Fórum Defesa Brasil

Túlio escreveu: ↑Seg Dez 13, 2021 10:21 pm

Para uma coisa que preste pelo menos serviu esse BaPTista jr: finalmente entendi o que o CARLOS MATHIAS queria dizer com "cajuzinho".

O Baptista é ótimo. Não se dobrou à Embraer que tem um grande contingente que ela paga suborno nem aos birrentos com as FFAA. Ele sabe que a Força precisa atender outras prioridades. Não tem de aceitar, precisa renegociar. Foi a Embraer que não aceitou renegociar.

E o Jackson Schneider pode fazer a birra que quiser, chutar a FAB como quiser, porque a Embraer tem todo o establishment na mão dela (tanto é que ela não aceitou renegociar...).

E não há necessidade de 28 KC390 e outros projetos são necessários. Os 28 +2 KC 390 foi para "viabilizar o projeto", foi o número dado pela Embraer. Não partiu das necessidades da Força, que tinha outras necessidades também e o orçamento é bastante limitado.

Túlio escreveu: ↑Seg Dez 13, 2021 7:08 pm

knigh7 escreveu: ↑Seg Dez 13, 2021 6:57 pm A FAB sequer conseguiu colocar a aviônica da AEL...
O que foi de fato importante foi influência da FAB de reposicionar as empenagens trazeiras horizontais, levando-as para o alto. A Embraer queria um competidor para o C-130 à reação. Não era ideia da Embraer fazer uma merd@. Porque com uma merd@ nunca iria ganhar do Hercules. E a FAB não foi exigente.

@FCarvalho, pare de hackear o perfil do Manuel, já conheço o teu estilo de postar (embora o texto esteja estranhamente curto).
Devolve a conta do cara, POWS!!!

O que é hackear?

Não é por nada não, mas, a Embraer é uma empresa como outra qualquer. E no Brasil ela não é diferente do que faz ou deixa de fazer lá fora nas suas relações com governos e empresas.
O KC-390 nasceu com a perspectiva de disputar um mercado concreto, segundo a empresa, de 700 aeronaves, das quais se esperava obter entre 20% e 30% salvo engano. Isto significa pouco mais de 200 aviões em duas décadas de campanha de vendas.
A FAB entrou no negócio porque viu uma oportunidade para si, e como de praxe também, entendeu como sendo lógica e benéfica a parceria com a Embraer, que mal ou bem, ainda é tratada e vista como uma extensão tecnológica da força aérea. A fórmula é antiga e sempre deu certo até agora.
Porém, temos um fato novo agora, e sem precedentes. A FAB literalmente puxou o tapete da Embraer e deixou a Embraer em uma situação não apenas vexatória perante o mercado mundial como muito complicada de explicar para os seus acionistas. E por uma desculpa antiga e requentada conhecida de todos que militam no setor da defesa. E tenho certeza que isto foi feito menos pela FAB do que pelas perspectivas de pouca ou nenhuma atenção/respeito e responsabilidade que a atual gestão da economia dá ao tema Defesa no Brasil. Isto em qualquer prazo visível.
E como se tem dito por aqui em outros tópicos, sem verbas asseguradas para a continuidade do projeto até 2026, outros projetos da FAB se perderiam no meio do caminho. E isto porque o que sai do ministério da economia é só "desgracença" em matéria de orçamento público para todas as áreas. Mesmo à revelia dos números que eles mesmos dizem indicar a retomada da economia no médio prazo.
Enfim, é uma situação complexa e que não pode ser resolvida com o fígado.
Dinheiro há e sempre houve. Mas hoje mais do que em outros tempos, vejo que a disponibilidade do governo - diga-se gestão econômica - é muito menos suscetível as demandas do MD do que em qualquer outro tempo. Então vemos os planos das forças sendo empurrados com a barriga e sem qualquer perspectiva concreta de começo, meio e fim previsíveis.
É impossível trabalhar em um país assim em que não se tem um mínimo de segurança e previsibilidade para planejamento a qualquer nível.
Azar o nosso, do KC-390, da Embraer. E da FAB, também.

Túlio escreveu: ↑Ter Dez 14, 2021 9:34 am Uma coisa é verdade: se a EMB consegue superar essa infantilidade da FAB e seu novo comandante, o Cajuzinho Bola-nas-Costas jr, e mesmo assim deslanchar o 390 pelo mundo afora, bueno, tá aberta a estrada para se internacionalizar de vez, a ponto de os dois laços principais(*) que a prendem à FAB ficarem cada vez mais frouxos.
Claro, a resposta da FAB a algo assim seria (ou melhor, poderia ser) o sonho molhado do nosso véio @FCarvalho: torrar o valor de uns duzentos 390 na "Desaer" para termos, ali pela metade do século, a nossa própria FADEA.
Afinal, no Brasil ser não-estatal e bem sucedido é (sempre foi) CRIME CAPITAL.
(*) - Tecnologias do CTA/ITA e ser "de um País", para produtos militares. Conforme o País nem tem problema, os caras estão sempre encomendando o desenvolvimento de produtos novos e depois os comprando em quantidade (EUA, UK, RU, FR, p ex, e tem mais) mas há "outros" em que seria melhor fazer um desenvolvimento visando um cliente externo.[/Justificar]

Na verdade a opção pelo ATL-100/300 é uma aposta de risco que a FAB entende, e não só ela, neste momento. A empresa tem produtos que se mostram, no papel, excelentes para o mercado que se propõe atender, mas daí a passar para a realidade é outra coisa. No Brasil, onde investir em tecnologia de ponta soa tão estranho quanto Maradona ser ídolo do Flamengo, a coisa fica muito pior.
Mas fato é que isto vai depender na verdade de como FAB e Embraer vão conseguir, ou não, se entenderem quanto ao KC-390. Na minha opinião pessoal, 28 aviões não é problema operar, haja visto que a aviação de transporte é a única área da FAB que nunca tem verbas diminuídas, cortadas ou limitadas dentro da FAB.
Todo mundo aqui sabe que este, ou qualquer governo de ontem, amanhã e em qualquer tempo e ocasião deixa a caça - e todo o resto - da FAB no chão se for preciso para garantir horas de voo a GTE, ETA e GT/GTT.
Sem pestanejar.
Me parece que se houver de fato um divórcio litigioso entre FAB e Embraer, aí sim teremos algo concreto em mãos no sentido de que os projetos da Desaer tenham uma chance real de sair do papel. Mas tudo muito bem planejado e acordado desta vez. E de preferência com muito mais pé no chão do que antes. O futuro no Brasil é sempre uma charada que ninguém consegue decifrar.
Boa sorte para nós.

Pallet 463L

Peso: 152,86 kgs
Dimensões: 2,74 x 2,23 mts
Capacidade Carga Padrão: 3.401,94 kgs
Capacidade Carga Máxima: 4.535,92 kgs

KC-390 - 7 unidades
C-130J - 6 unidades
C-130-30J - 8 unidades

KC-390 STRECH

Com 8 Unidades:
Peso Pallet: 152,86 kgs
Peso Carga Padrão: 3.401,94 kgs
Peso Carga Máxima: 4.535,92 kgs
Capacidade Adicional Distribuída Carga/Peso Pallet: 3.554,80 kgs / 4.688,78 kgs
Adicional Extensão Aeronave: +-3 mts

9 pallets:
Peso Pallet: 305,72 kgs
Peso Carga Padrão: 6.803,88 kgs
Peso Carga Máxima: 9.071,84 kgs
Capacidade Adicional Distribuída Carga/Peso Pallet: 7.109,60 kgs / 9.377,56 kgs
Adicional Extensão Aeronave: +- 6 mts

KC-390 - Capacidade Carga Distribuída Padrão: 23.000 kgs
Com 8 Unidades/Pallet: 26.554,80 kgs / 27.688,78 kgs
Com 9 Unidades/Pallet: 30.109,60 kgs / 32.377,56 kgs

KC-390 Dimensões Padrão: 35,5 mts
Com 8 Unidades/Pallet: +-38,5 mts
Com 9 Unidades/Pallet: +-41,5 mts

A quem souber, e se interessar, calcular o volume interno do compartimento de carga pode ficar a vontade. Essa parte me escapa as capacidades lógico-matemática.

kc 390 sendo negociado com países arabes.

Pelas bandeiras trata-se de Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egito.
Todos com uma frota bem grande de Hércules de várias versões. Inclusive a C-130J.
A ver

Aim For The Top escreveu: ↑Sáb Jan 01, 2022 8:59 pm kc 390 sendo negociado com países arabes.

Segundo o Google tradutor:
O Brasil está em negociações com a Arábia Saudita , Emirados Árabes Unidos e República Árabe do Egito para vender o KC-390, o Brasil também usa o KC-390 internamente, mas a Força Aérea reduziu recentemente a encomenda desses aviões de 28 a 11, o avião foi observado KC-390 anteriormente no aeroporto

Deram a informação da quantidade errada, ora. Ou a FAB vai ter de repetir em nota (coisa que ela fez há pouco tempo) que pretende reduzir para 15?

O Comandante Baptista reclamou em entrevista ao Poder Aéreo que pro várias vezes disse à respeito do 2º lote do Gripen e mesmo assim tem de repetir.

A Embraer, que é quem negocia de fato os aviões, e por conseguinte trata diretamente com os interessados, sabe concretamente o que está se passando nesta questão da redução do número de KC-390 da encomenda da FAB, e com certeza deve ter informado a estes e outros clientes interessados os números reais que estão sendo negociados pela empresa. E pelo que se sabe de público, por contrato, a redução pode chegar no máximo a 21 aviões. Eles devem estar usando estes números como referência, acredito.

No mais, se o governo não atrapalhar mais do que já tem feito este programa, resta torcer para que estes países decidam por adquirir o avião da Embraer. Seria uma mais que excelente propaganda para o quase auto defenestrado cargo militar da Embraer.

Aliás, destes 3 países, a Arábia Saudita é a que tem a maior frota em uso com diversas organizações militares e paramilitares operando diversas variantes nos modelos E, H e J. O Egito é o segundo maior usuário, e o país que eu apostaria as minhas fichas como sendo o de melhor chance de vendas do KC-390 na região, já que nos últimos anos o país tem se afastado paulatinamente da dependência, e limitações impostas, do material militar norte americano.

Já os UAE são um caso a parte dado que são compradores tradicionais de qualquer coisa nova que apareça no mercado e que permita uma certa flexibilidade em termos de origens da frota, o que diminui a dependência deles de fornecedores dessa ou daquela parte do mundo. Não me surpreenderia se eles comprassem ao menos meia dúzia, até 12 talvez, dos cargos da Embraer. Eles estão muito interessados no C-2 japonês com modificações para operação em pistas semi-preparadas, algo que a Kawasaki está trabalhando neste momento no seu avião. Então, não haveria muita surpresa caso eles realmente venham a adquirir os aviões. Seria uma dupla e tanto. Vamos torcer para que dê certo.

A venda dos KC-390 para qualquer destes países irá incitar os demais da região a olhar a opção do cargo brasileiro com maior concretude. Iraque, Qatar e Oman seriam a bola da vez, com o Kuwait correndo por fora, já que a frota deles de Hércules é muito pequena, mas são do modelo Juliet, além da dependentes do apoio militar norte americano.

Vamos ver. Se o KC-390 conseguir entrar no mercado do oriente médio é meia porta aberta para a região da Ásia central, com Paquistão a vista, e os vizinhos ao norte, que até o momento não dispõe de opções russas para seus antigos Antonov e Ilyushin.

A ver.

Casar isso com o futuro MICLA seria interessante, já que não requer modificações na aeronave, já que utiliza o mesmo sistema de Pallets. 12 mísseis por KC-390, pra quem não possuirá bombardeiros, pode ser um emprego bem interessante tanto para alvos em terra, quanto no mar.

Eu tenho cá para mim que esse tipo de emprego passa longe da cabeça dos brigadeiros da FAB. É muita mudança para uma força que ainda é empregada, tratada e vista como uma mera transportadora oficial do governo. Então, isso de usar um transporte como vetor de ataque soa meio sinistro na cabeça de muita gente na FAB e fora dela. Não seria politicamente correto empregar um avião que "salva vidas" para matá-las.
Vai entender essa gente.

Olha aí a chance da Desaer desenvolver uma versão deste emprego para o tão amado ATL... Kkkk

Cara, eu não sei o que tanto amam nesse ATL...
Na boa, não tem absolutamente nada de inovador, a empresa parece totalmente fake (tipo aquela Mac Jee, que porra de nome é esse???).

Não entregam nada, não vendem nada, empregam meia duzia de gato pingado, e VIVEM na mídia especializada (um ou outro site, mas a quantia de noticia vs realidade das empresas é chocante).

Não existe nada nesses produtos que a Embraer e Avibras (portanto, o Brasil) já não domine a décadas. Não vale a pena gastar 1 centavo nisso.


É nitido, óbvio, ululante, que as forças armadas NÃO VÃO COMPRAR ESSES PRODUTOS. Portanto, se seguem desenvolvendo, chuto que pode ser porque o maior interesse sejam as verbas de P&D. FINEP e afins... da uma boa grana msm...
Pra mim parece tudo um baita esquema de pirâmide.