gabriel219 escreveu: Sex Jul 07, 2023 7:40 pm
@FCarvalho mas é óbvio que iriam usar os Guaranis em operações de combate, a própria Ucrânia estava usando ônibus escolar e ambulância pra transporte de tropas pouco atrás das linhas de contato, imagine um Guarani.
Por isso que falei antes: se a OTAN se responsabilizar em ser os patrocinadores e ainda fiadores de multas caso a AFU utilize os Guaranis em combate e/ou faça modificações para que ele comporte até uma simples Mtr Lv, eu topo agora em vender até o dobro de Guaranis.
Acho que os Russos nem chiariam, se nós fechássemos várias compras com eles, inclusive VVEK-1400, oferecido pra Angra III, até porque o Guarani não fara a menor diferença para os Russos.
Mas e ai, achas que algum país da OTAN vai topar pagar os Guaranis e depois as multas por quebra de contrato?
Os ucranianos tem um problema gigantesco de logística, principalmente em relação à mobilidade de suas forças armadas e para-militares, e mesmo de segurança pública, médicas e apoio humanitário. Para resolver este problema, já que exército nenhum vai a qualquer lugar de estômago vazio ou sem um veículo de transporte, o bom senso manda que nós já tivéssemos oferecido a eles a família Marruá completa, inclusive em versões de emprego civil, já que tudo por lá está em falta. Como disse outro dia, no mínimo venderíamos a eles uns 5 mil veículos, com sobras para mais.
No entanto, nós não fizemos nada em nome de uma suposta neutralidade que nunca tivemos. E essa conversa furada de que jipes e veículos leves seriam usados contra os russo é no mínimo risível. Ou seja, a BIDS que se lasque. Se vira.
E sim, os russos pouco se importam se nós exportamos para os Ucranianos. Esta guerra não é por conquista de território e nem nada, mas a sobrevivência do regime russo tal como ele é conhecido hoje. O Kremlin tem muita palha para queimar nesta guerra por anos a fio, e ninguém fora ou dentro da Rússia tem culhão para questionar isso. E nem vai. Seria mesmo apenas uma simples questão de compensá-los com outros negócios que lhes fosse de interesse conosco. E nós temos, como sempre, muito mais a comprar deles na área da defesa do que eles de nós sob qualquer aspecto ou setor da economia. É o velho uma mão lava a outra. Já fizemos isso antes, não seria novidade fazer de novo. Mas perdemos mais essa oportunidade de favorecer a BIDS e a PDI nacional por proselitismo político-ideológico e hipocrisia pseudo diplomática.
Tenho cá para mim que se este negócio fosse fechado amanhã, os ucranianos só começariam a receber estes blindados no mínimo ano que vem, e daí para frente. Até lá muita água já teria passado debaixo da ponte dessa guerra. E com certeza os Guarani não fariam exatamente a grande diferença para o resultado final, seja para um lado ou outro. Ademais, a IDV com certeza não fecharia um negócio com eles sem as devidas garantias financeiras, afinal, seria ela a ter de investir na linha de produção do bldo para a Ucrânia, inclusive as VBE solicitada que ainda não estão prontas.
Enfim, com certeza alguém iria segurar mais essa ponta para os ucranianos, e não seríamos exatamente nós a levar prejuízo neste negócio, já que a fábrica é italiana, e os donos também. Difícil acreditar que o governo italiano arrumaria um jeito de por uma e suas maiores empresas de defesa em uma saia justa como esta.