados utilizando métodos matemáticos e estatísticos. Deixando de ter um caráter de achismo.
Mais besteiras, não estamos falando em matemática, gerenciar algo, é quase uma arte.
[]´s
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Seg Jan 18, 2010 8:05 pm
por PRick
Bourne escreveu:PRick escreveu:
Ignorou sim. Tentou invocar Marx para explicar a irrelevância do sistema financeiro e moeda. o que não está escrito lá e, muito menos, é discutido pelos marxista especialista na teoria da crise. Na verdade, durante o meu breve curso de marxismo, a primeira coisa que meu professor criticou da teoria neoclássico (isto é, tudo que não é marxista) é retirar a moeda do sistema capitalista e ignorar o sistema de crédito como algo a mais que intermediário de fundos. Assim, o professor sustentava o argumento de que os neoclássicos jogaram um manto de seda sobre o sistema monetário para criar as suas teorias fantasiosas. Também disse que a moeda não é uma criação do Estado, pois é uma fantasia criada pelo alemães.
Novamente, a ignóbil lógica dos economistas, como falei antes, eu dispenso sua leitura acéfala da obra marxiana, o resumo de Marx para o sistema financeiro; são os gigolos da economia, não criam riqueza apenas vivem as custas de quem produz. Seu professor é só mais um dos idiotas que populam as cátedras de economia atuais, só fazem merda.
Supondo que o dinheiro representa riqueza e precisa de lastro, toda a sua discussão sobre taxa de câmbio nominal é irrelevante. Pois o que interessa é o sistema produtivo e a capacidade de gerar riqueza do país. Portanto, todas aquelas manipulações dos dados para derrubar o PIB norte-americano e bombar o dos emergentes utilizando a moeda, é incoerente com a sua base de pensamento. Para ter o mínimo de coerência deveria considerar tudo em taxa de câmbio real ou em paridade de poder de compra, pois tentam comparar a produção em termos reais comparando os preços relativos dos bens em cada país. Como também, é insignificante as variações da taxa de câmbio para o setor produtivo. Não vou me atrever a dizer que a taxa de câmbio é determinada pela produtividade.
Novamente, não se trata de minha linha de pensamento!!! Mas do que estão fazendo as pessoas, os governos, minha opinião é uma coisa, a realidade é outra, não existe suposição, o dinheiro nasce disso, da representação da riqueza gerada, toda vez que tenho uma dissociação entre moeda e riqueza real, teremos inevitáveis problemas, entendeu? Tolinho. A natureza da especulação vem daí, do mesmo modo as teorias das bolhas, etc.. Quer dizer criar riqueza onde não existe, o que seria apenas uma maneira de extrair de outro, a riqueza que você não produziu. Se você tivesse lido antes o que falei sobre a lista do WB PPP não teria feito esse comentário, o problema é que para considerar taxas de câmbio relativas ou PPP, você precisa confiar nos métodos de conversão, da metodologia utilizada, e eu não confio nelas, daí estou apenas considerando o PIB e a taxa de câmbia bruta, porém, eu sei bem que esse método também tem problemas, enfim, todos os métodos de medições são imperfeitos mesmo, afinal, a Economia é uma CIÊNCIA SOCIAL. Entendeu Tolinho? Eu penso que o método PPP é muito mais real, caso não seja manipulado como estão fazendo o FMI e o WB.
É simples? sei... como a sua explicação do consumo e disser que a análise do Carlos Lessa está errada, desconsiderando fatores como acumulo de riqueza, poupança, investimentos, mercado de crédito, expectativas sobre a economia e si mesmo, modo de vida, etc... Assim, na sua visão, o consumo e grau de endividamento só depende da massa de salários e nada mais.
Eu disse que Carlos Lessa está errado? Eu apenas defendo outra visão para a atual realidade. E em momento algum disse que não existem outros fatores, apenas apontei o que eu considero mais importante, é pena que você não conhece o raciocínio dialético, apontar ou afirmar algo, não é negar outras coisas ou fatos. Apenas dizer, para mim esse é o mais importante.
Não sabia que o pessoal que está no BACEN tem um amplo conhecimento sobre histórica, economia política e outras visões sobre moeda e crédito. No caso do BC brasileiro, a maioria do pessoal nem economista é e, depois que entra, é doutrinado na teoria altamente ortodoxa/neoclássica dos maiores níveis, passando o resto da carreira fazendo estudos empíricos e se fechando para qualquer coisa diferente. Por exemplo, o sistema de metas de inflação dependem de equações econometricas inspiradas na visão empirica do mundo sobre o que determina a inflação. Agora, depois da crise, surge o questionamentos que é necessário adicionar teoria a esse regime ou criar alternativas que contemplem alguma coisa para enfrentar problemas no sistema financeiro.
Novamente, eu disse que eles conhecem a história, mas esquecem ela quando ocupam altos cargos no BACEN, algo bem diferente do que você está afirmando.
Arright não é um visionário, mas um autor que construiu uma visão interessante sobre a evolução do capitalismo. Apesar de existirem autores tão ou mais interessantes.
Ele é um visionário porque apontou a direção correta do processo histórico, não quer dizer que seja a fonte da verdade, na verdade, não existe a fonte da verdade nas ciências, e muito menos nas ciências sociais.
[]´s
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Seg Jan 18, 2010 8:09 pm
por PRick
Santiago escreveu:São Paulo, segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Deficit externo é "herança maldita" de Lula
Depois de saldo favorável nas transações com o exterior de 2003 a 2007, rombo em 2010 deve atingir pior patamar da década
Presidente deixará para o sucessor o mesmo problema que criticou nos anos FHC; analistas divergem se deficit limita o crescimento ou não
SHEILA D'AMORIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
....................
Enquanto isso, os analistas de mercado falam em deficit de até US$ 64 bilhões (acima de 3,3% do PIB). Para 2011, as estimativas do setor privado são de saldo negativo de até US$ 90 bilhões (4% do PIB).
Com isso, o Brasil retomará um nível de dependência do capital externo semelhante ao que vivia antes da gestão Lula e que foi tachado pela equipe do atual governo como uma "herança maldita".
Divisão
O aumento do deficit nas contas externas divide especialistas. Alguns afirmam que isso não será problema porque não faltarão investidores interessados em aplicar no Brasil e o dinheiro será usado para investimentos que garantirão mais crescimento econômico.
Outros, ao contrário, afirmam que a dependência externa será um limitador de crescimento no próximo governo e constituirá a "herança maldita" do governo Lula.
"Sem dúvida alguma, é um problema deste governo que ele deixará para o próximo", diz Reinaldo Gonçalves, professor de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Para ele, o Brasil tem dois problemas estruturais graves: uma ineficiência sistêmica, traduzida em falta de competitividade que afeta as exportações, e também um enorme passivo externo, "fruto da internacionalização que leva a volumes elevados de remessas de lucros e dividendos para o exterior".
Com isso, diz, o Brasil está sempre sensível à conjuntura internacional. "A economia fica muito vulnerável, o que tem repercussão no crescimento e nas expectativas por causa do risco de volatilidade nas taxas de juros e de câmbio. O país continua patinando. A imprevisibilidade reduz os investimentos."
Cristiano Souza, economista do grupo Santander, não vê problema no deficit externo retomar patamares elevados. "Não é algo negativo porque o deficit está ligado a mais investimentos que vão sustentar o crescimento futuro."
Darwin Dib, economista do Itaú Unibanco, faz coro: "Se é para ter mais investimento, o país completará a escassa taxa de poupança doméstica com recursos externos. A ideia de que isso é ruim é do século 17".
Ele e Souza dizem que hoje o país tem um regime de câmbio flutuante que ajusta desequilíbrios. "Se o mundo ficar menos disposto a nos financiar, haverá um ajuste cambial, com desvalorização do real", diz Dib.
Já a alta na remessa de lucros e dividendos criticada por alguns, defende Dib, é reflexo da mudança de padrão do financiamento externo. "Antes, era focado em emissão de dívida, que gerava pagamento de juros; agora, temos investimentos estrangeiros diretos e em carteira. O custo disso é a remessa de lucros e dividendos."
Professor do Departamento Econômico da PUC-SP, Antônio Corrêa de Lacerda diz que em 2010/11 não deverá haver problema para financiar o deficit, mas, ainda assim, considera a situação ruim. "Mais pela rapidez da deterioração do que pelo tamanho do deficit externo." Para ele, o próximo presidente terá de atacar problemas estruturais que fazem com que remessas de lucro anulem ganhos com saldo comercial.
As exportações deverão superar as importações em US$ 15 bilhões neste ano, valor insuficiente para compensar os US$ 30 bilhões que deverão deixar o país devido aos lucros obtidos por empresas estrangeiras que atuam no país e remeterão os ganhos para suas matrizes.
Os analistas e os especialistas estão divididos, e os jornalistas perdidos, enfim, tudo igual no quartel de abrantes...
[]´s
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Seg Jan 18, 2010 9:14 pm
por Vitor
PRick escreveu:Bourne escreveu:Atendendo a pedidos de gripeiros oprimidos, americanófilos revoltados, flankeiros descontentes com o lado pink da força e outros de um grupo tão heterogêneo que fiquei até emocionado ao receber o apoio. Continuarei a seção de espancamento da "PRick economics".
Quer dizer que não é necessário discutir coisas com maior profundidade? Ou seja, as coisas são tão simples que não precisam ser discutidas. Assim, até parece que as discussões em níveis mais altos são originadas do nada e não de observações da realidade e testes quanto o sua validade.
Olha sua lógica é digna de um economista! Existem coisa que precisam de debate em maior profunidade, outras não, porém, a profundidade aqui não é sua!!
Não entendi o comentário sobre Estado. Não entrei no mérito das teorias sobre o Estado e sua atuação, apenas constatei como muitos que é um agente de enorme influência na economia e funciona como um grande estabilizador na medida em que se tornou maior ao longo do século XX.
Nem eu entrei entrei nesse debate, apenas constatei o que você acabou de dizer, é você que quer debates futilidades não eu.
Aliás, pode se chamar os econometristas e economistas matemático de grandes empirismos econômicos. Apesar de conhecerem a teoria, se preocupam em desacreditá-las por meio de análise de dados utilizando métodos matemáticos e estatísticos. Deixando de ter um caráter de achismo.
Mais besteiras, não estamos falando em matemática, gerenciar algo, é quase uma arte.
[]´s
Pura babaquice mercantilista. Déficit de comércio internacional não é problema, desde que não seja estimulado por emprésitmos e dívidas . Se tivemos superávit, quer dizer que temos mais dinheiro e quem tá do outro lado da (estranho uma linha imaginária onde por algum motivo mágico comércio vira déficit, né?) está com menos dinheiro, logo tem que consumir menos e produzir mais, e como temos muito dinheiro, podemos importar mais sem problema.
Ridículo reclamar que os brasileiros estão podendo importar mais, como se ter condições de consumir fosse pecado.
A idéia que superávit tem que ser constante e eterno é bizonha e insustentável a longo prazo. Veja o caso da China com os EUA, a China pôs na cabeça que tem que exportar loucamente, impedindo que a própria população consumisse o que ela mesmo produziu e melhorasse a qualidade de vida, porém os americanos não tinham condições de importar tanto, aí a China resolve patrocinar a dívida dos americanos. O que vai acontecer é que logo a dívida vai ficar insustentável e os chineses vão levar um belo calote.
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Seg Jan 18, 2010 10:07 pm
por Bourne
Hora do espetaculo.
PRick escreveu:Novamente, a ignóbil lógica dos economistas, como falei antes, eu dispenso sua leitura acéfala da obra marxiana, o resumo de Marx para o sistema financeiro; são os gigolos da economia, não criam riqueza apenas vivem as custas de quem produz. Seu professor é só mais um dos idiotas que populam as cátedras de economia atuais, só fazem merda.
Definiu de forma aberrante o crédito e moeda em Marx. Fato!!! Quer usá-lo na argumentação, ótimo. Porém DEVE ser fiel a construção analítica marxista e, de forma alguma, criar fantasias e tentar colar em Marx. Olha a moderação, chamando meu ex-professor de IDIOTA. Por sinal, esse tal professor também faz um trabalho muito bom na parte histórica e de economia política marxista.
Novamente, não se trata de minha linha de pensamento!!! Mas do que estão fazendo as pessoas, os governos, minha opinião é uma coisa, a realidade é outra, não existe suposição, o dinheiro nasce disso, da representação da riqueza gerada, toda vez que tenho uma dissociação entre moeda e riqueza real, teremos inevitáveis problemas, entendeu? Tolinho. A natureza da especulação vem daí, do mesmo modo as teorias das bolhas, etc.. Quer dizer criar riqueza onde não existe, o que seria apenas uma maneira de extrair de outro, a riqueza que você não produziu. Se você tivesse lido antes o que falei sobre a lista do WB PPP não teria feito esse comentário, o problema é que para considerar taxas de câmbio relativas ou PPP, você precisa confiar nos métodos de conversão, da metodologia utilizada, e eu não confio nelas, daí estou apenas considerando o PIB e a taxa de câmbia bruta, porém, eu sei bem que esse método também tem problemas, enfim, todos os métodos de medições são imperfeitos mesmo, afinal, a Economia é uma CIÊNCIA SOCIAL. Entendeu Tolinho? Eu penso que o método PPP é muito mais real, caso não seja manipulado como estão fazendo o FMI e o WB.
Assim, está na verdade comparando variáveis nominais que são muito voláteis para medir o que pretende medir. Se é que não seria melhor buscar outras variáveis mais reais para defender a sua postura, se é que é possível mensurar.
Conhece tão bem o método de PPP para criticá-lo? Seria uma crença cega ou tem provas de que é manipulado?
Olha a moderação. Chamar algum Dbista de "tolinho" deve ferir algum item do código de conduta do DB. Não sou seu amigo e nem lhe dou liberdades para me chamar assim ou fazer brincadeirinhas.
Eu disse que Carlos Lessa está errado? Eu apenas defendo outra visão para a atual realidade. E em momento algum disse que não existem outros fatores, apenas apontei o que eu considero mais importante, é pena que você não conhece o raciocínio dialético, apontar ou afirmar algo, não é negar outras coisas ou fatos. Apenas dizer, para mim esse é o mais importante.
SIM!!!! Escreveu categoricamente "errado" e, depois, chamou de velhinho gaga. Só voltar as páginas que verá.
Depois disse que o teto do endividamento das familias é a massa de salários, o resto é besteira. Ainda citou a aberração da definição de moeda e crédito de Marx para tentar justificar a sua posição.
Novamente, eu disse que eles conhecem a história, mas esquecem ela quando ocupam altos cargos no BACEN, algo bem diferente do que você está afirmando.
Não. Disse que são idiotas positivistas. Lembre-se que Ben Bernanke fez sua carreira estudando a Grande Depressão.
Ele é um visionário porque apontou a direção correta do processo histórico, não quer dizer que seja a fonte da verdade, na verdade, não existe a fonte da verdade nas ciências, e muito menos nas ciências sociais.
Não é isso que demonstra na sua argumentação. Acabou de escrever no inicio do post que economista só faz merda e que os meu professor é só um dos muitos idiotas que ocupam as cadeiras acadêmicas.[/quote]
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Seg Jan 18, 2010 10:12 pm
por Bourne
Segunda parte
PRick escreveu:Olha sua lógica é digna de um economista! Existem coisa que precisam de debate em maior profunidade, outras não, porém, a profundidade aqui não é sua!!
Qual a definição para o que não deve ser discutido em profundidade? Talvez, tudo que não te agrade ou que não entenda?
Nem eu entrei entrei nesse debate, apenas constatei o que você acabou de dizer, é você que quer debates futilidades não eu.
SIM, ENTROU!!!! escreveu que a questão de Estado é um cavalo de batalha dos economistas e, depois, repetiu o que Roberto Campos falava na década de 1950. Se é futilidade por que gastar tempo para responder?
Mais besteiras, não estamos falando em matemática, gerenciar algo, é quase uma arte.
É claro que estamos. O empirismo pressupõe o uso de dados para encontrar as relações entre as variáveis e causas e efeitos. De forma mais primária, é no olhometro, e, na versão mais sofisticada, usando estatística e matemática. Caso contrário, vira um achismo.
Até agora não tem nada de "gerenciar". O ponto aqui é a análise da relação das variáveis. O termo "arte" pode muito bem usado por quem não sabe o que está fazendo e quer se achar "o cara", justificando todas as possíveis besteiras que venha a fazer. o interessante é que gerentes sem formação costumam entender muito bem o que fazem e estar aberto a novas conhecimentos, inclusive da área que atuam, mesmo que consista em ler um livro, participar de seminários ou bater um papo com alguém.
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Seg Jan 18, 2010 10:37 pm
por Bourne
Santiago escreveu:São Paulo, segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Deficit externo é "herança maldita" de Lula
Depois de saldo favorável nas transações com o exterior de 2003 a 2007, rombo em 2010 deve atingir pior patamar da década
Presidente deixará para o sucessor o mesmo problema que criticou nos anos FHC; analistas divergem se deficit limita o crescimento ou não
SHEILA D'AMORIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Observem que a discussão não é o déficit em si, mas como no longo prazo será financiado e qual as influências das instabilidades globais.
O cara da UFRJ lembra do passado de crises externas e constante estrangulamento do crescimento econômico devido ao endividamento externo para argumentar que o déficit é uma bomba no longo prazo. Tem seu mérito por que o sistema financeiro mundial é instável, a flutuação da liquidez e de condições de financiamento sofre flutuações imensas para os países em desenvolvimento e que um entrelaçamento mais profundo com o mercado financeiro internacional, moeda forte aceita pra transações internacional e detenham a nata da tecnologia produtiva. Portanto, cedo ou tarde, isso vai dar merda.
Os outros consideram que as condições de financiamento e o cenário favorável ao Brasil vai se manter. Assim, o déficit é benéfico por que aumenta o nível de consumo e, de uma forma ou outra, ajuda a montar uma estrutura produtiva mais avançada.
Os fatos recentes mostram que as ondas de prosperidade na economia mundial e de estabilidade do sistema financeiro mundial não duram muito. Quando o cenário é favorável, maravilha. Porém quando tem um revês pode ser uma pancada tão grandes que não o país pode abortar o ciclo de crescimento, como também, perder alguns anos.
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Seg Jan 18, 2010 11:00 pm
por Bourne
Vitor escreveu:Pura babaquice mercantilista. Déficit de comércio internacional não é problema, desde que não seja estimulado por emprésitmos e dívidas . Se tivemos superávit, quer dizer que temos mais dinheiro e quem tá do outro lado da (estranho uma linha imaginária onde por algum motivo mágico comércio vira déficit, né?) está com menos dinheiro, logo tem que consumir menos e produzir mais, e como temos muito dinheiro, podemos importar mais sem problema.
Ridículo reclamar que os brasileiros estão podendo importar mais, como se ter condições de consumir fosse pecado.
A idéia que superávit tem que ser constante e eterno é bizonha e insustentável a longo prazo. Veja o caso da China com os EUA, a China pôs na cabeça que tem que exportar loucamente, impedindo que a própria população consumisse o que ela mesmo produziu e melhorasse a qualidade de vida, porém os americanos não tinham condições de importar tanto, aí a China resolve patrocinar a dívida dos americanos. O que vai acontecer é que logo a dívida vai ficar insustentável e os chineses vão levar um belo calote.
A direção do envidamento externo é determinada pelas transações correntes que contempla a balança comercial, de serviços e movimento de capitais. A tendência do Brasil é ser deficitário em transações correntes e, assim, gerando endividamento externo que acaba levando a estrangulamentos externos ao crescimento e fechamento dos canais de financiamento. Isso é um fato ao longo da história brasileira.
A questão central não é o déficit comercial, mas como financiar um maior endividamento externo derivado do déficit em transações correntes. Um dos meios seria o Brasil ter multinacionais que remetessem lucro para o país, desenvolvessem tecnologia vendida para o exterior, um sistema financeiro capaz de financiar outros países, etc... Mas não tem ou não na escala necessária.
Então, como se financia o déficit? Se endivida e um dia tem que pagar. É o fardo da economia economia brasileira.
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Seg Jan 18, 2010 11:04 pm
por PRick
Vitor escreveu:
Pura babaquice mercantilista. Déficit de comércio internacional não é problema, desde que não seja estimulado por emprésitmos e dívidas . Se tivemos superávit, quer dizer que temos mais dinheiro e quem tá do outro lado da (estranho uma linha imaginária onde por algum motivo mágico comércio vira déficit, né?) está com menos dinheiro, logo tem que consumir menos e produzir mais, e como temos muito dinheiro, podemos importar mais sem problema.
Ridículo reclamar que os brasileiros estão podendo importar mais, como se ter condições de consumir fosse pecado.
A idéia que superávit tem que ser constante e eterno é bizonha e insustentável a longo prazo. Veja o caso da China com os EUA, a China pôs na cabeça que tem que exportar loucamente, impedindo que a própria população consumisse o que ela mesmo produziu e melhorasse a qualidade de vida, porém os americanos não tinham condições de importar tanto, aí a China resolve patrocinar a dívida dos americanos. O que vai acontecer é que logo a dívida vai ficar insustentável e os chineses vão levar um belo calote.
Creio que este comentário deve ser sobre a notícia acima, e não sobre esse texto.
[]´s
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Seg Jan 18, 2010 11:08 pm
por PRick
Bourne escreveu:Segunda parte
PRick escreveu:Olha sua lógica é digna de um economista! Existem coisa que precisam de debate em maior profunidade, outras não, porém, a profundidade aqui não é sua!!
Qual a definição para o que não deve ser discutido em profundidade? Talvez, tudo que não te agrade ou que não entenda?
piadista!
Nem eu entrei entrei nesse debate, apenas constatei o que você acabou de dizer, é você que quer debates futilidades não eu.
SIM, ENTROU!!!! escreveu que a questão de Estado é um cavalo de batalha dos economistas e, depois, repetiu o que Roberto Campos falava na década de 1950. Se é futilidade por que gastar tempo para responder?
Sim, constatei um fato, MAS NÃO ENTREI NO DEBATE SOBRE A IMPORTÂNCIA DO ESTADO NA ECONOMIA.
Mais besteiras, não estamos falando em matemática, gerenciar algo, é quase uma arte.
É claro que estamos. O empirismo pressupõe o uso de dados para encontrar as relações entre as variáveis e causas e efeitos. De forma mais primária, é no olhometro, e, na versão mais sofisticada, usando estatística e matemática. Caso contrário, vira um achismo.
Até agora não tem nada de "gerenciar". O ponto aqui é a análise da relação das variáveis. O termo "arte" pode muito bem usado por quem não sabe o que está fazendo e quer se achar "o cara", justificando todas as possíveis besteiras que venha a fazer. o interessante é que gerentes sem formação costumam entender muito bem o que fazem e estar aberto a novas conhecimentos, inclusive da área que atuam, mesmo que consista em ler um livro, participar de seminários ou bater um papo com alguém.
Enrolou mas acabou no mesmo lugar que eu, a matemática não serve para prever o futuro, apenas torna o chutômetro mais dourado! Que o digam os grandes empreendedores.
[]´s
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Seg Jan 18, 2010 11:24 pm
por PRick
Bourne escreveu:Hora do espetaculo.
PRick escreveu:Novamente, a ignóbil lógica dos economistas, como falei antes, eu dispenso sua leitura acéfala da obra marxiana, o resumo de Marx para o sistema financeiro; são os gigolos da economia, não criam riqueza apenas vivem as custas de quem produz. Seu professor é só mais um dos idiotas que populam as cátedras de economia atuais, só fazem merda.
Definiu de forma aberrante o crédito e moeda em Marx. Fato!!! Quer usá-lo na argumentação, ótimo. Porém DEVE ser fiel a construção analítica marxista e, de forma alguma, criar fantasias e tentar colar em Marx. Olha a moderação, chamando meu ex-professor de IDIOTA. Por sinal, esse tal professor também faz um trabalho muito bom na parte histórica e de economia política marxista.
Unico aberrante aqui é sua maneira de ler Marx, chamo de idiota, quem é idiota, que eu posso fazer!
Novamente, não se trata de minha linha de pensamento!!! Mas do que estão fazendo as pessoas, os governos, minha opinião é uma coisa, a realidade é outra, não existe suposição, o dinheiro nasce disso, da representação da riqueza gerada, toda vez que tenho uma dissociação entre moeda e riqueza real, teremos inevitáveis problemas, entendeu? Tolinho. A natureza da especulação vem daí, do mesmo modo as teorias das bolhas, etc.. Quer dizer criar riqueza onde não existe, o que seria apenas uma maneira de extrair de outro, a riqueza que você não produziu. Se você tivesse lido antes o que falei sobre a lista do WB PPP não teria feito esse comentário, o problema é que para considerar taxas de câmbio relativas ou PPP, você precisa confiar nos métodos de conversão, da metodologia utilizada, e eu não confio nelas, daí estou apenas considerando o PIB e a taxa de câmbia bruta, porém, eu sei bem que esse método também tem problemas, enfim, todos os métodos de medições são imperfeitos mesmo, afinal, a Economia é uma CIÊNCIA SOCIAL. Entendeu Tolinho? Eu penso que o método PPP é muito mais real, caso não seja manipulado como estão fazendo o FMI e o WB.
Assim, está na verdade comparando variáveis nominais que são muito voláteis para medir o que pretende medir. Se é que não seria melhor buscar outras variáveis mais reais para defender a sua postura, se é que é possível mensurar.
Não estou preocupado aqui com precisão, é você que anda paranóico com matemática, eu estou apenas constando uma direção no processo histórico, que indica crise terminal na hegemonia anglo-saxã, tão somente isso, é você que anda querendo discutir linhas de pensamento econômico, elas não me interessam, porque a realidade não precisa delas para ser explicada.
Conhece tão bem o método de PPP para criticá-lo? Seria uma crença cega ou tem provas de que é manipulado?
Não gostei na mudança feita pelo FMI e WB, portanto, foi minha decisão passar a não mais contar com o método PPP como balizador principal para minhas análises, simples decisão pessoal minha, que já deixei bem claro.
Olha a moderação. Chamar algum Dbista de "tolinho" deve ferir algum item do código de conduta do DB. Não sou seu amigo e nem lhe dou liberdades para me chamar assim ou fazer brincadeirinhas.
O cara mais divertido do DB agora, não aceita mais brincadeiras.
Eu disse que Carlos Lessa está errado? Eu apenas defendo outra visão para a atual realidade. E em momento algum disse que não existem outros fatores, apenas apontei o que eu considero mais importante, é pena que você não conhece o raciocínio dialético, apontar ou afirmar algo, não é negar outras coisas ou fatos. Apenas dizer, para mim esse é o mais importante.
SIM!!!! Escreveu categoricamente "errado" e, depois, chamou de velhinho gaga. Só voltar as páginas que verá.
Eu apenas escrevi que naquela fala dele não concordava, a palavra errado ali não se referia ao Carlos Lessa, apenas aquele pensamento dele.
Depois disse que o teto do endividamento das familias é a massa de salários, o resto é besteira. Ainda citou a aberração da definição de moeda e crédito de Marx para tentar justificar a sua posição.
Não, é o estímulo, e não o teto. Citei Marx, porque quis, e minha posição não precisa dele para ser justificada, já expus ela acima, se você não concorda problema seu!
Novamente, eu disse que eles conhecem a história, mas esquecem ela quando ocupam altos cargos no BACEN, algo bem diferente do que você está afirmando.
Não. Disse que são idiotas positivistas. Lembre-se que Ben Bernanke fez sua carreira estudando a Grande Depressão.
Sim, disse que são positivistas, porque quando assumem, esquecem o que estudaram a história.
Ele é um visionário porque apontou a direção correta do processo histórico, não quer dizer que seja a fonte da verdade, na verdade, não existe a fonte da verdade nas ciências, e muito menos nas ciências sociais.
Não é isso que demonstra na sua argumentação. Acabou de escrever no inicio do post que economista só faz merda e que os meu professor é só um dos muitos idiotas que ocupam as cadeiras acadêmicas.
Novamente a lógica obtusa, Arrighi hoje é mais conhecido como Sociólogo que Economista, é lógico que não estou chamando todos os economistas de idiotas, mas só os que parecem e agem como seu professor, existe muitos economistas conscientes, porém, a maioria....
[]´s