Re: Noticias de Portugal
Enviado: Qua Jan 09, 2013 8:44 am
^^^era matá-los a todos!!!!


O relatório do FMI, hoje divulgado pela imprensa portuguesa, e que apresenta um diagnóstico factual do “Monstro” – em vários capítulos, coincidente com o retrato que eu próprio traçei no meu livro “As contas politicamente incorrectas da economia portuguesa” -, não singrará junto da opinião pública. Por várias razões.
Primeiro, porque será o próprio Governo, cada vez mais dividido, que o rejeitará. Neste aspecto, não deixa de ser curioso que a primeira reacção contrária tenha vindo de Mota Soares, ministro responsável pela Segurança Social, precisamente, uma das áreas melhor retratadas e trabalhadas neste estudo do FMI.
Segundo, um debate desta natureza exige tempo. Tempo para os Portugueses poderem estudar – coisa que a generalidade da população, porquanto nunca lhe foi instigado esse hábito nestas matérias do Estado, ainda não percebeu que cada vez mais terá de fazer -, para interiorizar as conclusões dos vários estudos e confrontá-las com a realidade percepcionada no dia-a-dia, e tempo para consensualizar a mudança e os respectivos períodos de transição. Ora, em face dos prazos colocados em cima da mesa pelo Governo para a chamada refundação, o debate necessário a essa mesma refundação não está minimamente assegurado.
Terceiro, e mais importante, os Portugueses habituaram-se a ver, e frequentemente a utilizar, o Estado como um porto de abrigo. Os empregos no Estado são mais estáveis e em média pagam melhor. O Estado é relativamente generoso nas suas pensões de reforma. O Estado apoia através de vinte tipos diferentes de prestações sociais. E, portanto, enquanto não se vislumbrar um futuro risonho no sector privado da economia portuguesa, aquele que mais prejudicado tem sido na última década, a generalidade dos Portugueses, racionalmente, não arriscará um milímetro. Seja rejeitando a redução de salários enquanto funcionários públicos ou afins, seja rejeitando a redução de benefícios sociais enquanto pensionistas ou receptores de subsídios.
Moral da história, sendo certo que o Monstro contribuiu para dizimar o País, não é necessariamente certo que dizimando o Monstro se recupere o País. A reestruturação, redefinição e redução do Estado é urgente, mas terá de ocorrer em simultâneo com a reanimação mais ou menos espontânea do sector privado. E para tal, aquele que neste Governo é supostamente o grande mentor da refundação, o ministro Gaspar, terá de ouvir mais o ministro Santos Pereira. Investimento privado e produtivo são as palavras críticas à inversão da espiral recessiva. Existindo investimento, existirá produção, com a produção virá a riqueza, com a riqueza o dinheiro, e com dinheiro, como sabemos, todos os outros problemas tornar-se-ão mais fáceis de resolver. Incluindo, seguramente, o problema da refundação do Estado. Bom senso e equilíbrio, meus senhores. Bom senso e equilíbrio…
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49Militares e polícias indignados com relatório do FMI
RTP com Lusa 09 Jan, 2013, 15:54 / atualizado em 09 Jan, 2013, 16:41
Militares e polícias não estiveram com meias palavras sobre o relatório do FMI hoje vindo a público: a Associação Nacional de Sargentos (ANS) qualificou-o de "incendiário", a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) chamou-lhe "uma verdadeira afronta" e a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) considerou-o "estranho" e "ridículo".
O presidente da ANS, António Lima Coelho, lembrou em declarações à Lusa que aparentemente "isto não passa de uma opinião, de uma proposta". O dirigente da associação de sargentos foi, contudo, recomendando "que quem de direito, o senhor ministro da Administração Interna, o senhor ministro da Defesa, o senhor primeiro-ministro ou o senhor ministro da Segurança Social clarificassem a situação e dissessem aos cidadãos o que pensam destas atoardas".
De outro modo, o relatório "posto como está, mais não é do que uma peça para incendiar os ânimos numa altura de grandes sacrifícios para todos". Segundo Lima Coelho, o relatório mostra desconhecer o país a que se refere: "Quando se fala de privilégios excessivos tem de se falar das contrapartidas senão está-se a iludir os cidadãos, importa conhecer a realidade, as obrigações e o empenhamento dos militares".
O dirigente associativo considerou "curioso que o relatório apareça nesta altura", atribuindo ao Governo responsabilidades no seu lançamento para a imprensa: "É uma forma manipuladora de atuar dos nossos governantes, numa prática de pôr portugueses contra portugueses".
Por seu lado, a APG/GNR considerou em comunicado que o documento do FMI é "uma ameaça à segurança" e, para os profissionais da GNR, "uma verdadeira afronta", que merece a "repulsa" destes.
Segundo o comunicado, o relatório revela "total desconhecimento do défice de elementos afetos à atividade operacional". O FMI, acrescenta, "anda longe de ter em conta os melhores interesses da segurança pública nacional e a tranquilidade das populações, por isso, só isso explica que se considere que há elementos em excesso nas forças de segurança".
A associação respondia desse modo à tese do relatório, segundo a qual "as forças de segurança representam [em Portugal] cerca de 17 por cento do emprego público e a densidade das forças policiais (470 por cada 100 mil habitantes) está entre as mais altas da Europa".
Enfim, o presidente da associação policial ASPP, Paulo Rodrigues, afirmou, segundo citação da Lusa, que a reforma de um polícia ronda, em média, os 1.000 e os 1.200 euros, pelo que "o FMI descobriu regalias que os polícias não têm".
Segundo Paulo Rodrigues, "o relatório do FMI é estranho e propõe medidas ridículas. Diz que temos uma boa segurança pública, mas ao mesmo tempo propõe medidas que vão destruir essa qualidade". Sobre estas medidas, afirmou nomeadamente que "ter polícias nas ruas com mais de 50 anos que não conseguem satisfazer as necessidades".
O presidente da ASPP manifestou ainda a expectativa de que "o Governo não vá na onda das orientações do FMI", o que, em sua opinião, poria "em causa a capacidade de resposta e de reação da Polícia" e viria "criar instabilidade na instituição.
Atenção que pagar melhor, não significa pagar bem. Ainda está semana vi a oferecerem 600€, BRUTOS, a um "puto" mestrado em gestão industrial na FEUP, não tenho qualquer duvidas que o Estado, actualmente, pague melhor em alguns cargos intermédios...P44 escreveu:O que toda a gente se "esquece" de dizer é que no Estado, a percentagem de funcionários com estudos superiores ascende a quase 50% (anda pelos 47% e qq coisa) , muito superior á % do privado.
Daí em "média pagarem melhor"![]()
tgcastilho escreveu:Atenção que pagar melhor, não significa pagar bem. Ainda está semana vi a oferecerem 600€, BRUTOS, a um "puto" mestrado em gestão industrial na FEUP, não tenho qualquer duvidas que o Estado, actualmente, pague melhor em alguns cargos intermédios...P44 escreveu:O que toda a gente se "esquece" de dizer é que no Estado, a percentagem de funcionários com estudos superiores ascende a quase 50% (anda pelos 47% e qq coisa) , muito superior á % do privado.
Daí em "média pagarem melhor"![]()
Ganho €836 de ordenado base (Isto a partir de Janeiro, porque há mais de dois anos que era €789), para dormir apenas metade das noites em casa, não conhecer fins-de-semana nem feriados! A isto, juntam-se subsídio de forças de segurança, subsídio de escala e subsídio de patrulha! Com os devidos descontos, levo para casa qualquer coisa a rondar os €1000! Subsídios esses que, obviamente, quando tenho férias, não recebo...
Túlio escreveu:Eu positivamente NÃO ACREDITO: logo o PREPE véio a propor um GOLPE MILITAR!!!![]()
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Virou DERÊITCHA!!!![]()
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Bourne escreveu:Isto é, mais o menos 1500 reais. Isto era o que ganhava de bolsa de mestrado para estudantes fudidos
cabeça de martelo escreveu:No FD ele e o Luso até estão a concordar em tudo!![]()
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