Fórum Defesa Brasil

FCarvalho escreveu: Ter Mar 28, 2023 8:37 pm

Viktor Reznov escreveu: Ter Mar 28, 2023 1:00 am
Eu acho muito pouca munição pra ser montada num veículo como o Guarani.

Se comparado ao Cascavel e seus canhão de 90mm até que está de bom tamanho.
Não dá para comparar com canhões de menor calibre, penso, mas ele é muito bom no que foi feito para fazer.
Reconhecimento prescinde de contato direto com o inimigo e serve mais para auto defesa se necessário.
Mas hoje em dia, como se vê na Ucrância, e na Síria, Afeganistão e Iraque, qualquer coisa que atire serve para fornecer apoio d fogo à infantaria, e mesmo como artilharia, se precisar.
O calibre 57 é uma boa medida entre o leve 20mmm e o pesado 105, com cadência suficiente para cobrir alvos aéreos e terrestres em campos bem maiores que aqueles. E tem poder de penetração e explosivo para enfrentar quase tudo em termos de veículos bldos, a não ser MBT.

Eu acho o 57 x 347 grande demais para um veículo blindado. Canhão pesado, recuo alto, munição pesada e volumosa demais (veja o comparativo nas fotos abaixo), cadência de fogo e quantidade de projeteis carregados insuficientes para efetivo fogo de supressão. Além disso, na prática, a esmagadora maioria dos alvos num campo de batalha vulneráveis ao 57mm também serão vulneráveis ao 30-35mm. Para destruir qualquer coisa que não possa ser penetrado por esses calibres vai precisar de um MBT ou ATGW ou artilharia.


Só para deixar claro: o último projétil da foto acima é o mesmo da primeira da foto abaixo.

Goldfinger escreveu: Qua Mar 29, 2023 3:46 pm

FCarvalho escreveu: Ter Mar 28, 2023 8:37 pm

Se comparado ao Cascavel e seus canhão de 90mm até que está de bom tamanho.
Não dá para comparar com canhões de menor calibre, penso, mas ele é muito bom no que foi feito para fazer.
Reconhecimento prescinde de contato direto com o inimigo e serve mais para auto defesa se necessário.
Mas hoje em dia, como se vê na Ucrância, e na Síria, Afeganistão e Iraque, qualquer coisa que atire serve para fornecer apoio d fogo à infantaria, e mesmo como artilharia, se precisar.
O calibre 57 é uma boa medida entre o leve 20mmm e o pesado 105, com cadência suficiente para cobrir alvos aéreos e terrestres em campos bem maiores que aqueles. E tem poder de penetração e explosivo para enfrentar quase tudo em termos de veículos bldos, a não ser MBT.

Eu acho o 57 x 347 grande demais para um veículo blindado. Canhão pesado, recuo alto, munição pesada e volumosa demais (veja o comparativo nas fotos abaixo), cadência de fogo e quantidade de projeteis carregados insuficientes para efetivo fogo de supressão. Além disso, na prática, a esmagadora maioria dos alvos num campo de batalha vulneráveis ao 57mm também serão vulneráveis ao 30-35mm. Para destruir qualquer coisa que não possa ser penetrado por esses calibres vai precisar de um MBT ou ATGW ou artilharia.


Só para deixar claro: o último projétil da foto acima é o mesmo da primeira da foto abaixo.

Pois é, eu concordo. Eu acho que pra um IFV, no máximo um canhão 40mm.

O EB lançou um RFI para a aquisição de 200 .50 M2 Heavy Barrel Quick Change Barrel para as Remax e Platts do Guarani:





https://dakota.cebw.org/cebwWeb/Bids?ac ... tType=TERM

A proporção do calibre 12,7mm nas Remax é de 1 para cada 2 de 7,62mm.

Percebi de onde o EB retirou o número de 320 viatuas Guarani do contrato com a Iveco. Porque havia formalmente desistido de desenvolver uma viatura de Rec/Combate com canhão 105mm

Aquisição do Centauro até 2040: 98 a 221 viaturas
Modernização do Casvavel: 201 a 98 viaturas
total: 299 a 319 viaturass

Não me parece que vá haver a redução no numero de unidades militares a serem mecanizadas, salvo se houver a redução a 900 unidades divulgada pela Veja.

A provável imagem da futura versão do Guarani Shorad by Saab do EB.



Faltou agora uma "projeção" do Guarani com canhão antiaéreo...

O que me consola nesta solução é que no futuro se o EB por um milagre desses da vida adotar um sistema mais parrudo o modelo da SAAB é plenamente ajustável aos LMV italianos ou qualquer coisa parecida com eles.
Menos um desperdício de dinheiro público

Estão lembrados disso? A maquete do Guarani MSHORAD apareceu em 2019 durante uma entrevista

Strike91 escreveu: Qua Abr 05, 2023 1:51 pm A provável imagem da futura versão do Guarani Shorad by Saab do EB.



Faltou agora uma "projeção" do Guarani com canhão antiaéreo...

Cara, que coisa patética. Eles simplesmente montaram um suporte com três mísseis do sistema RBS-70 e falaram que isso é um Shorad. Não aparente nem ter um sistema pra recarregar os mísseis de dentro do veículo. O operador dispara três mísseis e os tripulantes tem que subirem em cima do Guarani e colocarem os mísseis lá um por um. É ofensivo uma oferta meia boca e preguiçosa como essa. Eu acho que se a empresa não tem uma oferta decente pra fazer, que não faça uma gambiarra mequetrefe como essa. Até o Exército consegue fazer coisa melhor integrando dois suportes com três lançadores aos lados de uma torre UT30BR.

Apenas a título de informação, o radar oferecido é o Giraffe 1X.

Segue o link do fabricante com os dados dele:

https://www.saab.com/products/giraffe-1x

Viktor Reznov escreveu: Qua Abr 05, 2023 6:15 pm

Strike91 escreveu: Qua Abr 05, 2023 1:51 pm A provável imagem da futura versão do Guarani Shorad by Saab do EB.



Faltou agora uma "projeção" do Guarani com canhão antiaéreo...

Cara, que coisa patética. Eles simplesmente montaram um suporte com três mísseis do sistema RBS-70 e falaram que isso é um Shorad. Não aparente nem ter um sistema pra recarregar os mísseis de dentro do veículo. O operador dispara três mísseis e os tripulantes tem que subirem em cima do Guarani e colocarem os mísseis lá um por um. É ofensivo uma oferta meia boca e preguiçosa como essa. Eu acho que se a empresa não tem uma oferta decente pra fazer, que não faça uma gambiarra mequetrefe como essa. Até o Exército consegue fazer coisa melhor integrando dois suportes com três lançadores aos lados de uma torre UT30BR.

Penso parecido contigo....

Mais o problema não é apenas Saab apresenta está duvidosa proposta de Guarani MShorad, e sim ser os oficiais do EB aceitarem e gostar da mesma...

Pra um M-Shorad numa viatura média é realmente patético. Cada viatura precisa ser um sistema M-SHORAD autônomo, com radar e/ou IRST integrado a torre, com mísseis e de preferência um canhão 30 mm com capacidade ABM, pois não há lógica de se usar um Bolide num drone quadrirrotor.

A Guerra da Ucrânia vem provando que sistemas de autoproteção e escolta antiaérea precisam ser autônomos, algo já provado pelos Russos a décadas e vide o sucesso do uso do Gepard contra drones pequenos e Shaheds. Aliás, muitos países da OTAN já notaram isso e a própria Rheinmetal, com o Skyguard, já foi bem experta em oferecer uma solução. Outra empresa que também oferece uma solução similar é a Leonardo.

A própria SAAB consegue oferecer algo bem melhor do que isso, faltando apenas um canhão para papel anti-drone e autoproteção:



Agora uma coisa é certa: tem que haver uma investigação seríssima sobre os cursos que Oficiais Generais do Exército no exterior. Pra mim só pode ser corrupção, pois não consigo aceitar que esses caras vão fazer Mestrado e Doutorado em países como EUA, França, Alemanha, Espanha entre outros e ainda continuam com uma mentalidade da década de 50!

É ideia de VBC Médio como principal, compras constantes de equipamentos como IBA e PAGST - ainda mais importados! -, defesa de ponto constituída por Manpads, nenhuma doutrina de como se usar um 30 mm em um Cia Fuz Mec, insistência na continuidade do uso de blindados do século passado porém modernizados a custo de ouro, nenhum estudo sério sobre o uso de drones pequenos em substituição de morteiros 60 mm e 81 mm - se quer há estudo de uso de drones pequenos pra vigilância, pois alguns Batalhões tiveram que comprar com dinheiro arranjado de dentro da OM por conta própria - e muito menos drones CAT 2 ou 3 armados.

Acima eu se quer estou falando de doutrinas e estudos que acabaram de surgir, pois o mais novo do que citei, como uso de drones kamikaze para substituir morteiros leves e médios é de 2017 feito no EUA e em Israel!

Strike91 escreveu: Qua Abr 05, 2023 1:51 pm A provável imagem da futura versão do Guarani Shorad by Saab do EB.



Faltou agora uma "projeção" do Guarani com canhão antiaéreo...

Eu vejo essa imagem e lembro de uma cena do filme Círculo de Fogo (com Jude Law), que mostra uma cena onde um soldado carregava o fuzil e outro a munição.

Se os dois forem na mesma direção, show! O problema é se cada um seguir um caminho diferente, aí phud&u.


Abraços,

Wesley

FIGHTERCOM escreveu: Qui Abr 06, 2023 11:20 am

Strike91 escreveu: Qua Abr 05, 2023 1:51 pm A provável imagem da futura versão do Guarani Shorad by Saab do EB.



Faltou agora uma "projeção" do Guarani com canhão antiaéreo...

Eu vejo essa imagem e lembro de uma cena do filme Círculo de Fogo (com Jude Law), que mostra uma cena onde um soldado carregava o fuzil e outro a munição.

Se os dois forem na mesma direção, show! O problema é se cada um seguir um caminho diferente, aí phud&u.


Abraços,

Wesley

O radar pode operar de uma distância muito significativa do veículo lançador. O Giraffe 1x possui 75 km de alcance e o míssil uns 10 km

Não vejo nenhum sentido em ser o Giraffe, é um radar muito caro para o papel que o mesmo desempenharia, é um radar pra equipar um Spyder-MR. Pelo custo do Giraffe, um radar passando pelas bandas L ou banda S - essas se mostraram mais eficazes na detecção de pequenos drones - e talvez um IRST como o Israelense do sistema Drone Guard, que promete encontrar drones quadrirrotores pequenos a uma distância de 5 km.

M-Shorads são sistemas caros mesmo, mas dá pra otimiza-los para priorizar o uso deles contra drones multicategorias, pois contra aeronaves e helicópteros, um radar otimizado para drones irá encontrar eles com o pé nas costas.

Além do indispensável canhão 30 mm, contando com munição ABM e APFSDS para autoproteção blindada, o Bolide-NG seria bem complementado por um MANPADS como Verba ou Mistral, sendo mais favorável ao primeiro pelo uso dual pela infantaria sem ser em posições fixas, como é o Mistral.