Desculpes a demora em responder, Mestre Paulão. Vou tentar resumir tudo no mesmo post, tri?
Paulo Bastos escreveu: (...)o veículo ficou encostado no Rio, até a TAMASUL conseguir vende-lo, junto com mais dois, a Guardia Metropolitana de Montevideo, no Uruguai, sem licitação ou testes, para aproveitar o crédito de exportação que esse país tinha com a venda de carnes a Rússia (que acabou comprando mais 3 no final do ano passado, mas sem a Tamasul). (...)
Paulo Bastos
Reitero aqui uma incorreção: o nome correto é Guardia
REPUBLICANA e, embora sua sede e base de treinamento sejam em MVD, a abrangência é Nacional, ou seja,
todo o UY, não apenas a capital (eles atuam muito na fronteira com o Brasil). Sobre o Tigr falo mais abaixo, adiantando que a versão testada pelo BOPE/RJ foi DOADA aos Uruguayos, segundo informações do então (2014) Cmt da GR, Insp Ppal Rovert Yroa. As demais sim, foram compradas, sem me ter sido esclarecido se eram novas ou usadas, nem se a doação foi atrelada à compra de mais unidades.
Paulo Bastos escreveu:
Não vou ficar "pê" com você, Tulio, até por que esse é mais um dos diversos tombamentos de viaturas da PMERJ.
O problema ali foi o mesmo de vário outros, como o VBTP 'CAVEIRÃO' COTAR 51-000, modelo VBTP 4x2 TCT Rhinus Combat, que capotou na Av. Brasil 28/02/2013, ou o VLA 'BRUCUTU' 51-0002, modelo Sulamericana Netuno, que tombou no viaduto São Sebastião, no Centro do Rio, em 02/07/2007, só para exemplificar. E essa causa foi a condução errada do veículo, exigindo dele o mesmo desempenho de veículos mais leves, ou seja, imperícia.
Aproveitando, gostaria de saber é se já conseguiram fazer o carro 'incapotável'??? Anunciaram o Mercedes Classe A, mas o mesmo capotou feio no teste do 'Gaúcho' feito na Suécia por dois jornalistas!!!
Agora uma coisa eu tenho quase certeza: dificilmente se o Gaz Tiger,
com a configuração testada, tombaria dessa forma...
... simplesmente porquê ele não conseguiria subir aquela ladeira !!!
Forte abraço,
Paulo Bastos
Cupincha véio, eu estava mesmo só te dando uma zoada, por óbvio que não existe VTR "incapotável", do mesmo modo que não existe blindagem impenetrável. Aliás, se eu fosse propor um "menos capotável", eu iria de HUMVEE Bldo, só pela silhueta proporcionalmente baixa (largura x altura) e rodas bem nas extremidades, deve ser brabo de capotar um (mas certamente já conseguiram, é inesgotável a capacidade humana para a BISONHICE, como ambos sabemos). De qualquer modo, nem estava tentando comparar o Tigr (ao menos na versão "meia-boca" oferecida ao BOPE/RJ) com o Maverick, já esgotamos essa charla faz tempo e nem foi aqui no DB. O que eu estranhava (não conseguia enxergar lógica alguma, na verdade) era como uma VTR pode ter se dado tão mal no RJ e tão bem no UY - sou testemunha
presencial de que a tigrada de lá o ADORA! - até me dar conta de um fator básico:
A GEOGRAFIA! O UY é fundamentalmente um País plano, com suaves ondulações, não tendo favelas de ruas estreitas empoleiradas em morros íngremes como o Rio. Assim, os problemas de potência do motor (no Rio) não existem no Uruguay. Também as necessidades de AC são muito menores, não é o eterno calorão desgranhudo do Rio.
Afora isso, a versão usada lá (e oferecida ao BOPE/RJ) é bem basicona, tudo analógico no painel (com exceção da tela P&B para as 2 cams externas e o transceptor de rádio), sequer um GPS havia. Mais, o
liner anti-spall, se a gente for comparar com o do URUTU III (
aka Guarani) parece com vários painéis de coletes balísticos civis sobrepostos e empacotados em uma embalagem de lona camuflada, ou seja, coisa antiga (no URUTU III nem se vê o
anti-spall, só se sabe que está lá). Idem bancos e cintos de segurança. Assim, longe de ser
hi-end e, portanto, difícil de comparar com um modelo atual. Se queres minha opinião, os Russos tentaram ganhar só no preço, simples assim. Se tivessem optado por qualidade, teriam trazido o último modelo e encarado o Maverick; mesmo que superassem as provas do BOPE/RJ, tenho sérias dúvidas sobre ainda terem preço vantajoso. E é aí que se abre uma janela para um "Mithbuster" como és: a internet tá cheia de posts e links "provando" que qualquer equipamento ou arma de procedência Russa é melhor e muito mais barata do que qualquer equivalente Ocidental. É, se compararmos equipamentos (mesmo que novos) com menores capacidades contra o que de melhor tiver no lado "do satanás", claro que vai dar treta com o preço. Agora bota Top vs Top e vamos ver se fica essa diferença toda...
![8-]](./images/smilies/icon_cool.gif "Cool")
Paulo Bastos escreveu:Só para constar, na reportagem que causou a confusão, na fantástica frase "
tem blindagem nível 5, suportando armamentos de grosso calibre" (sic), acredito se referir a
PA-5, que é referente á Proteção Alternativa, conforme norma
ABNT NBR 15000, compatível com NIJ STANDARD 0108.01, e garante proteção quanto a impacto balístico de projétil de, no máximo,
7,62x39mm Ball OS - M1943, com núcleo perfurante, disparado de uma distância de 300m.
Como podem ver, a definição de padrões de níveis de proteção balística não é para amadores
Abraços,
Paulo Bastos
Taí porque tem quem é Mestre e tem quem é "especialista de internet" (não é indireta pra ninguém, tri?): o primeiro domina o tema, o segundo se perde em ilações e citações de argumentos de segunda, terceira, enésima mão, ou ainda, notícias de
fuentes duvidosas. Tem que charlar com o máximo de Operadores (se possível, já ser ou se tornar um), Cmts, Engenheiros, Mecânicos, em suma, Especialistas de verdade, não meros
palpiteiros, apenas para COMEÇAR a construir uma reputação.
Assim, muito obrigado por compartilhares teus conhecimentos conosco, Mestre Paulão.
NOTA - Uso este adjetivo (Mestre) em relação a alguns foristas não para rasgar seda nem porque me pediram ou porque se autoatribuem, na verdade é um singelo reconhecimento de que os índios têm muito mais a me ensinar do que eu vou conseguir aprender nesta vida (e o fazem sem cobrar um tusta, apenas pelo prazer de compartilhar o muito que sabem e combater a ignorância, cada vez maior na web).
![[089]](./images/smilies/089.gif){kind=small}
ABRAMS 
