Fórum Defesa Brasil

Túlio escreveu: ↑Dom Mai 29, 2022 10:29 pm

knigh7 escreveu: ↑Dom Mai 29, 2022 10:14 pm
A Embraer tem capacidade de fazer um UCAV hi-tech e certamente vai ter mercado para ela poder vender. A minha crítica é se a Embraer desistisse dessa área porque a FAB desistiu de financiar o desenvolvimento.

Não vou ficar "oh, coitada da Embraer, ela não tem um UCAV porque não TEVE o MEU DINHEIRO, DE CONTRIBUINTE, para o desenvolvimento porque ela não aceitou assumir o risco".

Cara, sabes o que é CERTIFICADO DE USUÁRIO FINAL, não? Sem ele não se vende coisa que só serve pra guerra e não para monitorar trânsito, plantação, linha elétrica e vai saber o que mais. Sequer se consegue comprar os insumos, como o motor.

Pra mim o UCAV-BR já tá morto e enterrado, graças ao nosso querido cajuzinho, que tanto ama A SUÉCIA. Com sorte talvez ganhe um SAAB 105G reformado para brincar na aposentadoria e levar os netinhos pra passear pelos ares.

A FAB está planejando uma concentração orçamentária num programa que é caro (aquisição dos Gripens, incluindo o segundo lote).

Na coletiva, o Baptista criticou a baixa capacidade histórica da nossa Aviação de Caça. Talvez no fim da década tenhamos orçamento para um UCAV e a Embraer que se ajuste à FAB se quiser que a Força seja o launch costumer de um eventual UCAV dela.

knigh7 escreveu: ↑Dom Mai 29, 2022 11:14 pm
Na coletiva, o Baptista criticou a baixa capacidade histórica da nossa Aviação de Caça. Talvez no fim da década tenhamos orçamento para um UCAV e a Embraer que se ajuste à FAB se quiser que a Força seja o launch costumer de um eventual UCAV dela.

Eu tenho esperanças que a Embraer entre nesse mercado e no futuro (lááá para 2028-30) a FAB adquira o UCAV dela.

Túlio escreveu: ↑Dom Mai 29, 2022 11:34 pm

knigh7 escreveu: ↑Dom Mai 29, 2022 11:14 pm
Na coletiva, o Baptista criticou a baixa capacidade histórica da nossa Aviação de Caça. Talvez no fim da década tenhamos orçamento para um UCAV e a Embraer que se ajuste à FAB se quiser que a Força seja o launch costumer de um eventual UCAV dela.

Não sei pra que, se Israel taí pra nos vender o que precisarmos.

Apesar de eu gostar muito do Eitan, especialmente para Marinha (ZEE) e EB - sim, EB mesmo, ainda mais uma dessa que pode voar por 72 horas, para vigilância de fronteira, uns 8 desses, com 6 operacionais, com sensor SAR, optrônico comum e o SkyEye daria uma capacidade incrível para monitoramento da fronteira - o UCAV da FAB, preferencialmente, precisa ser furtivo e capacidade supersônica, pois, pra 2030, precisaremos de um UCAV que possa também atuar no cenário ar-ar e, pra isso, o ideal é que seja supersônico.

Demais UCAV's, vejo mais lugar no EB e na MB, o que não impede da FAB ter um UCAV subsônico de segunda linha para missões de ataque menos sensíveis e bem atrás das linhas inimigas.

Túlio escreveu: ↑Dom Mai 29, 2022 8:50 pm

FCarvalho escreveu: ↑Dom Mai 29, 2022 10:11 am Ele não deixa de ter razão.
O que se colocou na Embraer e outras empresas para sustentar projetos e que foram retirados do orçamento direto da FAB poderiam muito bem ter servido para alcançar outros patamares em termos de operacionalidade.
Por outro lado, nossa dependência de importações também seria muito maior do que é hoje.
É uma conta muito difícil de ser equilibrada. E como não temos seriedade no trato do tema Defesa no Brasil, segue essa linha de cobrir os pés ou a cabeça, sempre.

Sim, pra que botar $$$ na EMBRAER para desenvolver tecnologias NO e PARA O Brasil se dá para fazer o mesmo com a SAAB (que o fará para a nossa amada Suécia)? Vamos é comprar drone direto de Israel e transporte leve sei lá de onde, EUA ou UE, e tá tudo bão.
Confia, vai dar SERTO...

Bem sabes que dos mais nacionalistas do DB, mais do que eu é difícil encontrar. Até prova em contrário. Mas o argumento do cmte da FAB não deixa de ter a sua lógica, e razão.

O problema é que este expediente de incentivar e financiar a BID e a P&D no Brasil, como aliás se faz em todos os países que levam o assunto a sério, sejam pobres, ricos ou remediados, precisa necessariamente de políticas de longo prazo e de razoável regularidade de investimentos públicos, e que, em nosso caso, simplesmente não existem desde sempre. As soluções, e os recursos, são sempre pontuais, de oportunidade e via de regra, de interesse (orçamento) único e exclusivo das próprias forças armadas, e de mais ninguém.

É impossível manter uma base industrial de defesa e sua área de pesquisa tecnológica assim no longo prazo. Simplesmente não dá. Uma hora acontece, de novo, o que está acontecendo agora. Não tem recursos para tudo o que está atrasado em termos de programas e projetos, que acabam por coincidir em sua linha do tempo de desenvolvimento. Então, entra-se novamente na escolha de Sofia. Isso no Brasil é uma regra em defesa, não uma exceção. Como mudar Eu realmente não sei.

A Embraer e a BID podem fazer muitas coisas em termos de projetos e produtos, mas isto depende essencialmente da capacidade de investimento que o MD e forças tem anualmente, e que sabemos, está indo ladeira abaixo há muito tempo. E sempre cada vez pior. Custeio e investimento hoje não chegam a 1\4 o orçamento do MD.

Obviamente que eu prefiro que a FAB e demais forças disponham recursos para investir permanente e longamente em PDI na indústria nacional, mas isso se torna um peso a mais para os parcos recursos que são disponibilizados para a operacionalidade das forças. Como eu disse, é uma conta muito difícil de se equilibrar. E aí temos que saber se queremos uma força aérea operacional e efetiva ou se queremos uma base industrial de ótima qualidade, mas incapaz de vender seus produtos e soluções financiados pelo Estado para ele mesmo.... por falta de verbas.

Eu gostaria muito que o MD pudesse ter uma única conta de PDI e que gestasse todos os recursos nesta área, a fim de tentar ter um pouco mais de celeridade e poder de barganha na hora de negociar os recursos com os economistas - e políticos - de plantão. Nestas horas, alianças com outros ministérios onde os projetos podem coincidir em interesses mútuos é algo que penso é sempre bem vindo.

Enfim, bem que gostaria muito de ver STOUT, UCAV, UAV, ATL-100\300, M\S-200, RDS, Link BR 2, MICLA e muitas outras coisas sendo financiadas regularmente pelo Estado - note-se, pelo Estado, e não por governos, que são sempre passageiros - com verbas asseguradas na íntegra e dentro dos cronogramas e no longuíssimo prazo, independentes de qualquer óbices políticos, econômicos e\ou institucionais. Mas isso são quimeras em um país como o Brasil.

Embraer media day: ¿nuevo socio industrial para el KC-390 Millennium?



https://www.aviacionline.com/2022/05/em ... illennium/

abs.

arcanjo

Prezentace letounu EMBRAER KC-390



https://mocr.army.cz/informacni-servis/ ... 90-236151/

abs.

arcanjo

Qual parceria que acrescente peso tecnológico, industrial e comercial ao KC-390 será muito bem vinda e em muito boa hora. O projeto não vai deslanchar apenas por conta das qualidades em si mesmas da aeronave.
Assim, é de grande proveito esta viagem que estão fazendo pela Europa, já que mostrar a aeronave in loco e demonstrá-la de forma prática todas as suas capacidades é também uma maneira de convencer tecnicamente quem decide o que comprar, e ajudar a decidir quem assina o cheque no final.
Hungria já tem dois aviões, e esta visita pode reforçar os laços para mais unidades, quem sabe 2 ou 4 a mais. Portugal segue firme com os seus 5(6) enquanto a Holanda é o grande azarão deste périplo europeu. Mas se levarmos lá, é meia porta aberta para outros países, inclusive Suécia, Finlândia, Suíça e Austria, fora da OTAN, mas agora metidas no mesmo imbróglio de modernização da defesa a troco de caixa.
Quem sabe até a Alemanha não entra na fila se nós conseguirmos conversar direitinho com eles vislumbrando outros projetos e necessidades da defesa por aqui.
Tentar não custa nada.
A Polõnia deveria ser olhada com muito zelo e atenção neste momento. Só não entendo o porque de estando ali tão perto não levaram o avião para apresentá-lo por lá também.

Lista atualizada de países onde o KC-390 foi demonstrado em recente exposição no oriente médio, norte da África e Europa:

1. Argélia
2. Marrocos
3. Egito
4. Arábia Saudita
5. Iraque
6. Kuwait
7. Emirados Árabes Unidos
8. Qatar
9. Omã
10. República Checa
11. Hungria

Além destes países onde foi demonstrado, o KC-390 conforme divulgado pela Embraer está concorrendo ainda na Holanda e Coréia do Sul em seus respectivos programas de substituição dos Hércules.

Alguns destes países já utilizam o C-130J, mas nada impede o interesse no avião da Embraer, que por si só, é muito superior ao seu concorrente sob quaisquer aspectos, a não ser o político, comercial e diplomático-militar.

A Jordânia não estava na lista mas pode ser mais para frente também um país que venha a se interessar pelo KC-390, mesmo com toda a pressão norte americana.

As maiores frotas são da Arábia Saudita e Egito, que possuem dezenas de modelos B, H e J dos C-130 Hércules, com os demais países possuindo\operando em média menos de uma dezena de unidades dos mesmos.

Na Europa podem eventualmente se juntar ao grupo de países interessados a Suécia, Finlândia, Polônia, Eslováquia, Romênia, Bulgária e, talvez mais para frente, Croácia, Grécia, Suíça e Áustria, além da possibilidade da cereja do bolo... a Turquia.

Duvido que consigamos vender em todos estes países, mas se metade deles comprar o KC-390 já podemos dizer que estamos no lucro.

FCarvalho escreveu: ↑Ter Jun 07, 2022 4:46 pm Qual parceria que acrescente peso tecnológico, industrial e comercial ao KC-390 será muito bem vinda e em muito boa hora. O projeto não vai deslanchar apenas por conta das qualidades em si mesmas da aeronave.
Assim, é de grande proveito esta viagem que estão fazendo pela Europa, já que mostrar a aeronave in loco e demonstrá-la de forma prática todas as suas capacidades é também uma maneira de convencer tecnicamente quem decide o que comprar, e ajudar a decidir quem assina o cheque no final.
Hungria já tem dois aviões, e esta visita pode reforçar os laços para mais unidades, quem sabe 2 ou 4 a mais. Portugal segue firme com os seus 5(6) enquanto a Holanda é o grande azarão deste périplo europeu. Mas se levarmos lá, é meia porta aberta para outros países, inclusive Suécia, Finlândia, Suíça e Austria, fora da OTAN, mas agora metidas no mesmo imbróglio de modernização da defesa a troco de caixa.
Quem sabe até a Alemanha não entra na fila se nós conseguirmos conversar direitinho com eles vislumbrando outros projetos e necessidades da defesa por aqui.
Tentar não custa nada.
A Polõnia deveria ser olhada com muito zelo e atenção neste momento. Só não entendo o porque de estando ali tão perto não levaram o avião para apresentá-lo por lá também.

Suécia vai substituir seus C-130H por aeronaves C-130J ex-Força Aérea Italiana

A Força Aérea da Suécia decidiu abandonar o plano de modernizar seus seis aviões de transporte C-130H Hercules e optou por adquirir aeronaves C-130J que eram da Força Aérea Italiana.

https://www.cavok.com.br/suecia-vai-sub ... a-italiana

Olá @cabeça de martelo

A guerra no leste está deixando todo mundo nervoso, e apressado, na Europa como um todo. E isto está fazendo com que do nada políticos - e até mesmo certos setores militares - que antes normalmente deploravam qualquer investimento em defesa, tenham que se arvorar com soluções tipicamente tupiniquins, ou seja, compras de oportunidade para tentar dar um ar de planejamento e prontidão ao momento vivido, e tentar tapar os inúmeros buracos existentes e, para os quais, se negou peremptoriamente qualquer solução a nível de investimento de longo prazo. A Suécia é só um destes casos.

Afinal, lá como cá, existem eleições vez em quando, e os caras tem de tentar justificar o salário e a vida paga pelo erário público aos seus eleitores. Vamos ver no que isso vai dar. É uma solução paliativa e não de longo prazo a meu ver. Os aviões italianos já contam com quase vinte anos de uso. E por aí
vai.

Me parece então que esta solução não invalida o KC-390 no futuro a longo prazo por lá. E eles, como nós, precisam continuar renovando a frota de caças, dentre vários outros projetos e áreas de interesse mútuo existentes hoje no campo da defesa. E estes são pontos em comum que podem - e irão - ser usados por ambas as partes em favor, ou não, do avião brasileiro e de outros projetos quando oportuno for.

Aliás, dizem as más línguas que a Itália seria uma dos mais interessados no KC-390.

Itália? Olha que ali o batuque é um tanto diferente...

cabeça de martelo escreveu: ↑Sáb Jun 11, 2022 12:31 pm Itália? Olha que ali o batuque é um tanto diferente...

Com certeza, mas vejas como são as coisas. Bem antes de falarmos em Suécia com KC-390, já vínhamos batucando algumas coisas com os italianos sobre ele.
E eles continuam adorando o nosso feijão e a batucada que cá se faz.
A ver, e veremos no que mais essa quizumba vai dar.

Aliás, notar um dado interessante sobre as vendas do KC-390 e outros sistemas de defesa made in Brasil. De uns tempos para cá a BID, o MD e outros ministérios e setores do governo federal parece resolveram juntar as suas trouxas e fazer negócios lá fora em conjunto.

Nada mais normal, não fosse o fato de que isso no Brasil é pura novidade. Mesmo com o MD completando suas 23 primaveras no Brasil. Demorou, mas parece que finalmente vamos parar de bater cabeça entre MD, ffaa's, BIDS, indústria, governo, MRE, MIC, MCT, área econômica e outros e favorecer em conjunto os negócios na área de defesa lá fora.

E penso, mais importante, parar de tratar a BIDS como se fosse a ovelha negra da família da esplanada dos ministérios, como se os negócios dela fossem coisa do demo e por aí vai.

Se continuarmos nesse passo, as futuras negociações de vendas do KC-390 e qualquer outro sistema que desenvolvemos ou fabricamos no país vai ficar com a vida um pouco menos complicada na hora de exportar. Já vimos um pouco disso agora neste périplo por 11 países do KC-390 com um avião de linha da própria FAB, que só tem apenas 5 unidades até agora. E este esforço comercial, industrial e político sustentado pela força mesmo abrindo mão de um de seus preciosos e escasso aviões táticos novinhos em folha não deve ser em vão. Com certeza não. Trará seus dividendos no tempo próprio.