Bom, para o EB até estilingue é caro atualmente. E qualquer solução adotada vai ter logística dependente de importação e estará sujeita as vontades políticas do país exportador.FCarvalho escreveu: Ter Mar 18, 2025 11:35 amCaro, muito caro, em todos os sentidos, além de manutenção complexa, logística dependente de importações, e da boa vontade política alemã, uso regulado pelas normas e interesses alemães - já vistes o que eles nos impuseram nas operações dos Leo 1A5? - sem opções de nacionalização de partes e peças, ou produção nacional, não fabricamos as munições mais modernas usadas por ele, e como no caso dos materiais made in USA, os alemães também tem lá suas coleirinhas de ouro no trato de seus produtos vendidos a outrem, e o exército está bem ciente como a banda toca para o lado deles.
Quando disse trambolho não quis dizer que não é bom e que não faz o trabalho, só não é bom para nós por essas e várias outras questões, que poderiam ser dirimidas tendo em vista a quantidade de fabricantes e fornecedores de canhões automáticos no mercado.
No mundo hoje existe pelo menos uma dezena de países\fornecedores deste tipo de arma, e no entanto, sabe-la lá porque, o EB se invocou justamente de pegar o modelo mais caro e mais complexo que se poderia apor na TORC30. E isso quando já tínhamos aqui a própria ARES montando a UT30BR com canhão israelense de 30mm. Mas, aparentemente isso não foi levado em consideração na hora de escolher. Depois reclamaram que a torre ficou muito cara.![]()
Bom, fosse eu, faria uma simples concorrência internacional para escolher um canhão entre 30mm e 40mm para colocar na TORC30, e ver o que melhor se encaixa nela, e nas possibilidades de custear o projeto, de forma que possa se tornar acessível ao orçamento anual do EB e ser comprada nem que fosse a conta gotas para os projetos da VBC AAe Guarani, além das VBC FUZ, e também para transformar parte das VBTP Guarani em IFV minimamente decentes.
Demanda não nos falta, e nunca faltou na verdade para tirar a TORC30 do papel, mas as escolhas feitas pelo EB pode-se dizer que foram no mínimo para lá de equivocadas. Principalmente se levarmos em consideração que é um exército que vive eternamente com o pires na mão, e no entanto, inexplicavelmente, foram escolher justamente o produto mais caro que poderiam encontrar. Vai entender.
E eu realmente não vejo tantas opções de canhões no calibre 30x173. O que existe aos montes são torres e RWS, mas praticamente todas elas usam Bushmaster Mk44, inclusive as israelenses UT30 e a Samson. Lembrando que o Mk44 padrão não é compatível com munição ABM, apenas as versões mais recentes (e mais caras).
A Denel anunciou um canhão 30mm anos atrás mas não parece ter sido adotado por ninguém. E tem o novo X-Gun da Leonardo que parece muito promissor e já tem pedidos.
Quanto a fabricar aqui as munições é tudo uma questão de demanda, vontade e dinheiro. Parece que a munição "padrão" AEI (alto explosivo incendiário) foi nacionalizada pela CBC.