Fórum Defesa Brasil

FCarvalho escreveu: ↑Sáb Nov 12, 2022 1:48 pm ELEB - EMBRAER



https://embraer.com/br/pt/divisao-equipamentos

Túlio escreveu: ↑Sáb Nov 12, 2022 2:17 pm

Lembras que a ELEB era precisamente uma das "joias da coroa" que a Boeing mais cobiçava na EMBRAER? E dizer que eu APOIAVA uma insanidade dessas (tu não)...

Lembro sim. Ainda bem que eu estava certo.
Manter a Embraer em casa foi a melhor coisa que poderia nos ter acontecido. A empresa se reinventou e continua a se reinventar. E nós vamos lucrar com isso.
Só nós.

O que mais me deixa surpreso hoje em relação ao mercado o qual o KC-390 disputa com o Hércules, ao que se saber, é que não vendemos uma única unidade para a Polônia, que está comprando tudo e mais um pouco em termos de sistemas bélicos, apavorados que estão.

E eles não tem nada novo em termos de aviação tática, a não ser algumas dezenas de C-295M comprados a mais de 10 anos, e 5 C-130E no limite da vida útil e doados da reserva da USAF anos atrás. Por agora eles compraram via EDA, e já estão recebendo, como solução emergencial 5 C-130H da reserva da USAF, por apenas US$ 14,5 milhões, fazendo a manutenção para retomar os voos no próprio país.

https://forcaaerea.com.br/forca-aerea-p ... h-ex-usaf/

Enfim, eu não sei qual ou quais são as prioridades em termos de força aérea da Polônia, mas a meu ver, parece que a aviação de transporte não é uma delas. Há conquanto que se observar que dinheiro não é problema para eles, já que estão gastando os tubos de recursos com obuseiros, CC, e agora centenas de HIRMAS, e outras coisas mais, principalmente da BID deles.

Enfim, quem sabe no médio e longo prazo a Polônia se torne um mercado natural e viável para o nosso cargo da Embraer.

Senado da Austrália questiona escolha do C-130J e descarte do Embraer C-390



https://www.australiandefence.com.au/ne ... -selection

A Austrália está numa fase agora que só presta aquilo que for fabricado nos EUA, então isso é praticamente um jogo com cartas marcadas.

A julgar pelo que é exposto na matéria, a escolha foi política e de prateleira, como vem sendo os últimos negócios australianos na área de defesa, e sempre a favor das indústrias norte americanas.

Mas o detalhe importante que não se pode deixar passar é como a comissão aponta o fato de que o militar não fornecer informações mais precisas e concretas sobre o processo de escolha, de forma que se levantou dúvidas sobre sua isonomia. E isto ao menos em países sérios é uma questão severa e que não pode deixar brechas nos processos públicos.

Isto posto, a própria falta de visitas in loco aos demais candidatos, a fim de prover as avaliações devidas em relação aos 22 requisitos mencionados, também causou estranheza. Ou seja, a avaliação teria sido meramente retórica e, para bridar a coisa toda, um senador faz uma contraparte a decisão da RAAF quando observa que o C-390 foi escolhido por outros países, está plenamente operacional, inclusive como REVO, e que a Holanda escolheu o modelo tendo como base menor preço, melhor relação custo benefício e desempenho e operacionalidade superiores quando comparado ao próprio C-130J. E isto o oficial não quis ou não soube responder.

A RAAF neste processo está comprando mais de 30 C-130J-30 que seriam em partes fabricados na Austrália. Mas se por um acaso destes da vida o Senado por lá resolver ir mais a fundo na questão da escolha do Hércules, eles podem, se quiserem, facilmente melar o negócio, como foi observado quando se cita a questão da revisão estratégica da defesas australiana e a "pressa" da força aérea para trocar os atuais aviões, que teriam vida útil ainda para gastar até 2030. Tempo mais que suficiente para fazer um processo de escolha realmente equitativos entre os diferentes candidatos, e não um negócio a boca pequena como parece ter sido. O governo australiano e seu MD vai ter que responder algumas perguntas a mais nos próximos dias sobre esta decisão.

Agora, a Embraer alega sobre o KC-390, que um único avião dela faz o serviço de dois Hércules. Ou seja, hipoteticamente, a RAAF poderia cumprir a mesma gama de missões, e quiçá mais ainda, com apenas metade da frota que ela se propôs comprar dos norte americanos, e isso quem sabe até pagando menos, com menores custos, e operacionalidade de frota muito superior. Mas o governo australiano preferiu puxar o sado dos norte americanos.

E FMS é bom, mas, como cito na matéria, também não é lá isso tudo que dizem por aí. Principalmente para quem tem indústrias desenvolvidas a resguardar.

PS: não sei vocês, mas melar o negócio da LM na Austrália e ainda vender 30 KC-390 para a RAAF já poderia ser chamada a venda do século para a Embraer.

A não ser que os indianos sintam-se despeitados e resolvam comprar de primeira 60 aviões, como se propunha para o antigo projeto MTA.

A Embraer nunca mais iria pedir penico para a FAB, pelo menos nos próximos vinte anos.

janeiro 13, 2023
A futura mobilidade aérea da Austrália (Super Hercules C130J ou Embraer KC-390?)

*John Oddy - Director and GM Systems at Exact Tech Australia Pty Ltd - LinkedIn 12/01/2023



https://www.lrcadefenseconsulting.com/2 ... ralia.html

Uma análise sucinta e racional da situação deste processo de compra do Hércules C-130J na Austrália.

A única dúvida que tenho é de onde ele iria tirar 2 KC-390 emprestados para fazer as avaliações propostas, e quanto tempo isso demandaria.

Mal temos para nós, e a Embraer só tem 2 aviões, sendo um protótipo e outro da FAB, que é a primeira aeronaves de produção.

A ver.

FCarvalho escreveu: ↑Sáb Jan 14, 2023 1:54 pm janeiro 13, 2023
A futura mobilidade aérea da Austrália (Super Hercules C130J ou Embraer KC-390?)

*John Oddy - Director and GM Systems at Exact Tech Australia Pty Ltd - LinkedIn 12/01/2023



https://www.lrcadefenseconsulting.com/2 ... ralia.html

Uma análise sucinta e racional da situação deste processo de compra do Hércules C-130J na Austrália.

A única dúvida que tenho é de onde ele iria tirar 2 KC-390 emprestados para fazer as avaliações propostas, e quanto tempo isso demandaria.

Mal temos para nós, e a Embraer só tem 2 aviões, sendo um protótipo e outro da FAB, que é a primeira aeronaves de produção.

A ver.

Cara, acho que já vi essa história em algum lugar... peraí, lembrei:

USAF escolhe casa para o novo avião Armed Overwatch do USSOCOM



https://www.cavok.com.br/usaf-escolhe-c ... do-ussocom

Abraços,

Wesley

Eu nem me estresso. A Austrália não é Brasil, e os políticos de lá levam defesa a sério. Se isto vai se transformas em uma reviravolta para o KC-390, veremos.
As notícias que chegam de lá dão a perceber que a escolha da RAAF foi puramente política, e nada teve com técnica e planejamento.
Com alguma razoável certeza os brigadeiros e o MD por lá devem ter de dar explicações.
O oficial autor do texto acima não é o único a tecer críticas embasadas sobre este processo.
Alguém deve ter ganho por fora com essa escolha dos -J por lá. Se eles vão chegar a este ponto de raciocínio, a ver.
Mas torço para que o senado australiano mele esse negócio, mais do que mal explicado. Se o KC-390 tiver de fato uma chance, e ele só precisa de uma, para provar suas qualidades, então, é lona para o Hércules, e muita gente mais vai ter que se explicar perante o senado, e talvez, a justiça.
Dedos cruzados para que o melhor vença. E o melhor é o KC-390. Todos sabem. Mas ser apenas o melhor não é suficiente para vender aviões militares.

Melhor em quê?

Em minha opinião em relação a aviação de transporte em algum momento em médio prazo, considerando as dimensões do país e as necessidades táticas e estratégicas, a FAB deveria retomar a meta original de 28 KC 390 e adquirir unidades adicionais do A 330 MRTT.
A substituição dos C 95 deveria também ser observada com atenção.

Sds