EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

[gabriel219]

@Pablo Maica e tínhamos integrante do EB defendendo a decisão aqui no fórum, mas se recusava a responder as perguntas ou dar um motivo plausível para modernizar o EE-9.

Isso me parece uma abertura de boquinha pra Akaer. Se é pra se fazer isso, por que não o desenvolvimento de uma torre modular pro Guarani pela mesma ou a mesma apoiar no desenvolvimento do VBR Guarani e da UT-30BR2?

[FCarvalho]

Perguntas necessária: quantos VBTP Guarani existem nos pátios da Iveco em Minas Gerais? Quantos estão na linha de produção?

Quantos veículos a Iveco produz efetivamente por ano? Os 180 da capacidade total da fábrica que se diz, ou apenas os 60 que o EB admite comprar?

As muitas fotos que aparecem na internet mostram ao menos 50 veículos estacionados. Isso que eu consegui contar em várias imagens mostrando locais diferentes da empresa. São ao menos 30 a 50 veículos em cada local diferente.

A diferença entre o que a empresa pode produzir e o que o EB compra efetivamente todo ano seria de 120 unidades. Esse ano sairão das garagens da empresa mais 60 unidades, produzidas ano passado. Sobram ainda 60 unidades daquelas supostas 120 que não foram pagas e entregues em 2022. Mais a teórica produção anual de 2023, que seria de 180 blindados.

É bldo que não acaba mais. Supostamente existiriam mais de 200 blindados estocados na Iveco esperando um cliente. Notar que eles ainda não possuem os sistemas próprios do EB, que são colocados apenas nos veículos que são entregues anualmente. São basicamente uma carcaça blindada com motor e assentos e elementos de direção e controle.

Se isto for verdade, é simplesmente mais fácil vender lá fora para quem quiser pagar o preço deles, e evitar multas que com certeza não serão pequenas. E o EB nem pode se dar o luxo de ameaçar a fábrica com cancelamento de encomendas, versões e coisas afins. As VBE + VBC pretendidas são mais caras e ainda podem ser adquiridas em quantidades suficientes para dar conta das brigadas mecanizadas que se tem, remanejando as VBTP que são empregadas hoje em determinadas missões que não as de transporte. Afinal, seriam 397 blindados que no ritmo atual de entregas levariam 6 anos e meio para serem todas entregues.

No link abaixo da página do EB, é afirmado que " são produzidos, anualmente, cerca de 60 viaturas destinadas a dotar diversas organizações militares pelo Brasil..."

https://www.eb.mil.br/web/noticias/noti ... d/16219065

O blindado de número 600 foi produzido em setembro de 2022. Isso não quer dizer que ele tenha sido efetivamente entregue ao exército.

[FCarvalho]

Enquanto isso, o EB por outro lado adora a ideia de pagar R$ 13 milhões pra modernizar EE-9, quase o triplo do custo de um Guarani.

Os responsáveis por essa cretinice deveriam enfrentar é um processo na justiça militar, junto com os imbecis do projeto dos turbo trader da marinha. É um desperdício de recursos hediondo.
Um abraço e t+

O que se tem dito na imprensa especializada nos últimos tempos é que os projetos de modernização do EE-9 e do Leo 1A5 subiram no muro de vez e estão sob revisão, depois que o contrato para os Centauro II foi assinado.

Parece que o pessoal percebeu, enfim, que não é possível manter programas com fins tão distopicos quanto os de modernização e aquisição de bldos. Não com o orçamento atual do EB, que não mudou uma vírgula para se encaixar nos programas forças blindadas.

Assim, sem novos recursos para poder assimilar novos contratos, o EB vai cortando na carne o pouco que tem para poder tocar as aquisições contratadas. E toda essa muvuca é apenas por conta do pagamento das prestações do Centauro II.

Imagina que ainda querem resolver a AAe, VBCOAP SR 155, VBC CC, VBC Fuz + VBE\VBC no curto e médio prazo. Para não falar da artilharia de campanha, radares, etc. É muita pretensão para quem vai à feira com apenas 10 reais no bolso esperando encher a sacola.

[FCarvalho]

A partir das informações públicas sobre as VBE e VBC emanadas nos últimos tempos pelo exército, temos o que segue em termos de organização do BIMEC:

Cia Cmdo Ap - 1

VBE Posto Comando - 1 unde
VBE Comunicações - 1 unde
VBE Orientação Tiro - 1 unde
VBE Ambulância - 5 unde

VBC Anti Carro - 3\4 unde (a confirmar)
VBC Porta Morteiro 120mm - 3\4 unde
VBC Anti Aérea - 3\4 unde
VBC Radar Controle e Orientação Tiro - 1 unde

VBMT LSR - 7\9

Cia Inf Mec - 3

VBTP - 16*

Não está definida quantas viaturas receberão as UT30 BR, já que o programa dessa torre sofreu diversos atrasos, e até o momento as quantidades compradas foram apenas 13, com 35 peças envolvidas neste processo, conforme divulgado recentemente na mídia. O que se sabe é que há um encaminhamento junto a ARES para a modernização das unidades produzidas e o estabelecimento de um marco de referência para a atualização dos sistemas das mesmas, e que servirão de base para as novas torres a ser produzidas. A capacitação do canhão da UT30 BR para disparar munições ABM + data link de forma a poder atuar, complementarmente, contra UAV a baixa altura é um dos encaminhamentos.

Pessoalmente, com essa nova função\capacidade das UT30 BR para atuar contra drones, além das que já possui, me parece sensato que dentro das Cia Inf Mec ao menos 4 viaturas devam ser obrigatoriamente dispostas com essa torre. E como tudo nas OM e suas subunidades por aqui gira em torno dos oficiais, é possível dizer que os cmtes de pelotão, ou as viaturas ligadas ao pelotão de comando e apoio da companhia sejam as viaturas escolhidas.

Também creio que se não fosse pedir muito, além dos kit que serão dispostos para carregar os mrt 81mm a nível Cia Inf Mec, seria bom pensar em adicionar mísseis Spike LR\MR às torres UT30 BR, o que não seria nenhuma panacéia, já que o projeto aceita esta adição desde sua origem. Dotar 4 viaturas ao menos com tal capacidade seria algo no mínimo encorajador para os infantes, diante de possíveis ameaças blindadas que possam enfrentar. Tenho aqui comigo que tal inserção nas capacidades da torre da ARES é só questão de tempo. As lições da guerra na Ucrânia, parece, estão levando a uma certa celeridade no apronto de produtos e soluções que até um tempo atrás eram apenas mera especulação ou jogos teóricos no EB. Tomara.

[FCarvalho]

Uma visão pessoal da organização material Cia Inf Mec - VBTP MSR Guarani para o futuro no curto e médio prazo.

2 VBTP UT30 BR can 30mm (anti drone)
2 VBTP UT30 BR can 30mm + Spike LR\MR
2 VBTP kit Mrt 81mm + Remax 4
10 VBTP Remax 4

Essa disposição seria o mínimo para se dar alguma efetividade de combate contra alvos aéreos e blindados a nível de SU. Em nível de Bimec, com 3 Cia Inf Mec, haveria:

6 VBTP UT30 BR can 30mm (anti drone)
6 VBTP UT30 BR can 30mm + Spike LR\MR
6 VBTP kit Mrt 81mm + Remax 4
30 VBTP Remax 4

A quantidade de torres UT30 BR II, 12 unidades por batalhão, de 48 viaturas necessárias, penso, não seria impossível de alcançar em um prazo, digamos, otimista, até 2034 a partir da PLOA 2024. Não sei qual o custo de cada torre, mas sendo o caso, estas 144 unidades já são bem menos que as 216 vislumbradas inicialmente lá na origem do programa VBTP Guarani.

Acho que equipar um batalhão por ano não seria de todo impossível, e como são 12 OM, dá para manter um ritmo e produção minimamente decente ( 12 unidades\ano) e ainda garantir a sustentabilidade financeira do negócio, já que a ARES não faria isso para ter prejuízo. Mas se não der para fazer em 10 anos, faz-se em quinze, dezoito, vinte anos, contanto que se faça. Provavelmente quando a última entrar em operação, vamos precisar substituir por outra mais moderna. Mas como estamos no Brasil, isso não é nada demais.

[FCarvalho]

Umas continhas de padaria.

2022 - 60 VBTP entregues (600a produzida)
2023 - 60 VBTP a entregar
2024 - 60 VBTP a entregar (700a produzida)
2025 - 60 VBTP a entregar

2023 a 2025 - 180 VBTP produzidas.

Em 2024 definição do projeto VBE\VBC. Encomenda possível com recursos dispostos no orçamente na PLOA 2025. Início da produção em 2025. Entregas a partir de 2026.

Se o projeto for cortado para 900 viaturas, incluindo VBE\VBC, temos:

Produção até 2025 > +700 VBTP entregues.

Sobra menos de 200 viaturas a encomendar das 397 VBE\VBC projetadas.

Opção, cancelamento da produção 60 VBTP para entrega em 2025, com orçamento na PLOA 2025 voltado para VBE\VBC.

Saldo aumentado em +200 VBE\VBC a serem entregues a partir de 2025. Mantida taxa de produção de 60 veiculo\ano, última entrega em entre 2028 e 2030.

Não sei os números exatos da produção da Iveco até o momento, e o que ainda existe nas garagens da empresa esperando pagamento para entrega ao EB, mas a julgar pelo que foi disposto em termos quantitativos das VBE\VBC, talvez seja possível afirmar que as quantidades de VBTP a serem produzidas dentro dos 900 veículos a serem entregues em todas as versões, seja o suficiente para permitir a compra de todas as VBE\VBC projetadas nos documentos.

Lendo os documentos sobre os estudos de viabilidade das VBE\VBC, é possível verificar um ponto em comum a quase todas: a obrigatoriedade da não modificação do chassi\carroceria básica.

Se isto for assim, será possível ao EB dispor das VBTP que ainda estão nas garagens da IDV, e não pagas. e transformá-las em VBE\VBC, sem precisar tirá-las de lá, apenas pagando por sua "transformação" naqueles modelos a fim de serem dispostas ao exército.

Vou confirmar ainda, mas, talvez a única versão que exigiria modificações de monta é a VBC Mrt 120, dependendo do modelo de arma adotado.

A ver.

[knigh7]

O EB divulgou nesta semana a diretriz de implatação das 20 viaturas socorro MaxxPro Recovery 6x6 da Navistar. Vou colocar abaixo. Para ficar mais elucidativo, eu acrescentei um coluna a mais identificando qual Esquadrão, Brigada e Divisão de Exército está vinculada as unidades que a receberão.
Há uma regra: quando vão para Esquadrão, Regimento ou Batalhão Logistico de Bdas que são sejam Mecanizadas tendo portanto 1 Esquadrão Cav Mec: 1 unidade.
Quando vão para Batalhão Logístico das Brigadas de Infantaria e Cavalaria Mecanizadas: 2 unidades.

[RobsonBCruz]

O EB divulgou nesta semana a diretriz de implatação das 20 viaturas socorro MaxxPro Recovery 6x6 da Navistar. Vou colocar abaixo. Para ficar mais elucidativo, eu acrescentei um coluna a mais identificando qual Esquadrão, Brigada e Divisão de Exército está vinculada as unidades que a receberão.
Há uma regra: quando vão para Esquadrão: 1 unidade. Para Batalhão Logístico e Reg Cav Mec de uma Divisão de Exército nas quais são subordinadas as Brigadas de Inf e Cava Mecanizadas: 1 unidade.
Quando vão para Batalhão Logístico das Brigadas de Infantaria e Cavalaria Mecanizadas: 2 unidades

Muito boa a tabela apresentada! Apenas umas correções: o 4º B Log, Santa Maria - RS, é orgânico da 6ª Bda Inf Bld, Santa Maria - RS, e o 23 Esqd C Mec, de Tucuruí - PA, é orgânico da 23ª Bda Inf Sl, de Marabá - PA.

[FCarvalho]

A ideia desses veículos vai no sentido de dotar apenas as OM mecanizadas, que como visto na tabela, são 8 BtlLog.

É um começo de tentativa de oferecer maior e melhor condição de apoio àquelas unidades. Como se pode ver, está ainda muito longe do necessário em termos de dotação orgânica.

A ver como e se o EB continuará insistindo em uma viatura sem qualquer tipo de suporte no país, ou se está compra trata-se apenas de "formar doutrina" no aguardo de soluções com respaldo na indústria nacional e na BIDS.

[knigh7]

Muito boa a tabela apresentada! Apenas umas correções: o 4º B Log, Santa Maria - RS, é orgânico da 6ª Bda Inf Bld, Santa Maria - RS, e o 23 Esqd C Mec, de Tucuruí - PA, é orgânico da 23ª Bda Inf Sl, de Marabá - PA.

Obrigado, Robson. Vou corrigir.

[knigh7]

'Hoje tive mais tempo para pesquisar sobre as viaturas especiais, de apoio e combate Guarani 6x6. Foram horas. Incluí por conta própria nesse grupo desta vez, para facilicar o entendimento, as 182 viaturas com o kit morteiro 81mm: São nada menos que 730 unidades.

Se somar as VBTP de fato que serão adotadas nas unidades mecanizadas, o número fica próximo a 1.500 unidades. Não coloquei na conta para as escolas militares pois não tenho certeza de quantas seriam mas passaria das 1.500 unidades, ficando próximo a 1.580, número anterior ao aditivo do contrato que reduziram 320 unidades, ficando então em 1.260 viaturas dentre todas as versões. É uma diferença grande e o EB vai ter de cortar unidades mecanizadas. Esse número que trabalham de 4 Bdas de Cav Mecanizadas e 4 Brig de Infantaria Mecanizadas não leva em conta essa redução. Mesmo se cortassem uma dezena de Esquadrões de Cavalaria Mecanizados orgânicos de brigadas não iria chegar nem perto da redução necessária.

[FCarvalho]

Para se ver que estes cortes nos contratos são, no mínimo, estranhos, dado o número de OM mecanizadas que se tem, ou pretende.Mas como disse de outra vez, não é novidade o EB operar inúmeras OM em nível I ou II, enquanto reserva um "núcleo" de tropas em cada brigada para compor, por exemplo, as chamadas FORPRON, que até agora, pelo que lembro, são cerca de 10 brigadas.

É a única forma de encaixar os cortes das quantidades aventadas até aqui, entre VBTP, VBE e VBC.
De 2023 a 2025 serão produzidas e entregues 180 novas VBTP, se não houver decisão em contrário. As VBE e VBC só terão uma definição de aspectos técnicos em 2024, com a produção começando em 2025, para entrega a partir de 2026. Se for assim, a depender do que seja decidido no aspecto técnico, pode ser que algumas destas VBTP possam ser aproveitadas como VBE ou VBC, já que os estudos de viabilidade falam em não modificar, ou modificar o mínimo possível a estrutura da viatura básica. Isso significa, teoricamente, que as VBTP produzidas de agora até 2025, podem ser aproveitadas, e acho que serão, como VBE\VBC.

Um exemplo prático são as VBC AAe, que devem operar o RBS-70NG junto com o radar Giraffe 1X, com 3 a 4 viaturas carregando o lançador triplo dos misseis, e 1 viatura servindo de radar de controle e posto de comando. A adaptação pode ser feita sem necessidade de maiores intervenções na carroceria da VBTP, basta utilizar, salvo erro, a abertura central já existente nela, onde se usa as Remax. É uma solução simples, relativamente barata e que não requer ou demanda alterações nas OM usuárias e nem do pessoal operativo de manutenção e logística. A mesma lógica vale para quase todas as demais propostas emanadas até aqui.

[knigh7]

A proporção é de 1 viatura Rdr/COOAAe para 4 viaturas U Tir.

[FCarvalho]

Lendo os docs das VBE\VBC que até agora constam listadas pelo exercito, apenas as VBC Mrt 120 devem necessariamente sofrer grandes modificações e exigir o reprojeto do chassi original.
Mas isso também vai levar em conta o modelo do morteiro a ser selecionado. A maioria requer uma abertura sobre a parte traseira do veículo que hoje não existe.
Mas há alguns projetos de morteiros pesados de fornecedores franceses e espanhóis que não demandam tal espaço adicional, visto que usam a porta traseira do veículo para expor a arma e realizar os tiros.
Ou o Nemo finlandês, que a priori, não acarreta modificações adicionais para se apor a torre sobre o chassi do veículo como se pode ver nas figuras abaixo. O problema desse sistema é o preço\custo.



No caso das VBE PC, COM, OT e AMB, o chassi tal como é hoje não seria obrigatória a sua alteração, tendo em vista os requisitos presentes para equipar estas viaturas. Da mesma forma as VBE Engenharia, que devem receber apenas os implementos necessários externamente para cumprir suas tarefas básicas.
Até o momento não foi apresentado nenhum documento sobre uma suposta VBE AC, que da mesma forma, deve seguir mesmos referenciais emitidos até agora para os estudos de viabilidade das VBE\VBC. No caso deste modelo em específico, não duvido nada que a Remax possa servir de base para o armamento a ser usado, como solução de compromisso e de baixo custo para posterior aquisição. A ARES pode fazer isso sem maiores problemas. E como o Spike LR II já foi escolhido. Veja-se o exemplo dos RBS-70NG.

[FCarvalho]

Ilustração da versão do sistema ALAKRAN da espanhola New Technologies Global Systems (NTGS) em 120mm que poderá vir a ser uma opção ao exército para equipar as VBE Mrt.



O mesmo esquema pode ser utilizado pelo morteiro Scorpion da Thales e pelo Expal espanhol, também oferecidos em calibre 120mm e 81mm.

Segundo matéria na T&D, o modelo francês oferecido seria o 2R2M da TDA Armements, que como outros tipos, demanda a abertura da parte superior do blindado para uso da peça para tiro.