Re: Noticias de Portugal
Enviado: Dom Nov 11, 2012 6:03 pm
Como assim a exibição do filme não foi autorizada?!?!? Censura pura e simples?P44 escreveu:12 Novembro, 2012 - 08:59
Filme sobre situação portuguesa recusado na Alemanha
As autoridades da Alemanha não autorizaram a visualização, no país, de um filme sobre a situação de austeridade em Portugal, mas a produção vai ser exibida em Lisboa, esta segunda-feira, dia da visita de Angela Merkel à capital portuguesa, refere a Lusa.
"Eu sou um berlinense" ("Ich bin ein Berliner") é o título do filme, que pretendia apresentar aos alemães alguns dados sobre a realidade portuguesa das últimas quatro décadas, num resumo de quase cinco minutos, e mostrar a atual situação do país, após as medidas de austeridade.
As autoridades alemãs proibiram a reprodução do filme no país, que vai agora ser exibido esta segunda-feira nos painéis do Turismo de Lisboa, acompanhando a visita da chanceler alemã, Angela Merkel, à capital portuguesa.
http://noticias.portugalmail.pt/artigo/ ... a-alemanha
pelo que ouvi nas noticias, era suposto o filme ser exibido em ecrãns gigantes em Berlim. Isso foi proibido porque os alemães disseram que o filme tinha "objectivos politicos". Inclusive o autor apresentou um protesto formal na embaixada alemã.LeandroGCard escreveu:Como assim a exibição do filme não foi autorizada?!?!? Censura pura e simples?P44 escreveu:12 Novembro, 2012 - 08:59
Filme sobre situação portuguesa recusado na Alemanha
As autoridades da Alemanha não autorizaram a visualização, no país, de um filme sobre a situação de austeridade em Portugal, mas a produção vai ser exibida em Lisboa, esta segunda-feira, dia da visita de Angela Merkel à capital portuguesa, refere a Lusa.
"Eu sou um berlinense" ("Ich bin ein Berliner") é o título do filme, que pretendia apresentar aos alemães alguns dados sobre a realidade portuguesa das últimas quatro décadas, num resumo de quase cinco minutos, e mostrar a atual situação do país, após as medidas de austeridade.
As autoridades alemãs proibiram a reprodução do filme no país, que vai agora ser exibido esta segunda-feira nos painéis do Turismo de Lisboa, acompanhando a visita da chanceler alemã, Angela Merkel, à capital portuguesa.
http://noticias.portugalmail.pt/artigo/ ... a-alemanha
Leandro G. Card
P.S: No link tem uma notícia informando que o filme vai sim ser exibido afinal.
A crise na europa e os dilemas da espanha
OREIRO, José Luiz. (2011). A crise na europa e os dilemas da espanha. In: AKB. (org.). Desdobramentos da Crise Financeira Internacional. Revista de Economia Política, Vol. 31, n. 2 (122), p. 315-335, abril-junho.
A moeda comum europeia, o Euro, foi implantada em 1999 como mais uma etapa no que se entendia como um processo que deveria conduzir o Velho Continente a tão sonhada unificação política, a qual, por sua vez, era vista por muitos europeus como condição necessária para a Europa reassumir sua liderança histórica no mundo, suplantando os Estados unidos. Passados mais de 10 anos da introdução do Euro surgem dúvidas cada vez maiores sobre a sustentabilidade da moeda comum a médio-prazo.
Os países que compõe a área do Euro são bastante heterogêneos no que se refere tanto à sua competitividade externa como à sua situação fiscal. Essas diferenças impõem limites bastante estreitos para a condução de políticas anticíclicas “autônomas” por parte dos países da área do Euro.
Nesse contexto, podemos identificar dois grupos de países. No primeiro grupo, composto basicamente pela Alemanha, o crescimento do PIB é liderado pelas exportações, a taxa real de câmbio permanece em patamares razoavelmente competitivos e a situação fiscal (medida pela relação dívida/PIB e déficit público/PIB) permite o uso moderado da política fiscal por vários anos como instrumento de política anticíclica. Em um contexto de forte apreciação do Euro frente ao dólar e outras moedas, a competitividade externa da economia alemã foi mantida nos últimos 10 anos graças a uma política de “moderação salarial” adotada pelos sindicatos alemães, os quais, em troca da manutenção dos empregos industriais na Alemanha, aceitaram que um crescimento do salário real muito abaixo da produtividade do trabalho. Essa política salarial permitiu uma queda acentuada do custo unitário do trabalho na Alemanha relativamente aos demais países da área do Euro, viabilizando a manutenção da competitividade da economia alemã e a importância da indústria e das exportações como motor do crescimento de longo prazo da maior economia da Europa.
o segundo grupo de países é constituído pelos PIIGS: Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha. Em que pesem a existência de algumas diferenças entre os referidos países, podemos destacar a presença de alguns traços comuns a esse grupo de países. Com efeito, esses países sofrem de um problema crônico de competitividade externa, o qual se reflete em grandes déficits em conta-corrente (no caso da Espanha quase 10% do PIB em 2008) somado com desequilíbrios fiscais que variam de moderado (no caso da Espanha) à gravíssimo (o caso da Grécia). O regime de crescimento desses países nos últimos anos foi, em larga medida, finance-led , ou seja, liderado pelo aumento do consumo (e do investimento imobiliário) financiado com endividamento privado e aumento dos preços dos ativos. A combi-nação entre desequilíbrios nos balanços do setor privado e desequilíbrios nas contas públicas não só torna muito estreito o espaço para a utilização da política fiscal de forma anticíclica, como ainda inviabiliza as chances de uma recuperação do nível de atividade por intermédio de um aumento da demanda doméstica privada. Dessa forma, a única saída que esses países têm para a atual crise consiste em um aumento forte e sustentável das exportações, o qual, no entanto, fica no aguardo da recuperação da economia mundial, uma vez que: (i) a adesão ao Euro eliminou a possibilidade de se usar a desvalorização do câmbio como instrumento de política econômica; e (ii) os sindicatos desses países não têm a mesma “visão estratégica” dos sindicatos alemães e aparentemente não estão dispostos a trocar redução de salário real por garantia de manutenção de emprego no presente e no futuro. Sendo assim, os países
desse grupo não têm como promover um ajuste rápido de sua competitividade externa, o que deverá mantê-los por um período longo de tempo numa situação de estagnação econômica.
A crise recente da Grécia expôs as fragilidades da área do Euro. Em função das desconfianças crescentes dos mercados financeiros a respeito da solvência do setor público na Grécia, as taxas de juros dos títulos da dívida pública desse país aumentaram consideravelmente nos últimos meses o que terminou por agravar a situação fiscal gregas, criando um ciclo vicioso: piora das expectativas do mercado financeiro levando a um aumento das taxas de juros que, por sua vez, gera um agravamento da situação fiscal, conduzindo a uma nova piora das expectativas do mercado financeiro. Como no contexto do arranjo monetário prevalecente hoje na área do Euro o governo da Grécia não pode contar com o apoio financeiro do Banco Central Europeu para monetizar, ao menos uma parte, do seu enorme déficit fiscal, segue-se que a eliminação desse ciclo vicioso exige um ajuste fiscal draconiano por parte do governo grego, justamente no momento em que a política adequada, por conta do quadro recessivo que vive o país, e da ausência de outros instrumentos de política econômica, é a manutenção dos déficits fiscais. A Grécia encontra-se, portanto, entre a Cruz e a Espada: se não fizer um ajuste fiscal forte e crível, os mercados financeiros internacionais irão exigir taxas de juros cada vez mais altas para o financiamento do seu déficit fiscal, o que irá conduzir o País inexoravelmente ao default; se fizer o ajuste fiscal requerido pelos mercados, poderá obter um alívio nas condições de financiamento do seu déficit público às custas de um aumento significativo do desemprego e queda do nível de atividade econômica. Nessas condições, a sociedade e os políticos da Grécia podem, em algum momento, perceber que os custos de manutenção do País na área do Euro superam os seus benefícios, o que levará a Grécia a abandonar a moeda comum. Se isso acontecer, a pressão sobre os demais PIIGS, principalmente a Espanha, pode se tornar insuportável, levando a um efeito cascata de saída de países da área do Euro.
Com efeito, a Espanha, a quarta maior economia da área do Euro — com um PIB de u S$ 1,6 trilhão — foi profundamente afetada pela crise econômica mundial. A taxa de desemprego passou de 8,2% da força de trabalho em 2007 para 11,3% em 2008, fechando 2009 em torno de 20%. o PIB espanhol apresentou uma contração de 3,6% em 2009 e as expectativas do FMI para 2010 são de uma nova contração de 0,7%.
A performance da economia espanhola nos últimos anos teve também um profundo impacto sobre a sua situação fiscal. Até 2007, a Espanha vinha reduzindo a dívida pública como proporção do PIB. Com efeito, entre 2004 e 2007 a dívida pública apresentou uma expressiva redução, caindo de 48% para 38% do PIB. ou seja, a Espanha, ao contrário dos demais PIIGS, não estava fazendo uma “farra fiscal”; pelo contrário, a gestão fiscal da Espanha era sólida e responsável, condizente com os “princípios básicos da ortodoxia”. Após 2007, contudo, a dívida pública passa a apresentar uma elevação expressiva, alcançando o patamar de 70% do PIB no início de 2010. Essa deterioração resultou das diversas medidas de estímulo fiscal que o governo do primeiro-ministro José Luiz zapatero vem adotando desde 2008 para estimular a combalida economia espanhola e para evitar que a recessão se transformasse numa depressão. Como consequência dessas medidas e da própria recessão, o déficit orçamentário espanhol foi de 11,9% do PIB em 2009.
A deterioração do quadro fiscal da Espanha tem levado os mercados financeiros a temer um calote por parte do governo espanhol. os mercados pressionam o governo da Espanha para adotar rapidamente medidas no sentido de reduzir o déficit fiscal. Em função dessas pressões, o governo da Espanha já sinalizou sua intenção de cortar gastos e aumentar impostos, de forma a reduzir o déficit orçamentário para 3% do PIB até 2013. Mas será essa política a mais adequada para a Espanha sair da crise na qual se encontra?
Fazer um ajuste fiscal dessa magnitude, em um prazo relativamente curto de tempo e considerando o contexto de que a Espanha apresenta elevada taxa de desemprego e grande ociosidade da capacidade produtiva, não parece ser uma política muito sensata. Isso porque o ajuste fiscal implica uma contração da demanda do setor público (ou, analogamente, num aumento da poupança do setor público) e a economia espanhola precisa de mais demanda, e não menos, para se recuperar. Além disso, nos próximos anos o setor privado espanhol, atolado em dívidas que superam, em muito, a dívida do setor público, terá que reduzir o seu nível de dispêndio para tentar ajustar os seus balanços. Com efeito, o endividamento do setor privado (empresas e famílias) era de cerca de 4,1 trilhões de dólares no final de 2008 segundo dados da McKinsey Global Institute, quase três vezes o valor do PIB da Espanha. Esse
enorme endividamento do setor privado irá exigir uma redução muito forte do dispêndio das famílias e das empresas da Espanha. Dessa forma, os gastos de consumo e de investimento do setor privado deverão permanecer estagnados por vários anos. Em outras palavras, a poupança privada (soma das
poupanças das famílias e das empresas) terá que aumentar muito nos próximos anos para reduzir o enorme endividamento do setor privado.
Em face do aumento necessário da poupança privada, a recuperação da economia espanhola exige ou uma redução da poupança pública — política que vem sendo adotada até o presente momento pelo governo espanhol — e/ou uma redução da poupança externa, ou seja, um aumento do saldo em conta-corrente. o espaço para a utilização da política fiscal para estimular a economia está rapidamente chegando ao fim. Embora países como a Itália tenham uma dívida pública como proporção do PIB muito maior que a Espanha, o ritmo de deterioração fiscal da Espanha é assustador. Se essa velocidade for mantida, em poucos anos a dívida pública da Espanha irá superar 100% do PIB. Não é demais salientar que, recentemente, os mercados sinalizaram que não estão dispostos a tolerar uma deterioração muito mais forte da situação fiscal da Espanha.
Isso deixa a Espanha com uma única solução possível: reduzir a poupança externa, ou seja, cortar o seu gigantesco déficit em conta-corrente. Entre 2003 e 2008 a Espanha vivenciou uma explosão do seu déficit em conta-corrente, o qual saltou de 30,8 bilhões de dólares em 2003 para 154,1 bilhões de dólares em 2008, o que equivale a quase 10% PIB. o aumento do déficit em conta-corrente resultou, em larga medida, do aumento do déficit comercial espanhol, o qual passou de 45,1 bilhões de dólares em 2003 para 129,6 bilhões de dólares em 2008.
Se a Espanha não estivesse na área do Euro, a solução seria simples: bastaria uma forte desvalorização da taxa de câmbio, para impulsionar as exportações, contrair as importações e aumentar as receitas com o turismo. o problema é que a adesão à moeda única europeia tirou a possibilidade de usar a taxa de câmbio como instrumento de política econômica. Então como a Espanha pode sair desse imbróglio? Existem duas alternativas possíveis. A primeira é produzir um ajuste na competitividade da economia espanhola por intermédio, não de uma desvalorização do câmbio, mas de uma queda dos salários. A redução dos salários teria o efeito de produzir um aumento da relação câmbio/salário, reduzindo, assim, os custos das empresas espanholas em euros, o que teria o mesmo efeito de uma desvalorização do câmbio, caso a peseta ainda fosse a moeda corrente da Espanha. o problema com essa saída é que a sua implementação irá contar com a fúria dos sindicatos espanhóis, o que certamente torna muito custosa essa alternativa.
A segunda alternativa é o abandono puro e simples do Euro. Nesse cenário, a Espanha volta a ter uma moeda corrente própria e poderá desvalorizar o câmbio para incentivar as suas exportações. os custos dessa alternativa também serão elevados. Certamente haverá corridas aos bancos, fuga de capitais e moratória de todos os contratos em euros no País. A adoção dessas medidas exigirá que a Espanha adote fortes controles a saída de capitais, os depósitos a vista terão que ser parcialmente congelados e o governo deverá intervir nos contratos de dívida em euros para arbitrar ganhos e perdas entre as partes.
PT, acredito que devemos ter muita calma nessa hora, afinal greve geral, passeatas sempre trazem transtornos, entretanto eu não torço a ninguém viver um regime como foi a URSS ou mesmo estar em país em crise, na verdade me irrita erros governamentais por que hoje existe uma burocracia muito capacidade e Portugal por ser o primeiro Estado Nação e não só isso tem uma das melhores, só ver o rankings que valem a pena, institucionalmente Portugal mesmo tendo este ou aquele político sempre está bem, deve-se isso não a um partido, mas uma história.pt escreveu:O resto das pessoas foram cerca de 50 agentes criminosos, com a cara tapada, que durante meia hora atiraram pedras à policia para tentar que a policia respondesse.
Parte desses canalhas vieram de países estrangeiros por causa da adrenalina.
Não há ali nenhum revolucionário, no máximo há meninos da mamã à procura de emoções fortes.
De manhã, várias linhas de combóio foram sabotadas pelos camaradas.
Milhares de pessoas foram impedidas de trabalhar quando foi sabotado o fornecimento de energia à linha da empresa FERTAGUS, que é privada e que manteve a ligação entre a margem sul e Lisboa.
Os milhares de pessoas que quiseram trabalhar e não puderam, vão seguramente fazer parte das estatísticas do glorioso partido dos operários e camponeses.
O que essa corja precisava era do tratamento que o glorioso partido da classe operária lhes daria se estivesse no poder.![]()
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De meter nojo ...
Stockholmssyndromet...pt escreveu:O resto das pessoas foram cerca de 50 agentes criminosos, com a cara tapada, que durante meia hora atiraram pedras à policia para tentar que a policia respondesse.
Parte desses canalhas vieram de países estrangeiros por causa da adrenalina.
Não há ali nenhum revolucionário, no máximo há meninos da mamã à procura de emoções fortes.
De manhã, várias linhas de combóio foram sabotadas pelos camaradas.
Milhares de pessoas foram impedidas de trabalhar quando foi sabotado o fornecimento de energia à linha da empresa FERTAGUS, que é privada e que manteve a ligação entre a margem sul e Lisboa.
Os milhares de pessoas que quiseram trabalhar e não puderam, vão seguramente fazer parte das estatísticas do glorioso partido dos operários e camponeses.
O que essa corja precisava era do tratamento que o glorioso partido da classe operária lhes daria se estivesse no poder.![]()
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De meter nojo ...